Baixe a revista

Transcrição

Baixe a revista
Décio Carbonari, presidente da ANEF,
aborda o momento do crédito para veículos
#63
2015
NOVEMBRO/DEZEMBRO
Revista
Bola de Cristal
Resgatamos as principais expectativas que o
setor de locação e a indústria automobilística
tinham no começo de 2015 para conferir quais
viraram realidade nesse final de ano
Esclarecemos as dúvidas das locadoras sobre o Código de Trânsito
Deciframos os mistérios e os segredos do Audi A3 Sedan 1.4
1
ABLA e SEST/SENAT criam novo curso para qualificar locadoras
2
Carta do Presidente
Dever cumprido
UM DOS GRANDES DESAFIOS de qualquer associação é conseguir alcançar os seus associados e mostrar o volume de trabalho que é desenvolvido diariamente em benefício do setor. Com a ABLA não é diferente.
Durante este ano, para defender os direitos, para gerar vantagens comerciais, para capacitar profissionais e também para estimular o crescimento e a demanda por locação de veículos, a ABLA dedicou esforços
que precisam e que merecem ser ressaltados e reconhecidos.
Conselheiros, diretores regionais e as equipes internas em São Paulo
e em Brasília passaram o ano com olhos abertos e mangas arregaçadas
para aproximar a ABLA de todos os seus associados, assim como dos
mais importantes parceiros de negócios do nosso setor. Tivemos de enfrentar os desafios que bateram em nossas portas por meio de ações e de
realizações concretas.
A associação reformulou completamente seus instrumentos de comunicação.
Pelo décimo terceiro ano consecutivo, produziu e lançou o Anuário da Indústria
do Aluguel de Automóveis, aperfeiçoando a coleta de números e estatísticas do
setor. A Revista Locação também foi 100% renovada e foram criadas novas ferramentas para contato direto com os associados, entre elas as mensagens pelo
celular (SMS), avisando as locadoras sobre condições comerciais diferenciadas
para compra de veículos, produtos e serviços.
Junto com isso, ainda implantamos uma linha telefônica (0800) para os associados, que agora podem falar com a ABLA sem ter de pagar por ligações
interurbanas. E mantivemos o envio dos e-mails marketing, aperfeiçoando o
conteúdo e tornando o visual dos comunicados mais atrativo.
Também foram significativas as inovações no mais importante evento do nosso setor. O Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis foi realizado
a partir de um novo conceito e com temas 100% voltados para o associado. Na
área comercial, tiramos os estandes grandiosos para abrir espaço para o modelo
de Rodadas de Negócios, a exemplo do que é feito nos principais eventos de
locação dos Estados Unidos. E, ainda dentro da área comercial, a ABLA passou a
contar com o trabalho de um diretor exclusivo para reavaliar e ampliar os convênios com os parceiros de negócios, principalmente as montadoras e os bancos.
Muito importante lembrar que, durante o ano, os associados também tiveram a chance de participar de mais de 20 cursos de capacitação, em praticamente todas as capitais do Brasil. E que, para os advogados das locadoras
associadas, ainda realizamos a segunda edição do Fórum Jurídico da Indústria
do Aluguel de Automóveis, debatendo soluções para as questões de legislação
que impactam diretamente o nosso setor.
Em 2015, a ABLA cumpriu a missão de permanecer focada, organizada, atenta e estimulada em relação a todos os assuntos que envolvem o dia a dia das
locadoras. Disso faz parte o impulso dado para a ABLA Jovem, responsável por
trazer os sucessores das locadoras para o convívio associativo. Os resultados
dessas e de muitas outras ações fizeram com que a ABLA praticasse os reais
benefícios da integração. Prova da eficiência desse trabalho foi a entrada de
novos associados e o retorno de locadoras importantes para o quadro associativo, ampliando ainda mais a dimensão da ABLA como grande representante
nacional do setor.
Apostamos na mudança, na renovação e na governança corporativa para
melhorar o que precisava ser melhorado e para definir as ações e os projetos
que deviam ser ampliados. Muito foi feito, e muito mais há para fazer. Para isso,
que venha o Ano Novo e que ele traga ainda mais motivação para o nosso setor.
Boas festas a todos os associados e que juntos saibamos enfrentar os muitos
desafios que 2016 promete nos trazer.
Paulo Nemer
Presidente do Conselho Nacional da ABLA
3
Ano XI • Nº 63 • novembro/dezembro 2015
18
Capa
As previsões de retração nos
negócios se concretizaram em
2015? E para o próximo ano,
quais as perspectivas? Veja o
que entidades e representantes
de locadoras têm a dizer
08
Na Frente
ABLA implanta novo
serviço para atendimento
ao associado
10
Ao Volante
Envolvidos em acidentes
podem fazer BO eletrônico
nas estradas
16
Por Dentro
Audi A3 Sedan
bicombustível, agora
fabricado no Brasil
22
Perspectivas
O impacto da alta do dólar
16
26
Manutenção
34
Rent a Car
28
Entrevista
37
Segurança
31
Serviços
38
Negócios
Ganhos com a direção
defensiva
Décio Carbonari, da ANEF,
enxerga benefícios na
concessão de crédito por parte
dos bancos de montadoras
Veja como funciona o
mapeamento de vagas em
estacionamentos para
veículos de locadoras
4
Clandestinos deturpam o negócio
de locação
Apropriação indébita ainda
não possui cobertura específica.
Conheça alternativas, com o
consultor William Nemer
Na berlinda, os sites especializados
em gerar reservas de produtos e
serviços turísticos
31
Use o leitor QR Code do
seu smartphone para
acessar o site da ABLA.
40
Tira-Teima
Consultor jurídico do Sindloc/BA
mostra algumas nuances do Código
Brasileiro de Trânsito
44
Qualificação
ABLA realiza curso-piloto de gestão
de frotas, em parceria
com o SEST/SENAT
46
ABLA Jovem
Em 2016, novos eventos para sucessores das locadoras
48
Seminovos
Procedimentos corretos para
desmobilizar veículos sinistrados
50
Contabilidade
Renovação da frota exige cuidados,
conforme opção tributária
51
Cadastro
Inclusão do celular nos dados
cadastrais da ABLA pode garantir
ótimos negócios
54
52
Jurídico
Esclarecimentos sobre o
PIS/COFINS e respectivos
créditos
54
Brasil Viagem
Um “milagre” no litoral
alagoano
56
Diálogos
58
As lições de 2015
58
Fim de Papo
Adeus ano velho,
feliz Ano Novo
por Alberto Faria
5
A ABLA tem sempre
novidades para
seus associados.
Fique conectado e
acompanhe.
Expediente
CONSELHO GESTOR
Paulo Nemer (Presidente do Conselho
Nacional), Carlos Cesar Rigolino Jr.
(Vice-Presidente do Conselho Nacional),
Alberto Faria, Carlos Faustino, Emanuel
Trigueiro, José Adriano Donzelli,
Marcelo Fernandes, Nildo Pedrosa,
Paulo Gaba Jr., Paulo Miguel Jr.,
Raimundo Teixeira (in memoriam), Saulo
Froes e Simone Pino.
CONSELHO GESTOR (SUPLENTES):
Bernard da Costa Teixeira, Celio
Fonseca, Gustavo do Carmo Azevedo,
José Emilio Houat, José Zuquim
Militerno, João José Regueira de Souza,
Leonardo Soares, Luiz Carlos Lang,
Márcio Castelo Branco Gonçalves e
Valmor Emilio Weiss.
CONSELHO FISCAL:
Alvani Laurindo, Eduardo Correa da
Silva, Eládio Paniágua Jr., Jacqueline
Moraes de Melo, Marco Aurélio
Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim
Espírito Santo.
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES):
Lusirlei Albertini, Marco Antonio de
Almeida Lemos, Marconi José de
Medeiros Dutra, Nilson Oliveira Silva e
Paulo Hermas Bonilha Júnior.
COORDENAÇÃO GERAL:
Alberto Faria e Olivo Pucci.
PUBLICIDADE:
Jorge Pontual e Francine Evelyn
(11) 5087-4100.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS
DE AUTOMÓVEIS – ABLA SÃO PAULO:
Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar
04011-904 – São Paulo/SP
(11) 5087.4100 | [email protected]
Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J
edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A
70070-010 – Brasília – DF. (61) 3225-6728
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REVISTA LOCAÇÃO – COORDENAÇÃO
Editorial: Em Foco Comunicação
11 3816.0433 | [email protected]
Editor: Nelson Lourenço
Textos: Nelson Lourenço, Ana Candida,
Priscilla Oliveira, Kaiqui Macaulay
Revisão: Tarcila Lucena
Arte: Leandro Cagiano
Tiragem: 3.500 exemplares
Impressão: Hawaii Gráfica & Editora
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Editorial
Previsões que
se cumpriram
CAROS LEITORES,
Capa:
Nesta edição a Revista Locação
mostra quais foram as previsões
que se concretizaram em 2015, com
base nas estimativas da Anfavea,
Fenabrave e Fenauto
Neste final de ano, vamos tentar evitar – pelo menos aqui,
nesta apresentação da edição número 63 – aquela palavrinha de cinco letras que assombrou todo mundo ao longo
de 2015. Aquela que os mais otimistas dizem ser sinônimo
de oportunidade.
Encarada pelo viés positivo ou não, o impacto dela
pôde ser detectado em praticamente todos os setores
da economia brasileira, apesar de a indústria da locação
ter se mostrado um dos raros segmentos que conseguiu
manter suas compras, investindo em veículos, pneus, peças, lubrificantes e serviços, além de tomar financiamentos junto ao sistema bancário.
Nessa edição, temos notícias animadoras a serem
compartilhadas, com informações preciosas para o negócio de locação, seja no âmbito da segurança, da tecnologia e da contabilidade. Assim, cumprimos nosso papel
de fortalecer a qualificação das locadoras nesse momento
atribulado da economia, em que as previsões de aperto
nos negócios e investimentos se confirmaram, conforme
podemos comprovar na reportagem de capa (página 18).
Anfavea, Fenabrave e Fenauto reavaliaram o comportamento do mercado e foram unânimes em não arriscar
uma previsão mais incisiva para 2016, um ano aguardado
com muitas dúvidas e incertezas. Dirigentes de locadoras
enfatizam as dificuldades que se acirraram, como o aperto
no crédito e a consequente ampliação do período médio
para a renovação da frota.
Como se não bastasse o cenário desafiador para quem
empreende, antigos problemas continuam causando desequilíbrio concorrencial para as locadoras de automóveis. É o caso das chamadas ’clandestinas’, que se mantêm na irregularidade e chegam a assustar clientes do
rent a car que pretendiam usufruir de serviços atenciosos
e qualificados (página 34).
Num plano geral, há que se destacar que 2015 foi
marcado pela realização de um Fórum ABLA muito mais
dinâmico e focado no desenvolvimento de parcerias comerciais, além de uma verdadeira revolução na revista
Locação, que passou a ter 60 páginas e um novo tratamento gráfico e editorial.
A revista Locação tornou-se muito mais moderna e
atrativa e esta é uma notícia que merece ser comemorada.
Os Editores
7
Na Frente
“0800” ABLA
“Uma associação forte se faz a partir da aproximação com o associado, aliada
à qualidade dos serviços prestados de forma contínua”
Patrícia Oliveira, assistente comercial da ABLA
QUANDO É PARA FACILITAR a vida das locadoras associadas, a ABLA não para de inovar.
Dessa vez, fez isso com o 0800 777 4200, um
telefone fácil, gratuito e exclusivo para as locadoras associadas solicitarem serviços, tirarem
dúvidas e consultarem todos os benefícios que
têm direito na associação.
As ligações já podem ser feitas de segunda a
quinta-feira, entre 9h e 18h e, nas sextas-feiras, entre 9h e 17h. O serviço atende chamadas de todas
as regiões do Brasil, exceto prefixo 11, desde que
feitas exclusivamente a partir de telefones fixos.
Conforme Alberto Faria, conselheiro gestor
da ABLA responsável pela área de comunicação com os associados, “a novidade garante
maior eficiência ao trabalho de atendimento e
contribui para a comodidade do associado, que
agora sequer precisa pagar a tarifa de ligação
interurbana para fazer contato com a ABLA”, explica. Basta deixar anotado na agenda o número 0800 777 4200 e ligar gratuitamente sempre
que precisar.
Na prática, a iniciativa cria mais um canal de
acesso direto à ABLA para que as associadas
resolvam questões administrativas, comerciais,
financeiras e operacionais, entre outras. Para
atender aos chamados, a ABLA conta com profissionais nas áreas administrativa, financeira,
comercial e operacional.
Alberto Faria ressalta que o novo serviço significa a todo o quadro associativo mais um importante passo na garantia de acesso à ABLA. “Essa
iniciativa favorece principalmente aquelas locadoras mais distantes das sedes de São Paulo e
de Brasília”, acrescenta o conselheiro gestor.
O serviço é mais um diferencial da ABLA.
Trata-se de trabalhar para o fortalecimento da
associação, estimulando a aproximação com
as locadoras associadas e assim fortalecendo
ainda mais o ambiente associativo. O ‘0800’
é mais um canal de comunicação direta que
a ABLA dispõe para as locadoras, dentro da
responsabilidade de ajudar em relação à qualidade dos serviços que a associação presta. “O
objetivo principal do novo serviço é exatamente esse”, acrescenta Alberto Faria. “Uma associação forte se faz a partir da aproximação com
o associado, aliada à qualidade dos serviços
prestados de forma contínua”.
Certamente, trata-se de um importante instrumento de aproximação com as locadoras associadas, oferecendo não apenas informações
sobre processos, mas também sobre seus direitos e serviços que estão disponíveis na ABLA.
Vale lembrar
Para as locadoras associadas da
Grande São Paulo e para as ligações
feitas de todo o Brasil a partir de telefones celulares, a ABLA também segue atendendo via PABX – (11) 50874100, no horário comercial.
8
9
Ao Volante
Boletim eletrônico nas rodovias federais
ENVOLVIDOS EM ACIDENTES leves
em rodovias podem registrar ocorrência pela internet. É que a PRF
(Polícia Rodoviária Federal) lançou a
e-DAT (Declaração Eletrônica de Acidente de Trânsito). O novo serviço
permite que uma pessoa que tenha
se envolvido em algum acidente sem
vítimas faça uma ocorrência pela internet. A declaração vale para acidentes que ocorram nas rodovias federais sob a responsabilidade da PRF e
pode ser feita em até 60 dias depois
do ocorrido. A declaração substitui o
boletim elaborado pessoalmente pelos policiais rodoviários federais.
Peugeot preparada para o Rally Dakar
A PEUGEOT anunciou mudanças no
jipe 2008, que vai disputar o próximo Rally Dakar, a partir de janeiro
de 2016. O modelo terá nova carenagem e capô para a competição, além
de entrada de ar redesenhada para
melhorar a aerodinâmica. Segundo
a montadora, a alteração tem o objetivo de melhorar o equilíbrio do
downforce entre a dianteira e a traseira do modelo, que foi batizado de
2008 DKR16. Além disso, a mudança deixa o jipe com aparência muito
mais robusta que aquela verificada
no modelo anterior.
EcoSport muda de olho no mercado de SUVs
PRESIDENTE DA FORD para a América Latina, Steve Armstrong confirmou que o Ford
EcoSport passará por mudanças com o objetivo de recuperar a posição de destaque
no mercado de SUVs. Algumas novidades
puderam ser vistas em outubro, quando a
montadora apresentou a nova versão do utilitário com motor 1.6 e câmbio automático
Powershift de dupla frenagem e o aumento
de 13 cavalos de potência no motor 1.6 Sigma.
Para 2016, está prevista a reestilização no
design, que ficará mais próximo ao utilitário
Edge, e o novo motor 1.5 de três cilindros
com 130 cavalos.
10
Ao Volante
Duster Oroch tem perfil latino-americano
DERIVADO de um verdadeiro SUV,
o Renault Duster fabricado em São
José dos Pinhais (PR) foi desenvolvido pela RTA (Renault Technology
Américas), que tem o objetivo de criar
produtos voltados às necessidades e
ao perfil do consumidor latino-americano. O modelo traz suspensão traseira multilink em todas as versões,
entre-eixos mais amplo em relação
ao Duster e dirigibilidade aprimorada
para oferecer uma condução precisa
e segura como a de um carro de passeio. No total, o modelo passou por
4.800 horas de desenvolvimento e
720 mil km de testes na França, Brasil
e Argentina.
Volkswagen planeja investimentos até 2018
DAVID POWELS, presidente da montadora no Brasil, reafirmou que a
Volkswagen não pretende diminuir
os investimentos no país, ao contrário do que tem sido feito em outras
regiões. A montadora planeja, até
2018, desembolsar 10 bilhões em investimentos, tendo em vista a prioridade em renovar a linha de produtos.
A inclusão do Brasil na plataforma
tecnológica mundial do grupo já resultou na fabricação de três modelos
globais: o subcompacto Up!, a nova
geração do Golf e o sedã Jetta.
Audi A4 se destaca pelo conforto
A ESTRUTURA do Audi A4 mantém sua tradicional esportividade, precisão, conforto e segurança. A suspensão utiliza o sistema multilink na dianteira, com cinco braços, e
trapezoidal na traseira, com uma estrutura suspensa em
quatro pontos. A direção eletromecânica e o programa
eletrônico de estabilidade ESP são equipamentos de série.
O Audi A4 é equipado para oferecer a máxima segurança para os ocupantes. O modelo possui airbags laterais
dianteiros e de cabeça, cintos de segurança com sensor
de afivelamento, alarme antifurto, travamento central com
controle remoto à distância e freio de estacionamento eletromecânico.
11
Ao Volante
TrailBlazer 2016 é o carro nacional mais potente
A CHEVROLET começa a vender o modelo no
Brasil em duas cores metálicas: Cinza Graphite
e Vermelho Chili. A versão LTZ, que já era vendida, não sofreu muitas alterações, com seis
airbags inclusos, controle de tração e de estabilidade, banco do motorista com regulagens
elétricas, ar-condicionado digital e sistema
multimídia MyLink com GPS. Porém, os motores mudaram. A configuração mais em conta
usa o V6 3.6 com injeção direta de 277 cavalos
e 35,7 kgfm, que também faz do TrailBlazer o
carro nacional mais potente.
Uma versão Extreme da Fiat Strada
A PICAPE Fiat Strada Extreme SE
é a nova aposta da montadora italiana, que equipou o modelo com
sensor de estacionamento, além de
uma nova central multimídia com
câmera de ré, volante de couro com
comandos de rádio e novas cores
(Verde Amazon e Branco Kalahari).
A série também chegará para outros
modelos da Fiat.
Juke, Qashqai e X-Trail no Brasil
OS CROSSOVERS JUKE (compacto), Qashqai
(médio) e o SUV X-Trail (grande) devem passar a ser importados da Europa para o país. A
expectativa é que eles cheguem em breve ao
nosso mercado (até o final do atual ano fiscal
da Nissan, que se encerra em abril de 2016). A
empresa está focada em crescer globalmente
em vendas e conquistar até 8% do mercado
mundial de carros e comerciais leves até meados do ano que vem, também apostando em
seus dois principais produtos feitos em larga
escala: March e Versa.
12
Ao Volante
Range Rover
Evoque será
fabricado no país
A JAGUAR LAND ROVER anunciou
que o Range Rover Evoque também
será fabricado no Brasil, na fábrica
de Itatiaia (RJ), no começo de 2016.
Com investimento de R$ 750 milhões
até 2020, a fábrica da Jaguar Land
Rover no município da região sul do
Rio de Janeiro terá capacidade para
produzir 24 mil unidades por ano. A
instalação terá 60 mil metros quadrados de área construída na primeira
fase e irá empregar 400 funcionários.
A marca inglesa já tem 20 concessionários no Brasil.
Golf voltará
a ter versão
Cabriolet
A OITAVA LINHAGEM do carro mais
vendido da Volkswagen retornará ao
segmento de “descapotáveis” em
grande estilo. A última vez que esta
carroceria esteve disponível para o
modelo foi na sexta geração, sendo
esta ainda produzida na Alemanha
e vendida em alguns mercados. Seguindo as diretrizes do futuro Golf
VIII, o novo Cabrio será maior, mais
largo e mais baixo que o modelo de
hoje. O lançamento na Europa está
programado para 2019, aproximadamente um ano depois da estreia
das variantes convencionais. São esperadas versões a diesel e gasolina,
além de uma apimentada GTI.
13
Ao Volante
Hyundai lança o novo HB20X 2016
A HYUNDAI DO BRASIL lança oficialmente o Novo HB20X 2016, versão aventureira, que agora recebe
os aperfeiçoamentos aplicados ao
hatch, trazendo design mais próximo de SUV’s, além de câmbio de
seis velocidades para as versões
manual e automática. O desenho
do Novo HB20X segue a evolução
da filosofia de design da Hyundai,
ganhando aparência mais agressiva,
com ampla grade frontal com detalhes cromados, proteções da carroceria e barras de teto com acabamento
preto. Outros destaques são os faróis
de neblina com projetores e lanternas Clear Type como itens de série.
HR-V já é o
Honda mais
vendido
LANÇADO EM 20 DE MARÇO deste
ano no mercado nacional, o HR-V se
consolida como o líder de vendas da
Honda Automóveis no país. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o modelo registrou 33.183
unidades vendidas e conquistou a
liderança entre os demais modelos
comercializados pela marca. Líder
nacional também da sua categoria,
o Honda HR-V foi concebido para
integrar sofisticação, performance,
tecnologia, versatilidade e robustez,
reunindo os pontos fortes de carros
de diversos segmentos.
14
Principal publicação do setor de locação de veículos
no Brasil, utilizado como referência ao longo de todo ano!
Distribuído para mais de 5 mil locadoras em todo o país,
e mais de 2 mil estabelecimentos do setor automobilístico.
Todos a fim de descobrir
novos produtos e serviços.
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mostrar o seu?
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15
Por Dentro
Audi A3 é máquina com molejo brasileiro
Modelo é o primeiro bicombustível da marca no mundo
O PRIMEIRO MODELO bicombustível da Audi
no mundo só poderia ser brasileiro. Produzido desde outubro na planta da fábrica em São
José dos Pinhais (PR) – a única da América do
Sul, o Audi A3 Sedan 1.4 TFSI Flex com “pedigree” nacional chegou às lojas em novembro.
Nas locadoras de automóveis, ele era aguardado como a grande novidade do ano no segmento Premium.
O Audi A3 Sedan não decepciona os fãs da
marca alemã. Para se adaptar às condições das
estradas brasileiras, o modelo sofreu adaptações na transmissão e na suspensão traseira.
Uma mudança importante foi a da suspensão, que ficou mais macia e elevada, com 1,4
centímetro a mais na dianteira e 1,5 centímetro
a mais na traseira. Dessa forma, a Audi procurou eliminar o risco de raspar a dianteira em
lombadas, valetas e passagens desniveladas.
A suspensão traseira, por sua vez, ganhou um
sistema de eixo por torção, substituindo o antigo sistema independente.
O objetivo dessas alterações foi tornar o
Audi A3 Sedan nacional mais confortável e
robusto que o modelo importado. O motor
também passou por um ajuste e ficou mais
potente, com 150 cavalos e 25 kgfm de torque.
A transmissão S-Tronic de sete marchas do
importado foi substituída pela automática de
seis marchas, no modelo nacional. Quanto ao
acabamento, foi mantido o elevado padrão da
marca Audi no A3 brasileiro.
Com o novo Audi A3 Sedan 1.4 TFSI Flex, a
Audi quer manter a liderança local no mercado Premium – e conquistar de vez o promissor
segmento das locadoras.
16
Por Dentro
Ficha Técnica
n
Motorização: 1.4 Turbo FSI
n
Cilindros/Cilindrada: 4 em linha/1.395cc
n
Potência (cv em min-1): 122 @ 5.000
n
Torque (Nm @ min-1): 200 @1.400-4.000
n
Tração: dianteira L5L5
n
Transmissão: S tronic 7 velocidades
n
Peso (kg): 1.215
n
Comprimento (mm): 4.456
n
Largura (mm): 1.796
n
Altura (mm): 1.416
n
Entre-eixos (mm): 2.637
n
Capacidade do tanque
de combustível (l): 50
n
Capacidade do porta-malas (l): 425
n
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,4
n
Velocidade Máxima (km/h): 212
Itens de segurança
Acabamento e conveniência
n Airbags frontais e laterais,
nAcabamento interno
com airbag de joelho p/ motorista
n
4X3 Airbags laterais
dianteiros de cabeça
n
Alarme antifurto
n
Cintos de segurança
com sensor de afivelamento
n
Direção eletromecânica
n
Faróis bi-xenônio e com
ajuste automático de altura
n
Lanternas traseiras em LED
n
Sistema de limpador dos faróis
n
Sistema start-stop
n
Travamento central com
controle remoto à distância
em prata micrometálico
nAlavanca de câmbio em couro
nApoio de braço dianteiro
nAr condicionado
nBancos dianteiros
com ajuste de altura
nBancos em tecido
nEspelho retrovisor interno
nEspelho de cortesia iluminado
nPacote porta-objetos
nSuporte ISOFIX para banco traseiro
nTeto moldado em tecido
nVolante em design 4 raios
Detalhes externos
nCapa do espelho retrovisor
externo na cor do veículo
nEspelhos retrovisores
externos com ajuste elétrico
nFrisos decorativos pretos
nVidros laterais e
traseiro com isolante térmico
nRodas de liga leve,
com pneus 205/55
nPintura metálica/perolizada opcional
17
Capa
As previsões para 2015
se confirmaram?
O ANO COMEÇOU DIFÍCIL para diversos setores da economia brasileira e assim permaneceu
até o fim. Para a indústria automotiva, a história não foi diferente. A crise, prenunciada ao
final de 2014, instalou-se de vez e tornou 2015
um período complicado para os negócios.
Entre as locadoras, embora existam particularidades regionais que devem ser consideradas, a sensação geral é de retração ou de
compasso de espera. Alguns sinais percebidos
já no final do ano passado mostravam que o caminho seria árduo em 2015: pressão inflacionária, alta de custos de manutenção e dificuldade
para a compra de peças.
Nesta edição, a Revista Locação mostra
quais foram as previsões que se concretizaram,
com base nas estimativas da Anfavea, Fenabrave e Fenauto e traz ainda as impressões de empresários do setor de locação de veículos.
A ordem é: sobreviver e vencer a crise.
18
Capa
Números que se tornaram realidade
Luiz Moan, presidente da Anfavea
Alarico Assumpção Júnior,
presidente da Fenabrave
NESTE ANO DE 2015, as locadoras não ficaram imunes à crise e sofreram com queda no
volume de negócios e, em alguns casos, até
redução de alguns contratos. Como o setor já
viveu e já superou outras crises econômicas
no passado, muitos têm na ponta da língua a
receita para superar mais este momento cinzento da economia brasileira. Focar na gestão
e estar atento às oportunidades torna-se cada
vez mais essencial.
As previsões mais pessimistas em relação
a 2015 começaram a se concretizar ainda no
primeiro semestre. Diversas projeções foram
feitas e entidades como a Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontaram números alarmantes, como
queda de 18,8% nos licenciamentos em janeiro,
em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) começou o ano
prevendo estabilidade nas vendas. Porém, diante
de uma realidade tão duvidosa, precisou rever
mais de uma vez as suas projeções. Em março,
apontou uma queda de 10% para novos emplacamentos e, depois, em maio, projetou encolhimento de 18,9%. Agora estima redução de 23,9%.
Ainda no primeiro semestre, o presidente da
Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., alertou para
o fato de que o fraco desempenho da economia
refletiu diretamente na comercialização de veículos no Brasil. “A inflação e a taxa Selic em alta
(aumento de juros e spread, pelo risco), queda
no PIB Nacional, aumento do desemprego, crédito mais restrito e, principalmente, a falta de
confiança por parte do consumidor, afetam as
vendas de veículos no Brasil”, explicou.
Do lado dos seminovos, o primeiro semestre não foi tão desanimador. Em meio a um
cenário de queda nos emplacamentos de veículos novos, as vendas de seminovos e usados
cresceram 4,1% em relação a igual período (janeiro/junho) de 2014, segundo informações da
Fenauto (Federação Nacional das Associações
dos Revendedores de Veículos Automotores).
Já no segundo semestre, as vendas se mantiveram estáveis.
Para os últimos seis meses do ano, a recomendação foi ter cautela e aguardar os números consolidados do período. O cenário da
economia brasileira ainda não permite uma
previsão mais segura do desempenho futuro
do mercado de veículos novos e seminovos.
Agora, com o agravamento da crise política
e o impasse sobre o ajuste fiscal do governo, a
retomada das vendas de veículos novos no Brasil deve ficar somente para o segundo semestre
de 2016, de acordo com a maioria dos analistas. Essa visão é compartilhada, inclusive, pelo
presidente da Anfavea, Luiz Moan. Durante seminário sobre perspectivas para o setor, promovido recentemente pela agência de notícias
Autodata, Moan projetou para o segundo semestre do próximo ano uma “estabilidade, com
viés de alta”.
19
Capa
Primeiros sinais de adequação
à nova realidade do mercado
OS EMPRESÁRIOS ouvidos pela revista Locação analisam o atual cenário com bastante
precaução. Diversos fatores estão impactando a atividade das locadoras, como o crédito
mais restrito, a redução das viagens de negócios, a elevação do custo de peças de reposição e, em alguns casos, a reavaliação de
contratos.
Diante dessa realidade, a ordem é diminuir
despesas e buscar um equilíbrio nas operações.
E observar atentamente o comportamento do
mercado, que, para 2016, ainda é uma grande
incógnita.
Algumas previsões para 2016
INFLAÇÃO:
6,47% (Focus)
4,9% (OCDE)
Meta do governo: 4,5%
TAXA JUROS:
13,25 a.a. em dezembro
2016 (Focus)
PIB:
- 1,9% (Focus)
- 1,2% (OCDE)
CÂMBIO:
1 dólar = R$ 4,20 em
dezembro 2016 (Focus)
Fontes: Relatório Focus e OCDE, novembro 2015
Redução de investimentos
Nilson Oliveira,
Diretor Regional da ABLA
no Distrito Federal.
20
“DIFERENTE DA EXPECTATIVA que
tínhamos no início do ano, em 2015
as empresas seguraram investimentos e o governo diminuiu a quantidade de pregões, inclusive propondo redução de alguns contratos e
apresentando atraso nos pagamentos. Falando especificamente sobre
a nossa região, como as empresas
reduziram investimentos, as viagens
de negócios apresentaram queda
acentuada. Sem recursos para investirem, diminuíram as viagens de
empresários em busca de novos negócios, o que impactou muito nossa
atividade. Com relação aos veículos
novos, as dificuldades que vínhamos
enfrentando em 2014 continuaram
durante 2015. Houve dificuldade em
relação às peças de reposição, prazo para entrega de veículos e, algumas montadoras, também elevaram
seus preços, acompanhando a escalada do dólar. Este cenário deve se
manter ao longo do ano 2016. Neste
momento de crise, temos que tomar
atitudes firmes na gestão dos negócios, a fim de ultrapassarmos este
período. É preciso reduzir despesas
e tentar equilibrar as contas.”
Capa
Crédito escasso e juros altos
Luis Olavo Nezello,
Diretor Regional da ABLA na Paraíba.
“A EXPECTATIVA já era de um ano
difícil, mas que se configurou ainda
mais complicado a partir de devoluções de frotas e quebra de contratos.
O motivo foi o crescente agravamento da crise econômica e política, com
repercussão maior desta última nos
contratos firmados com órgãos públicos. Com relação ao aluguel diário, acreditávamos que haveria uma
queda natural depois da alta estação
(que vai de dezembro a fevereiro).
No entanto, principalmente no segundo semestre, com a escalada do
dólar e do euro, a demanda por locação diária se manteve estável. Em
relação aos veículos, com a queda
brusca das vendas para as pessoas físicas, houve aumento de oferta
para pessoas jurídicas, gerando assim boas oportunidades de compra.
No entanto, a diminuição do crédito
e a alta dos juros mantiveram o mercado automotivo estagnado.”
Cautela e redução de custos
Gustavo Azevedo,
Diretor Regional da ABLA
no Rio de Janeiro.
21
“TIVEMOS UM ANO DIFÍCIL para
o mercado automotivo. Especificamente no Rio de Janeiro, com a crise econômica e política instalada,
houve perda de contratos, principalmente aqueles firmados com o setor
público. Com o aumento do dólar, as
montadoras passaram a praticar preços mais altos, o que dificultou ainda mais os negócios. Normalmente
realizávamos a renovação de frota
em torno dos 18 meses. Agora, este
período tem se estendido. Embora
tenha havido crescimento do número de locações esporádicas, não foi
suficiente para equilibrar a balança.
Estamos em um momento de cautela e de redução de custos. As empresas continuam reduzindo ou mesmo
rompendo os contratos de terceirização de frotas e nosso setor é diretamente afetado por isso.”
Perspectivas
Resultados da alta do dólar na locação
FENALOC avalia consequências do atual
patamar da moeda norte-americana em relação ao real
Paulo Gaba Júnior, presidente da FENALOC: “As grandes empresas do
setor estão projetando crescimento de até 20% na locação diária”.
Com o dólar alto, aumento
percentual das locações para
turismo de lazer, dentro do
Brasil, ganhará impulso
AS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
poderão ter um aumento no volume de negócios em decorrência da
alta do dólar. A avaliação otimista
é de Paulo Gaba Júnior, presidente
da Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos Automo-
22
tores (FENALOC), que entende que
a cotação da moeda vai ajudar a impulsionar as viagens domésticas e,
consequentemente, o aluguel diário de veículos.
Hoje o turismo de lazer é responsável por 18% das locações totais
de automóveis no Brasil, conforme dados do Anuário ABLA 2015.
O segmento corporativo de longo
prazo (terceirização de frotas) responde por 57% e o turismo de negócios por 25%.
Segundo Paulo Gaba, no que se
refere ao aluguel de frotas por períodos que variam de um a dois anos,
o setor também poderá ser beneficiado a partir da terceirização para
Perspectivas
empresas multinacionais. “Para elas, que calculam os custos em dólares ou euros, a locação ficou até mais barata”, explica. “Ou seja, as
multinacionais poderão compensar boa parte
da queda de procura por parte das empresas
públicas e órgãos dos governos”.
Por outro lado, o aluguel de automóveis destinado ao chamado turismo de negócios (pessoas viajando a trabalho), tende a recuar. “Diante
da crise econômica pela qual o Brasil está passando, as convenções e feiras corporativas continuarão em baixa, sendo realizadas em menor
número se comparadas ao volume de eventos
que verificamos em períodos de expansão econômica”, explica o presidente da FENALOC.
Nesse sentido, a expectativa do setor é que o
turismo de lazer compense o turismo de negócios. “As grandes empresas do nosso setor estão projetando que o número de locações para
turismo de lazer cresça entre 15% e 20% nos
próximos três meses”, acrescenta Paulo Gaba.
“O dólar elevado não atrairá somente o turista
brasileiro para os destinos dentro do próprio
Brasil, mas também os estrangeiros”.
Recentemente, o dólar rompeu a casa dos
R$ 4 e se firmou acima de R$ 3 – um patamar
que não era visto há mais de uma década e
bem acima do que muitos estavam esperando.
Para quem planeja uma viagem internacional,
“O dólar elevado não atrairá
somente o turista brasileiro
para os destinos dentro do
próprio Brasil, mas também os
estrangeiros”.
o impacto da subida é imediato: os preços das
passagens aéreas internacionais são cotados
em dólar, mesmo para quem vai para a Europa
e outros países.
Por isso, pipocam na internet fotos de aviões
partindo vazios e, caso o cenário se mantenha, a perspectiva não é nada animadora sob
o ponto de vista dos destinos estrangeiros. A
ocupação baixíssima faz com que as companhias já estejam tomando medidas mais fortes. É o caso da American Airlines, que anunciou o corte de uma rota – vai encerrar os voos
saindo de Campinas.
Destino dos veículos – (1° trimestre – 2016)
Tipo de aluguel
Terceirização de Frota
Turismo de Negócios
Turismo de Lazer
Percentual Total Atual
Variação prevista
Percentual Total Futuro
57%
25%
18%
Estável
(-) 15% a 20%
(+) 15% a 20%
57%
21%
22%
Fonte: FENALOC
Saiba mais sobre a FENALOC
EM 2015, o setor de locação de veículos conquistou uma das principais vitórias de sua
história no Brasil, com a publicação no Diário
Oficial da União da concessão do registro sindical à FENALOC – Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos Automotores. A
concessão dessa Carta Federativa representou
uma significativa e inédita ampliação da repre-
sentatividade do setor de locação de veículos,
que já possui cadeira no DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), no Conselho Nacional do Turismo e em diversos outros órgãos
de importância econômica e política, e que este
ano ganhou ainda mais força e poder de negociação também junto ao Governo e aos demais
Poderes Públicos.
23
Perspectivas
Olimpíada poderá ajudar a locação diária
O voleibol é uma das principais atrações da Olimpíada
O PLENÁRIO DO SENADO aprovou em outubro
o projeto de lei (149/2015) que dispensa de vistos os estrangeiros que vierem ao Brasil durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
Ao lado do patamar do dólar, essa medida é
mais um estímulo para que aumente o número
de estrangeiros no Brasil em 2016.
Para a locação diária de veículos, a notícia é
positiva, principalmente porque a maioria dos
europeus e dos norte-americanos já tem o hábito de alugar automóveis sempre que fazem
viagens de lazer. “O carro já faz parte da cultura
deles ao saírem em férias”, diz Paulo Gaba Júnior, presidente da FENALOC. “Ao viajarem, os
estrangeiros tratam a locação de um automóvel como item essencial, tanto quanto a compra
das passagens aéreas e das reservas de hospedagens nos hotéis”.
A isenção de vistos durante a Olimpíada é
uma das ações do Ano Olímpico do Turismo,
uma proposta do Ministério do Turismo que
tem por objetivo projetar o Brasil para o mundo, revelando os destinos, a hospitalidade do
brasileiro e a qualidade dos nossos atrativos.
Entre as ações estão também a qualificação
nas cidades que sediarão o futebol e o apoio ao
projeto que prevê áreas especiais de interesse
turístico, com benefícios fiscais a locais estratégicos para o setor.
Ministro
mostra
otimismo
DE ACORDO COM o ministro do Turismo,
Henrique Eduardo Alves, ao liberar a exigência de vistos o Brasil tende a repetir
o bom desempenho da Copa do Mundo,
com um incremento de mais de 60% nos
gastos dos turistas no período. “A medida
beneficia todas as atividades ligadas ao turismo, inclusive a locação de automóveis
para o turismo de lazer, movimentando
destinos de todo o país”.
Serão beneficiados aqueles que chegarem ao Brasil até 18 de setembro de 2016,
com prazo de estada de até 90 dias, improrrogáveis, a contar da data da entrada em
território nacional.
A ausência de vistos não estará condicionada à compra de ingressos para assistir a qualquer evento das modalidades
desportivas dos Jogos Rio 2016.
24
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Manutenção
Direção defensiva gera
retorno no caixa
A polêmica redução da velocidade em algumas das
principais vias de São Paulo pode ser um exemplo de
impacto positivo no caixa das locadoras
Juliano Caretta,
coordenador de treinamento técnico da Monroe
PARA AS LOCADORAS de automóveis, a maneira inteligente para
ajudar a reduzir os custos com a
manutenção de frota necessariamente passa pela conscientização
dos próprios clientes em relação à
preservação dos veículos locados.
Trata-se de aumentar a vida útil dos
veículos, o que traz benefícios diretos para as empresas e também
para os usuários.
26
A redução da velocidade em algumas das principais vias da cidade de São Paulo (SP), por exemplo,
tem dividido opiniões em relação às
vantagens e desvantagens de trafegar em até 50 km/h. Criada com o
objetivo de prevenir novos casos de
acidentes com vítimas fatais, o fato é
que a exigência ajuda a preservar o
bom estado dos veículos alugados,
aumentando sua vida útil.
Manutenção
Segundo informações da fabricante
mundial de amortecedores Monroe, o novo
limite na capital paulista diminui o trabalho
da suspensão. O coordenador de treinamento técnico da empresa,
Juliano Caretta, explica que a regra atual
provoca a diminuição
da intensidade de absorção dos choques e
vibrações. “O impacto
de passar em um buraco ou lombada a 50
km/h é menor do que
a 70 km/h, o que prolonga a durabilidade
da suspensão”, explica.
“Em baixa velocidade
também haverá uma
parada mais curta e
um trabalho um pouco
mais suave dos componentes do freio”.
De acordo com o especialista,
a redução da velocidade também
promove a diminuição do consumo
de combustível, o que é ótimo para
os usuários dos veículos alugados.
Porém, é importante salientar que
congestionamentos, a pressão dos
pneus, a rotação do motor, as constantes trocas de marcha, o uso do
ar condicionado e até mesmo rodar
com as janelas abertas diminuem
essa economia.
Outras ações que as locadoras já
adotam, tais como revisar o veículo
periodicamente seguindo todas as
instruções do fabricante e instalar
peças com o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), também ajudam
muito na conservação da frota alugada e na consequente segurança
dos motoristas e dos passageiros
que circulam com os veículos alugados em todas as regiões do Brasil.
Tudo isso, no final das contas,
gera impacto direto no caixa. Com
o país vivendo um ambiente econômico de recessão, reduzir os custos
com a manutenção da frota virou
item ainda mais prioritário. E, nesse
sentido, o cliente pode e deve ser o
maior aliado das empresas do setor.
Valorização
dos seminovos
As locadoras que estimulam
e conscientizam seus clientes a preservar o bom estado
dos veículos alugados também ganham no momento
de desmobilizar os ativos da
frota. As empresas passam
a ter mais condições de oferecer garantia para motor e
câmbio e, ainda, a aceitarem
realizar consertos de outras
peças caso o novo dono prove que se trata de um defeito
pré-existente.
O negócio do setor é o de
alugar carros – e não o de
comprar e vender automóveis. Isso significa que a renovação de frota se dá apenas
como a necessária desmobilização de ativos, pois no ramo
ter produtos sempre novos à
disposição dos clientes é uma
necessidade e não uma escolha da locadora, em função
das exigências dos próprios
clientes.
27
Entrevista
Crédito para
veículos
tenta
combater
retração
Décio Carbonari, presidente da ANEF
28
Entrevista
Mês após mês, baixas nas liberações de créditos para
compras de veículos têm sido sentidas pelo mercado
como um todo, inclusive pelas empresas do setor de
locação de automóveis. Diante da retração econômica pela qual passa o Brasil, o saldo das carteiras de
financiamento de veículos tem registrado quedas.
Essa redução do saldo, combinada com a menor liberação de recursos, sinaliza que diante do cenário
econômico houve expressiva redução do interesse em contrair novos empréstimos, assim como de
conceder crédito por parte dos bancos. Acompanhe
a análise do presidente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras),
Décio Carbonari, sobre os fatores que afetam esse
cenário de incertezas.
REVISTA LOCAÇÃO: Diante do
mercado desaquecido, com uma
sequência de meses registrando
retração, há alguma boa notícia a
ser dada para os empresários do
setor de locação de automóveis?
O Entrevistado
Com mais de 30 anos de carreira, Décio Carbonari de Almeida ocupou cargos importantes
em empresas renomadas, como ABS Empresa de Projetos e Construções, Banco Central
do Brasil, São Paulo Alpargatas S/A e Ford do
Brasil. Formado em Administração de Empresas, com ênfase em Finanças, e mestre em
Gestão pela FGV (Fundação Getúlio Vargas),
Décio está à frente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras)
e é diretor-presidente da Volkswagen Serviços
Financeiros, companhia formada pelo Banco
Volkswagen, Volkswagen Corretora de Seguros
e Consórcio Nacional Volkswagen.
29
Décio Carbonari: De fato, os dados
dos boletins mensais que a ANEF
produz apontaram seguidamente,
mês após mês, um cenário de
retração econômica em 2015. O
mercado segue desaquecido e a
única boa notícia realmente é a
manutenção da baixa inadimplência.
REVISTA LOCAÇÃO: Quais os
dados mais significativos em
relação às carteiras de crédito
para veículos?
Décio Carbonari: Tomemos os
números do mês de agosto como
exemplo. Naquele mês, o saldo
das carteiras de veículos somou R$
192,6 bilhões, queda de 9,6% em um
ano. Ou seja, uma queda de quase
10% em 12 meses. Em agosto, o
Entrevista
REVISTA LOCAÇÃO: Com relação
ao prazo médio das concessões de
crédito, houve mudança relevante
nos últimos 12 meses?
Décio Carbonari: Sob esse aspecto,
segundo o nosso mais recente
levantamento, o prazo médio das
concessões nos primeiros oito
meses de 2015 foi de 41,7 meses,
enquanto que no mesmo período
de 2014, esse prazo médio das
concessões foi de 41,6 meses.
REVISTA LOCAÇÃO: A ANEF
representa atualmente
quantas marcas?
Décio Carbonari: A nossa
entidade representa, hoje, 15
marcas e suas respectivas
estruturas de serviços financeiros.
Isso inclui bancos, empresas
de arrendamento mercantil e
administradoras de consórcios
vinculados à indústria automotiva.
saldo de financiamentos ‘CDC’ foi de R$
185,9 bilhões, uma diminuição de 8,6%
em um ano. A carteira de pessoa jurídica
somou R$ 17,2 bilhões, que significou
uma retração de 9% em 12 meses.
REVISTA LOCAÇÃO: Mesmo assim, na
média, é possível dizer que as taxas dos
bancos de montadoras continuaram mais
atraentes em 2015, se comparadas com
as taxas dos bancos de varejo?
Décio Carbonari: Sim. As taxas de juros
permaneceram mais atrativas nos
bancos de montadoras. Partindo dos
mais recentes números que temos, a
taxa média oferecida por bancos das
montadoras girou em torno de 1,57%
ao mês e 20,55% ao ano, enquanto os
bancos de varejo ofereceram em média
para pessoa física 1,86% ao mês e 24,8%
ao ano. Para pessoa jurídica, as taxas
médias dos bancos de montadoras,
também conforme os números mais
recentes que temos, foram de 1,62% ao
mês e de 21% ao ano.
30
REVISTA LOCAÇÃO: Como a
ANEF atua junto ao mercado
e no que a associação está
disponível para colaborar
com as locadoras?
Décio Carbonari: A ANEF foi
fundada em 1993. Nós
representamos as marcas
associadas junto aos órgãos do
governo, junto a outras entidades
de classe, como é o caso da ABLA,
e também no relacionamento com
associações congêneres. Na prática,
nós divulgamos, esclarecemos e
prestamos informações sobre
as modalidades de financiamentos,
ou seja, sobre o Crédito Direto
ao Consumidor, Finame, Leasing
e Consórcio, nos segmentos de
automóveis, ônibus, caminhões
e motocicletas. Estaremos sempre
à disposição da ABLA para auxiliar
nos esclarecimentos que estiverem
ao nosso alcance para ajudar as
locadoras de veículos em suas
análises, que sabemos são muito
úteis e essencialmente importantes
para o planejamento de compras das
empresas.
Serviços
Temos Vagas
“Serviço busca a melhor relação custo x benefício para quem deseja
estacionar desde um só veículo, até uma frota inteira de automóveis”
de vagas e a localização em que precisa guardar
essa frota. “Nossa equipe faz o levantamento
dos estacionamentos que podem atender, assim
como a análise de custo x benefício para a locadora”, acrescenta Bartholomeu. “Preparamos e enviamos os orçamentos para que a locadora decida
com qual estacionamento pretende trabalhar”.
Escolhido o local, a Vaga Barata faz uma visita técnica ao estacionamento e envia fotos para
o cliente, “que se não quiser, não precisa sequer sair do escritório para ver o pátio em que
seus veículos vão ficar”, diz o proprietário. “Isso
significa redução de custos, segurança para os
veículos, otimização em termos de localização
privilegiada para a locadora e também ganho
de tempo, pois buscamos tudo”.
Conforme Bartholomeu Cruz, o setor de locação de veículos está entre os principais clientes em potencial para a utilização do serviço. “O
mercado de locação de veículos é um dos mais
importantes do mundo”, completa ele. “Consequentemente, representa uma fatia expressiva
da nossa operação. Estamos trabalhando para
ampliar ainda mais essa participação”.
COMO FUNCIONA e quais são as vantagens
econômicas do serviço Vaga Barata, que proporciona às locadoras a possibilidade de encontrar
vagas para suas frotas dentro das maiores redes
de estacionamentos do Brasil? Quem responde
é o empreendedor Bartholomeu Cruz, que teve
a ideia de lançar o seu negócio ao vislumbrar
o que ele entendeu como “o próximo passo no
mundo dos estacionamentos”.
Dessa visão nasceu a Vaga Barata, uma empresa que busca a melhor relação custo x benefício para quem deseja estacionar desde um
só veículo, até uma frota inteira de automóveis.
As reservas das vagas são feitas diretamente
pela internet, junto a estacionamentos como
Multipark, Garage Inn, Trevo, Netpark, Plus Park,
Reis Park, Grand Parking e Stop Park, entre muitos outros, no Brasil inteiro. “Pode ser para um
simples carro avulso, assim como para vagas
mensais para 10, 50, 100, 500 veículos”, explica
Bartholomeu. “É possível encontrar ofertas e
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33
Rent a Car
Combate às locadoras clandestinas
34
Rent a Car
Divulgar os procedimentos
que garantem segurança
para a locação contribui
para reduzir a ação de quem
deturpa a atividade
COM A PROXIMIDADE das férias de verão, cresce o número e a atividade de empresas que não são locadoras
de automóveis, mas que atuam clandestinamente com o
objetivo alugar veículos como se fossem empresas sérias
do setor.
Para que as verdadeiras locadoras de automóveis possam ajudar a combater as práticas desses criminosos, a
ABLA preparou as “10 mais importantes dicas para uma
locação segura”, com orientações para que as empresas
associadas possam divulgar entre seus clientes de rent a
car, em suas respectivas regiões de atuação. Confira quais
são elas:
Dicas para uma
locação segura
1. Identifique com antecedência o modelo escolhido. Lembre-se que as locadoras não alugam marcas, alugam por
grupos de modelos de algumas marcas;
2. Dependendo do seu planejamento de viagem, procure
identificar uma locadora que faça parte da ABLA;
3. Procure escolher uma empresa que tenha uma central
de reservas que irá providenciar a documentação necessária e a reserva para sua locação;
4. Na data da retirada sempre procure chegar com antecedência para evitar atropelos e falta de conferência
do veículo. Peça ao auxiliar que lhe mostre todos os
comandos, inclusive chave de rodas, estepe, triângulo
e documento (CRLV);
5. Guarde sua cópia do check-list para conferência no momento da devolução;
6. Utilize o veículo de forma segura e de acordo com as
normas de trânsito. Sempre que parar para abastecer,
peça para que seja inspecionada a água do sistema de
arrefecimento do motor, o óleo do motor e a pressão
dos pneus;
7. Não estacione em locais ermos ou suspeitos;
8. Procure devolver o veículo sempre com o volume de
combustível igual ao que foi anotado no momento da
entrega;
9. Na data da devolução sempre procure chegar com
antecedência, principalmente em datas próximas de
feriados (mesmo que somente locais), para que possa
acompanhar a conferência do estado de entrega do
veículo;
10. Após a devolução, mantenha a sua via do check-list
junto com a cópia de seu contrato.
Estas são algumas sugestões que se seguidas poderão
ajudar os clientes a aproveitar melhor a locação, feita sempre junto a empresas sérias e que verdadeiramente fazem
parte do setor, seja para o lazer ou para os negócios.
35
Rent a Car
Modus operandi
de locadora clandestina
assusta cliente
lo de 2013. Afirmou ainda que para
efetuar a troca do carro, teríamos
que esperar o primeiro dia útil, pois
aquele dia era feriado. Como estávamos com hotel reservado para
aquela noite em uma praia distante
200 quilômetros do aeroporto, decidimos pegar a estrada com o carro
caindo os pedaços. Já no dia seguinte, o ar condicionado parou de funcionar. A partir daí, quando o veículo
começou a apresentar aquecimento, verifiquei que o radiador estava
vazio (sem água). Pensamos em
retornar para a capital e rescindir o
contrato, pois estávamos correndo o
risco de ficar na estrada, mas o prejuízo poderia ser maior, pois perderíamos diárias em hotel e passeios já
pagos. Assim, decidimos prosseguir,
tomando os devidos cuidados que
um carro velho requer, e ainda por
cima rodando sem ar condicionado.
Ressalto que eu estava viajando com
duas crianças. No dia em que fomos entregar o veículo no aeroporto, verificamos que a ‘empresa’ não
tinha instalações no local. Por isso,
o atendimento era feito debaixo de
uma árvore, no estacionamento. Ao
expressar o meu descontentamento
com as condições do carro, o ‘funcionário’ demonstrou despreparo,
foi arrogante e ameaçador. Em resumo, só tive dissabores com essa
locadora clandestina, que por muito
pouco não estragou totalmente as
nossas férias.
VEJA ABAIXO depoimento
enviado para a ABLA, de um
cliente que pediu para ter seu
nome preservado, relatando
a atuação de uma falsa locadora da qual ele e sua família
foram vítimas. Todo cuidado é
pouco. Atenção autoridades!
No início de outubro, com as passagens aéreas compradas e hotéis
reservados, fiz cotação em diversas
locadoras de veículos da cidade para
qual eu iria viajar, tendo em vista que
eu, juntamente com a minha família,
passaria dez dias no litoral daquele
estado. A falsa locadora (que até então eu não sabia que era clandestina)
apresentou a proposta de um carro
intermediário, sedan, Prisma ano
2013, completo. Como o preço era
atrativo, entrei em contato e fechei
o contrato via e-mail. No dia da retirada (feriado de 12 de outubro) me
dirigi ao aeroporto, que foi o único
local que poderiam me disponibilizar
o carro naquele dia. Quando o ‘funcionário’ me apresentou o veículo,
verifiquei que era um carro muito
usado, para não dizer velho. Perguntei o motivo de estar me disponibilizando um carro 2011, surrado, sem
vidros e travas elétricas. Ele retrucou
dizendo que o fato de o veículo ser
ano 2011 ‘não queria dizer nada’, que
era a mesma coisa que um mode-
36
Segurança
Antídotos contra a apropriação indébita
Não há uma cobertura específica que realmente atenda as
necessidades das locadoras para esse tipo de sinistro
A APROPRIAÇÃO INDÉBITA de veículos é um
evento bastante particular do setor de locação, pelas próprias características da atividade.
Segundo o administrador de seguros William
Nemer, muitas empresas ainda confundem a
apropriação indébita com o estelionato e até
mesmo com o furto, por exemplo.
“A apropriação indébita consiste, na prática,
na não-devolução do veículo de propriedade da
locadora”, explica. De acordo com o administrador, ainda que a contratação da locação tenha
ocorrido em razão da locadora alugar o veículo
para determinada pessoa, que cometeu algum
tipo de estelionato durante a contratação, o sinistro, na hipótese da não-devolução do veículo
por tal indivíduo, é caracterizado como apropriação indébita e não como furto.
O furto, na prática, seria a subtração do veículo da locadora, enquanto o mesmo estivesse
na posse da própria locadora, sem que esta o
tenha entregado de boa fé ao suposto cliente,
ainda que este tenha cometido um estelionato.
Infelizmente, as seguradoras não disponibilizam no mercado, de maneira ampla e eficaz,
uma cobertura específica que realmente atenda
às necessidades das locadoras para os casos de
apropriação indébita.
William Nemer explica que questões regulatórias também acabam por dificultar que as
seguradoras aceitem de maneira ampla tal cobertura. “A maior dificuldade, na verdade, é em
relação ao tema, ao tipo de sinistro”, afirma. “E
não se limita ao mercado das locadoras, atingindo inclusive as pessoas físicas interessadas
nesse tipo de cobertura”.
Diante disso, o antídoto que as locadoras podem usar, além de medidas relativas à segurança, implica buscar esclarecimento e informação
junto aos seus corretores de seguros, por ocasião
da contratação de coberturas para seus veículos.
“Caso efetivamente a seguradora ofereça uma
cobertura específica para o sinistro de apropriação indébita, isso deve constar de forma clara
na proposta”, alerta William, que tem mais de 20
anos de experiência profissional no ramo e é especialista em seguros para frotas corporativas.
Segundo ele, diante da dificuldade existente
para a contratação de uma cobertura efetiva e
específica para a apropriação indébita, as locadoras devem buscar alternativas para proteger sua
William Nemer, especialista em seguros para frotas:
“Os custos dessas ferramentas de segurança caíram
sensivelmente nos últimos anos”
frota, especialmente com o uso de certas ferramentas de segurança. “Hoje temos no mercado
empresas especializadas na recuperação de veículos com tecnologia de rastreamento, que inclusive atuam junto às seguradoras”, lembra William.
O consultor acrescenta que os custos dessas
ferramentas de segurança caíram sensivelmente
nos últimos anos. “O preço mensal médio praticado hoje para o serviço de rastreamento e busca
fica em média em R$ 59,00 por carro”, diz ele. “Por
esse valor, a locadora automaticamente passa a
ter todos os benefícios da solução que o rastreador fornece”, completa.
Entre esses benefícios estão, por exemplo, telemetria, o controle de aceleração e de frenagens
bruscas, a “cerca eletrônica”, o controle de velocidade, o bloqueio do carro, o mapa detalhado de
todo o percurso percorrido e, ainda, indicadores
que auxiliam no controle de manutenção.
37
Negócios
Intermediários que cobram caro
A “PROLIFERAÇÃO” de sites
como essas, não é suficiente
“Os sites que fazem
especializados em gerar repara que a empresa sobreviva.
servas de produtos e serviços
“As locadoras que usam esse
intermediação de
turísticos, entre eles a locação
canal de vendas estão dando
reservas pela internet
de veículos, tem implicado
um tiro no pé”, afirma.
estabelecem, em
em sérios riscos para a saúOu seja, se por um lado é
de financeira das locadoras.
verdadeiro que esses sites
média, abusivos 30%
Inadvertidamente, sem fazer
ajudam as locadoras a terem
de comissão”
as contas necessárias, se deium volume maior de clientes
xar atrair pelo ‘canto da sena locação diária, seja para
reia’ dessas empresas virtuais
turismo de lazer, seja para tutem se mostrado um caminho
rismo de negócios, por outro
tortuoso e mal iluminado.
fazem com que a rentabilidade dessas mesNa prática, esses sites têm se tornado uma
mas locações se torne praticamente nula. “Ou
ameaça à saúde financeira das locadoras na
mesmo, fazem com que a locadora, no final
medida em que nenhum deles aceita como condas contas, acabe ‘pagando’ para alugar seus
trapartida uma taxa média de 10% de comissão,
próprios veículos”, alerta Saulo Fróes.
que é a taxa padrão no segmento do turismo.
Guardadas as devidas proporções, trata-se
Conforme levantamento preliminar de espedaquela velha história que o setor de locação
cialistas nesse mercado, os sites que fazem interde veículos conhece ‘decor e salteado’: é melhor
mediação de reservas pela internet estabelecem,
alugar um carro com lucro na operação, do que
em média, abusivos 30% de comissão (o triplo
alugar 10 automóveis sem lucro algum.
do valor padrão do setor do turismo). Isso tende
Saulo Froes acrescenta que executivos desses
a tornar o negócio inviável para as locadoras que
sites de reservas online já procuraram a ABLA no
fazem as contas antes de locar seus veículos por
passado, oferecendo parceria para as locadoras
meio dessas plataformas eletrônicas.
associadas utilizarem suas plataformas por meio
Saulo Fróes, conselheiro gestor da ABLA, avada associação. “O assunto foi levado para votação
lia que o valor final que fica para a locadora, após
no Conselho Gestor, a partir da análise detalhao pagamento de comissões supervalorizadas
da das condições contratuais oferecidas”, afirma.
38
Negócios
Saulo Froes, conselheiro gestor da ABLA: “É melhor alugar um
carro com lucro na operação, do que alugar 10 sem lucro algum”
“Avaliamos a parceria como nociva, entre outros
motivos exatamente porque as propostas estabeleciam o pagamento de comissões abusivas e fora
da realidade das locadoras”.
Além disso, Saulo lembra que a ABLA também descartou as parcerias devido a outras
dificuldades identificadas, tais como aquelas
relacionadas com o controle e a coordenação das operações e, ainda, à recusa dos sites em fazer qualquer tipo de pagamento de
“no-show”. “Não bastasse, ainda queriam ter
todo o mailing de locadoras da ABLA”, acrescenta o conselheiro gestor.
Assim, as plataformas intermediárias de
vendas de locações pela internet atuam de forma a ficar somente com a parte “boa” do negócio, sem se responsabilizarem pelo veículo
locado e ainda cobrando muito caro para isso.
“No modelo deles, somente eles têm a ganhar”,
conclui Saulo Froes.
Caminho é site próprio
Se você ainda não iniciou seu negócio de vendas de locação pela internet, um bom caminho a ser estudado
é investir em sua própria loja virtual. Planejar bem esta etapa faz com
que a locadora não perca tempo e
dinheiro com as vendas pela internet, à medida que fica assegurada a
possibilidade de ter controle sobre
toda a operação. As locações podem
ser muito bem mensuradas, ou seja,
é possível saber quantos acessos,
quais cidades, as desistências de
compra e etc. Porém, é fundamental que antes de iniciar o negócio de
vendas pela internet, o empresário
procure profissionais de tecnologia
especializados que deem o suporte
necessário para que o negócio seja
bem-feito desde o começo.
39
Tira-teima
Multas
sob o olhar do CBT
Luís Cláudio Ventura da Silva é advogado e
consultor jurídico de Direito de Trânsito. O
assessor jurídico do SINDLOC/BA, que tem
pós-graduação em Segurança Pública, foi convidado pela Revista Locação para responder
às dúvidas das locadoras de veículos sobre
as nuances do Código Brasileiro de Trânsito
(CBT) que mais impactam diretamente no setor. Nessa conversa, o advogado aborda temas
que certamente ainda geram muitas dúvidas
em quem é responsável pela administração
das empresas de locação, principalmente em
relação às multas de trânsito e os procedimentos corretos para a comunicação de venda dos
veículos. Confira.
40
Tira-teima
Condutor Infrator
DÚVIDA: Qual o artigo do Código
Brasileiro de Trânsito que dá respaldo para que a pessoa jurídica seja
penalizada com multa por não apresentação de condutor infrator?
RESPOSTA: O Código de Trânsito
Brasileiro impõe multa à pessoa jurídica por não apresentação do condutor infrator no prazo de 15 dias
(Artigo 257, parágrafo 8º). O procedimento para essa cobrança foi regulamentado pela Resolução CONTRAN
nº 151/2003. Após esse prazo previsto, não havendo identificação do
infrator e sendo o veículo de propriedade de pessoa jurídica, será lavrada
nova multa ao proprietário, mantida
a originada pela infração, cujo valor
é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas
no período de 12 meses.
DÚVIDA: O senhor poderia dar um
exemplo prático?
Resposta: Luís Ventura: Sem dúvida.
Tomemos uma locadora proprietária
de um veículo, cujo locatário avan-
ça um sinal vermelho e é multado.
Caso a locadora não apresente o
nome do condutor infrator em 15
dias, a ela serão aplicadas duas multas. A primeira pelo veículo ter avançado o sinal, no valor de R$ 191,54.
A segunda, no mesmo valor de R$
191,54, por não ter sido identificado
o condutor no prazo de lei.
DÚVIDA: O que acontece se num
período de 12 meses houver outro
avanço de sinal pelo mesmo veículo?
RESPOSTA: Aí a primeira multa pela
invasão do sinal será no valor de
R$ 191,54, como dissemos. Porém a
segunda, por não ter sido identificado o condutor, terá o seu valor de R$
191,54, dobrado. Ou seja, a segunda
infração será de R$ 383,08. Indo além,
se ainda dentro desse período de um
ano acontecer pela terceira vez outro
avanço de sinal pelo mesmo veículo,
a primeira multa continua com o valor
de R$ 191,54, a segunda, por não ter
sido identificado o condutor, terá o valor triplicado. E assim sucessivamente.
41
Tira-teima
DÚVIDA: Quais as consequências
disso para a saúde financeira da
locadora?
RESPOSTA: O segmento de locação
de veículos tem no IPVA, taxa de
licenciamento e seguro obrigatório
um peso muito significativo na composição de seus custos. Assim, recomenda-se que as locadoras adotem
procedimentos de controle efetivos
para evitar o recebimento de notificações de cobrança por não apresentação de condutores infratores, o que só
faz aumentar os seus custos.
CBT
DÚVIDA: Sob o Código Brasileiro de
Trânsito, qual é o conceito técnico referente a “veículo de aluguel”?
RESPOSTA: Veículo de aluguel é aquele que precisa de autorização do poder público para efetuar o transporte
remunerado de bens ou passageiros.
Trata-se do Artigo 135 do Código. Na
prática é o que possui placa vermelha,
como por exemplo: táxi, veículos escolares, veículos utilizados para o transporte de carga mediante frete, veículos
utilizados para o transporte coletivo
de passageiros. As locadoras não efetivam transporte remunerado de bens
ou passageiros, por isso não precisam
de autorização específica do poder público para exercer suas atividades.
DÚVIDA: Sendo assim, os veículos
das locadoras não se enquadram no
conceito técnico de “veículo de aluguel” presente no Código de Trânsito
Brasileiro?
RESPOSTA: Exatamente. Porém, é
preciso lembrar que o contrato de
locação celebrado é que vai definir o tipo de veículo a ser utilizado.
Como exemplo, por exceção, pode o
locatário para exercício de suas atividades, exigir que alguns veículos
sejam da categoria aluguel (placa
vermelha). Nesse caso, caberia ao
locatário obter, junto ao poder público, a necessária autorização para o
emprego dos referidos veículos.
42
DÚVIDA: Ou seja, mesmo nesses casos de exceção, não é correto atribuir à locadora a responsabilidade
de obter autorização junto ao poder
público?
RESPOSTA: Isso mesmo, pois no
contrato de locação o que existe é
uma obrigação de dar um bem para
outrem e não uma obrigação de
transportar. A locadora é remunerada pela posse e não pelo transporte.
DÚVIDA: Quais os prejuízos que a
correta comunicação de venda de
veículo pode evitar?
RESPOSTA: A comunicação de venda,
obrigatória para o antigo proprietário
nos termos do Artigo 134 do Código
Brasileiro de Trânsito, isenta o vendedor de qualquer responsabilidade administrativa, civil, ou criminal sobre
ocorrências que possam acontecer
com o veículo como, por exemplo, as
infrações e os acidentes de trânsito.
A comunicação de venda de veículo
também serve para eximir o proprietário anterior do pagamento de IPVA
e outros encargos incidentes, impedindo a inscrição de débito em dívida
ativa, inclusão de nome no CADIN. Ou
seja, é fundamental para evitar que sejam atribuídas ao vendedor responsabilidades sobre a propriedade de um
veículo que não mais lhe pertence.
DÚVIDA: Qual o prazo e a documentação necessária referente a
esse tipo de comunicação (venda
do veículo)?
RESPOSTA: Na comunicação de venda o proprietário anterior deve encaminhar ao DETRAN responsável pelo
registro do veículo, dentro do prazo
de 30 dias, cópia autenticada do Certificado de Registro de Veículo (CRV),
devidamente preenchido, datado e
assinado, com firmas do comprador
e vendedor reconhecidas por autenticidade. Deixar de fazer isso implica
no risco da empresa ser responsabilizada solidariamente pelas penalidades impostas ao veículo, assim como
também por suas reincidências, até a
data dessa comunicação.
Para contratar seguros e outras soluções integradas para a gestão de riscos de sua locadora, consulte a
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qualidade, preços justos e parcerias com empresas reconhecidas no mercado. Confira nosso portfólio;
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43
Qualificação
Curso de gestão de frotas
inaugura nova parceria
Iniciativa da ABLA e SEST/SENAT
proporciona capacitação às locadoras
Carlos Faustino: Piloto da parceria foi realizado com sucesso
COM UM CURSO focado na gestão de veículos
leves e gratuito para as locadoras associadas, a
ABLA inaugurou oficialmente sua parceria com
o com o Serviço Social do Transporte (SEST) e
o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), criada para proporcionar oportunidades de qualificação para empresários e
profissionais do setor.
Realizado em Vitória (ES), durante os dias 19,
20, 21 e 22 de outubro, o novo curso foi desenvolvido para auxiliar as empresas a avaliarem a
importância da gestão de frotas para o sucesso
do negócio. “Trata-se de explicar as estratégias,
os recursos disponíveis e a importância das ferramentas gerenciais que existem para tornar a
gestão da frota mais eficiente”, explica Carlos
Faustino, conselheiro gestor da ABLA responsável pela área de capacitação aos associados.
Segundo Carlos Faustino, cuidados com o
meio ambiente, como o descarte de resíduos
das lavagens dos automóveis, além de óleos e
pneus usados, também são abordados ao longo das atividades.
A ABLA já teve acesso completo ao Catálogo
Geral de Cursos do SEST/SENAT, a partir do qual
foram pré-selecionados aqueles que se adequam
a atividade de locação de veículos. “O curso de
gestão de frotas foi escolhido para ser o projeto
piloto da parceria”, acrescenta Faustino. “A ABLA
está dedicando um grande esforço e todos os
cuidados para que esse projeto dê certo”.
Para o SEST/SENAT, a relação com a ABLA,
assim como com as demais instituições representativas da área de transportes, é fundamental
para a melhor compreensão das necessidades de
cada um dos públicos e para o atendimento das
reais necessidades de capacitação profissional.
Por isso, consolidada a parceria, em 2016 a
ABLA viabilizará a busca de patrocínios e, com
isso, “pretende implantar pelo menos dois novos
cursos a cada ano”, complementa Carlos Faustino.
Em novembro, a parceria prosseguiu com o
curso de Gestão de Pessoas em Florianópolis
(SC). Em dezembro, o curso de Atendimento
Eficaz ao Cliente, em Brasília (DF) fecha as atividades de 2015.
44
Qualificação
Brasília encerra
o calendário de
capacitação
setorial em 2015
COM APOIOS dos Sindlocs, a ABLA tem realizado por todo o país o Curso de Capacitação Setorial, que reúne os profissionais e empresários
que atuam em locação de veículos.
Encerrando o calendário desta qualificação
em 2015, Brasília (DF) sediará em 1º de dezembro a última turma do Curso de Capacitação Setorial. A inscrição é gratuita para as
locadoras associadas e cada curso tem vagas
limitadas. “Será uma ótima oportunidade
para conhecer mais de perto o trabalho da associação que representa nacionalmente o setor de locação de automóveis”, adianta Nilson
Oliveira, diretor regional da ABLA em Brasília.
O curso aborda itens tais como a reposição
da frota de automóveis via financiamentos ou
capital próprio, custos fixos e variáveis, despesas administrativas, impostos, taxas e lucro.
Ministrado pelo economista Jorge Miguel dos
Santos, o curso foi desenvolvido para mostrar
que cada locadora em particular tem seus próprios custos, taxas de crédito e descontos na
compra de veículos.
Segundo Jorge Miguel, esses fatores são
diferentes entre as empresas. “Compreender e
levar isso em consideração são fatores fundamentais para precificar conforme a realidade”,
explica o economista. “Nenhuma empresa é
exatamente igual à outra”, completa.
Em outubro, o curso chegou até Roraima.
Capital do estado, Boa Vista foi a vigésima primeira cidade a receber este ano a qualificação
promovida pela ABLA. Em novembro, foram
ministradas aulas para novas turmas de Natal
(RN) e Belém, (PA). Cerca de 500 inscritos participaram das atividades, que, somente neste
ano, passaram ainda por: Belo Horizonte (MG),
Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC),
Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB),
Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS),
Porto Velho (RO), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP),
Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
Em Vitória (ES), ABLA e SEST/SENAT
realizam a primeira capacitação conjunta
Saiba mais
sobre o
SEST/SENAT
O CATÁLOGO de cursos do SEST/SENAT (www.sestsenat.org.br) abrange
mais de 300 conteúdos voltados para
as diferentes áreas que envolvem a
área de transportes. A carga horária
varia de acordo com o conteúdo programático de cada curso e os alunos
recebem o certificado de conclusão
quando aprovados.
Os projetos e ações do Programa de
Educação Profissional são desenvolvidos por meio da oferta de cursos de
qualificação, de atualização e de aperfeiçoamento (denominados cursos de formação inicial e continuada), bem como
de cursos para a formação técnica de
nível médio e de palestras sobre educação profissional.
A metodologia adotada está baseada na construção de componentes curriculares que contemplem as
exigências dos perfis profissionais
previstos em cada curso, considerando os problemas, as demandas
e as perspectivas atuais da sociedade, do mercado de trabalho e da
legislação vigente.
45
ABLA Jovem
Com as mãos na massa
“Integrantes do comitê da ABLA Jovem também farão
o acompanhamento dos projetos do Planejamento
Estratégico da associação”
Bruno Mazzei, Caio Uchoa, Cláudio Schincariol, Jaqueline Denadai, Rafael Pinheiro, Rodrigo Reda e Saulo Froes Junior são os líderes que já estão trabalhando para
efetivar o funcionamento da ABLA Jovem, responsável
por trazer os sucessores das locadoras para o quadro
associativo.
Em contato direto com a estrutura da ABLA, seu funcionamento e com as práticas de governança da associação,
os líderes da ABLA Jovem estão prospectando novos nomes para integrarem o comitê de trabalho. Além disso, “o
grupo apresentará ao Conselho Gestor uma proposta de
regimento para que seja, futuramente, incluída no estatuto social da ABLA”, conta Cecília Lodi, que presta serviço
de consultoria para a consolidação desse projeto.
Além disso, os integrantes do comitê também estão trabalhando na definição da missão da ABLA Jovem, que foi
responsável por trazer Gustavo Caetano para o XII Fórum
Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis (veja Box).
Paralelamente ao trabalho de estimular e preparar os
sucessores das locadoras e da própria ABLA, os integrantes da ABLA Jovem também farão o acompanhamento
dos projetos do Planejamento Estratégico da ABLA, ao
lado do Conselho Gestor.
Para 2016, o grupo prevê a realização de eventos voltados
para o público jovem, principalmente aqueles com idades
entre 20 anos e 35 anos, sob o foco da dinâmica de solução
de problemas com apoio de novas tecnologias, empreendedorismo, comunicação e melhores práticas de gestão.
46
Sucesso no
XII Fórum
ABLA
As pesquisas de avaliação do
XII Fórum Nacional da Indústria
do Aluguel de Automóveis, realizado em setembro pela ABLA,
mostraram que o painel da ABLA
Jovem esteve entre os mais elogiados do evento.
A escolha do palestrante Gustavo Caetano para enriquecer o
conteúdo do painel de debates
se mostrou acertada e extremamente útil para gerar interesse
dos associados. Ficou clara a
importância de criar uma célula
de inovação na ABLA para discussão do futuro, para trabalhar
o mercado e atuar em processos
que garantam a maior satisfação
do cliente.
47
Seminovos
Como agir em casos
de “Perda Total”
Confira as orientações básicas para não correr
riscos na venda do automóvel sinistrado
48
Seminovos
IMAGINE A SITUAÇÃO. Um veículo de propriedade da locadora, com
menos de 12 meses da data da compra, é envolvido pelo usuário em
um sinistro de “Perda Total”. Para
vender esse automóvel sinistrado, é
importante que a locadora conheça
os procedimentos corretos a serem
seguidos, no sentido de não correr
o risco de ter suas futuras compras
bloqueadas pelas montadoras.
Caso contrário, ao identificar a
transferência de propriedade antes
do prazo mínimo de um ano para a
desmobilização do ativo, as montadoras colocam o CNPJ da locadora
na lista de empresas que não respeitam o acordo de vendas de seminovos. E aí começa a dor de cabeça.
O resultado é o risco que a locadora passa a correr de até perder
contratos, por não conseguir comprar rapidamente novos veículos
junto às montadoras. Ou mesmo ter
de, para isso, ser obrigada a recorrer
aos estoques das concessionárias,
pagando preços menos favoráveis.
Toda a atenção é válida para evitar
esse tipo de dissabor.
Os procedimentos corretos a serem seguidos para o processo de
regularização de tal situação junto
à montadora devem ser feitos da
seguinte forma. Primeiro, é preciso
que a locadora tire cópia de toda a
documentação do veículo sinistrado (o que inclui cópia da Nota Fiscal
de compra, do CRLV, do Boletim de
Ocorrência e dos laudos de vistoria).
De posse dessa documentação,
a locadora deve dirigir-se ao revendedor onde o veículo foi entregue
e deixar todos esses documentos,
mediante protocolo referente a essa
importante etapa para a resolução
do problema. De sua parte, o revendedor deve informar o prazo estimado para que a documentação chegue
até a montadora, no sentido de que
a locadora possa monitorar e acompanhar o processo dali para frente.
Conforme Jorge Machado, gerente administrativo da ABLA, após
a montadora ter recebido a documentação, em caso de dificuldades
de comunicação ou de algum outro
tipo de impedimento que surja para
a resolução da questão, a ABLA
também pode ser acionada para
ajudar. “Para que a associação entre em contato com as montadoras
e assim possa auxiliar no que for
possível, é importante que toda a
documentação entregue no revendedor também seja encaminhada
para nós”, explica o gerente.
Na maioria desses casos, desde
que, repita-se, esteja toda a documentação necessária nas mãos das montadoras, a solução não costuma tardar.
“B.O.”
é essencial
Em todo e qualquer caso
de sinistro, principalmente
os de “Perda Total”, é fundamental que a locadora sempre providencie o quanto
antes o referido Boletim de
Ocorrência. “Há situações
que a empresa tem dificuldade em fazer o B.O.”, diz Jorge Machado, da ABLA. “Por
exemplo, quando o acidente
ocorre em áreas rurais, afastadas dos centros urbanos”.
Mesmo assim, Machado
diz que é importante salientar que a locadora não deve
transferir o veículo sequer
para o nome de uma seguradora, sem antes registrar
oficialmente o sinistro por
meio do Boletim de Ocorrência. Isso porque, embora
esteja claro que se trata de
uma aquisição por indenização e que não houve má-fé
da locadora, sem o boletim
é mais difícil comprovar
que se tratava de um salvado. Portanto, é possível que
as montadoras coloquem o
CNPJ da empresa na lista
daquelas que não respeitam o acordo referente ao
prazo de 12 meses para a
desmobilização de ativos.
49
Contabilidade
Impacto da opção tributária
na renovação da frota
encargos de depreciação, ainda que a microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP) não mantenha escrituração contábil.
Já pelo Lucro Presumido a base de cálculo é
a mesma, porém o IR-Ganho de Capital é fixo
em 15% e há ainda um acréscimo de 9% de CSL-Contribuição Social sobre o Lucro.
Outra informação importante é saber qual
deve ser o valor de aquisição do veículo que
você deve considerar quando comprar através
do leasing, CDC ou a vista. No leasing as contraprestações são “despesas de aluguel” e o
residual pago (no final ou diluído) é o que deve
ser considerado como “valor de aquisição”.
Assim definido, fica fácil então perceber que
locadoras optantes pelo Simples Nacional ou
Lucro Presumido, quando adquirem/vendem
veículos de leasing, terão maior ganho de capital. E, portanto, pagarão mais IRPJ/CSL, quando comparadas às aquisições diretas ou por
CDC, que têm o valor da nota fiscal como valor
de aquisição.
É comum encontrarmos locadoras que, além
de desconhecerem esta questão, também deixam de tributar IRPJ/CSL na venda dos carros
por acharem que o ganho de capital é somente a diferença positiva entre: Valor Compra-NF
x Valor Venda, o que geralmente resulta em
prejuízo. O equívoco está em não considerar
a depreciação, que também “entra na conta” e
influencia diretamente para geração de ganho
de capital.
E, por fim, vale o alerta. Com o advento do
SPED e com o ‘superpoderoso’ COAF, órgão
que centraliza todas as informações financeiras
inclusive do DETRAN, fica fácil para a Receita
Federal ter acesso a valores de aquisição/venda
de qualquer bem no país.
Paulo Henrique é especializado em locadoras e
sócio da AUDIT Consult & BuySell
A OPÇÃO TRIBUTÁRIA faz toda a diferença no
momento de renovação da frota das empresas
que atuam no setor de locação de veículos. Na
hora dessa renovação, é comum “brigarmos”
com os bancos para “bater” na melhor taxa
de juros, mas não basta apenas isso. É preciso
tomar muito cuidado para não dar um “tiro no
próprio pé”.
A primeira coisa a se ter em mente é saber
em qual regime tributário sua locadora se encontra. Pelo regime do SIMPLES NACIONAL ou
PRESUMIDO, são devidos, de forma separada,
os impostos IRPJ/CSL sobre a venda dos veículos. Ou seja, é diferente do que ocorre no regime do LUCRO REAL, no qual estes impostos
são pagos com base no resultado contábil fiscal
da empresa.
O ganho de capital das optantes pelo Simples Nacional é tributado pelo Imposto de Renda, conforme nova tabela criada em 2015 (ao
lado). Este IR-Ganho de Capital incide sobre a
diferença positiva entre o valor de alienação e
o custo de aquisição do bem, diminuído dos
Simples Nacional
Alíquota
50
Ganho de Capital
15%
Até R$ 1.000.000,00
20%
Entre R$ 1.000.000,01
e R$ 5.000.000,00
25%
Entre R$ 5.000.000,01
e R$ 20.000.000,00
30%
Acima de R$ 20.000.000,00
Cadastro
Ótimos negócios na tela do celular
Aqueles que informaram o número do celular
colaboraram para que a ABLA pudesse ajudar diretamente suas empresas a melhorar as receitas
e a reduzir os custos. “Isso porque informação
bem recebida, com rapidez e com segurança, certamente é informação útil para os lucros”, acrescenta Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA.
Fica claro que o número do telefone celular
do representante de cada locadora está sendo utilizado pela ABLA exclusivamente para o
envio de mensagem por SMS. “Além disso, o
nosso banco de dados nunca foi e nunca será
fornecido a terceiros”, lembra Jorge Machado.
Os representantes das empresas associadas que ainda não disponibilizaram os números de seus celulares podem fazê-lo imediatamente, atualizando os dados cadastrais de sua
locadora diretamente no Portal do Associado
(www.abla.com.br). Não perca essa chance.
A ABLA DESENVOLVEU um trabalho de grande
fôlego e de abrangência nacional, que implicou
em atualizar os cadastros de todas as locadoras associadas em tempo recorde. O objetivo
principal foi o de incluir no banco de dados da
associação o número do telefone celular do representante de cada empresa, no sentido de
proporcionar novas oportunidades de negócios
para as locadoras associadas.
O gerente administrativo da associação, Jorge
Machado, explica que a equipe interna da ABLA
entrou em contato por telefone com todo o quadro associativo para concluir essa atualização cadastral o quanto antes e com a máxima precisão.
“Neste processo, nós solicitamos o celular do representante para garantir que todos recebam por
SMS as inúmeras condições comerciais diferenciadas oferecidas por nossos parceiros de negócios, inclusive para a compra de veículos”.
51
Jurídico
Créditos de PIS/COFINS na locação
Adriano Augusto Pereira de Castro, advogado
especializado na locação de veículos, é assessor
jurídico da ABLA, da FENALOC e do SINDLOC/MG.
ESTE ARTIGO analisa recentes posicionamentos da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) na interpretação e aplicação da legislação
tributária sobre o aproveitamento de
créditos de PIS/COFINS na locação
de veículos.
O tema é do interesse de locadoras de todos os portes independente
do regime tributário adotado (lucro
real, lucro presumido ou Simples
Nacional), porque um dos pontos
abordados alude ao aproveitamento
do crédito de PIS/COFINS pelos locatários e, portanto, trata-se de matéria
com impacto direto e relevante decisão quanto à opção de alugar veículos por nossos clientes.
A SRFB adotou nos últimos anos
diversos entendimentos no sentido
de distorcer a aplicação da legislação tributária federal de tal modo a
majorar artificialmente a carga tributária ao produzir diversos gargalos
e proibições ao aproveitamento de
créditos de PIS/COFINS no regime
não cumulativo. Enquanto no “regime cumulativo” do PIS/COFINS o
tributo é calculado pela alíquota de
3,65% sobre o faturamento, no “regime não cumulativo” o PIS/COFINS
utiliza a alíquota de 9,25% sobre a
receita bruta, mas nesse último caso
se permite o aproveitamento de créditos correspondentes aos insumos
produtivos utilizados na operação. A
SRFB aparentemente pretende limitar de tal maneira o aproveitamento
de créditos de modo a transformar a
alíquota de 9,25% “não-cumulativa”
52
Jurídico
A SRFB passou a entender que os veículos de empresa locadora
não são “máquinas e equipamentos incorporados e utilizados
para locação a terceiros”
em nova incidência “cumulativa”,
“na cabeça”, sobre a receita bruta.
A pior posição da SRFB sem dúvida se refere à suposta impossibilidade de aproveito de créditos de
PIS/COFINS pelos locatários a partir
de nossas faturas de locação. A lei
autoriza a creditar valores relativos
a “aluguéis de máquinas e equipamentos utilizados nas atividades
da empresa”. Por sua vez, a SRFB
alega que os “veículos” não são
“máquinas e equipamentos” para a
concessão de créditos tributários e,
portanto, o aluguel de veículos não
produziria créditos de PIS/COFINS
para o locatário (SRFB, COSIT – Solução de Consulta 01/2014).
Tecnicamente a decisão mistura e
confunde normas de várias leis diferentes para no final concluir pela não
permissão do crédito para o aluguel
de veículos. A legislação do PIS/COFINS é um emaranhado de normas
que envolvem dois regimes gerais
– o cumulativo e o não-cumulativo
– e vasta gama de regimes especiais
com bases de cálculo, sistemática de
apuração e alíquotas diferenciados.
A SRFB apenas misturou normas
de um regime especial (“regime do
PIS/COFINS monofásico” aplicável
a determinadas indústrias) para pretensamente justificar que os veículos
alugados e empregados nas atividades da empresa não seriam equivalentes a outros bens de capital. Essa
questão, por sua importância, será
abordada com maior detalhe em artigo futuro.
A segunda posição da SRFB desfavorável às locadoras se refere à
restrição ao aproveitamento de créditos de PIS/COFINS à taxa de 1/48
sobre o valor de aquisição do bem
(SRFB, DISIT 9003/2015). No regime
não-cumulativo do PIS/COFINS as
empresas poderão abater do valor
do tributo apurado pela alíquota de
9,25% sobre a receita bruta determinados valores, dentre eles máquinas e equipamentos incorporados e
utilizados para locação a terceiros,
para produção de bens destinados
à venda ou para a prestação de serviços. A apropriação desses créditos se dá junto com a depreciação
(1/60 mensais) ou, facultativamente, à taxa de 1/48 mensais sobre o
valor de aquisição.
A SRFB passou a entender que os
veículos de empresa locadora não
são “máquinas e equipamentos incorporados e utilizados para locação
a terceiros”.Trata-se de maliciosa ignorância da Receita Federal, porque
para as locadoras os veículos são
exata e precisamente os seus bens
de capital, suas ferramentas de trabalho, suas máquinas e equipamentos empregados na geração de receitas operacionais.
As posições da SRFB são muito
negativas para as locadoras de veículos e geram apreensão ao sugerirem o objetivo fiscal de destruir o
regime não cumulativo ao produzir
restrições artificiais ao direito ao crédito do PIS/COFINS. Como política
fiscal a decisão é tenebrosa porque
torna ainda mais regressivo, cumulativo e complexo nosso sistema tributário, incentivando fortemente as
opções de verticalização ou terceirização das empresas em virtude dos
diferentes regimes tributários que
não induzem à maior eficiência operacional das empresas.
A Justiça em breve irá se manifestar sobre esses assuntos. Esperamos que os contribuintes e locadoras de veículos não tenham que
se submeter a esses obstáculos
indevidos ao regular exercício aos
seus já escassos direitos na esfera
tributária.
53
Brasil Viagem
O Réveillon dos Milagres
Roteiro que pode ser feito de automóvel alugado leva a um dos
Réveillons mais charmosos e exóticos do Nordeste
São Miguel dos Milagres: Um destino para quem gosta de natureza
em São Miguel dos Milagres, cidade com aproximadamente seis mil habitantes, que mais
se caracteriza pelas vilas de pescadores que
cercam as belíssimas praias da região. “É um
destino mais exótico, mais ligado à natureza,
porém não menos badalado para comemorar
a virada do ano”, conta Lusirlei Albertini, diretor
regional da ABLA em Alagoas.
A cidade fica no litoral norte do estado, próxima à Maragogi, famosa por suas piscinas
naturais. Partindo de Maceió, são apenas 94
quilômetros, tornando o destino ótimo para
ser visitado a partir de um veículo alugado. A
viagem de carro dura menos de duas horas.
Ou seja, saindo de Maceió, o caminho até
São Miguel dos Milagres pode ser feito facilmente com um veículo de passeio, pois durante o trajeto existem várias praias com fácil
acesso.
COM A CHEGADA DO FINAL DE ANO, cresce a
demanda nas locadoras de veículos que trabalham com locação diária no Nordeste. Há uma
série de destinos e possibilidades de turismo na
região, que as empresas do setor podem indicar aos usuários interessados em aproveitar as
festas à bordo de um automóvel alugado.
O estado de Alagoas oferece algumas das
melhores opções para comemorar a chegada
do ano novo. Entre as várias festas que celebram o réveillon, as mais famosas de Maceió
são a Celebration, a Absoluto e a Allure. Além
das várias festas que acontecem nos bairros da
cidade, existe também uma opção fascinante a
poucos quilômetros de distância da capital alagoana: o Réveillon dos Milagres.
Trata-se de uma ótima opção para indicar aos
usuários de veículos alugados. A festa acontece
entre os dias 26 de dezembro e 02 de janeiro,
54
Brasil Viagem
A capital Maceió: ponto de partida para descobrir as praias do litoral alagoano
Foto: Jannyne Barbosa
O caminho indicado para quem vai ao Réveillon dos Milagres é a rota ecológica, rodovia
AL 101. A estrada é toda asfaltada, o que garante conforto, além da autonomia de parar onde
quiser usando um veículo alugado.
Chegando lá, com seis festas open bar, o Réveillon dos Milagres reserva muito mais que diversão. Há também as belezas naturais da região,
a culinária e os diversos serviços oferecidos pelos organizadores do evento, que transforma a
visita à cidade num acontecimento memorável.
Uma alternativa para quem já está com um
pé na aventura é alugar uma casa para passar
a semana na região. Para aqueles que preferem
o conforto de um bom serviço de quarto, é possível se instalar nas charmosas pousadas que a
cidade dispõe.
Em relação às praias, a do Marceneiro e a
Praia do Morro são as mais recomendadas em
Milagres, mas nas redondezas o que não falta é
opção. Entre elas, a Praia do Patacho, a Praia do
Toque e a Praia do Riacho.
A viagem pode ser ainda mais interessante
se for possível conhecer todas as atividades
que a região oferece. Além dos passeios, Milagres também é ideal para praticar esportes
e para conhecer a cultura alagoana: o vilarejo
guarda casarões centenários, cuja arquitetura é
sempre uma atração à parte.
Os encantos
de Alagoas
ALÉM DA BELEZA NATURAL de suas
praias, Alagoas tem culinária saborosa, cerâmica, rendas, artesanato em
madeira e palha. O sol brilha a maior
parte do tempo.
Seguindo de Maceió em direção
a Pernambuco são 265 quilômetros
pela BR-101 até a capital pernambucana, Recife. Mas quem aluga um carro
para o turismo de lazer prefere fazer
o trecho pelas vias litorâneas AL-101 e
AL-413. Barra de Santo Antônio (a 46
km de Maceió) e Maragogi (140 km)
são as principais atrações do trecho.
No sentido contrário, em direção a
Sergipe, a rodovia AL-101 prossegue
com belas paisagens, incluindo a
Praia do Francês (21 km) e Barra de
São Miguel (40 km).
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Diálogos
Um ano para dissolver ilusões
Cecília Lodi, diretora da Lodi Consultoria
CADA ANO em nossas vidas
Apenas o nosso trabalho, o
tem uma particularidade. Exisnosso amor e a nossa fé nos
tem aqueles que nos comple- “São os tempos difíceis
ampararão. E no fundo, isto é
tam de alegria, outros que nos
o que nos enobrece como secravam tatuagens de sofri- que nos ajudam a revelar
res humanos. São os tempos
mento. Existem anos que nos
difíceis que nos ajudam a reobrigam a evoluir e 2015 foi o que temos de melhor”
velar o que temos de melhor.
um destes.
Cada um absorve o mundo
O ano começou sinalizando que enfrentaríapor sua própria luneta. Encontro pessoas que
mos uma tormenta. O Brasil passava por uma
trazem olhares apreensivos, outros que en‘faxina’, que demonstrou que alguns cômodos
xergam o futuro com ceticismo e há também
precisavam não apenas de uma tinta nova, mas
aqueles que não percebem que o planeta está
sim de uma reforma completa.
mudando.
Paralelamente, no mundo, vivenciamos um
O ano novo que em breve teremos diante de
ano de conclusão de ciclos, assistindo desabanós já nos chama, desde agora, para a batalha.
rem os castelos de impunidade, assim como os
Precisamos responder com vitalidade e isso é percastelos dos modelos econômicos e da resisfeitamente possível, pois as sementes que plantatência passiva à pobreza.
mos em 2015 nos alimentarão nos dias que virão.
Milhares de pessoas chegaram ao fundo e
Nosso futuro é um livro recém-comprado
não têm mais nada a perder. Momentos muipara colorir. Somos predestinados a ter nossa
to parecidos aos que precederam a primeira e
força e caráter testados de tempos em tempos,
segunda guerra, com novas ondas migratórias
mas iremos sobreviver se soubermos tomar
mudando as relações e fabricando novas renossas decisões.
gras de convivência e de trabalho.
Portanto, para o ano de 2016 será ainda mais
Assim, 2015 foi um ano para determinados.
importante abandonar o que é só aparência
Aqueles que foram forjados em uma têmpee vaidade. Este tempo está terminando e as
ra resistente. Muitos caíram e deverão buscar
máscaras estão caindo em todos os lugares.
novas estradas. Outros baixaram suas velas,
O essencial será nos dedicar de corpo e alma
amarraram o que valia a pena no mastro e seao que é realmente importante, principalmenguiram rumo a este futuro ainda incerto.
te atendendo as necessidades das pessoas que
Passamos por um ano em que foi preciso seprecisam de nós e do nosso trabalho.
parar o supérfluo do que é real. Um ano para
Alguns já compreenderam quais são as lidissolver ilusões. O Brasil sofreu um ‘estupro’
ções deste novo tempo. Outros vão aprendê-las
político, mas sobreviveu. Esta é uma terra grande maneira mais dura e, ainda, haverá aqueles
de demais para oportunidades mesquinhas.
que não aceitarão as novas regras. Esses ficaNossa viagem se alongou um pouco pela esporão pela estrada, pensando equivocadamente
liação dos piratas, mas seguimos rumo a 2016,
que são apenas vítimas das circunstâncias. Não
que será outro ano difícil, como é todo ano que
são. Em 2016, sobreviverão os mais aptos a se
precede mudanças profundas.
reinventarem.
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Fim de Papo
Adeus ano velho, feliz Ano Novo
Alberto Faria, Conselheiro Gestor da ABLA
FALTA POUCO, muito pouiniciou ali o debate so“A vida só é possível através tor
co para ver nossas agendas
bre alternativas diversas
dos desafios. A vida só é
ficarem apertadas para dar
para a nossa atividade de
conta dos compromissos, enlocação de veículos, que
possível quando você tem
contros e confraternizações
em 2014 foi responsável
tanto o bom tempo quanto
de final de ano. Vamos nos
pela compra de expressio mau tempo, quando tem
abraçar, atualizar conversas,
vos 12,5% do total de veídar boas risadas e, como não
culos vendidos pelas monprazer e dor; quando tem
poderia deixar de acontecer,
tadoras no país.
inverno e verão, dia e noite;
falar dos difíceis cenários da
E o futuro? Bem, em marquando tem tristeza tanto
nossa economia, do compliço de 2016 o Brasil voltará a
cado desdobramento político
andar e com ele vamos senquanto tem felicidade,
nacional e das incertezas que
tir de fato os novos rumos.
desconforto tanto quanto
2016 nos reservam.
Daqui até lá, o Réveillon, as
conforto. A vida passa entre
Com certeza, uma quesférias de verão nas escolas
tão que não deixará de ser
e as férias coletivas nas emessas duas polaridades.
comentada é o que vai aconpresas, além do Carnaval e
Movendo-se entre essas duas do recesso parlamentar, se
tecer com nosso setor de lopolaridades, você aprende a
cação de carros. Para aqueles
constituem em ingredientes
companheiros que têm suas se equilibrar. Entre essas duas líquidos e certos para uma
locadoras operando mais
longa pausa de notícias soasas, você aprende a voar
ativamente no mercado de
bre os solavancos da econoaté a estrela mais brilhante.” mia nacional.
locação diária, ou seja, que
atendem principalmente o
Na prática, olhando aten(Osho)
segmento de turismo, é bem
tamente, o setor de locaprovável que existam expecção de veículos, integrante
tativas favoráveis. Nesse nicho de negócios, a
do segmento industrial automotivo e cuja frota
grande justificativa para ancorar um possível
já ultrapassa 750 mil carros, sempre será visto
aumento de demanda é o atual patamar do dóe reconhecido como uma das alternativas para
lar, que fortalece as viagens internas pelo Braa retomada da economia nacional. Temos um
sil, principalmente para o Nordeste. Já para o
imenso e renovável poder de compra, represensegmento de terceirização, o período que cortado por um universo de milhares de empresas
responde historicamente às férias coletivas de
de pequeno, médio e de grande porte, o que nos
empresas poderá provocar, em alguns casos, a
fortalece ainda mais como unidades produtivas e
desativação parcial da frota.
como um setor cada vez mais organizado e proO certo é que o nosso setor já começou a
fissional.
abordar essas perspectivas para 2016 em seDesejamos a todos um Feliz Natal e um ótitembro deste ano, a partir do provocativo tema
mo Ano Novo, com a convicção de que sabe“Estamos preparados para reinventar o nosso
remos transformar esses desafios de 2016 em
negócio?”, que norteou o XII Fórum Nacional
realizações e, também, em ótimos momentos
da Indústria do Aluguel de Automóveis. O sede nossas vidas. Boas festas!
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