argélia - Embaixada de portugal em Argel

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argélia - Embaixada de portugal em Argel
MERCADOS
ARGÉLIA
UM MERCADO PRIORITÁRIO
Mercado de grande dimensão e com uma economia principalmente suportada pelo
sector dos hidrocarbonetos, a Argélia tem em curso um Plano Quinquenal (2010/2014)
que, com um orçamento de 280 mil milhões de dólares, abre um leque de oportunidades
para a exportação e investimento portugueses.
O forte incremento das exportações nacionais para a Argélia é, aliás, revelador do
interesse que este mercado desperta junto das empresas portuguesas, cuja presença
no país tem sido mais visível no sector das obras públicas e construção. Outros sectores,
porém, merecem a atenção das empresas nacionais, com destaque para as tecnologias de
informação e comunicações, o ambiente, o agro-alimentar, os têxteis-lar, o mobiliário, a
metalomecânica e a distribuição.
As análises do Embaixador de Portugal em Argel, António Gamito, e do director do
escritório da AICEP na Argélia, João Renano Henriques.
28 // Setembro 13 // Portugalglobal
MERCADOS
ARGÉLIA…AQUI AO LADO!
DESCUBRA ESTE MERCADO
POR ANTÓNIO GAMITO, EMBAIXADOR DE PORTUGAL EM ARGEL
Embaixador António Gamito
Gostaria de começar por agradecer à
Administração da AICEP ter escolhido
o mercado da Argélia como “capa”
da sua revista de Setembro de 2013,
atestando desta forma a importância
deste mercado para as empresas portuguesas, assim como as potencialidades
que para elas encerra. Espero depois
que o texto consiga ajudar e encorajar
os operadores económicos nacionais a
porem a Argélia no seu radar de interesses. Sem a sua acção, os objectivos
de desenvolvimento, aprofundamento e diversificação do relacionamento
económico e comercial bilaterais prosseguidos pelo Embaixador de Portugal
em Argel estarão sempre limitados.
BREVE CARACTERIZAÇÃO
DO AMBIENTE INTERNO
E EXTERNO EM QUE SE
INSERE A ACTIVIDADE DA
EMBAIXADA/AICEP
Num momento em que a maioria dos
países do Norte de África atravessa um
período conturbado, a Argélia dispõe de
estabilidade política. A segurança ao nível doméstico e das suas fronteiras, assim
como a gestão das receitas provenientes da venda do petróleo e do gás, que
permite garantir a paz social, subsidiar o
consumo e lançar grandes programas de
“A relação com Portugal é
desejada e a vontade de a
desenvolver, aprofundar e
diversificar é estratégica.”
desenvolvimento multissectoriais, são os
pilares de sustentação do Estado. O país
dispõe de uma estrutura económica maioritariamente pública e burocratizada, a par
de um tecido empresarial privado ainda
incipiente, mas em forte crescimento.
O governo argelino aprovou um plano
quinquenal de desenvolvimento para
2010-2014 de 286 mil milhões de
dólares americanos. Em muitos sectores de actividade já são conhecidas as
enormes estimativas de investimento
até 2030. O objectivo é o de desenvolver programas de diversificação da
economia para diminuir a dependência
dos hidrocarbonetos e das importações. A fórmula preferencial utilizada
para o efeito passa pelo recurso a parcerias. Através da criação de empresas
mistas, onde a maioria do capital (51
por cento) é argelino e a gestão é entregue à sociedade estrangeira, ficando
esta obrigada a transferir tecnologias, a
formar recursos humanos e a criar emprego. As necessidades argelinas, pressionadas por uma população de mais
de 37 milhões de pessoas, são imensas e em todos os sectores. Apesar dos
esforços do governo argelino para as
satisfazer localmente, as importações
de bens e de serviços continuarão a ser
vitais para o desenvolvimento económico e a estabilidade social do país nos
anos vindouros.
A RELAÇÃO COM PORTUGAL
A relação com Portugal é desejada e a
vontade de a desenvolver, aprofundar e
diversificar é estratégica. Poucos países
assinaram, como nós em 2005, Tratados de Boa Vizinhança, de Amizade e
de Cooperação com a Argélia. Outro
exemplo. Apresentei as minhas cartas
credenciais ao Presidente Bouteflika em
20 de Março passado, 4 dias depois de
ter chegado a Argel, facto nunca antes
verificado e que, na minha opinião, prova bem o interesse do governo argelino
no relacionamento com o nosso país.
Estas intenções foram aliás reiteradas
nos encontros que naquela ocasião tive
com o Ministro dos Estrangeiros e o Presidente argelinos. E mais tarde com mais
15 Ministros e outros altos funcionários
argelinos de diferentes áreas. Posso as-
Portugalglobal // Setembro 13 // 29
MERCADOS
Embaixador de Portugal em Argel com o Ministro argelino do Desenvolvimento Industrial da Promoção do Investimento, Amara Benyounes, e o ex-ministro dos Correios e das TIC, Moussa Benhamadi.
sim afirmar que Portugal é aqui considerado como fazendo parte de “uma
primeira divisão de países”.
O enquadramento jurídico existente e
em negociação, assim como as deslocações regulares de governantes dos
dois países, atestam uma maturidade
relacional que não conhece contenciosos e que também por isso dispõe de
bastante espaço para crescer.
A Argélia, pela proximidade geográfica (menos de duas horas de voo entre
as duas capitais e 3/4 ligações directas
por semana), pela estabilidade interna,
pelo poder de compra e investimento
assente nas receitas com a venda do
petróleo e gás que, repito, asseguram
a paz social, subsidiam o consumo e financiam inúmeros projectos de desenvolvimento multissectoriais, tem vindo
a ganhar relevo no contexto das exportações e deslocalizações portuguesas
(mais de 300 empresas exportam para
a Argélia e mais de 80 estão aqui instaladas). O governo argelino está a par
desta situação e encoraja-a, reconhecendo as nossas capacidades e vantagens comparativas em certas áreas, e
preferindo parcerias, técnicos e tecnologias portuguesas.
30 // Setembro 13 // Portugalglobal
De acordo com as estatísticas do INE,
as exportações nacionais têm crescido
regularmente nos últimos anos (taxa de
crescimento médio anual de 26,1 por
cento nos últimos 5 anos), atingindo em
2012 o valor de 430 milhões de euros, o
“O enquadramento jurídico
existente e em negociação,
assim como as deslocações
regulares de governantes
dos dois países, atestam uma
maturidade relacional que não
conhece contenciosos e que
também por isso dispõe de
bastante espaço para crescer.”
que colocou a Argélia como o 14º destino dos nossos bens e serviços. O primeiro semestre deste ano registou um aumento significativo (mais 68,4 por cento
do que em igual período de 2012), colocando provisoriamente o país como o
13º destino das exportações nacionais.
O efeito do aumento das nossas exportações, conjugado com a diminuição
das nossas importações de gás (Portugal
compra à Argélia menos de metade das
suas necessidades) resultou já neste momento num saldo da balança comercial
positivo a nosso favor.
DIVERSIFICAÇÃO
DA COOPERAÇÃO E
INICIATIVAS INSTITUCIONAIS
A política de diversificação da cooperação que aqui prossigo, designadamente
nos domínios da agricultura, TIC, energia e minas, habitação e urbanismo,
indústria, infra-estruturas desportivas,
obras públicas, pescas, recursos hídricos, transportes e turismo, não deixará
de contribuir para abrir mais oportunidades a mais empresas nacionais para
exportarem os seus bens e serviços e
para aqui se instalarem, beneficiando
de um mercado de mais de 37 milhões
de consumidores e da possibilidade de
os canalizarem sem direitos para outros
países do mundo árabe.
É neste contexto que se torna fundamental a realização até ao final do ano
em Argel do Grupo de Trabalho Económico Conjunto, a organização da IV
Cimeira bilateral, também em Argel,
MERCADOS
antes das eleições presidenciais de
Abril de 2014 e, num futuro próximo,
a visita de Estado do Presidente da República Portuguesa, no seguimento da
realizada pelo seu homólogo argelino a
Lisboa em 2005. Estou absolutamente
convencido de que o efeito conjugado
da concretização destes importantes
eventos não deixará de alavancar os
nossos interesses económicos e empresariais crescentes no país.
DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO
DA EMBAIXADA/AICEP
Do ponto de vista económico e comercial, os destinatários da acção da
Embaixada/AICEP são o governo e outras entidades públicas argelinas, com
quem dialogamos com vista ao desenvolvimento, aprofundamento e diversificação da relação bilateral; as empresas públicas ou privadas argelinas que
procuram parcerias com congéneres
portuguesas e que desejam importar os
seus bens e serviços; as companhias nacionais exportadoras ou instaladas no
mercado argelino, a quem prestamos
informações, e para quem se identificam, promovem e facilitam oportunidades de negócio; os cidadãos argelinos requerentes de vistos Schengen
para Portugal, onde se deslocam para
negócios, a quem devemos dar um
atendimento de qualidade e sem discriminação, assim como conceder respostas com celeridade, captando para
o nosso país novos fluxos de natureza
económica e comercial; e os quadros e
trabalhadores portugueses, residentes
ou em circulação, prestando-lhes um
serviço de atendimento de qualidade e
eficiente, e garantindo-lhes uma eficaz
protecção consular.
Por todas estas razões, defendo uma
maior aproximação entre as empresas nacionais e os serviços do Estado
português em Argel. Tal atitude justifica-se para conhecermos a realidade
macroeconómica e social do país e as
respectivas necessidades; para organizarmos melhor a oferta nacional, criando dimensão e promovendo de forma
adequada os bens que produzimos e
os serviços que oferecemos; para cativarmos de forma mais eficiente os decisores, públicos e privados, e os operadores económicos argelinos que aqui
representam os interesses das empresas portuguesas, assim contribuindo
para as credibilizar; e para aproximar
Portugal dos argelinos e aumentar a
nossa visibilidade no Argélia.
CUSTOS DE CONTEXTO
A relação com a Argélia também tem
os seus custos de contexto. Sabemos
que as instituições financeiras interessadas, por via dos créditos documentários, garantias bancárias ou outros
instrumentos e mecanismos, devem
estabelecer novos limites e novas facilidades de apoio às empresas portuguesas, potenciando a sua acção neste
mercado. Sabemos que é importante
reduzir os custos com a legalização de
documentos necessários, por exemplo,
à submissão de propostas no quadro
de concursos públicos. Sabemos que é
preciso pôr em aplicação o acordo sobre dupla tributação, que está a penalizar as empresas nacionais, assim como
terminar a negociação do acordo sobre
segurança social. Sabemos que temos
que combater medidas proteccionistas
tomadas pelas autoridades argelinas e
ultrapassar a burocracia local, estando,
designadamente com a U.E., a tentar
resolver este problema. Sabemos que
é necessário continuar a trabalhar no
“A Argélia, pela proximidade
geográfica (…), pela estabilidade
interna, pelo poder de compra
e investimento assente nas
receitas com a venda do petróleo
e gás que asseguram a paz
social, subsidiam o consumo e
financiam inúmeros projectos de
desenvolvimento multissectoriais,
tem vindo a ganhar relevo no
contexto das exportações e
deslocalizações portuguesas.”
sentido de se concluir um processo de
facilitação de vistos a favor de portugueses e argelinos. Sabemos que é
relevante tornar mais céleres os repatriamentos de capitais. Sabemos que a
concorrência que aqui enfrentamos é
grande e cada vez mais forte. Por isso,
estamos a trabalhar com todas as entidades envolvidas para resolver as matérias referidas ou, pelo menos, reduzir o
seu impacto no ambiente de negócios.
Em suma, diria que entre as vantagens
e as desvantagens existentes no mercado argelino, as primeiras se sobrepõem
largamente às segundas. Por isso, convido os operadores económicos e comerciais portugueses a apostarem na
Argélia como um país de destino para
os seus bens e serviços. Estou, como
toda a Embaixada/AICEP, à vossa disposição e fico à espera do vosso contacto ou visita em Argel. Como aqui
se diz, “shukrah” (obrigado) e “salam
alaykum” (a paz esteja convosco).
Portugalglobal // Setembro 13 // 31
MERCADOS
UM PARCEIRO IMPORTANTE
>POR JOÃO RENANO HENRIQUES, DIRECTOR DO ESCRITÓRIO DA AICEP NA ARGÉLIA.
A Argélia é o maior país africano em
área e conta com uma população de
cerca de 37 milhões. A sua economia
é a maior da região do Magrebe e uma
das mais importantes do continente
africano, muito concentrada na produção de hidrocarbonetos, proporcionando um dos rendimentos per capita mais
altos em África (5.700 dólares).
A economia argelina tem evidenciado
um comportamento bastante favorável
ao longo dos últimos anos, em resultado, fundamentalmente, do bom desempenho do sector do petróleo e do
gás, que representa cerca de 70 por
cento das receitas do Estado, 40 por
cento do produto interno bruto (PIB) e
98 por cento das exportações.
Constituindo o sector dos hidrocarbonetos o principal suporte da actividade económica do país, todas as vertentes da vida
económica e social têm beneficiado da
forte subida dos preços destes produtos.
No entanto, a crise internacional também
atingiu a Argélia e colocou em evidência
a forte dependência da sua economia do
sector oil & gas e a sua vulnerabilidade
face a factores externos, particularmente
aos preços internacionais.
O aumento do preço do petróleo em
2010 permitiu apoiar os grandes projectos de investimento e dinamizar o
consumo, tendo-se verificado uma recuperação da actividade económica da
ordem de 3,4 por cento.
Os diversos sectores da economia continuaram a crescer, particularmente a construção e as obras públicas (representam 9
por cento do PIB), induzidos pelo ambicioso programa de investimentos do governo em infra-estruturas e na construção de
habitações. Também o sector dos serviços,
que representa cerca de 23 por cento do
PIB, evoluiu favoravelmente, beneficiando
da melhoria verificada em termos de segurança interna, o que ajudou a alavancar
o crescimento económico do país.
32 // Setembro 13 // Portugalglobal
rarem emprego (a taxa de desemprego
em 2012 ultrapassou os 10 por cento),
possam contribuir para uma substituição
das importações e um desenvolvimento
mais rápido da economia argelina, que
nos últimos 5 anos já registou uma taxa
média de crescimento significativa.
“As oportunidades para as
empresas portuguesas são
vastíssimas e nos mais variados
sectores. Efectivamente, não
estando a ainda incipiente
indústria local em condições
de responder à significativa
procura de uma população de
mais de 37 milhões, os bens de
consumo e de equipamento são
na sua maior parte originários
do exterior.”
Apesar de ser um país muito dependente
do exterior e importador de todo o tipo
de bens, o saldo proporcionado pelas
suas significativas exportações de gás e
petróleo tem possibilitado uma acumulação excepcional de reservas em divisas
que estão disponíveis para sustentar um
ambicioso plano de investimentos orçamentado em 280 mil milhões de dólares
– Plano Quinquenal 2010/2014.
Para a viabilização desse Plano, as autoridades argelinas contam com os investidores estrangeiros para trazer o
know-how de que o jovem país tanto
necessita, através da criação ou recuperação de unidades de produção com
parceiros locais que, para além de ge-
É nesse sentido que recentemente o governo argelino, através do seu Ministério
do Desenvolvimento Industrial e da Promoção do Investimento, abriu a possibilidade a empresas estrangeiras, individualmente ou em parceria com argelinas, de
se candidatarem a projectos de desenvolvimento tecnológico/industrial em 18
fileiras da indústria.
Estas fileiras abrangem os mais diversos
sectores da indústria argelina que se
listam a seguir: Têxteis e Confecções,
Peles e derivados, Madeira e Mobiliário,
Produtos Siderúrgicos e Metalúrgicos,
Materiais de Construção, Cabos e Produtos Eléctricos, Produtos Electrónicos e
Electrodomésticos, Produtos Farmacêuticos e de Parafarmácia, Petroquímica e
Química Industrial, Aeronáutica, Mecânica Automóvel, TIC, Novas Tecnologias,
Construção e Reparação Naval, Indústria Agroalimentar, Indústria e Sistemas
de Transportes, Urbanização, Tratamentos de Águas e Lixos e Dessalinização.
As empresas estrangeiras interessadas
nos referidos projectos beneficiarão de
MERCADOS
uma plataforma de assistência, incentivos e acompanhamento, que integra
representantes do Ministério da Indústria, da ANDI (Agência de Investimento
sob sua tutela) e das organizações patronais e sindicais.
Existem contudo alguns aspectos que
as empresas estrangeiras e particularmente as portuguesas devem tomar
em consideração, com destaque para o
grande peso do sector público na economia. Daqui resulta uma organização
centralizada e hierarquizada, limitativa
da iniciativa privada, o que constitui
um entrave de peso a um desenvolvimento mais rápido do país e até à actuação das empresas no terreno.
Sempre que os departamentos do Estado
ou as empresas públicas pretendam adquirir bens ou serviços de maior dimensão, fazem-no através de Concursos Nacionais ou Internacionais. Neste domínio,
a procura dos cadernos de encargos tem
vindo a aumentar por parte das nossas
empresas, quer das exportadoras quer
das instaladas na Argélia. Estes concursos
são divulgados em Portugal através da
AICEP e podem ser adquiridos e enviados directamente da sua representação
em Argel para os interessados.
No que respeita ao sector privado, ele
é dominado por alguns grupos mais
centrados no agro-alimentar, na grande distribuição e no sector imobiliário e hotelaria, assim como por PME.
As empresas estrangeiras que queiram investir no sector privado devem
preocupar-se em identificar parceiros
de confiança. A Lei do Investimento
estrangeiro obriga a que a maioria do
capital das sociedades mistas seja de
origem argelina (51 por cento / 49 por
cento), apesar da gestão poder ser da
responsabilidade do sócio estrangeiro.
OPORTUNIDADES
DE NEGÓCIO
CONSELHOS
ÚTEIS ÀS
EMPRESAS
Apontadas as condicionantes do mercado, deve ser referido que, existindo
as disponibilidades financeiras já mencionadas e com tanto ainda por fazer,
as oportunidades para as empresas
portuguesas são vastíssimas e nos mais
variados sectores. Efectivamente, não
estando a ainda incipiente indústria local em condições de responder à significativa procura de uma população de
mais de 37 milhões, os bens de consumo e de equipamento são na sua maior
parte originários do exterior.
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seus representantes comerciais.
E embora o sector de actividade onde
tradicionalmente Portugal está mais
presente seja o das obras públicas e
construção civil, quer através das suas
empresas lideres em obras de grande
envergadura como o Metro de Argel,
quer através de exportações de materiais, máquinas e equipamentos para o
sector, existem outros onde o espaço
para penetração é enorme e há que
apostar, como por exemplo as Tecnologias de Informação e Comunicações, o
Ambiente, o Agro-alimentar, os Têxteislar, o Mobiliário, a Farmacêutica, a Metalomecânica e a Distribuição.
t3BDJPOBMJ[BSBMPHÓTUJDBFPUSBOTporte das mercadorias.
Entretanto é de salientar uma vantagem importante para as empresas que
pretendam vender para a Argélia: o risco financeiro das operações de exportação é mínimo, já que a legislação do
país determina que todas as importações sejam cobertas por carta de crédito irrevogável, sem dúvida uma evidente segurança para quem exporta.
so e com um potencial de crescimento
ao qual as nossas empresas não deverão
nem estão a ficar indiferentes.
Em conclusão, existindo uma relação
institucional excelente entre os dois países e sendo o mercado argelino tão dependente do exterior para satisfazer as
necessidades da sua população, estão
reunidas as condições necessárias para
que os empresários portugueses apostem neste mercado vizinho do norte de
África, que está a menos de duas horas
de Portugal, com três ligações aéreas semanais directas entre Argel e Lisboa. A
Argélia é assim um país próximo do nos-
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país.
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sobre a organização do sector de
actividade/região onde se pretende investir.
t*EFOUJmDBÎÍP EPT QBSDFJSPT SFVnindo o máximo de informação
sobre a sua idoneidade e peso
no mercado.
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com os operadores locais recorrendo a apoio jurídico se necessário.
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sectoriais para ganhar visibilidade da sua oferta.
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manter contacto com a Embaixada / AICEP.
t$POWJEBSPTQPUFODJBJTDMJFOUFTBWJsitar as suas unidades em Portugal.
A evolução recente das exportações de
Portugal para a Argélia, com um aumento de cerca de 70 por cento no primeiro
semestre de 2013, é um sinal inequívoco de que estamos em presença de um
mercado prioritário e com reconhecido
potencial de expansão para os produtos
e empresários portugueses.
Escritório da AICEP
em Argel
7, Rue Mohamed Khoudi, El-Biar
B.P. 266 - 16035 Hydra – Argel
ARGELIA
Tel.: +213 21 791 920
Fax: +213 21 92 5313 / 791885
[email protected]
Portugalglobal // Setembro 13 // 33
MERCADOS
BES COM PRESENÇA NA ARGÉLIA
O Banco Espirito Santo (BES) alargou a sua internacionalização à Argélia, no âmbito
de uma política de estabelecimento de parcerias que lhe permite acompanhar de
perto os interesses dos seus clientes e simultaneamente reforçar a sua presença
naquele mercado do Norte de África.
O Banco Espirito Santo (BES), no âmbito de uma estratégia de apoio aos processos de internacionalização dos seus
clientes, seja em actividades ligadas à
exportação, seja nos seus projectos de
investimento, criou uma Unidade especializada em determinados mercados
emergentes, designada Unidade International Premium (UIP), coordenada
por Ricardo Bastos Salgado.
A UIP é um Departamento de vocação
internacional que se encontra subdivido por Desks Internacionais Regionais
lideradas por especialistas nas respectivas Regiões – África, América Latina,
Ásia e Médio Oriente, Europa de Leste,
Norte de África e Turquia.
A Desk Norte de África, liderada por
Elisa David, segue com especial relevo
a Argélia, país onde tem desenvolvido
importantes relacionamentos com entidades públicas e privadas. Este quadro directivo da UIP, também responsável pela Turquia, tem uma presença
constante neste mercado desde 2006,
acompanhando os interesses dos clientes do BES quer localmente quer a partir de Portugal.
Neste contexto, o BES estabeleceu um
Acordo de Partenariado com o primeiro banco argelino, o Banque Exterieure
d’Algérie (BEA) e relações de privilégio
com alguns outros bancos argelinos
com quem trabalha diariamente, sobre-
tudo em operações de Trade Finance,
actividade onde o BES tem uma quota
de mercado de cerca de 30 por cento.
Adianta Elisa David que o BES, em sociedade com o BEA, acaba de abrir ao
público, em Argel, uma Sociedade de
Leasing Luso-argelina, a ILA – Ijar Leasing, que tem o banco argelino sócio
maioritário, correspondendo assim à
exigência da lei argelina em vigor. A
ILA é uma empresa especializada exclusivamente em corporate e abrange os
ramos mobiliário e imobiliário.
Até ao final deste ano estará em estudo mais um projecto do BES na Argélia,
de novo em sociedade com o BEA e
nos mesmos moldes exigidos pela legislação argelina.
“O BES orgulha-se de poder contribuir
para o reforço das históricas relações
existentes entre os dois países e trazer
um novo ‘apport’ a essas mesmas relações”, afirma Elisa David, acrescentando que, nesse domínio, é de realçar a
recente Missão Comercial organizada
pelo BES, sob o signo do partenariado
luso-argelino e envolvendo os sectores
de materiais de construção e alimentar, que levou a Argel 75 empresários
daqueles dois ramos, possibilitando o
contacto com cerca de 300 empresas
argelinas que acorreram ao Hotel El
Aurassi no dia 26 de Junho passado.
O BES é o banco português mais internacionalizado, estando presente em 25
países de entre os quais Angola, Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Venezuela, Macau.
Elisa David
Executive Vice President & Head North Africa Region, BES
[email protected]
34 // Setembro 13 // Portugalglobal
MERCADOS
TEIXEIRA DUARTE
SÓLIDA PRESENÇA NO MERCADO ARGELINO
A Teixeira Duarte está presente na Argélia desde 2003, com vários projectos no
sector da construção, principalmente na área das obras públicas e infra-estruturas. A
empresa investiu cerca de 73,5 milhões de euros no mercado argelino até 2012, sendo
seu objectivo chegar a um volume de negócios anual de 200 milhões de euros, como
reflexo da posição consolidada que mantém naquele país.
Actualmente com três obras em curso
na Argélia, a Teixeira Duarte tem já em
carteira três novos projectos neste país,
cuja execução se prevê para breve, segundo revelou Ricardo Acabado, Delegado da Administração para a Argélia.
De acordo com o mesmo responsável,
até final de 2012, a empresa investiu na
Argélia um montante total de 73,5 milhões de euros, tendo em 2012 atingido um volume de negócios perto de 57
milhões de euros – que representaram,
nesse ano, 4,1 por cento da actividade
do Grupo –, prevendo-se um aumento
desta percentagem para 2013. A Teixeira Duarte tem, aliás, a expectativa
de alcançar um volume de negócios no
sector da construção neste país a rondar os 200 milhões de euros/ano.
O volume de negócios da Teixeira Duarte no mercado argelino, nos últimos
quatro anos, variou entre os 101,6
milhões e os 56,7 milhões de euros, o
mesmo se passando em relação ao número de colaboradores que passou de
829 em 2009 para 404 em 2012.
Quanto aos principais projectos, a Teixeira Duarte tem presentemente em fase de
conclusão uma obra, em agrupamento,
para a construção de 78 quilómetros de
via rodoviária com perfil de auto-estrada
e, prossegue com a construção de uma
estação subterrânea do Metro de Argel
e a construção de 65 quilómetros de via
férrea (incluindo a sua electrificação) da
linha Thénia/Tizi Ouzou.
A Teixeira Duarte tem igualmente já atribuídos provisoriamente três projectos
cuja execução se antevê para um futuro
próximo, que envolvem a execução das
instalações e equipamentos de exploração do lote Oeste da auto-estrada EsteOeste, a realização de uma residência
oficial em Constantine e a construção da
estação de tratamento de águas residuais domésticas da cidade de Ali Mendjeli.
“Reforçar a presença consolidada da
Teixeira Duarte na Argélia, com base
na nossa capacidade e na confiança em
nós depositada pelo Estado argelino,
através da realização de novas obras
nos principais sectores onde já estamos
implantados” são os principais objectivos da Teixeira Duarte para o mercado
argelino, afirma Ricardo Acabado.
O Delegado da Administração do Grupo
na Argélia adianta que a empresa pretende prosseguir a actuação nos domínios
das obras de geotecnia, das rodoviárias
com perfil de auto-estradas, incluindo
obras de arte (pontes, viadutos, túneis) e
das obras hidráulicas (barragens, alimentação de água, estações de tratamento
de águas potáveis e águas residuais),
bem como executar na Argélia outras
empreitadas que marcam o seu curriculum de 90 anos de actividade no mundo,
Portugalglobal // Setembro 13 // 35
MERCADOS
tais como portos e aeroportos, obras ferroviárias (linhas ferroviárias, Metro e Metro de superfície); obras para habitação/
ensino e outras edificações (habitação,
escolas, equipamentos sociais), edifícios
na área da saúde (realização de hospitais
e centros de saúde) e ainda de obras de
reabilitação de edifícios urbanos.
Vantagens e desvantagens
do investimento
situdes, que constituirão apenas mais
um desafio à altura das capacidades e
da experiência da empresa”, afirma Ricardo Acabado concluindo que, nesse
contexto, “estamos optimistas e acreditamos que o futuro da Teixeira Duarte
continuará a abranger também o mercado argelino, sendo inquestionável o
contributo que este mercado pode dar
para manter que a Teixeira Duarte continue a ultrapassar os constrangimentos
económicos conjunturais – como o fez
ao longo dos seus mais de 90 anos de
história – e que, nesta fase resultam essencialmente da crise financeira internacional e designadamente à paralisia do
sector em Portugal”.
mento feito pela Teixeira Duarte ao longo dos anos na Argélia, nomeadamente
porque, como refere Ricardo Acabado,
a Teixeira Duarte tem um conhecimento consolidado do mercado argelino,
conhece bem as empresas locais, tem
obra feita com aceitação, credibilidade
e respeito das entidades argelinas e capacidade de adaptação e inovação.
Desde 2003 que a Argélia constitui um
objectivo estratégico da Teixeira Duarte
no âmbito da sua internacionalização,
processo que tem vindo a consolidar
naquele mercado. São vários os factores
favoráveis a essa consolidação, como
aponta o Delegado da Administração
da empresa, que cita, designadamente,
o facto de se tratar de um mercado de
grande dimensão, com planos quinquenais muito ambiciosos, e onde tecido
empresarial nacional é insuficiente.
O mesmo responsável indica, porém,
algumas dificuldades da actividade
neste mercado, cada vez mais exigente, como sejam a preferência nacional
dada às empresas de capital argelino
até 25 por cento, a maior percentagem
de concursos públicos só para empresas nacionais, a valorização da moeda
local nos concursos internacionais, a
forte concorrência internacional de países orientais (China, Coreia, Turquia),
e ainda a crise no mercado espanhol.
O actual desenvolvimento de uma economia de mercado e do investimento
privado ajudam a potenciar o investi-
A Teixeira Duarte defende, no entanto,
que “as vantagens do mercado argelino
ultrapassam largamente as suas vicis-
Teixeira Duarte
Argélia
Parc Miremont - Rue A, Nº 136 Bouzareah
16000 Alger
Tel.: +213 219 362 83
Fax: +213 219 365 66
[email protected]
www.teixeiraduarte.pt
RELACIONAMENTO ECONÓMICO
PORTUGAL – ARGÉLIA
A Argélia tem vindo a ganhar relevo no contexto das exportações portuguesas, que
têm crescido regularmente nos últimos anos, sendo de realçar o aumento significativo
verificado no primeiro semestre deste ano, de que resultou um saldo da balança
comercial favorável a Portugal.
Em 2012, a Argélia foi o 14º cliente dos
bens portugueses, com uma quota de
0,94 por cento. Enquanto fornecedor
o seu posicionamento também melhorou nos dois últimos anos, ocupando o
como cliente, para 13º, e uma descida
enquanto fornecedor, para 20º lugar.
14º lugar da tabela de fornecedores em
2012, correspondente a mais de 1,4
por cento das importações portuguesas. Já em 2013, no primeiro semestre,
verificou-se uma subida da posição
O saldo da balança comercial bilateral
é tradicionalmente desfavorável a Por-
BALANÇA BILATERAL - COMÉRCIO DE BENS
2008
2009
2010
2011
2012
Var %a
12/08
2012
Jan/Jun
2013
Jan/Jun
Var %b
13/12
181.189
197.445
212.960
358.010
427.752
26,1
183.286
308.584
68,4
Importações
706.684
274.938
269.373
776.204
799.050
32,0
308.424
201.924
-34,5
Saldo
-525.495
-77.493
-56.412
-418.194
-371.298
--
-125.138
106.659
--
25,6%
71,8%
79,1%
46,1%
53,5%
--
59,4%
152,8%
--
Exportações
Coef. Cobertura (%)
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Unidade: Milhares de euros
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012; (b) Taxa de variação homóloga 2012-2013
2008 a 2011: resultados definitivos; 2012 resultados preliminares 3ª revisão; 2013: resultados preliminares 1º apuramento
36 // Setembro 13 // Portugalglobal
MERCADOS
tugal, dado que a Argélia tem um peso
considerável no fornecimento de hidrocarbonetos, ocupando o 7º lugar no
ranking de fornecedores, correspondente a 6,5 por cento das importações
totais destes produtos em 2012.
Segundo dados do Instituto Nacional de
Estatística (INE), verifica-se que ao longo
dos últimos cinco anos as exportações
portuguesas para Argélia aumentaram
significativamente e de forma contínua,
o que se traduziu numa taxa de crescimento médio anual de 26,1 por cento.
Em 2012, as exportações atingiram um
montante de 427,8 milhões de euros,
correspondente a um acréscimo de 19,4
por cento face ao ano anterior. Essa tendência manteve-se nos primeiros seis
meses deste ano, com as exportações a
crescerem 68,4 por cento face a idêntico período de 2012.
Por outro lado, o valor das importações provenientes da Argélia, muito
dependente das compras de hidrocarbonetos, revelou um crescimento médio anual de 32 por cento no período
2008-2012, tendo atingido cerca de
799,1 milhões de euros no último ano
(o montante mais elevado do período).
Já este ano, no período em consideração, as importações da Argélia caíram
34,5 por cento, de que resultou um saldo da balança comercial positivo para
Portugal e um coeficiente de cobertura
de quase 153 por cento.
mento de 65,9 por cento, e surgindo
o grupo das máquinas e aparelhos em
terceiro lugar, com uma variação negativa de menos 21,6 por cento.
Ainda segundo o INE, o número de
empresas portuguesas que exportaram para a Argélia passou de 234, em
2008, para 313 em 2012.
Ao nível das importações portuguesas
com origem na Argélia, é de destacar o
enorme peso dos produtos energéticos,
com o grupo dos combustíveis minerais
a representar 93,6 por cento do total
importado em 2012 (97 por cento em
2008). Destes, cerca de 98,2 por cento
correspondem à aquisição de óleos brutos de petróleo e 1,8 por cento referemse a importações de gás de petróleo e
outros hidrocarbonetos gasosos.
No âmbito dos serviços, e de acordo
com os dados do Banco de Portugal,
constata-se que, no último ano, a Argélia ocupou o 39º lugar enquanto cliente de Portugal (tendo absorvido 0,1 por
“Em 2012, as exportações
atingiram 427,8 milhões de
euros, aumentando 19,4 por
cento face ao ano anterior.
Essa tendência manteve-se nos
primeiros seis meses deste ano,
com as exportações a crescerem
68,4 por cento face a idêntico
período de 2012.”
Os bens de equipamento e os produtos
intermédios são claramente dominantes na estrutura das exportações portuguesas para a Argélia, com os metais
comuns e as máquinas e aparelhos a
representarem, no seu conjunto, 62,5
por cento do total em 2012. Se considerarmos ainda os minerais e minérios
(16,7 por cento) e as pastas celulósicas
e papel (10 por cento), constatamos
que os quatro principais grupos de produtos representam aproximadamente
90 por cento das exportações totais.
cento das vendas totais ao exterior) e
posicionou-se em 46º como fornecedor, o que representou uma queda de
dois lugares face a 2011, quer como
cliente quer como fornecedor. A balança de serviços bilateral é normalmente
favorável a Portugal; em 2012 o saldo
atingiu 9,9 milhões de euros.
No primeiro semestre de 2013, registou-se um aumento de 86,4 por cento
nos metais comuns, face a período homólogo de 2012, passando os minerais
e minérios a ser o segundo grupo de
produtos mais exportado, com um au-
Nos últimos cinco anos tanto as exportações como as importações tiveram
uma evolução positiva, que se traduziu
num crescimento médio anual de 14,6
por cento e 11,88 por cento, respectivamente. Em 2012 as exportações
registaram uma ligeira diminuição face
ao ano anterior (menos 0,4 por cento),
alcançando cerca de 18,2 milhões de
euros, enquanto as importações aumentaram 30,6 por cento, fixando-se
em 8,2 milhões de euros.
Esta situação inverteu-se no primeiro
semestre deste ano, com a balança bilateral a apresentar um saldo desfavorável
a Portugal e com a Argélia a subir à 22ª
posição como fornecedor de serviços
ao nosso país. No total, as exportações
de serviços portugueses para a Argélia
cifraram-se em cerca de 13,1 milhões de
euros no período em referência, contra
21,3 milhões de importações.
No que respeita aos fluxos de investimento, e segundo o Banco de Portugal, o investimento português na Argélia é consideravelmente superior ao
investimento argelino em Portugal, que
não tem expressão no total do investimento estrangeiro no nosso país.
Em 2012, a Argélia ocupou o 23º lugar
da tabela dos destinos do investimento
português no exterior, com uma quota
de 0,12 por cento, tendo descido uma
posição relativamente ao ano anterior.
No período compreendido entre 2008
e 2012, o investimento directo português (IDPE) na Argélia atingiu 80
milhões de euros (média anual de 16
milhões de euros) enquanto o desinvestimento se elevou a 257,5 milhões
de euros, resultando daí um investimento líquido negativo de cerca de
177,5 milhões de euros.
De registar, porém, que no primeiro
semestre deste ano o IDPE na Argélia
ascendeu a 12,3 milhões de euros, valor superior ao total investido em 2010
(cerca de 11 milhões de euros). O investimento líquido manteve-se negativo
nos 4,8 milhões de euros.
Embora a Argélia não se encontre
entre os principais destinos do investimento português no exterior, existe
um número assinalável de empresas
portuguesas instaladas no mercado,
nomeadamente nos sectores da construção e obras públicas, engenharia,
consultoria, materiais de construção e
indústria alimentar.
Portugalglobal // Setembro 13 // 37
MERCADOS
ARGÉLIA EM FICHA
Data da actual Constituição: Novembro
de 1976, revista em 1989 e 1997.
Argel
Risco geral - BB
Principais partidos políticos: Frente de
(AAA = risco menor; D = risco maior)
Libertação Nacional (FLN), anteriormente
Risco político - B
o
único
partido
legal;
Congregação
Nacional Democrática (RND); Frente das
Argélia
Risco País:
Risco de estrutura económica – BB
Forças Socialistas (FFS); Congregação para
“Ranking” em negócios: Índice 4,96
a Cultura e Democracia (RCD); Movimento
(10 = máximo)
da Reforma Nacional (Islah, Islamista);
”Ranking” geral: 75 (entre 82 países)
Movimento da Sociedade para a Paz (MSP,
Islamista) e Partido dos Trabalhadores (PT).
As últimas eleições legislativas realizaramse em Maio de 2012, tendo sido a FLN a
Risco de crédito: 3
(1 = risco menor; 7 = risco maior)
(COSEC – Fevereiro 2013)
força mais votada.
Área: 2.381.741 km2
População: 37,1 milhões de habitantes
(est. Office National des Statistiques - 2012).
Densidade populacional: 15,6 hab./km2
(estimativa 2012)
Designação oficial: República Democrática
e Popular da Argélia
Capital: Argel - 4,8 milhões de habitantes,
incluindo área metropolitana (est. 2007).
Grau de abertura e dimensão relativa
do mercado (2011):
Exp. + Imp. / PIB = 59,3% (EIU)
Outras cidades importantes: Oran (1,2
milhões), Constantine (0,8 milhões) e
Imp. / PIB = 22,6% (EIU)
Annaba (0,6 milhões).
Imp. / Imp. Mundial = 0,26% (OMC)
Religião: o Islamismo é a religião oficial.
Língua oficial: árabe. São também falados
Chefe do Estado: Abdelaziz Bouteflika (eleito
pela terceira vez em Abril de 2009). Próximas
eleições presidenciais em Abril de 2014.
o francês e o berbere.
Primeiro-ministro: Abdelmalek Sellal
Fontes: The Economist Intelligence
Unit (EIU) - ViewsWire February 1st
2013; Country Report February 2013,
Unidade monetária: Dinar argelino (DZD)
Organização Mundial de Comércio (OMC);
1 Euro = 103,1998 DZD (Banco de Portugal
Banco de Portugal; COSEC – Companhia de
- final de Fevereiro de 2013)
Seguros de Crédito.
EMBAIXADA DE PORTUGAL
EM ARGEL
INSTITUTO HALAL DE PORTUGAL
FUNDAÇÃO – FIP
Rue Mohamed Khoudi, 7
El-Biar, Alger – ARGÉLIA
Tel.: +213 219 25582 / 92 4076
Fax: +213 219 25313
[email protected]
www.embaixadaportugalargel.com
(Certificação Halal)
Palmela – PORTUGAL
Tel.: +351 212 110 530
Fax. +351 212 110 539
[email protected]
http://halal.org.pt
MINISTÉRE DU DEVELOPEMENT
INDUSTRIEL ET DE LA PROMOTION
DE L´INVESTISSEMENT
ENDEREÇOS ÚTEIS
EMBAIXADA DA ARGÉLIA
EM PORTUGAL
Rua Duarte Pacheco Pereira, 58
1400-140 Lisboa – PORTUGAL
Tel.: +351 213 041 520
Fax: +351 213 010 393
[email protected]
www.emb-argelia.pt
EMPRESA MK4B
(Certificação Halal)
Lisboa – PORTUGAL
Telemóvel: +351 933 603 015
[email protected]
38 // Setembro 13 // Portugalglobal
El-Biar – ARGÉLIA
Tel.: +213 219 043 / 23 90 50
Fax: +213 212 39428 / 23 06 74
www.mipmepi.gov.dz
DIRECTION GENERAL DES DOUANES
AGENCE NATIONALE POUR
LE DÉVELOPPEMENT DE
L’INVESTISSEMENT – ANDI
Alger-Argélia
Tel.0021321725959
Fax:0021321725975
[email protected]
www.douanes.dz
Alger – ARGÉLIA
Tel.: +213 215 22014 / 63
Fax: +213 215 22017
[email protected]
www.andi.dz
MINISTÈRE DU COMMERCE
AGENCE NATIONAL DE PROMOTION
DU COMMERCE EXTERIEUR
Alger – ARGÉLIA
Tel.: +213 218 90074/75/…85
Fax: +213 218 90034
[email protected]
www.mincommerce.gov.dz
Alger - ARGÉLIA
Tel.: +213 215 21210
Fax: +213 215 21126
[email protected]
www.algex.dz

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