Fisiologia Sensorial - Espaço de Erika Liz

Transcrição

Fisiologia Sensorial - Espaço de Erika Liz
Fisiologia Sensorial
Sensibilidade:
“É a capacidade de detectar e processar a informação
sensorial que é gerada por um estímulo proveniente do
ambiente interno ou externo ao corpo”
Para que são utilizadas as diferentes informações
sensoriais no nosso organismo?
• Percepção
• Controle motor
• Regulação da função dos órgãos internos
• Manutenção do estado de vigília
Importância do estudo da sensibilidade
Razões práticas:
• Identificar e se proteger em ambientes de
perigo
• Desenvolver instrumentos que otimizam
a percepção
• Desenvolver instrumentos para as pessoas com
déficits sensoriais
Prof Lucindo Quintans Jr
(DFS/UFS)
1
Tipos de Sensibilidade
Sensibilidade especial:
• Visão
• Audição,
• Olfação,
• Gustação
• Equilíbrio
Sensibilidade somática:
• Tato,
• Temperatura,
• Dor,
• Propriocepção
Sensibilidade Somática
“Estudar como os diferentes tipos de sensibilidade
somática (tato, propriocepção, temperatura e dor) são
dectectados, transmitidos e processados no SNC”
1 - Receptores somatosensoriais
2 - Os atributos de um estímulo sensorial
Modalidade, Intensidade, Duração, Localização
3 - Como esses atributos são preservados?
4- Circuitos Neuronais
5 - Tansmissão da informação sensorial
Vias ântero lateral, e coluna dorsal lemnisco medial
Propriedades Gerais dos Sistemas Sensoriais
Vias sensitivas – elementos comuns
Estímulo interno ou externo – receptor
Receptor – transdutor
Limiar – neurônio sensitivo aferente –
SNC (integração)
Prof Lucindo Quintans Jr
(DFS/UFS)
2
Classificação dos Receptores Somatossensoriais
Os receptores podem ser
classificados de duas
formas:
•
Tipo de estímulo detectado
•
Origem do estímulo
Tipos de
receptor
Modalidade
Receptor
Localização
Mecanoceptor
Tato
Tato
audição
Corpúsculo de
Pacini
Corpúsculo de
Meissner
Célula ciliada
Pele
(subcutâneo)
Pele (cutâneo)
Órgão de corti
Fotoceptor
visão
Bastonetes, cones
retina
quimioceptor
Olfato
Gustação
Po2 arterial
Receptor olfativo
Brotamentos
gustativos
Mucosa olfativa
Língua
Corpos
carotídeos e
aórticos
Termoceptor
temperatura
Receptores de frio e
calor
pele
nociceptor
Dor, tato
grosseiro e
temperatura
Nociceptores
térmicos
Receptores
polimodais
Pele
Tecidos
profundos
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(DFS/UFS)
3
Tipo de estímulo detectado
9 Mecanorreceptores
RECEPTORES ENCAPSULADOS
Pele
Epiderms
Mucosa bucal
Periodonto
Derms
Meissner corpusde
Músculos
Articulações
Ligamentos
Pacinian corpusde
Ruffini corpusde
Merkel disks
Free nerve endings
Vibração, pressão, rotação das articulações, discriminação,
estiramento, propriocepção
Corpúsculo de Meissner
- encontrados nas papilas dérmicas da pele, principalmente
nas pontas dos dedos, lábios (discriminação táctil)
- detectam discriminação entre dois pontos, tato e pressão
Receptores de Merkel
- encontrados na pele
- detectam tato, porém são menos adaptativos que os
receptores de Meissner
Corpúsculo de Pacini
- encontrados na pele (subcutâneo) das mãos e pés e em
tecidos mais profundos como nos tendões, músculo
- detectam alterações de vibração
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(DFS/UFS)
4
Corpúsculo de Ruffini
- receptores encontrados nos tecidos profundos (cápsula
articular)
- detectam estiramento e rotação de uma articulação
9 Mecanorreceptores
9Termorreceptores
Sobreposição no eixo das TEMPERATURAS
9 Acima de 36ºC: receptores frio quiescentes
9Abaixo de 36ºC: receptores calor quiescentes
9 Acima de 45ºC: receptores calor inativos
Frio: fibras Aδ e C (20 a 35ºC)
Calor: fibra
C Lucindo
(35 a 45ºC)
Prof
Quintans Jr
(DFS/UFS)
5
9 Nociceptores
* respondem a estímulos nocivos capazes de causarem lesão
tecidual
- são terminações nervosas livres
Duas classes principais de nociceptores
9 Nociceptores térmicos ou mecânicos:
fibras Aδ
9 Nociceptores polimodais: fibras C
Origem do estímulo
9 Exteroceptores
9 Interoceptores
9 Proprioceptores
Classificação Morfológica
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(DFS/UFS)
6
Como é que dois tipos receptores sensoriais detectam
tipos diferentes de estímulos sensoriais ?
Sensibilidade Diferencial
Receptor- Mecanismo de Transdução
* Diferentes tipos de estímulo são convertidos em resposta
elétrica
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(DFS/UFS)
7
Potencial gerador
Potencial
gerador
excitatório
Estímulo
limiar
POTENCIAL
DE AÇÃO
Impulso Nervoso
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(DFS/UFS)
8
Como podemos distinguir entre os diferentes tipos de
estímulos se conduzimos apenas potencial de ação?
PRINCÍPIO DA LINHA
MARCADA
Preservando os atributos do
estímulo através do código neural
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(DFS/UFS)
9
Quais são os atributos do estímulo?
- Modalidade – tátil, proprioceptiva, térmica, dolorosa
- Intensidade – fraco, forte
- Duração – curta, longa
- Localização – qualquer região do corpo
Duração do estímulo
9 Adaptação rápida
ou Lenta????
FÁSICOS OU TÔNICOS
Adaptação Lenta - Tônicos
9 Transmitem informações enquanto o estímulo tiver presente ou pelo
menos por minutos ou horas
9 Mantêm o cérebro constantemente informado sobre o estado do
corpo e o meio ambiente
9 Exs: Receptores de fusos musculares, orgão tendinoso de golgi, da
dor ?, os baroceptores, os
quimioceptores,
Prof
Lucindo Quintansos
Jr táteis, termoceptores
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(DFS/UFS)
Adaptação Rápida - Fásicos
9 São estimulados quando ocorre mudança de força do estímulo
9 Receptores de velocidade
9 Possuem função preditiva
Exs: Receptores táteis
Intensidade do Estímulo
Número crescente de
Maior número de impulsos
fibras paralelas
sobre uma mesma fibra
(Somação Espacial)
(Somação Temporal)
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(DFS/UFS)
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Localização
Como é codificada a localização de um estímulo?
• Pela ativação dos campos receptivos das fibras neurais
• O tamanho do campo receptivo é um fator importante na
determinação da resolução espacial
•O campo receptivo do neurônio secundário corresponde a
soma dos campos receptivos dos neurônios primários que
convergem para ele
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(DFS/UFS)
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Localização
Poucos neurônios primários
convergem para um único
secundário – Campo de
Recepção pequeno
Muitos neurônios primários
convergem para um único
secundário – Campo de
Recepção muito grande
Limiar de Dois
Pontos
Prof Lucindo QuintansInibição
Jr
lateral
(DFS/UFS)
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Localização
As regiões sensitivas do cérebro são altamente organizadas
quanto a procedência do estímulo
Cada região do corpo é representada numa área específica do
cérebro
Representação cortical
do corpo
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VIA DE TRANSMISSÃO
NEURÔNIO 4ª ORDEM
CÓRTEX
NEURÔNIO 1ª ORDEM
NEURÔNIO 3ª ORDEM
TÁLAMO
NEURÔNIO 2ª ORDEM
Medula espinhal e
Tronco encefálico
TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS
Tipos
Class.
Sensação
Alternativa
Localização
Aα
Ia
Tátil
Fusos
musculares
Aα
Ib
Tátil
Órgão tendinoso
Aβ e γ
II
Tátil
Pele
Aδ
III
Temperatura, tato
grosseiro, Dor em
alfinetada
Pele
C
IV
Dor, prurido,
temperatura e tato
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grosseiro
Pele
(DFS/UFS)
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Fibras Nervosas
Aα
Proprioceptores
Músculos
Aβ
Mecanorreceptores
da pele
C
Aδ
Dor
Dor
Temperatura
Temperatura
Esqueléticos
Vibração
Grupamentos Funcionais Neuronais
A
9 SNC compreende grupamentos
neuronais
B
9 Organização Básica de um Grupamento
neuronal
9 Estímulos limiares e sublimiares –
Excitação e Facilitação
9 Inibição
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(DFS/UFS)
1
2
3
4
5
16
Zona facilitada
Zona de descarga
Zona facilitada
Circuitos nos Grupamentos Funcionais Neuronais
Circuito aberto
Circuito convergente:
arranjo no qual vários
neurônios convergem para
um único neurônio. Repare
que este neurônio constitui
uma via final comum de
vários impulsos nervosos
que podem chegar de
diferentes regiões do SNC.
Nos circuitos divergentes
os neurônios estão
arranjados de tal modo que
uma célula pode
redistribuir a informação
para vários neurônios
situados em diferentes
locais do sistema nervoso.
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(DFS/UFS)
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Circuitos nos Grupamentos Funcionais Neuronais
Circuito fechado
Propiciam a recorrência
ou reverberação do
impulso nervoso, autoreforçando a
propagação do impulso
excitatório na cadeia.
Denominamos este tipo
de circuito de feedback
positivo ou facilitatório.
Assim, a informação é
reverberada por um
certo tempo que
depende do número e
tipos de associação dos
componentes da cadeia.
Saída de Sinais Contínuos de Circuitos Neuronais
9 Dois mecanismos podem causar tais efeitos:
- Sinais Reverberativos Contínuos (Sistema Nervoso
Autônomo)
- Descarga Neuronal Intrínseca Contínua
(interneurônios da medula espinhal, neurônios do cerebelo)
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(DFS/UFS)
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Instabilidade e Estabilidade dos Circuitos Neuronais
9 Circuitos Inibitórios
9 Fadiga Sináptica - Se os estímulos de alta freqüência se
prolongarem, a membrana pós-sinaptica apresenta fadiga,
resultando na suspensão temporária da transmissão nervosa,
devido ao esgotamento do NT e à inativação dos receptores
pós-sinapticos.
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