Praia do Bonete: misteriosa e agradável Destaque no caderno de

Transcrição

Praia do Bonete: misteriosa e agradável Destaque no caderno de
Maranduba, 01 de Agosto de 2010
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano I - Edição 12
Destaque:
IGC apresenta estudos para a criação do Distrito de Maranduba
Notícias:
Araribá e Sertão da Quina recebem a IV Semana Missionária
Jovens da região participam de programa nacional de TV
Frediani recebe Agente Luz Para Todos na Maranduba
Xiaulong garante vaga no brasileiro
Turismo:
Praia do Bonete: misteriosa e agradável
Destaque no caderno de turismo do Jornal Gazeta de 1957
Gente da Nossa História:
Maria Balio: a mulher que virou lenda
Cultura:
Escola de caiçaras
Comportamento:
Assassinato de mulheres: Caso Bruno é apenas mais um caso?
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Jornal MARANDUBA News
Editorial
Cartas à Redação
Entramos em agosto e enfrentaremos mais uma época
de baixa temporada, esperando que as coisas aconteçam.
A minguada férias de julho
pouco deixou para que os empresários possam aguentar até
o verão, que como sempre, é
a época de acumular gordura
para enfrentar o resto do ano.
Infelizmente essa gordura
vem diminuindo a cada ano, e
para muitos, nem chega a ser
gordura, pois chegam no verão tão debilitados que o que
entra, nem dá para repor as
energias gastas ou devidas do
ano anterior. Mal dá para sair
do vermelho.
Até quando viveremos nessa
dieta sanfona? Depender da
temporada para viver o resto
do ano parece não ser uma
dieta saudável. Muitos já “adoeceram” com essa dieta, outros, se não “morreram”, já se
encontram em “fase terminal”.
Até o canibalismo é praticado entre os “sobreviventes”
que de tanto baixarem preços
para continuar sobrevivendo,
acabam por declinar a qualidade dos produtos e serviços.
Com isso, o turismo de qualidade vai cada vez mais se
esvaindo das nossas praias em
busca de verdadeiros destinos
turísticos de qualidade.
Devemos rever nossa vocação para que nossas praias
não se tornem um cemitério de
cruzes de empresários falidos.
Emilio Campi
Parabéns I
Estou muito feliz pela atenção dispensada pela redação
deste jornal, guerreiro, verdadeiro e imparcial. Parabéns
aos Senhores Redatores do
Jornal Maranduba News, brasileiros e patriotas na carne!
João Batista P. Neto
via e-mail
Parabéns II
Inicialmente parabéns por
este belo jornal, adorei as matérias publicadas e a forma
como foram expostas. Gostaria de receber, se possível, em
minha casa para serem devidamente guardados.
Dr Renato L. Paslar
via e-mail
Parabéns III
Parabéns por mais essa obra
prima e de primeiríssima necessidade para o nosso povo humilde, carente, necessitado de um
órgão verdadeiro, que seja a expressão da verdade e tradutor
das nossas palavras, das nossas
necessidades, carências e, que
acima de tudo; tenha a coragem e a dignidade de defender
e lutar pela liberdade de expressão da sua cidade e do seu
povo. Parabéns e conte comigo
para continuar defendendo essa
bandeira,”A BANDEIRA DA LIBERDADE E DO JORNALISMO
VERDADEIRA E COM CREDIBILIDADE. Um abraço meu amigo.
Lourival
via e-mail
Editado por:
Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.
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Responsabilidade Editorial:
Emilio Campi
Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues,
Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
e não refletem a opinião da direção deste informativo
Poste no meio da rua
Novamente parabenizo a
redação deste jornal, principal meio de comunicação da
Maranduba. Mando esta mensagem para pedir a prefeitura
que cuide das vias e para pedir para a Elektro a retirada de
um poste que esta no meio da
rua, em frente ao posto BR da
Maranduba. Este poste atrapalha o trânsito devido estar bem
na esquina da via marginal.
Paulo Barbosa
via e-mai
l
Lagoinha
Gostaria de avisar a Comunidade do bairro Lagoinha, através deste precioso meio de
comunicação da nossa região,
que do dia 08 de Julho até 13
de agosto, não haverá atendimento na associação de bairro
do SALAN ( Salão da Mia) e na
Igreja Católica, devido férias
de alguns funcionários do PSF
Lagoinha. Entretanto, estaremos à disposição da comunidade no Posto Maranduba.
Enfermeira Marcia
e equipe Lagoinha
01 Agosto 2010
01 Agosto 2010
Jornal MARANDUBA News
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IGC apresenta estudos para a criação do Distrito de Maranduba
ASCOM RF
Devido à enorme distancia
dos bairros existentes nos
extremos do município de
Ubatuba, visando a busca de
melhorias na infra-estrutura
urbana, melhor atendimento
à população da região sul do
município para alavancar o desenvolvimento daquela região,
o vereador Rogério Frediani –
PSDB, solicitou ao Secretario
de Economia e Planejamento
do Estado de São Paulo Francisco Vidal Luna (Ofício CMU
RF n 226/09) que determinasse ao Instituto Geográfico
e Cartográfico do Estado de
São Paulo - IGC, a execução
de estudos e levantamentos
necessários à demarcação
e delimitação de área com o
objetivo de efetivar o Distrito
da Região Sul do município. A
solicitação atende a Lei Complementar nº 65, de 31 de julho de 1990, que trata sobre
a criação, fusão, incorporação
e desmembramento de municípios e a criação, organização
e supressão de distritos.
Depois de visitas e análises
técnicas na região o IGC encaminhou todos os documentos
referentes à solicitação. Nesses
documentos constam o mapa
cartográfico e o processo SEP
4.040/2009 sobre a delimitação da linha perimétrica do
distrito. Já o Secretário-Geral
Parlamentar da Assembléia Legislativo do Estado de São Paulo, Sérgio Souza Serpa, enviou
a legislação específica sobre o
tema e outros procedimentos
necessários para a criação do
distrito de Maranduba.
O pedido de Frediani havia
sido protocolado no governo
do estado em novembro de
2009, só agora, finalizado os
estudos de campo, foi entregue ao vereador. “Pretendemos dar continuidade aos tra-
balhos” comenta o vereador
autor do pedido. Segundo o
vereador a criação de distritos
cria possibilidades à região Sul
de receber mais investimentos por parte do Poder Público
(municipal, estadual e federal)
e também da iniciativa privada. “Existem cidades em que
os distritos, muito menores,
possuem agência de correios,
casas lotéricas, agências bancárias, melhor estrutura ás
policias, cartório de registro
civil, registro de imóveis e até
de uma Subprefeitura, cujo
prédio já temos e funciona a
Regional Sul. Com a efetiva
criação do Distrito, todos estas melhorias seriam mais facilmente implementadas e de
forma mais rápida. Não é difícil, basta todos trabalharem
juntos, mas temos que dar o
primeiro passo”, finaliza Rogério.
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Jornal MARANDUBA News
01 Agosto 2010
Araribá e Sertão da Quina recebem a IV Semana Missionária
EZEQUIEL DOS SANTOS
Na última semana de julho
(24-30), os bairros do Araribá
e Sertão da Quina receberam
a IV Semana Missionária do Litoral Norte. O evento que teve
programação de sete dias envolveu missas, visitas às casas, atividades esportivas e
encontro com as crianças.
O trabalho com as crianças
e jovens foi bem diferenciado, a catequese envolveu
teatro, músicas, canto e esporte. O evento acontece
simultaneamente em três
pólos de missão: nos bairros
do Araribá e Sertão da Quina,
no Perequê-Açu em Ubatuba
e na Paróquia São João Batista em Caraguatatuba. 15
seminaristas e os jovens das
comunidades organizaram a
programação.
O evento religioso é realizado todo mês de julho, sempre
na última semana e encerra
com uma confraternização.
Os responsáveis pela Sema-
na Missionária são alunos do
Seminário Beato José de Anchieta em Taubaté e tiveram
a coordenação do seminarista
Welder Inamorato Lopes de
Menezes, 28. “Todo dia tem
uma atividade com a comunidade, principalmente com
crianças e jovens. Aqui é diferente das outras comunidades, ela tem uma participação
maior”, comenta Welder.
O coordenador explica ainda que a preparação para
Semana nas comunidades é
realizada através de uma Pré-missão, que é um trabalho
de motivação aos paroquianos
das comunidades que colaborarão na recepção das missões. Depois é realizada uma
Pós-missão, motivação para
a continuidade das atividades
realizadas nas missões.
A Semana Missionária contou com cerca de 150 crianças
e jovens, com a colaboração
de 50 paroquianos e vários
participantes. Na noite do dia
30 (sábado), a missa e a confraternização de encerramento foi marcada pela emoção
da despedida, foi apresentado
um vídeo dos trabalhos realizados durante a semana, lido
a Ata dos Trabalhos.
O morador Manoel Gaspar
dos Santos, 75, emocionado,
em nome da comunidade, parabenizou, agradeceu e desejou retorno dos seminaristas.
A comunidade já se manifesta
saudosa, onde no passado as
missões foram muito importantes na formação religiosa e
humana desta população.
Vale lembrar que muito de
nossa história é formada por
documentos e principalmente
fotos que foram tiradas por
conta das atividades religiosas, missionárias e turísticas
na região.
Jovens da região participam de programa nacional de TV
Os jovens Lucas Antunes
Oliveira, Sandra Vieira, Diego
de Oliveira, Letícia de Amorim
Santos, Fernanda Barbosa e
Diego Alves do bairro do Sertão da Quina, participaram na
manhã do último dia 20, do
Programa Bem Vindo Romeiro
da TV Aparecida.
O programa apresentado pelo
Padre Valdo, fez entrevistas com
jovens do litoral norte na Catedral em Caraguatatuba. O tema
da entrevista foi baseado em
pesquisa realizada pela Unesco
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura) sobre “O Jovem e a
Sexualidade”. Padre Alessandro,
Vigário da Diocese também participou da entrevista.
O bate-papo foi descontraído
e bem didático. Os temas considerados tabus foram discutidos
de uma forma espontânea e
de livre consciência, tudo dentro de muita responsabilidade.
Cada um expôs sua opinião so-
bre aborto, casamento, relação
sexual, preconceito, namoro,
casamento, conseqüências, responsabilidades, filhos, contradições da sociedade, sexo, amor.
O assunto abrangeu diferentes aspectos e comportamentos. Foram debatidas
experiências vividas entre os
entrevistados sobre os temas.
Para Padre Alessandro, a igreja
pensa na educação e no processo educativo sobre a sexualidade dentro de um todo, para
que sexo se transforme em
amor e para que o casamento
seja um ato livre, por espontânea vontade. “O caminho não
são as soluções fáceis e rápidas
para viver a vida”, diz o Pároco.
Para os jovens, quem quer
viver, precisa se relacionar,
mas com respeito, o que não
vem acontecendo. Atualmente
os jovens ao falar de sexualidade associam a palavra apenas
ao ato da relação sexual. “O jovem tem de se respeitar, curtir
com responsabilidade, amor e
respeito, a juventude está no
coração”, termina Diego Alves.
A pesquisa também registrou
questionamentos sobre estereótipos, tabus, preconceitos e a
vontade de saber e construir relacionamentos mais ricos e afetuosos, atribuindo sentidos positivos para as relações e para
a vida. Os estudos apontam
que, para os jovens, se faz fundamental a religiosidade e a fé
na construcão dos relaciomentos mais ricos. A fé ajuda ainda
nos estudos, já que os dados
apontam que o jovem que pratica alguma fé, possui maior concentracão e tem mais paciência
para lidar com as adversidades
cotidianas, consequentemente
consegue notas mais altas e
melhor ética na boa convivência das necessárias relações da
cultura juvenil. Aponta ainda o
desenvolvimento do jovem com
maior clareza das suas habilidades pedagógicas.
O jovem Diogo Alves, do Sertão da Quina, discute com os
demais sobre o tema “O Jovem e a Sexualidade” para o
programa Bem Vindo Romeiro, da TV Aparecida
01 Agosto 2010
Jornal MARANDUBA News
Eu Amo Ubatuba Surf Challenge
ROBSON ENES VIRGILIO
Com patrocínio da Frediani
& Frediani Ltda, a Boraposurf,
em conjunto com a AMMA Associação de Moradores e
Amigos de Maranduba, empresários e surfistas da Região
Sul do Município de Ubatuba,
realizarão a segunda edição
do Eu Amo Ubatuba Surf Challenge, na Praia do Sapê, no dia
07 de Agosto de 2010, contemplando as categorias Estreante Local, Junior e Open.
O primeiro colocado de cada
categoria receberá uma prancha, troféu e kit. Serão também premiados com troféus e
kits os atletas classificados até
o quarto lugar. As pranchas
são especialmente produzidas
e fornecidas pela SuperKort
Surfboards. O evento terá
ampla abrangência, incluindo
atletas dos municípios do Litoral Norte, Vale do Paraíba,
São Paulo e Interior.
É de caráter socioesportivo e não tem fins lucrativos,
portanto, todos os valores
arrecadados com patrocinadores e colaboradores serão
convertidos em premiação e
utilizados na sua realização.
As inscrições custam R$10,00
para a categoria Estreante Local, R$20,00 para as demais e
incluem a doação de 1Kg de
alimento por atleta em cada
categoria. O montante arrecadado será doado às famílias
carentes da região.
O objetivo principal é fomentar o esporte como forma
de inclusão social e, por isso,
pudemos contar com a colaboração de todos os setores
da sociedade. Acreditamos
que aliando entendimento e
parceria podemos melhorar
nossa sociedade. As inscrições
devem ser feitas antecipadamente na Super Kort Board
Shop 12 3843 3077, Back Side
Surf Shop 12 3849 5436, ou
com Kiko 12 9719 2261 e Robson 11 9858 2435. Vagas Limitadas!
Orçamento Quilombola 2008/2010
e a maquiagem na titulação
MARIO GABRIEL DO PRADO
A Nota Técnica nº 168 de
julho último, que se refere aos
estudos de Política Socioambiental e Indígena, realizado
pelo Inesc, aponta na análise do desempenho financeiro
do Orçamento Quilombola em
2008-2010 que em 2009 cerca
de R$ 6,8 milhões deixaram
de ser aplicados no reconhecimento, demarcação e titulação de “áreas remanescentes
de quilombo”; e dos R$ 28,3
milhões autorizados para indenização aos ocupantes das
terras demarcadas e tituladas, foram utilizados somente
6,52%. Isso ocorre apesar de
haver mais de oitocentos processos administrativos abertos
em 21 estados da federação.
Depoimentos obtidos de
técnicos desses órgãos nos
levam a concluir que o governo está maquiando o processo de titulação. Estão sendo
tituladas
preferencialmente
as comunidades situadas em
“terras devolutas”, “terras pú-
blicas estaduais” e “terras sem
grandes dificuldades de aquisição”. Além de deixar de fora
a grande maioria da população
quilombola, em alguns casos
isso tem implicado em áreas
tituladas com extensão insuficiente para a reprodução social
das famílias e comunidades.
O Orçamento Quilombola
compreende os Programas
com Ações do Governo Federal destinadas especificamente
às comunidades e organizações quilombolas. Com esse
critério o Inesc identificou
no período 2008 a 2010 seis
programas e um número de
ações que variou entre vinte e
sete ações em 2008 e vinte e
duas em 2010.
O Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc é uma
organização não governamental, sem fins lucrativos, não
partidária e com finalidade pública. Tem por missão: “Contribuir para o aprimoramento da
democracia representativa e
participativa visando à garantia
dos direitos humanos, mediante
a articulação e o fortalecimento
da sociedade civil para influenciar os espaços de governança
nacional e internacional”.
Criado em 1979, o Inesc
atua, em todos os seus projetos, com duas principais linhas
de ação: o fortalecimento da
sociedade civil e a ampliação
da participação social em espaços de deliberação de políticas públicas. Em todas as suas
publicações e intervenções
sociais utiliza o instrumental
orçamentário como eixo fundante do fortalecimento e da
promoção da cidadania. Para
ampliar o impacto de suas
propostas e ações.
O Inesc atua em parceria
com outras organizações e coletivos sociais, e se posiciona
politicamente entre as organizações no campo democrático
da Associação Brasileira de
Organizações Não Governamentais – Abong, da qual atualmente integra a executiva
nacional.
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Frediani recebe Agente Luz
Para Todos na Maranduba
No último dia 27, o vereador
Rogério Frediani - PSDB recebeu na Maranduba o Agente
Luz Para Todos, Shinji Yoshino e o engenheiro eletricista
Francisco César Perez para
discutir os projetos de inclusão
social que o programa pretende implantar no município.
A visita teve como pauta o
andamento da do projeto de
rede de energia elétrica, informações sobre o sistema fotovoltaico e sobre as propostas
futuras de atividades a serem
desenvolvidas pelo programa
em parceria com a faculdade
São Judas Tadeu.
Shinji apresentou proposta de estudos a comunidade
quilombola, que a principio vai
atender a Fazenda da Caixa
na região norte de Ubatuba
e proposta de projeto de promoção de saúde e prevenção
de doenças naquele quilombo.
São projetos de fortalecimento
de atividades econômicas nas
comunidades atendidas pelo
Luz Para Todos de forma a
promover o desenvolvimento
social. “Não basta só atender
com a energia elétrica, temos
que prover estas comunidades
com atividades que eles possam pagar a luz e se desenvolver”, comenta Yoshino.
Para o vereador trata-se de
um projeto de grande porte
para a região norte, já que vem
sendo desenvolvida diretamente dentro de suas aptidões naturais e culturais. Foi entregue
ao vereador documentos e plantas de estudos projetuais sobre
a proposta de projetos a serem
implantados em Ubatuba.
Frediani se colocou a disposição e disse que vai buscar
colaborar nas propostas, já
que segundo ele, vai realmente beneficiar as comunidades.
“Um projeto deste tamanho,
se fosse da minha competência, eu determinaria material
humano e estrutura para colaborar no rápido andamento
dos processos, estas pessoas
seriam convidados oficiais do
município”, termina Rogério.
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Jornal MARANDUBA News
Chove chuva, chove sem parar!
CAMILO DE LELLIS SANTOS
Se o mundo se preocupa
com a futura falta de água em
nosso planeta. Nós, ubatubenses, não podemos reclamar,
pois esse elemento da natureza está em abundância em
nossa terra. Alguns gostam,
entretanto a maioria se incomoda por ter de ouvir sempre
o jargão “ubachuva”. Mas será
que sabemos explicar aos conterrâneos e turistas a razão de
tanta chuva?
Em entrevista, a adorável e atenciosa doutora
Luci Hidalgo Nunes, coordenadora do Laboratório
de Estudos Climáticos do
Instituto de Geociências e
professora da UNICAMP,
especialista em mudanças climáticas, eventos
atmosféricos extremos e
desastres naturais ocasionados por condições climáticas, nos apresentam
informações sobre o clima
de nossa cidade.
Para quem pensa que
Ubatuba é a cidade mais
chuvosa do litoral paulista
está enganado. A primeirona é a cidade de
Bertioga, ou para os engraçadinhos “bertiágua”. Sua média
anual de precipitação de chuva é de 4500 mm, enquanto
que Ubatuba apresenta aproximadamente 2600 mm o que
significa que a cada ano chove
o suficiente para encher 26
caixas d’água de 1000 litros
em cada metro quadrado de
nosso município. Sem dúvida,
nossa cidade está entre as 10
cidades mais chuvosas do país.
A impressão de que chove tanto é devido às precipitações de
chuva ser mais constantes ao
longo do ano. Enquanto que
em outras cidades 72 % das
chuvas se concentra no período primavera-verão.
O fato de nossa cidade ter
alta umidade e ser quente (o
que significa ter constante
energia) propicia o excesso
de chuva. Mas devemos lembrar de um fator que contribui
enormemente para esse clima, a Serra do Mar. Quem conhece o litoral paulista, observou que a cidade de Ubatuba
está muito próxima da Serra
do Mar, enquanto que cidades
como Santos e São Vicente estão mais distantes. A Serra do
Mar é uma barreira, que favorece a grande quantidade de
chuva por impedir a distribuição de umidade e frentes de
chuva para o interior. Em São
Luiz do Paraitinga que é nosso
vizinho chove muito menos,
pois está atrás da barreira.
Entretanto para que chova
não basta ter somente nuvens, é necessário à presença
de núcleos de condensação
(micropartículas, tais como
pólen, microorganismos, sal
marinho, etc). Imagine que
com o calor do dia o vapor
d’água vai se acumulando, o
ar quente é mais leve e portanto sobe, o ar frio mais pesado desce. A Serra do Mar
impede que esse “sobe e desce do ar” se disperse para o
interior, e a Mata Atlântica fornece pólen e microorganismos
e o Oceano Atlântico o sal marinho. Essas micropartículas
vão para o ar e as gotículas
de água, que são levinhas e
incapazes de cair, vão se juntando nessas partículas, até
que quando várias gotículas
se juntam nesses núcleos de
condensação, ficam pesados e
cai a chuvarada.
Graças a isso é que
possuímos a mais exuberante paisagem do litoral paulista. Nossa Mata
tem sua biodiversidade
tão importante por conta
do clima. Aqui podemos
observar por todos os
cantos bromélias e orquídeas. Além disso, se
não chovesse tanto para
encher nossos reservatórios de água, a cidade
viraria um caos incontrolável durante a temporada de verão, quando a
população do município
aumenta muito. Contudo,
o excesso de chuva, tem
ações negativas, pois favorece o escorregamento de
encosta e facilita o surgimento
de criadouros de mosquito da
dengue.
Resta lembrar que convivemos com a chuva e que ela
permanecerá nas gerações
futuras. Cabe a nós sabermos
tirar proveito dela, enxergá-la
como algo positivo que contribui para beleza de nosso paraíso, e impedir ações destruidoras do homem. Como diz a
professora Luci, “A chuva é a
deflagradora (dos fenômenos
de escorregamento de encosta e do acúmulo de água), a
culpa é do processo de ocupação.”.
Camilo de Lellis Santos é biólogo
01 Agosto 2010
“Preto não pode contá!”
Conta à lenda de uma filha de
um capitão chamado Manuel
Fernandes Correia o qual era
proprietário de uma fazenda na
Praia Dura.
Um dia sua filha Alice resolveu
fazer um passeio e embrenhando-se na mata acabou perdendo-se. Como premio o pai de
Alice prometeu ao escravo que
a encontrasse, liberdade imediata. Pedro um escravo forte
conseguiu encontrá-la após uma
longa procura trazendo-a carregada de volta. Alice fora encontrada no alto do Corcovado.
No dia seguinte o escravo foi açoitado por
não poder trabalhar
devido ao cansaço
pelo esforço despendido na procura de Alice.
Esta sabendo
do acontecido
pediu ao pai
que cumprisse
o
prometido,
ou seja, libertar
o escravo que
a encontrara.
Pedro
beijou
a mão da moça
e partiu sem destino, para os
lados do Corcovado e lá instalou sua choça ao lado de uma
cascata murmurante, próxima a
escarpa misteriosa.
Pedro vinha sempre a Ubatuba
trocar canudos de Taquaruçu,
cheios de grãos de ouro por
fumo, cachaça, gêneros e etc.
Esta noticia chegou também na
fazenda do Capitão Correia, que,
em uma noite acompanhado de
um grupo armado foi a choça de
Pedro, capturando seu ex-escravo levando-o para sua fazenda.
Lá chegando, Pedro foi forçado
a contar como e onde descobriu
aquele fabuloso tesouro.
O escravo suplicava para não
forçá-lo a falar, pois não podia.
Após novos sofrimentos, chico-
tadas, etc., Pedro resolveu falar:
“Estava morando no Corcovado,
numa choça perto da cascata,
quando soube da morte de Alice. A note não conseguia dormir
parecendo-lhe ouvir a voz cristalina da moça. Numa canção
de amor.
De repente a casa do casebre tremeu e escancarou-se,
penetrando por ela um vulto
de mulher! Era Alice! Ele a reconheceu. Como que agarrado
por mãos invisíveis, não pode
mover do lugar onde estava,
mais ouviu perfeitamente a visão dizer: “Pedro tu foste
um dia o meu salvador.
Deite-te a liberdade,
mas sei que tu sofres,
neste exílio maldito,
onde te arrojou a
impiedade de meu
pai. Não te assuste e ouve-me. Não
muito longa daqui, nas entranhas
destas montanhas,
existe uma grande
mina de ouro.
Ela será tua, sob
a única condição
de nunca revelares a ninguém
esse lugar cobiçado. Se isto
tentares, a vingança do gênio
protetor da mina cairá sobre a
tua cabeça, ouviste? Cuidado, e
segue os meus passos.”
Negro maldito! Gritou o capitão - Não retardes a revelação!
Onde está o tesouro? Sinhô...
tá pra banda do... e o ruído
do baque de um corpo encheu
a sala da casa grande. Pedro
caíra morto, fulminando, antes
de revelar o sitio misterioso de
tão cobiçado tesouro, que até
jaz nas proximidades do Corcovado. Pedro bem dizia: “Preto
num pode contá!”
Extraído do Livro “Ubatuba
Lendas e Outras Estórias”
de Washington de Oliveira,
“Seo” Filinho
01 Agosto 2010
Conversa entre apelidos:
Mais comum do que se imagina
AMILTON SOUZA
Certa vez, “Praxedes” com
seu concunhado “Lalo” foram
assistir a um jogo de futebol
dentes-de-leite, que tinha
como prêmio um fardo de
“Mortadela” e uma bicicleta
com “Catraca” e tudo. O time
estava formado, desde o “Goleiro”, um ponta “Canhoto”,
uma torcida “Poderosa”, tinha
até o “Vanusa” pra cantar o
Hino e todos queriam ganhar
o “Caneco”, enfim, queriam
fazer “Barba” e “Bigode”. Logo
depois tinha o super clássico
do time do Mercado contra o time do “Papa-léguas”,
onde depois iriam fazer uma
“Boquinha” com muito “Macarrão”, “Inhame”, bolo de
“Fubá”, e pra criançada, balas
“Juquinha”, uma verdadeira
“Boca-larga”.
Mas, o “Bruxa” estava por
ali, e um “Piquitito” machucou
sua tíbia, que de tão pequena,
era uma “Tibinha”, deixando o
“Lalo” furioso, então teve que
chamar o “Talibã”, que antes
de vir passou no “Shell”, abasteceu a ambulância, chamou o
“Garapa” e veio com a “Lampinha” e o “Pisca-pisca” aceso.
Devido à pressa, no meio do
caminho quase atropelaram
um “Cachorrinho”, que foi salvo graças ao tiro de uma “Espingarda” que assustou o cão,
que quase perdeu os “Bagos”.
Enquanto isso, em bom
“Português”, o povo deitava o
“Cabelo”, mas já estavam com
o “Pescoço” doendo de tanta
movimentação do jogo. Nesse
instante, o “Encarregado” resolve chamar o “Tenente” pra
tomar as rédeas do jogo, enquanto “Jango” ensinava sua
técnica de aquecimento aos
garotos. Carros passavam na
rua e buzinavam: “Fon”, porque o jogo estava muito bom
(até rimou). “Negão” ficou
triste quando acabou a cerveja e pediu suco, mas “Lancha”
bateu o “Martelo” dizendo: eu
posso até fazer, mas com “Kijarra”? “Loro” respondeu: ah,
“Kalé”, faz no caldeirão que
se ficar bom eu danço o “Can-Can” e o “Tcha-Tcha” tcha.
“Mané Preá” esbravejou: no
caldeirão “Nhão!” E o povo re-
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Jornal MARANDUBA News
trucou: qualquer lugar serve!
E ele disse ainda mais furioso:
não, “Nanzinho”, “Nhanhão!”.
Apesar de ninguém querer pagar a conta, “Canfanhe” disse:
eu “Kito”. Esse jogo foi, segundo o Pedro, “Belo”. Porém,
esse foi o jogo de “Ida”, e depois de todos cumprimentarem o “Alemão”, ficaram só o
“Pó” e resolveram ir até a “Vila
do Sapo” fazer a carreata da
vitória (apesar do jogo terminar empatado). Depois passaram pela “Varge”, “Rego-Roxo”, “Iraque”, “Grotam City”,
“Inferninho” e “Morro Foge”,
onde uma revoada de “Passarinho”, “Cachaca”, “Curruíra”,
“Baitaca”, “Gavião”, “Pardal”,
“Macuco” e “Os Patos” todos fazendo “Piu-Piu” alucinadamente por causa de um
“Lobo”, que alguns diziam que
era um “Lobão”, outros um
“Lobisomem”, na verdade era
um “Gato”, que de tão grande,
assustou o ratinho, pois parecia um “Leão” ou “Pantera”,
porque tinha “Cara-de-Onça”.
Foi “Galo” atravessando a rua
correndo atrás de “Lagartixa”,
“Lagarto” entrando na casa do
“Tatu”, tinha até um “Boi” e
um “Burrão”. Tudo quanto é
tipo de “Sapo” começou a coaxar, principalmente o “Nimbuia” e o “Perereco”. Não sobrou nem um “Mosquito” pra
contar história.
Resolveram todos eles que
iriam pescar, e pegaram muito “Peixe-Gato”, “Camarão”,
“Pampeco”, “Guaiá”, “Pindá”, e “Corondó” na praia
da Lagoinha. Tanto peixe e
frutos-do-mar não ca-”Beu”
(coube em caiçarês) nos “Bicos” do “Pedro de Lara” e a
história acabou porque estou
com “Preguiça”. Essa é uma
obra de ficção, qualquer semelhança com a vida real é
mera coincidência, eu acho.
Amilton Souza é caiçara,
músico profissional, já tocou
na “Lanchonete Styllus” e tem
vários apelidos como qualquer
um que mora na região.
N.E.: As palavras entre
“aspas” se referem a apelidos de moradores e lugares
da região da Maranduba,
Sertão da Quina e arredores.
Xiaulong garante vaga no brasileiro
GLAUCIA CAVALCANTE
O programa escola da família tem o prazer de proporcionar a comunidade momentos para a prática desta arte,
com o voluntário Valdir Pereira
“XIAULONG” que tem sua trajetória de 22 anos no bairro da
Maranduba, período este de
treino do Kung Fu SHAOLIN
DO SUL representando a associação LONG TEH DE WU-SHU.
Durante estes anos Xiaulong
vem se aprimorando e incentivando alunos a conhecer e
praticar, atualmente campeão
Brasileiro na sua categoria
participou na última semana
em Campinas S.P do Campeonato Paulista de Kung Fu
(Wu-Shu) conquistando assim
2 medalhas de bronze categorias sênior mãos livres e
eventos livres armas longas
e outras. E medalha de ouro
em armas curtas e médias,
se classificando assim para
o Campeonato Brasileiro que
terá sua 1º etapa na cidade de
São José dos Campos e a 2º
em Campinas, em setembro.
Parabéns XIAULONG por ser
um fiel seguidor da arte e por
oferecer tanto carinho e empenho para com seus alunos
e pelas pessoas que o cercam,
certamente você é uma pessoa que faz a diferença em
nossa comunidade.
Conheça um pouco mais desta arte marcial na festa de aniversário de 7 anos do Programa Escola da Família no dia 29
de agosto de 2010 na praça de
eventos de Ubatuba das 9:00
ás 15:00 horas, venha você e
sua família participar de shows
culturais, exposições de artesanatos, receber orientações sobre promoção e valorização da
saúde, além de atividades esportivas , recreativas e sorteios
de brindes.
O que é Kung-fu
O termo “kung-fu” é aplicado as artes marciais Chinesas
a séculos e significa “trabalho
duro”. Essa descrição se encaixa nos rigores envolvidos
no aprendizado e prática das
Artes Marciais chinesas. De um
estudante de Kung Fu se espera a prática diligente. Esta
deve envolver fé, resistência,
e muitas cansativas, e as vezes
dolorosas horas de treinamento. Combinando isso a altos padrões de moral, caráter e disciplina mental, dão ao mesmo
estudante um caminho muito
árduo a seguir. Existem outros
termos nas artes marciais chinesas: “ch’uan shu” (primeira
arte), “wu shu” (arte marcial),
e “kuo shu” (arte nacional).
Porém, nenhum desses termos
conseguiu ser tão popularizado
e conhecido como o “kung-fu.”
O Kung-fu não é simplesmente conhecido como uma forma
saudável de exercícios físicos e
sistema de defesa pessoal altamente eficientes mas, também
mostra ser um benefício mental e espiritual ao praticante.
O corpo de um indivíduo não
pode agir sem a interferência
da mente, e a mente deve ser
orientada a acalmar o espírito.
A prática do verdadeiro kung-fu
exige que os ensinamentos influenciem no dia-a-dia (modo
de vida integral), em cada as-
pecto da vida do praticante. O
kung-fu une mente, espírito e
corpo. Habilita ações harmoniosas entre os elementos da
vida de um ser humano.
A filosofia reside na importância entre a harmonia e a ordem
natural das coisas. A filosofia
talvez seja melhor simbolizada pelo antigo símbolo taoísta
‘yin e yang’. Nenhum lado do
símbolo é maior em tamanho
e muito menos em importância
do que o outro. Os dois lados
devem estar em perfeito equilíbrio ou o todo é afetado. Isto
se reflete também no praticante de Kung Fu. Deve-se somente atingir o grau de ‘mestre’ no
Kung Fu, quando todos os elementos da vida de uma pessoa
estiverem em equilíbrio.
A identidade do Kung Fu é
complexa. Sua origem data de
aproximadamente 3500 anos,
porém, alguns estudiosos afirmam que o Kung Fu data do
séc. VI. Acima de 1000 Estilos
são conhecidos e reconhecidos
de onde mais de 300 são catalogados. Surgiram do Kung
Fu, o Karatê, Tae Kwon Do, Esgrima, Aikidô e muitas outras.
Estas novas formas de luta
foram criadas a partir de uma
vertente do Kung Fu ou de um
determinado estilo ou técnica,
de onde, buscou-se trabalhar,
conservar e até mesmo adaptar
características de um determinado conjunto de movimentos,
estilos, ou até mesmo todo um
conjunto de técnicas, formas
de defesa ou ataque, dando
origem a uma nova arte. O Jiu-Jitsu, por exemplo, se originou
da técnica Shaolin C’hin Na. O
Karatê, teve origem com mais
ênfase, no estilo do Tigre.
Esta arte requer de seu
adepto um esforço extremo
de disciplina no que se refere
a comportamento físico e mental. Isto é apenas um item genérico de muitos outros em que
se pode dissertar a respeito do
Kung Fu que é muito mais do
que uma luta. Para se tornar
adepto, é importante que se
entenda Tao, “o caminho”, e
o Budsimo, a essência da filosofia e a vida dos que deram
origem a estas artes.
Página 8
Jornal MARANDUBA News
01 Agosto 2010
Praia do Bonete: misteriosa e agradável
EZEQUIEL DOS SANTOS
Tendo como acesso o barco
ou a trilha, a praia do Bonete
é o que se pode dizer ainda
de praia selvagem. Ladeada
por montanhas em um braço
de mata atlântica que toca o
mar, o percurso revela surpresas e visões surpreendentes. A trilha reserva várias
belezas. A caminhada de uma
hora aproximadamente inicia-se ao lado esquerdo da praia
da Lagoinha, passando pelas
praias do Oeste, com areia
monazítica; praia do Oeste ou
Pérez e chegando-se à esperada praia do Bonete. Este roteiro reserva as particularidades da Mata Atlântica, porém
com vistas também as belezas
do Atlântico.
Muitos se arriscam nas pedaladas pela trilha até o local,
porém há que observar o movimento de pedestres durante
os finais de semana, feriados
e temporada. No caminho é
possível degustar pratos típicos da localidade preparados
com frutos do mar colhidos na
fazenda marinha do local. A
combinação de Mata Atlântica
preservada com a exuberância
do oceano nos rende visuais
espetaculares e que em dias
abertos tem a companhia de
toda a Serra do Mar.
No local existe apenas uma
casa no canto direito e um ranchinho de pau-a-pique no canto esquerdo denuncia que ali
o tempo parou há décadas. O
local já possuiu roças e como
é um lugar abrigado (protegido) foi palco de inúmeras historias de salvamento e pesca.
O povo que lá viveu sobrevivia
basicamente da agricultura,
pesca e artesanato.
De areias mais duras e firmes, nos períodos de maré
baixa é possível praticar alguns esportes. Suas águas
cristalinas e transparentes
nos convidam a um relaxante
banho. Praia ideal para os primeiros mergulhos com mascara e snorkel. Debaixo dágua,
o local reserva um paraíso,
são pequenos seres que completam a beleza do lugar, seres que merecem todo nosso
respeito. Peixes, crustáceos,
tartarugas, aves, pequenos
mamíferos e preguiças são fáceis de encontrar por lá, basta
estar no período certo.
Tomar banho de mar em
águas limpas e calmas, massageando-se em suas pequenas ondas, dão ao privilegiado, a sensação de liberdade e
prazer que tanto o ser humano
procura, ainda mais contemplando um visual incrível. Ideal para passar com a família,
tem novidades, é selvagem e
agrada a todos.
O Bonete é assim, pequena
no tamanho, mas grande nas
possibilidades e no diverti-
mento. Só uma coisa ela não
aceita, lixo. O lugar parece
àquelas paisagens de filmes.
Suas águas sempre límpidas
é o refúgio de alguns famosos
que se fazem anônimos.
O local também é parada
de mergulhadores de final de
semana que desembarcam de
escunas, banana-boats e lanchas particulares. Ela é igual
a coração de mãe, cabe todos
os gostos para todos os públicos. O visitante pode tirar
fotos de todo os jeitos e temas
que lhe interessar: misteriosa,
reservada, curiosa, surpreendente, selvagem, particular,
histórica. Ela ainda nos reserva suas particularidades e
seus encantos que merecem
serem cuidados por todos. É o
tipo da praia que nos remete
a uma vivencia única, daquela
que fica eternamente em nossas lembranças.
Seguindo a trilha subimos
ao topo do morro que dá acesso a Praia grande do Bonete,
lá em cima podemos ter uma
melhor dimensão da beleza
deste lugar, principalmente da
costeira, onde o azul turquesa
interage com o negro das pedras que seguram a montanha
debaixo do mar, esta imagem
fascina! Difícil é não voltar.
O local merece ser preservado, assim como foi deixado
pelos antigos moradores, para
isto é bom lembrar que o material que é levado precisa retornar. A mata não merece
ser cortada, queimada e nem
amassada. Ali vivem pequenos animais, que com os animais que moram nas pedras
e no mar, nos dão este visual
de rara beleza. É possível observar bromélias, pássaros, árvores frutíferas, sem contar a
experiência do homem nativo
que passa por nós pelo caminho e está pronto para ensinar
ou palestrar histórias e estórias
que seus tataravôs vivenciaram
e que só eles podem contar. Ë
a interatividade e real relação
homem-natureza que foi passada de geração em geração.
E por falar em geração mantenha o local como a encontrou e se por acaso encontrou
suja, limpe-o como muitos fazem, pois temos a responsabilidade de deixar o local agradável as futuras gerações.
Bom passeio.
01 Agosto 2010
Jornal MARANDUBA News
Página 9
Destaque no caderno de turismo do Jornal Gazeta de SP de 1957
EZEQUIEL DOS SANTOS
Sob o título “Ruínas que Falam de uma Época: Riqueza
e Desumanidade”, a região
ganhou destaque em 23 de
setembro de 1957 no caderno
de turismo do jornal A Gazeta
de São Paulo, matéria sabiamente escrita pela jovem jornalista Regina Helena de Paiva
Neto que fala do patrimônio
histórico, cultural e ambiental
da Lagoinha dos anos 50.
Com uma visão voltada à
defesa do patrimônio material,
imaterial e do desenvolvimento sustentável a jornalista até
deu alternativas que, se hoje
fosse aplicada, daria maior
destaque a localidade, junto
com uma supervalorização
das propriedades.
Sua visita se deu por conta
das fortes chuvas que assolaram o litoral naquela época, já que sua intenção era
descansar três dias no Repouso Califórnia na cidade de
Caraguatatuba. Seu descanso
foi de apenas alguns minutos,
aqueles que não choviam. Insatisfeita por não conseguir
desfrutar das belezas do litoral, procurou fazer amizades
no repouso, foi quando, sabendo que era uma jornalista
a convidaram para visitar um
local, que além de bonito, nos
remetiam a historia da formação do Brasil, comentou a jornalista.
Aceito o convite, saíram em
comitiva. Pela estrada de terra,
enfrentaram uma chuva torrencial, ao chegar ao local se
abrigaram numa casa a beira-mar, como a chuva não parava voltaram a Caraguatatuba.
No dia seguinte, com o tempo ainda ruim e “ameaçado”,
deixaram o carro na praia. A
comitiva foi por uma pequena
trilha até o local e lá se espantaram com a construção ao pé
da montanha, próximo ao rio
que da o nome da praia: Era
o Solar do velho engenho do
Barão João Alves Silva Porto,
uma das vinte fazendas de
café que possuía.
Depois de levantar os dados
sobre a localidade, a jornalista
publicou uma página inteira,
atraindo assim vários curiosos
e especuladores para a região. A matéria fala sobre os
seguintes temas: Primeira indústria, Os escravos e a desumanidade do Barão, Mudança
de dono e fim da escravidão, E
um pouco de folclore, Etnologia, Tesouros enterrados, Comércio de negros na Praia da
Lagoinha, Um pouco de historia da região.
A mais importante da matéria foi sobre outro aspecto, o
de preocupação com a sobrevivência financeira e cultural
da localidade, onde a autora
escreve sobre a possibilidade
das ruínas transformarem-se
em atrações turística, cujo
tema foi: Um futuro museu.
Sobre este aspecto, a jornalista teceu elogios sobre o que
viu e preocupações com o futuro deste patrimônio, situação
hoje conhecida por todos. Mal
ela sabia que se trata das diretrizes do Turismo Rural, que
valoriza não só a atividade,
mas toda a cadeia de desenvolvimento sócio-sustentavel,
aquele que se compromete a
trabalhar todo o processo de
desenvolvimento, valorizando
a propriedade, defendendo o
meio ambiente e protegendo
os patrimônios. Na matéria
autora relembra de uma visita que fez aos Estados Unidos
em 1952, onde destaca o valor que os americanos dão aos
seus patrimônios, referindo-se
a qualquer “antiguidadezinha”,
qualquer pequena obra na terra do Tio Sam.
Segundo ela, imaginem se
os americanos tivessem um
patrimônio como as Ruínas e
a Praia da Lagoinha. Naquele ano, a jornalista foi visitar
Epbrata, uma pequena cidade
da Pensilvânia. Lá visitaram
um pequeno convento, que foi
transformado em um museu.
Era só comprar um livreto que
tinha tudo sobre a casinha. A
autora se refere a outros exemplos e reforça sua indignação
sobre a falta de visão de futuro.
“Enquanto isso se permite derrubar patrimônios, não damos a
mínima para o litoral, cheia de
preciosidades históricas, casarões coloniais e ruínas em meio
à mata”, comentou a jornalista.
Ela termina a matéria toda
empolgada imaginando que
realmente alguém no futuro
poderá transformar a fazenda,
ou aos menos as ruínas em
atração turística num pólo de
desenvolvimento que valorizaria o patrimônio histórico e as
propriedades em seu entorno.
O tempo passou mais a
preocupação continua. Todos
querem uma melhor qualidade
de vida e bem-estar, naquela
época ninguém ouviu a jornalista. Hoje sabemos que o
patrimônio histórico está desvalorizado, abandonado.
Agora não sabemos sobre o
futuro das propriedades, que
se não adequarem às novas
tendências ambientais e de
responsabilidades sociais, até
quando terão bom preço?
Esperamos que por muitos
anos.
Página 10
Halitose
Escola de caiçaras
JOSÉ RONALDO DOS SANTOS
Eu, num dia desses, li no
Maranduba News, uma matéria
sobre a escola da Maranduba,
nos idos tempos do governo de
Getúlio Vargas ou da década de
1950. Está de parabéns quem
registrou tal fato, publicando
até mesmo fotos da época. Porém, com base nos causos que
já ouvi, devo acrescentar algumas coisas a mais. A contribuição vem de ex-alunos daquele
tempo, quando o professor
Lauristano, um homem enérgico, muito bravo, talvez até um
pouco descontrolado, marcou
presença na vida simples dos
caiçaras. Foi numa roda de jundu que eu ouvi o Chico Félix,
o Gildo, o Otávio Conceição e
outros que já não posso afirmar com tanta certeza. Devo
acrescentar que quase todos
os citados já morreram. Com
esta narrativa presto-lhes uma
homenagem pela contribuição
ao ser caiçara que sou. O assunto faz parte de uma prosa
no jundu; o ano era de 1965,
quando os militares já tinham
assumido o Brasil com toda a
força. O assunto, depois do lance de gonguito na rede do João
Zacarias, onde o pano da rede
só ficou livre -e quase todo estragado!- depois de cinco horas
de intenso trabalho, era sobre
escola. Eles lembravam muitas
coisas. Uma delas, ocorrida antes da abertura da estrada para
Caraguatatuba (1952), tratava
sobre a mudança da escola:
da casa do Basílio do Prado,
próximo do Chico Romão, no
começo do morro do cemitério, foi transferida para a casa
da Brandina, que ficava quase no meio da praia, no jundu
da Maranduba. -”Lá tinha uma
mangueira” - recordava um deles. -”Ainda tem!” - Os demais
afirmavam. Dizia o Gildo: - “O
dia da mudança foi em dia de
maré baixa; tudo teve que ser
carregado por nós. Num dia assim, assim como ainda é hoje, a
01 Agosto 2010
Jornal MARANDUBA News
THIAGO MASSAMI SOKABE
boca da barra fica rasa, se passava com água pela cintura”.
- “É mesmo!” -Emendou o Otávio -”Aquelas carteiras de ferro
eram pesadas, mas nós levamos
todas! Até a talha de guardar
água potável foi”. - “Agora tem
duas escolas” -Disse o Chico.
- “Não. A da tia Brandina foi
desativada” - Informou o Gildo.
E continuou: - “Acho que era
demais também. Funcionava a
escola masculina perto da praia
e a escola mista no quintal da
tia Balbina, perto do Andrelino.
Para que tudo isso?”. Depois
de eu me admirar disso (da
existência de duas escolas ao
mesmo tempo), o Gildo acrescentou: -”Em duas ocasiões os
alunos das duas escolas se encontravam: no Dia da Pátria e
no Dia da Bandeira. O professor
comandava um desfile na praia.
Tínhamos de marchar primeiro; depois podíamos brincar à
vontade. Nesses dias especiais
até coca-cola o professor dava
“. Perguntei: - Já existia coca-cola? - “É claro que sim! Era
uma garrafinha pequenininha!
O barco trazia para vender no
armazém do João Pimenta” Exclamou alguém.
Assim eu ia aprendendo: 1)
Teve um tempo em que as meninas não estudavam; depois
vieram as escolas mistas; 2) A
escola era a sala da casa cedida
por um morador, ou seja, não
existia um prédio público para
tal fim; 3) Educação Moral e Cívica já fazia parte do currículo
escolar até mesmo nas condições escolares mais precárias;
4) As empresas multinacionais
alcançavam lugares que até
elas mesmas desconheciam;
5) As plantas eram referências
importantes aos caiçaras. Por
isso, todas as vezes que eu passo na estrada, outrora jundu
da Maranduba, nunca deixo de
olhar para a mangueira discreta
que testemunhou tantas interesantes histórias. Lá está ela;
parece dizer isso: - “Muitos dos
que brincaram em meus galhos
e desfrutaram de minha sombra
já se foram. Eu ainda me conservo em relativo vigor”. Até
acho que deveria constar uma
placa naquele local. Termino
este com uma sugestão de leitura: Ubatuba nos cantos das
praias, de Kilza Setti.
Boa leitura!
José Ronaldo dos Santos
O qué é?
A halitose, nome científico do
mau-hálito, em que consiste nos
odores desagradáveis oriundos
da cavidade bucal ou por meio
da respiração. Podendo ser de
origem local, geral, sistêmica e/
ou emocional, ou seja, é um sinalizador de que algo não vai bem
no organismo.
Qual a causa?
Dentre as causas gerais, destacam-se as de origem respiratória
(exemplos: sinusite e amidalite),
digestiva (exemplo: erupção gástrica, tumores e úlcera duodenal),
metabólica (exemplo: diabetes,
alterações hormonais) e emocional (estresse). Dentre as causas
de origem local, podemos citar o
acúmulo de placa bacteriana, a
cárie e suas sequelas, alterações
gengivais e periodontais, peças
protéticas deterioradas ou mal
adaptadas, alteração na composição e quantidade da saliva e principalmente a saburra lingual. A
saburra é uma camada de restos
alimentares, bactérias e células
descamadas que se acumula sobre a língua dando-lhe um aspecto esbranquiçado. Aproximadamente 85% dos casos de halitose
são de origem local, relacionados
a alterações bucais.
Por que a pessoa que tem halitose muitas vezes não sabe da
sua condição?
Isso ocorre porque o olfato,
assim como a visão, é suscetível
à grande adaptação. Na primeira exposição a um cheiro muito
forte, a sensação pode ser muito intensa, mas dentro de alguns
minutos, o odor quase não é mais
sentido. Dessa forma, as pessoas
são incapazes de avaliar sua própria halitose.
Por que é comum as pessoas apresentarem mau hálito ao
acordar?
O mau hálito matinal é conhecido como halitose fisiológica. Ela
ocorre porque durante o sono a
produção de saliva cai para níveis mínimos, causando a putre-
fação de células descamadas da
mucosa bucal que permanecem
retidas na boca, causando odor
desagradável. Soma-se a isso o
longo período sem a ingestão de
alimentos, diminuindo os níveis
de glicose no sangue e deixando
o hálito com odor cetônico. Outra
forma de halitose fisiológica é o
mau cheiro temporário causado
por algum componente específico da dieta como álcool, cebola e
alho. A halitose fisiológica é uma
condição transitória, geralmente
controlada com uma boa higiene
bucal. O grande problema é a halitose patológica que é muito mais
intensa e persistente.
Como tratar a halitose patológica?
O tratamento deve ser baseado
na correta identificação da causa
(ou causas) que determina a produção dos gases causadores do
mau hálito e na sua eliminação ou
atenuação. A higiene bucal também é fundamental para o sucesso do tratamento, com escovação, uso do fio dental e limpeza
da língua após as refeições e antes de deitar, evitando o acúmulo
de bactérias. Os enxágues bucais
podem ser úteis para a limpeza
de áreas de difícil acesso, como
as amídalas linguais. Deve-se
tomar cuidado com os enxágues
que contêm alta concentração
de álcool, pois podem agravar
quadros de boca seca e ardor, e
contendo clorexidina pois podem
manchar os dentes e provocar alterações do paladar quando usados indiscriminadamente. Além
dos enxágues bucais, das gomas
de mascar sem açúcar e salivas
artificiais podem ser úteis nos
casos em que a pessoa apresentar produção deficiente de saliva.
Uma forma simples de controlar
o mau hálito é beber ao menos
dois litros de água por dia e evitar
o jejum prolongado. Por fim, ter
mau hálito não é normal, portanto, em caso de suspeita procure
um cirurgião-dentista.
Um forte abraço.
Dr. Thiago Massami Sokabe
01 Agosto 2010
Classificados
TABATINGA - Casa térrea/
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e registro) c/ 3 dorms. suítes,
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mureta de 60cm + tela galvanizada, portão de 4m, terreno
plano de 600m, há 900m da
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de acesso ao bairro com água,
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voltagem 110 e 220, com grades (portas e janelas) em ferro
grosso para segurança + projeto completo já aprovado para
construção de Pousada (pavimentos térreo e superior c/ 8
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Localização: passando o Posto
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Tratar c/ Avelino (12) 3849.8876
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Página 11
Jornal MARANDUBA News
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com Marquinhos 9164.4744
--------------------------------------
Aconteceu
Cantinho da Poesia
Fêmea/Macho
Menino de rua
E assim naquela noite ela ficou,
Encolhida no encosto do sofá.
Ele, todo reticente não percebia,
O calor voraz dos sons inaudíveis que...
Pai e mãe, já nem sei se um dia os tive.
Na frígida noite debaixo desta ponte,
Vejo pelos outros que não é assim que se vive.
Mas tento ver esse problema defronte.
Seu corpo emitia.
Naquele silêncio que ele, quase insano,
Só percebia naquele encolhimento,
Medo que por ele,achava, a fêmea sentia.
Talvez seja verdade que exista Deus!
Mas, se existe, por que se esqueceu de mim?
Por que não se preocupou com os problemas meus?
Olhando ao redor, me sinto uma praga num jardim.
Aquela almofada rajada,
Já desbotada...
Escondia traiçoeira...
A fêmea voraz dos sons inaudíveis.
Que vontade de um doce, uma bala, um chocolate!
Tudo que eu como são do lixo algumas sobras.
Lixo dos luxos de outros, mas nada que me mate.
Na hipócrita sociedade, sou um ratinho entre cobras!
Ficaram assim por segundos...
Na sala nem badalos havia.
Queria a fêmea medrosa... Querente do macho,
Afagos por entre as almofadas.
Imagino como deve ser bom no inverno um banho quente.
E coisas normais para todos, para mim um sonho distante.
Um lar, TV, uma pipoca, coisas que não me saem da mente.
Ter com quem dividir um carinho mesmo por um instante!
O macho perdido no seu destrato,
Olhos vazios da solidão de macho,
Incestuoso de sua vontade,
Virtuoso sem necessidades...
Sonho chorar com alguém os mesmos choros,
E assim compartilhar minha tristeza.
Sonho cantar com alguém os mesmos coros,
Em conjunto, cantando da vida a beleza.
Fez-a levantar-se, deixar sons amoitados,
Almofadas estragadas...
Partiu assim... Sozinha,
Como passarinho.
Escondendo-se de seus sons e do macho...
Simples sonhos que talvez jamais se tornem realidade.
Ainda assim, penso não estar vivendo em vão.
Se o destino determinou que seja esta a minha verdade,
Resta-me a alegria de ter no peito um sonhador coração!
Manoel Del Valle Neto
Lourdes Moreira
Foto: James Ricardo
Foto: Altair Gonçalves
A Administração Regional Sul fez a capina e limpeza da estrada da
Folha Seca, na região da Praia Dura.
A falta de sinalização e proteção (guard-rail) vem ocasionando acidentes no Morro do Foge. Precisa alguém morrer para vir a solução?
Fofoca
O jacaré apareceu!
VENDO INSTALAÇÃO de padaria marca Superfecta: masseira, cilindro, modeladora,
forno, balcão seco, geladeira
alto serviço, frizer, balança,
registradora etc. Ótimo Preço! Troco por veículo. Tratar
c/ João 3849-9181/97755063/9171-1838
------------------------------------
Moradores da Maranduba estão encontrando escorpiões pelas
ruas e quintais. Só na Rua 6 foram encontrandos 4 espécies.
Foi capturado pelo comandante Pedro Fofoca o jacaré
da Salete, que havia desaparecido há vários meses.
Depois de examinado pelo
IBAMA, um exame de DNA
comprovou a identidade do
bichinho, que foi levado pelo
Marques e entregue
aos cuidados do Ari
do Afundados Bar.
O bichinho passa bem.
Página 12
Gente da nossa história:
EZEQUIEL DOS SANTOS
Na região norte de Ubatuba, na
praia da Justa (ao lado da Praia
do Ubatumirim) a menina Maria
das Dores Balio Fava “estreava”
para o mundo. Filha de Antonio
Silva Balio e Estefania Balio, ela
nasceu no dia nove de junho de
1914 e seu destino, ou melhor, o
do município, teria boas surpresas. Cedo perdeu a mãe, ficando
aos cuidados de um tio. Seu pai
mudou-se para a cidade e aos 10
anos ela é matriculada no grupo
escolar Dr. Esteves (única escola
da época). Foi lá que ela completou o quarto ano de grupo, como
chamavam naquela época. Já
com o diploma na mão, lecionava
para 1ª e 2ª séries, só que um
outro professor é quem assinava
o ponto, já que não tinha idade
para receber o salário.
Com toda a família, seu pai mudou em 1930, para a Maranduba.
Moça bonita e “prendada” como
era, enamorou-se e casou com
Hilário do Prado em 1936, desta
união, nasceram o Sebastião, a
Cida, o Zezinho, a Ceci, o Toninho, o João, a Dita e a Terezinha.
Carinhosamente chamada por
Mariazinha ela, em 1937, costurou
e confeccionou inúmeras roupas
de cama para o Hotel Idalina Graça, que ficava ali na Praça Exaltação à Santa Cruz e que recebeu
quase todas as autoridades na comemoração do III Centenário de
Ubatuba. Em lembranças de suas
falas, ela recordava-se dos detalhes daquele acontecimento. Após
as comemorações, seu marido recebeu a nomeação de vigilante da
Ilha Anchieta, onde morou com
ele e tiveram sua segunda filha.
Depois foi carcereiro.
Passado esta experiência, mudou-se para o Sertão da Quina
e seu esposo veio trabalhar com
seu pai, João do Prado, no engenho de pinga (onde hoje é o
posto de saúde Izabel Félix dos
Santos). Neste período seu esposo faleceu. Com a situação difícil,
não viu alternativa senão vender
o engenho. Seu pai, vendo a luta
de Maria, convidou-a para morar
na cidade, mas ela não aceitou,
pois tinha muitos filhos e na região poderia criá-los da forma
que Deus permitia. Lavando roupas, fazendo doces e costurando
ela ia sustentando os filhos à beira da praia, onde havia conseguido autorização da Capitania dos
Portos para construir uma casa
(ao lado do Cruzeiro). Na década
de 50, com o inicio da construção
da rodovia, aumentou o serviço
de lavar roupas, já que o numero
de trabalhadores havia aumentado. O telegrafo que tinha só duas
01 Agosto 2010
Jornal MARANDUBA News
Maria Balio: a mulher que virou lenda
linhas, uma na Praia da Justa e
outra na Maranduba, era o único
meio de comunicação de Paraty a
Santos.
Maria Balio casou-se novamente, desta vez com Mario Fava e
tiveram as filhas Julia e Otilia. Ela
sempre foi o elo entre as necessidades dos moradores e os que
tinham por obrigação atendê-los.
Com a ajuda do poder público
ou não, ela era quem resolvia as
coisas. Era adepta dos mutirões,
fortalecendo a estrutura local e
a manutenção dos vínculos fraternais entre as
pessoas.
Muitos
se recordam do
mutirão para a
reconstrução da
igreja que havia
sido derrubada por
um comerciante.
Seu
envolvimento fez com
que conhecesse
muitas pessoas e
foi numa destas
andanças a colaboração de algum
morador que conheceu.
Virgínia Lefreve,
que sabendo de
suas
habilidades
convidou-a
para lecionar na
Caçandoca como
professora leiga,
era 1956. Ela participou do Programa
de Educação Pró e
Saúde de Virginia,
que levava material às escolas
como leite, material escolar e remédios. Era da época
do leite em pedra,
que tinha de bater,
esquentar água e
só depois servir às crianças. Aos
amigos e parentes, ela dizia que
no primeiro dia de aula chegou
atrasada, pois o cavalo que a levava havia caído com ela de uma
“pinguela”. De qualquer forma,
chegou à sala de aula molhada e
a pé. “Todos acham que é mentira
minha principalmente por conta da
data”, recordava.
Os meios de transporte de Maria Balio foram: sandálias, canoa,
cavalo e a bicicleta. O ponto de
encontro da região era sua casa,
todas as autoridades vinham a
ela, que era um excelente cabo
eleitoral. Por conta destas visitas,
Maria Balio recebeu do ex-prefeito
José Fernandes o convite para ela
organizar uma escola no bairro
do Sertão da Quina. Na realidade não foi construída, o prédio foi
o resultado do aproveitamento
de uma antiga casa, que hoje é
a escola que leva o nome de sua
amiga Tereza dos Santos.
Uma vez ela solicitou ao prefeito a troca do telhado da escola,
já que estava em péssimas condições, ele (prefeito) dizia que não
dava para atender. Inconformada
com a decisão, Maria reuniu alguns moradores e pediu que eles
tirassem todo o telhado e amontoassem ali próximo para depois
levarem as suas casas. Então Maria foi à cidade e lá informou ao
prefeito que um vendaval havia
destelhado a escola, e que, mais
do que depressa teriam de trocar
o telhado. O telhado foi tirado, a
telha e as madeiras foram amontoadas. Detalhe: só esqueceram
de levar do local. O prefeito em
visita a escola, olhou aquela situação virou para ela e disse: “Que
vento estranho! Ele amontoa as
telhas e o madeiramento direitinho!”. A situação foi cômica e Maria contou que ela é quem tinha
mandado tirar o telhado. O prefeito depois de rir muito, mandou
construir um telhado novo.
O local era cercado de roças e
os documentos da época vinham
até com o seu nome datilografado: INCRA de fulano de tal, “Aos
cuidados de Dona Maria Balio”.
Podia ser o lugar mais longe da
região, ela fazia questão de entregar. Ela ainda como professora
ia à casa dos pais saber o que havia acontecido com o aluno que
não compareceu a aula no dia anterior. O rio Maranduba, ou Água
Branca vivia inundando a parte
baixa do bairro, era comum, na
hora de ir embora ela enfrentar
enchentes com água pela cintura
depois das aulas. Maria colaborava nas realizações das grandes
festas e procissões dos bairros,
ela foi retratada em muitas fotos.
Em 1956, ela foi convidada pelo
Dr. Alberto Santos
para ser vereadora.
Naquela
época, vereador
não recebia salário. Ela enfrentou
injustamente um
processo de cassação, que não
teve êxito. Sua
atuação
política
falava por si e
com isto almejava
sucesso em suas
empreitadas. Suas
ações fizeram que
fosse eleita por
13 anos consecutivos, nos governos do Dr. Alberto
Santos,
Wilson
Abirached e Ciccilio Matarazzo.
Ela havia ganhado as eleições
com uma votação
expressiva
na época, eleita
com mais de 200
votos, isso na
primeira disputa,
onde se deslocavam para votar
de canoa, a pé
ou com os poucos
cavalos. Pode-se
dizer que ela tinha duas grandes
paixões em sua vida: os filhos e
a vida pública, que é traduzida
como ajudar realmente aos outros. Muitos moradores são frutos dos ensinamentos e ações de
Maria Balio. Ela é responsável por
construções de escolas no Sertão
da Quina, Tabatinga, Lagoinha e
da Maranduba. Na Lagoinha travou uma briga com o prefeito,
que não queria atendê-la. Insistente que era conseguiu que
o prefeito mandasse o material
para a construção da escola, que
era na realidade um galpão aberto, escola esta que duraram três
dias, o vento de “fora” soprou forte demais que entrou no galpão e
ao subir arrancou o telhado. Mesmo assim, ela levou os alunos até
a Fazenda Bom Descanso para
estudarem. A da Maranduba recebeu o nome de Virgínia Lefreve,
que através de um deputado estadual conhecido, solicitou que
fosse dado o nome de sua grande
amiga e pessoa que havia oferecido a ela a oportunidade de ensinar na região.
Ela trabalhou muitos anos na
área da saúde, nesta área ela foi
considerada a “Mãe da Pobreza”,
ela ajudava muita gente, desde
roupas até comida. “Quando faltava médico, dependendo da situação ela atendia os pacientes,
quando o médico vinha, ela passava o ocorrido ao médico e este
lhe dava os parabéns”, diz emocionado Sebastião Jesuíno de Oliveira, 73, que tratava Maria Balio
como sua segunda mãe.
Na época da catástrofe em
Caraguatatuba ela ficou vários
dias no bairro do Getuba sem vir
para casa, sua missão era vacinar
todos que iam e voltavam do trabalho de resgate e apoio as vítimas. Na saúde ela se aposentou.
Sua casa sempre recebeu médicos, políticos, jornalistas e autoridades, foi até sede da casa paroquial. Muitos têm orgulho de tê-la
conhecido, imaginem os filhos?
No dia 23 de julho de 2003, ela
teve uma grata surpresa. A Câmara Municipal de Ubatuba teve
a honra de realizar uma Sessão
Solene em sua homenagem. Lá
compareceu família, amigos, ex-alunos, autoridades, conhecidos, ex-prefeito, imprensa. Feliz,
no microfone ela desabafou: “Eu
pensei que ia embora sem ser reconhecida”. Maria Balio faleceu
no dia 13 de abril de 2005, sua
partida causou comoção no município. Mais uma enciclopédia de
nossa história havia partido, mesmo quem não a conhecia chorou
lágrimas sinceras.
Mulher guerreira, empreendedora, dotada de uma memória
invejável, a frente de seu tempo,
lutadora, de visão ampla e que
virou referencia em Ubatuba de
político, pessoa, mulher, filha, esposa e mãe. Para o ex-vereador
e ex-presidente da Camara de
Ubatuba, Eduardo de Souza Neto,
ela é considerada a personalidade
feminina mais importante do município. Seus esforços, deste os
mais simples aos grandiosos lhe
deram dignidade e muito respeito.
Quem a conheceu se sente iluminado, privilegiado. Quem ouviu
sua voz, tocou em sua mão, caminhou ao seu lado fala de uma
personagem que não faz mais
parte de nossa história, mas sim
diz, em letras maiúsculas, que
MARIA BALIO É A MULHER QUE
VIROU LENDA em Ubatuba.
01 Agosto 2010
Jornal MARANDUBA News
Página 13
Assassinato de mulheres no Brasil: Caso Bruno é apenas mais um caso?
LOURDES MOREIRA
O mês de junho remete
sempre às festas juninas onde
se dança quadrilha e come-se
guloseimas deliciosas! Pena
de este ano ter sido marcado
pela brutalidade do assassinato de Eliza Samudio. Uma
jovem que, segundo a imprensa, queria fazer o teste de DNA
para poder provar que o filho
que tivera era de Bruno, goleiro do Flamengo; um dos times
mais populares do Brasil.
Assassinatos brutais são
como chiclete grudado embaixo da carteira quando fomos
jovens afoitos por esconder o
crime por mascá-lo: ninguém
o tira de lá se não o tirarmos.
Durante estes longos anos, vários chicletes ficaram grudados
em minha memória, mas os
que mais grudaram e grudam
são os envolvendo violência,
principalmente a sofrida pela
mulher cujo réu é o homem.
Fato doloroso envolvendo
Bruno e Eliza leva-me à lembrança do primeiro caso que
me deixou claro que homens
matam sim suas mulheres: o
caso da família Proença.
Era o ano de 1.970. O procurador de justiça Augusto Carlos Eduardo da Rocha Monteiro
Gallo assassinou, em Campinas, sua esposa Margot Proença Gallo. Foi absolvido em dois
julgamentos. O caso, à época,
veio a público meio que na surdina; as pessoas liam pouco os
jornais e televisão ainda era
artigo de luxo para poucos.
O tempo passou e muitos…
muitos crimes contra a mulher
foram cometidos. Abaixo me
reporto a alguns que foram
marcantes nestes anos:
-Doca Street assassinou Ângela Diniz, no ano de 1.976,
em Búzios e, julgado, foi condenado a 15 anos de prisão;
- O cantor Lindomar Castilho
assassinou Eliana de Grammont
em 1.981, em São Paulo e foi
condenado a 12 anos e 2 meses;
- O ator Guilherme de Pádua
assassinou a atriz Daniella Perez no final do ano de l.993 e
ficou preso por apenas 7 anos;
- O promotor de justiça Igor
Ferreira da Silva assassinou
Patrícia Aggio Longo em 1.998,
em Atibaia. Foi condenado a
16 anos e 4 meses ficando foragido durante 8 anos;
- O jornalista Pimenta Neves assassinou Sandra Gomide, no ano 2.000, em Ibiúna e
permanece em liberdade mesmo após ser réu confesso;
- No ano de 2.008 vimos
estarrecidos a jovem Eloá de
apenas 15 anos ser assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves.
Neste ano de 2.010 Mércia
Nakashima desapareceu engolida pelas águas de uma represa e o corpo de Eliza ainda
não foi encontrado.
Relaciono casos marcantes
porque foram e, na maioria
deles, noticiados constantemente pela imprensa. Exploração que chega a desgastar
os tímpanos de expectadores
levando-os à exaustão. Mas,
e os casos que não foram noticiados porque não dariam
IBOPE? Seriam apenas mais
um caso de violência contra a
mulher e os meios de comunicação não teriam “lucro” com
os mesmos? Seriam muitos…
muitos casos e prejuízo certo.
É importante que a imprensa noticie estes fatos conclamando os poderes constituídos
para o grave e vergonhoso
número de vítimas que temos
tido diariamente e não apenas como se o caso fosse circo contínuo de detalhes nem
sempre verossímeis. É primordial que sejam noticiadas pesquisas fidedignas como o estudo “Mapa da Violência no Brasil
2.010”, realizada pelo Instituto
Zangari com base no banco de
dados do SUS onde aponta que
10 mulheres são assassinadas
por dia em nosso país.
Nossas mulheres estão sendo mortas ou por seus companheiros ou por seriais killers
que ficam na moita e às suas
espreitas. Na maioria das vezes por homens próximos a
elas e, principalmente, morando junto a elas.
A Lei Maria da Penha aí está
e deve ser cumprida na íntegra. Todo caso de violência
contra a mulher deve ser in-
vestigado ato contínuo após
um boletim de ocorrência.
Não podemos mais protelar as
investigações e as denúncias.
Todo vizinho ou amigo deve
denunciar mesmo que anonimamente casos de violência
contra a mulher.
Mulheres morrem após
temerem
denunciar
seus
companheiros, mas outras
morreram e morrem após
denunciá-los como Eliza Samudio que registrou boletim
de ocorrência em outubro de
2.009 contra o goleiro Bruno
e morreu em junho de 2.010.
Tanto tempo depois! Sandra
Gomide e Mércia Nakashima
também haviam feito o registro antes da morte, para elas
quase certeiro, mas não para
os poderes responsáveis pela
vida destas mulheres.
Temos que tirar o chiclete
da incompetência ao respeito
e à dignidade das mulheres
que correm risco de vida a
cada minuto em qualquer canto de nosso país. Temos que
reestruturar uma sociedade
machista onde a rejeição, a
independência feminina ou o
não querer assumir filhos sejam motivo para assassinatos
torpes que deixam filhos e famílias em completa orfandade.
Que o caso Bruno não seja
apenas mais um caso. É urgente… urgentíssimo!!!
Lourdes Moreira é Profª
da Rede Municipal e Estadual
Página 14
Jornal MARANDUBA News
01 Agosto 2010
Aprenda direito em 1 minuto, mano... Loja de Maridos
Vendedor Sacana
Você lê uma sentença no Diário da Justiça e fica completamente
perdido? Acha a linguagem forense de outro planeta?
ENTÃO, MANO, SEUS POBREMAS ACABARO:
VAI AI UMA TRADUÇÃO DOS IMPORTANTE DIALETOS JURíDICO
PARA A LíNGUA DOS MANO...
1- Princípio da iniciativa das partes - ‘faz a sua que eu faço a minha’
2 - Princípio da fungibilidade - ‘só tem tu, vai tu mesmo’ (parte da
doutrina e da jurisprudência entende como sendo ‘quem não tem cão
caça com gato’).
3 - Sucumbência - ‘a casa caiu !!!’, ‘o tambor girou pro seu lado’
4 - Legítima defesa - ‘tomou, levou’.
5 - Legítima defesa de terceiro - ‘deu no mano, leva na oreia’.
6 - Legítima defesa putativa - ‘foi mal’.
7 - Oposição - ‘sai batido que o barato é meu’.
8 - Nomeação à autoria - ‘vou cagoetar todo mundo’.
9 - Chamamento ao processo - ‘o maluco ali também deve’.
10 - Assistência - ‘então brother, é nóis.’
11 - Direito de apelar em liberdade - ‘fui!’ (parte da doutrina entende como ‘só se for agora’).
12 - Princípio do contraditório - ‘agora é eu’.
13 - Revelia, preclusão, perempção, prescrição e decadência - ‘camarão que dorme a onda leva’.
14 - Honorários advocatícios - ‘cada um com seus pobremas’.
15 - Co-autoria, e litisconsórcio passivo - ‘passarinho que acompanha morcego dá de cara com muro’,
16 - Reconvenção - ‘tá louco, mermão. A culpa é sua’.
17 - Comoriência - ‘um pipoco pra dois’ ou ‘dois coelhos com uma
paulada só’.
18 - Preparo - ‘então..., deixa uma merrequinha aí.’
19 - Deserção - ‘deixa quieto’.
20 - Recurso adesivo - ‘vou no vácuo’.
21 - Sigilo profissional - ‘na miúda, só entre a gente’.
22 - Estelionato - ‘malandro é malandro, e mané é mané’..
23 - Falso testemunho - ‘X nove...’.
24 - Reincidência - ‘porra mermão, de novo?’.
25 - Investigação de paternidade - ‘toma que o filho é teu’.
26 - Execução de alimentos - ‘quem não chora não mama’.
27 - Res nullius - ‘achado não é roubado’.
28 - De cujus - ‘presunto’.
29 - Despejo coercitivo - ‘sai batido’.
30 - Usucapião - ‘tá dominado, tá tudo dominado’.
Numa cidadezinha do interior, um vendedor precisa
pousar lá e vai para o único
hotel da cidade, mas que,
infelizmente, não tem mais
vaga.
- Dá um jeito, por favor, eu
preciso dormir, nem que seja
uma cama apenas.
O recepcionista responde:
- Olha, tenho um quarto
com duas camas, onde está
hospedado um sujeito que me
disse que gostaria de rachar
as despesas com alguém. Mas
tenho que avisá-lo, ele ronca
até não mais poder. Tanto é
que os vizinhos me telefonam
se queixando de que não conseguem dormir.
- Sem problema, fico com o
quarto, preciso dormir!
O recepcionista apresenta
os hóspedes um ao outro e diz
que o jantar está servido, para
quem quiser.
No dia seguinte, o vendedor desce ao restaurante para
tomar café e, contrariando as
expectativas, está bem disposto..
O recepcionista pergunta:
- O senhor conseguiu dormir?
- Sem problemas!
- Mas os roncos não atrapalharam?
- Nada! Ele não roncou nem
por um minuto.
- Como assim?
- Bom, foi simples, o sujeito já estava dormindo quando
entrei no quarto, então me
aproximei da cama dele e beijei a bunda dele, dizendo:
- ‘Boa noite, coisinha linda’.
E o sujeito passou a noite toda sentado na cama me
olhando, assustado com medo
de dormir.
A luva e a calcinha
Um jovem estudante, ao passar em uma loja em São Paulo
resolveu comprar um belo par de luvas para enviar a sua jovem namorada, ainda virgem, de família tradicional mineira, a
quem muito respeitava. Na pressa de embrulhar, a moça da
loja cometeu um ‘pequeno’ engano, trocando as luvas por uma
CALCINHA!
O jovem, não notando a troca, enviou o presente via SEDEX
junto com a seguinte carta:
São Paulo, 23 de maio de 2009.
Querida:
Sabendo que dia 12 próximos é o Dia dos Namorados, resolvi
te mandar este presentinho.. Embora eu saiba que você não
costuma usar (pelo menos eu nunca te vi usando uma), acho
que vai gostar da cor e do modelo, pois a moça da loja experimentou e, pelo que vi, ficou ótima.
Apesar de um pouco larga na frente, ela disse que é melhor
assim do que muito apertada, pois a mão entra com mais facilidade e os dedos podem se movimentar à vontade. Depois de
usá-la, é bom virar do avesso e colocar um pouco de talco para
evitar aquele odor desagradável.
Espero que goste, pois vai cobrir aquilo que breve irei pedir
ao teu pai, além de proteger o local em que colocarei aquilo que
você tanto sonha.
Foi inaugurada em New York a The Husband Store, uma nova
e incrível loja, onde as damas vão escolher um marido. Na entrada, as clientes recebem instruções de como a loja funciona:
Você pode visitar a loja APENAS UMA VEZ!
São seis andares e os atributos dos maridos à venda melhoram à medida que você sobe os andares.
Mas há uma restrição: pode comprar o marido de sua escolha
em um andar ou subir mais um.
MAS NÃO PODE DESCER, a não ser para sair da loja, diretamente para a rua.
Assim, uma dama foi até a loja para escolher um marido.
No primeiro andar, um cartaz na porta:
Andar 1 - Aqui todos os homens têm bons empregos.
Não se contentando, subiu mais um andar...
No segundo andar, o cartaz dizia:
Andar 2 - Aqui os homens têm bons empregos e adoram crianças.
No terceiro andar, o aviso dizia:
Andar 3 - Aqui os homens têm ótimos empregos, adoram
crianças são todos bonitões.
“Uau!”, ela disse, mas foi tentada e subiu mais um andar.
No andar seguinte, o aviso:
Andar 4 - Aqui os homens têm ótimos empregos, adoram
crianças, são bonitos e adoram ajudar nos trabalhos domésticos.
“Ai, meu Deus”, disse a mulher, mas continuou subindo.
No andar seguinte, o aviso:
Andar 5 - Aqui os homens têm ótimos empregos, adoram
crianças, são bonitões, adoram ajudar nos trabalhos domésticos, e ainda são extremamente românticos.
Ela insistiu, subiu até o 6º andar e encontrou o seguinte aviso:
Andar 6 - Você é a visitante número 31.456.012 neste andar.
Não existem homens à venda aqui. Este andar existe apenas
para provar que as mulheres são impossíveis de agradar. Obrigado por visitar a Loja de Maridos.
Loja de Esposas
Posteriormente, abriu uma loja do outro lado da rua, a Loja de
Esposas, também com seis andares e idêntico regulamento para
os compradores masculinos.
No 1º andar, mulheres que adoram fazer sexo.
No 2º andar, mulheres que adoram fazer sexo e são muito
bonitas.
Os andares 3, 4, 5 e 6 nunca foram visitados.
ANUNCIE
(12) 3843.1262
01 Agosto 2010
Página 15
Jornal MARANDUBA News
Túnel do Tempo
Coluna da
Por Adelina Campi
Duas Histórias, Dois Destinos
“Julgamos a nós mesmos pelo que nós somos capazes de fazer, enquanto os outros nos julgam pelo que já fizemos...”
1ª História
Certa vez um garoto entrou
na sala de emergência de um
hospital depois de ter sido atropelado. O motorista que o socorreu, ao ser interpelado para
efetuar o depósito necessário
ao atendimento, informou que
não possuía, naquele momento, dinheiro ou cheque que
pudesse oferecer em garantia,
mas certamente, se o hospital
aceitasse, poderia efetuar o
depósito na primeira oportunidade. O atendente, na impossibilidade de liberar o atendimento, mas, com a vantagem
de ter um dos diretores do hospital, que também era médico,
de plantão naquele momento,
resolveu consultá-lo.Todavia,
por não ter dinheiro nem garantias para o tratamento, não
liberou o atendimento, fato
que levou a criança atropelada
a falecer. O diretor, novamente
chamado para assinar o atestado de óbito do garoto, ao chegar para o exame cadavérico,
descobre que o garoto atropelado era seu filho, que poderia
ter sido salvo, se tivesse recebido atendimento.
cisava atravessar para a outra
pista. Naquela hora, à vontade
de Antonio foi de xingá-lo e impedir sua passagem, mas logo
pensou:
- Coitado! Se ele está tão nervoso e apressado assim... Vai
ver que está com um problema
sério e precisando chegar logo
ao seu destino, pensando assim, foi diminuindo a marcha e
deixou-o passar.
Chegando em casa, Antonio
recebeu a notícia de que seu
filho de três anos havia sofrido
um grave acidente e fora levado ao hospital pela sua esposa.
Imediatamente seguiu para lá
e, quando chegou, sua esposa
veio ao seu encontro e o tranqüilizou dizendo:
- Graças a Deus está tudo
bem, pois o médico chegou a
tempo para socorrer nosso filho. Ele já está fora de perigo.
Antonio, aliviado, pediu que
sua esposa o levasse até o médico para agradecer-lhe. Qual
não foi sua surpresa quando
percebeu que o médico era
aquele senhor apressado para
o qual ele havia dado passagem!
2ª História
Antônio, um pai de família,
um certo dia, quando voltava do trabalho, dirigindo num
trânsito
bastante
pesado,
deparou-se com um senhor
que dirigia apressadamente.
Vinha cortando todo o mundo
e, quando se aproximou do
carro de Antônio, deu-lhe uma
tremenda fechada, já que pre-
Duas histórias, dois destinos
“Esteja sempre alerta para
ajudar o próximo, independentemente de sua aparência ou
condição financeira”.
“Procure ver as pessoas além
das aparências”.
Imagine que por trás de uma
atitude, existe uma história,
um motivo que leva a pessoa
a agir de determinada forma.”
1992
Saudade das festinhas na quadra da escola...
1994
Saudade das “Damas” Olga Sisla e Mia Mafalda
1982
Cuidado Zé! Tá pegando o troféu errado...
1995
1994
Qualquer semelhança é mera coincidência...
1993
1993
“Chupa-Cabra” gostaria de ter o sorriso do “Prego”
1996
Se chovesse, não dava pra ir ao Boteco do Povo...
1991
1995
1996
Quando a bicicleta do Tião Pedro
sumia, a gente já sabia...
Zequinha Giraud bem que tentava, mas o Bruxa era especialista no
passinho do requebra. Passito pra frente... Passito pra tráz...
1996
1991
Vanusa arrepiava nas nights
E tinha marinheiro que gostava de atracar bem pertinho da praia...

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