SOAR Gemini OPD CFHT LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica

Transcrição

SOAR Gemini OPD CFHT LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica
SOAR
BTFI .............................. 1
SIFS .............................. 2
O
Brazilian Tunable Filter Imager (BTFI) é um interferômetro acoplado
ao telescópio SOAR que permitirá obter
espectros com resoluções desde 50 até
35000A. O instrumento foi enviado ao
Chile em junho último e foi montado e
testado no telescópio no período de 5 a
31 de julho. O módulo que foi comissionado é o de baixa resolução, sendo que
o de alta resolução, que utilizará 2 pares de Fabry Perots, será comissionado
somente em 2011. O BTFI poderá ser
utilizado para o estudo de diferentes áre-
as, desde corpos do sistema solar, estrelas, meio interestelar, galáxias até
cosmologia.
Desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos por uma equipe com participantes do IAG, Poli/USP, INPE, Unipampa,
UESC e outros e financiado pela FAPESP, LNA e CNPq o interferômetro
fez as primeiras observações do céu no
final do mês passado. O primeiro objeto
observado foi a Nebulosa planetária do
Saturno, ou NGC 7009.
Gemini
Chamada ...................... 4
Mudanças ..................... 5
CP/Gemini ..................... 6
OPD
Condições ..................... 7
CFHT
'IMAKA ........................ 11
Users Meeting ............. 12
MegaCam/WIRCam .... 13
LNA
Planejamento .............. 14
5ª ExpoT&C ................ 14
Colaborações .............. 16
Figura1: imagem composta de algumas
bandas observadas (de 100 Angstrons cada).
O BTFI foi inicialmente montado diretamente em uma das portas Nasmith,
mas em cerca de um ano deve ser acoplado ao módulo de óptica adaptativa
SAM. Um segundo período de comissionamento do módulo de baixa resolução
Figura 2: espectro na região de 5300A a 4800A (note Hbeta
no canal 22 e as duas linhas de OIII nos canais 9 ao 12).
do BTFI está planejado para novembro
próximo.
Maiores informações podem ser encontradas no site:
www.astro.iag.usp.br/~btfi.
Claudia Mendes de
Oliveira é pesquisadora do
IAG/USP.
em dia
A
pós 10 longos anos de trabalho intenso, envolvendo diretamente cerca de 20 profissionais técnicos e
cientistas, finalizamos o espectrógrafo
SIFS. Nesse período de tempo a sigla
SIFS se tornou de tudo um pouco; lenda, legenda, mito, rótulo e história. Penso que, o último item é o mais
importante no sentido de que conseguimos atravessar uma variedade imensa
de problemas para chegar a ponto de
efetuar o comissionamento desse instrumento no telescópio SOAR. Apesar de
todo nosso esforço, o próprio processo
de comissionamento tem apresentado
problemas quase como se, por assim dizer, a novela quisesse continuar. Obviamente, em um projeto dessa magnitude
é bastante razoável esperar por certa gama de problemas antes que venha a funcionar plenamente. Afinal de contas até
mesmo organizações altamente experientes como, por exemplo, a NASA, não
raras vezes, enfrenta toda a sorte de problemas antes que seus projetos funcionem de forma efetiva. Nesse mesmo
momento, muito instrumentos astronômicos de alta tecnologia estão estancados
por apresentarem algum tipo de falha,
aguardando reparos ou reconfigurações. Na verdade muitos deles jamais
irão funcionar de um modo ou de outro.
Dessa forma cabe aqui a pergunta; Por
que razão, nós que estamos fazendo isso pela primeira vez não teríamos nenhum problema?.....Fazemos de tudo
para evitar, mas.......
O fato é que, em seis meses de tentativas para colocar SIFS em pleno funcionamento, não só antigos problemas de
projeto e engenharia insistiram em se
manterem vivos como novos tipos de
problemas apareceram de forma completamente inesperada. O principal deles
diz respeito ao descolamento progressivo do arranjo de microlentes. Esse processo ao que tudo indica, parece ser
deletério e progressivo tendendo a se finalizar apenas quando toda a extensão
do arranjo se tiver desacoplado opticamente do arranjo de fibras ópticas.
Também ocorreram problemas de desalinhamento de blocos da slit tornando o
alinhamento do instrumento bastante
caótico. Obviamente isso representa
para nós mais uma grande perda de
tempo e de recursos que poderiam ser
investidos em outros projetos. Sem contar a quebra de expectativa por parte
de muitos astrônomos que esperavam
observar com SIFS ainda este ano. Naturalmente, toda a equipe que trabalhou no SIFS, se sentiu bastante
frustrado e porque não dizer com certo
desânimo. Mas isso ainda está longe
de significar desistência, entrega ou
desleixo. Temos um compromisso vivo
de fazer esse instrumento funcionar
com todo seu potencial no menor intervalo de tempo possível.
Ao longo dos últimos dois meses fizemos um estudo detalhado através de simulações para tentar detectar as
possíveis causas que definiram os danos apresentados pela IFU/SIFS. Como ficou claro, é extremamente difícil
identificar de forma pontual os momentos em que ocorreram os danos ou exatamente como eles aconteceram.
Todavia, a combinação de fortes gradientes térmicos associados a choques
mecânicos provou ser a causa mais
provável desses danos. Uma retrospectiva do processo de embalagem e transporte não revelou nenhuma falha
específica. Por outro lado também não
podemos assegurar que houve completa segurança já que certamente os choques mecânicos podem ter ocorrido
durante o transporte dentro do Brasil,
para o Chile ou dentro do Chile.
em dia
Eventualmente, a combinação entre um
choque e uma falha não evidente na embalagem associada a uma forte variação de temperatura entre Brasil e Chile
podem ter sido a causa. No presente momento, acreditamos que vale mais a pena investir tempo e recursos num
sistema de embalagem superprotegida
do que continuar investigando nuanças
no histórico do processo. A reconstrução das extremidades da IFU/SIFS é
um procedimento plenamente factível,
quando ela for trazida de volta a o LNA.
A questão mais importante é se poderíamos reconstruir melhor e mais rápido e
a resposta parece ser sim. Os testes e
simulações têm fornecido indicações
bastante positivas nessa direção. Isso
não significa que surgiu uma nova tecnologia em poucas semanas apenas porque precisávamos dela. O fato é que a
IFU/SIFS foi construída em várias partes envolvendo grandes intervalos de
tempo entre essas partes. Durante esses intervalos de tempo pudemos desenvolver tecnologia superior que
inclusive foi utilizada em outros projetos, espectrógrafo FRODOS e estudo
experimental do WFMOS. Essa tecnologia pode agora ser reutilizada na
IFU/SIFS de forma a obtermos melhores resultados e, em uma escala de
tempo significativamente menor.
No contexto desse horizonte de eventos, estamos nos preparando para remover a IFU do telescópio SOAR no
Chile e transportá-la de volta ao Brasil.
Uma vez que ela esteja em nossos laboratórios dentro de algumas semanas
poderemos iniciar imediatamente sua
reconstrução. Acreditamos fielmente
que antes do final de 2010 ela possa
ser reinstalada, comissionada e posta
em operação, desta vez de forma plena
e definitiva.
Figura1: Essa foto foi tirada logo após a abertura da embalagem da
IFU/SIFS, no observatório SOAR. Pode-se ver que o arranjo de microlentes
se soltou e permaneceu dependurado apenas por dois fios de rosca de um
parafuso M2. Ao todo, quatro parafusos prendem o arranjo e ainda foram
colados com trava rosca. Três deles se soltaram completamente. Isso
mostra claramente que houve choques e vibrações mecânicas muito além
do que seria tolerável durante o transporte.
Antônio César de Oliveira é
pesquisador do LNA.
em dia
O
Observatório Gemini anuncia a
chamada para "white papers" sobre os casos científicos para espectroscopia de alta resolução, como parte do
esforço inicial para definir seu próximo
instrumento. Veja o texto completo da
chamada abaixo. [ou em http://www.gemini.edu/node/11494]
Gemini Observatory is embarking on a
new round of instrumentation development, with an anticipated emphasis on filling in missing capabilities and replacing
aging, obsolete instruments. High-resolution optical spectroscopy is one of the
most highly desired missing capabilities
identified by the Gemini community. As
such, the Observatory solicits Gemini
community participation to define the
specific details of this desired capability.
A critical first step in this process is to
identify those critical science goals and
objectives that provide, in a demonstrative way, a solid justification of this new
capability. Since the vast majority of the
expertise in this area rest within the community, Gemini Observatory here issues
a call for “White Papers on High-Resolution Optical Spectroscopy for Gemini Observatory” in order to help construct the
scientific case for this kind of spectroscopy. The Observatory is encouraging
anyone with an interest in promoting
high-resolution optical spectroscopy for
the Gemini community, both observers
and instrument builders, to participate.
Please note, however, that this call is
not a solicitation for proposals to fund,
build, or observe with such an instrument at this time.
While this call is specifically intended to
stimulate creative thinking, please consider the following guidelines. First, the
primary goal of this call is to establish
the scientific rational for doing high-resolution, R>15,000, optical spectroscopy on an 8-m telescope, so we are
most interested in position papers that
help present a strong scientific justification for this capability. Also, it is important to be forward looking and include
future scientific opportunities; any capabilities developed from this call will be
available in the latter two-thirds of this
current decade and should be able to attack future problems.
Prazo para os "white papers": 7 de setembro de 2010.
Second, although scientific justifications
are the driving force behind this initial effort, this project faces serious technological difficulties imposed by the fact that
the Gemini telescopes have only Cassegrain foci and no Nasmyth foci (as demonstrated by the earlier HROS,
bHROS, HRNIRS, and PRVS projects).
Therefore, instrument and technology
position papers that address how to
overcome the mass, volume, and gravity variant limitations are welcomed.
Possible solutions range from employing a fiber-fed bench-mounted instrument to using new, innovative
em dia
technologies that would allow for a Cassegrain mounted device.
Third, “out of the box” thinking is invited
as long as it is demonstratively reasonable. Ideas that are too technologically immature, risky, costly, time consuming,
or complex will most likely not be feasible within the resources expected, while
those ideas that minimize the above will
have a much greater chance of inclusion in the final, approved concept.
Finally, as a means of starting a discussion but not to unduly restrict it, we present a “straw-man” concept, a result of
the Gemini Science Committee April
2010 meeting, for consideration: a fiberfed bench-mounted spectrograph with a
resolution of about 50,000. This concept
is perceived to be affordable, low risk,
and deliverable on a short time scale,
yet capable enough to fulfill much of the
anticipated science. Being a “strawman” concept, we welcome all critical,
but constructive, criticisms and emphasis that this is a concept only – if this concept is unsupported scientifically it will
not be pursued.
C
onforme anúncio feito no Boletim
Eletrônico da SAB N. 529 de
15/07/2010, o LNA lamenta informar de
que se viu forçado a revogar a oferta de
financiar passagens aéreas para estágios de estudantes no Observatório Gemini Sul, anteriormente anunciada no
Boletim Eletrônico da SAB No. 512, de
16/07/2010 e no LNA em dia No.13, de
junho/2010.
Segundo o parágrafo 2º do art. 10 do Decreto nº5.992/2006, com redação dada
pelo Decreto nº 6.258/2007: “é vedada
a concessão de diárias para o exterior a
pessoas sem vínculo com a administração pública federal, ressalvadas aquelas designadas ou nomeadas pelo
Presidente da República.” E a interpreta-
If you would like to participate, please
contact Eric Tollestrup, Associate Director of Development, as soon as possible
([email protected]
or
808-974-2511) to register your intent to
contribute. Include, if known, what specific topic will be addressed and the names of any co-authors. The deadline for
the papers is September 7, 2010. White
Papers should be no more than five (5)
pages long (including all material such
as figures and references), written as
succinctly as possible, and, most importantly, put into universal context. Moreover, to help consolidate the effort, we
encourage the formation of special interest groups to write a single position paper for a given research topic (i.e., this
is not a popularity contest and the primary goal is to build a broad and strong
scientific case for this capability, so multiple papers expressing the same justification is simply redundant).
ção do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais,
Secretaria de
Recursos Humanos, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, é que
a concessão de passagens também se
enquadra neste proibição, uma vez que
“está intimamente relacionada à concessão de diárias”.
Entretanto, lembramos que o programa
do Gemini de receber em seus observatórios estudantes ligados a programas
em fila para estágio não foi alterado (veja
Science
Visitors
at
Gemini
http://www.gemini.edu/sciops/sciencevisitors-gemini).
O Gemini contribui com o transporte da
sede do Observatório até a montanha e
com a hospedagem durante o período
em dia
de observação. O agendamento das visitas deve ser feito através do Escritório
Brasileiro do Gemini. Assim, os estudantes interessados deverão entrar em contato com a Gerente do BrGO no LNA,
Marília Sartori (marilia @ lna.br) com an-
tecedência mínima de dois mês antes
do início desejado do estágio afim de
agendar a estadia junto ao Observatório Gemini, sendo a aprovação do estágio condicionado à concordância do
Observatório.
Marília J. Sartori é Gerente
do Escritório Brasileiro do
Gemini.
O
CTC/LNA, em sua reunião de 11
de junho, deliberou sobre a composição da Comissão Nacional de Programas do Gemini – NTAC, sobre uma
lista tríplice para candidato a membro
do Conselho Diretor do SOAR e sobre
os representantes brasileiros no Comitê
Científico do SOAR.
- Marília J. Sartori - LNA/MCT - Presidente Suplente
Em função disso o Ministro do Estado
de Ciência e Tecnologia, Sergio Machado, através da Portaria PO597/10, de
30 de julho nomeou Raymundo Baptista
(UFSC) como membro do Conselho Diretor do SOAR, em substituição de Marcos Diaz (IAG/USP).
- Paulo C. Rocha Poppe - UEFS
O diretor do LNA emitiu a Portaria
PO/LNA-52/10, de 17 de agosto de
2010, substituindo Raymundo Baptista
(UFSC)
por
Francisco
Jablonski
(DAS/INPE) na função de representando brasileiro no Comitê Científico do SOAR, e a Portaria PO/LNA-029/10, de 21
de junho de 2010, com a nomeação da
nova NTAC que tem a seguinte composição:
- Antonio N. Kanaan - UFSC
- Augusto Daminelli Neto - IAG/USP
- Daniela Lazzaro - ON/MCT
- Jorge Meléndez - IAG/USP
- José Eduardo Telles - ON/MCT
- Renato A. Dupke - ON/MCT
- Rogemar A. Riffel - UFSM
- Rogério Riffel - UFRGS
- Sílvia Helena Paixão Alencar - UFMG
- Silvia Lorenz Martins - OV/UFRJ
- Thaisa Storchi Bergmann - UFRGS
O LNA agradece a todos os membros
dos órgãos de governança, que deixam
o cargo, pelos valiosos serviços prestados à comunidade astronômica brasileira. Ao mesmo tempo damos as
boas-vindas aos novos representantes
e desejamos que possamos juntos realizar um bom trabalho!
- Eduardo S. Cypriano - IAG/USP - Presidente
Albert Bruch é
Diretor do LNA.
em dia
A
pós 30 anos do início dos trabalhos
do OPD discute-se qual o papel desse observatório no futuro da astronomia
brasileira. Essa é uma questão importante e que necessita da maior quantidade
de informações possíveis a respeito de
todos os aspectos do observatório.
Acreditamos que informações sobre a
condição atmosférica sejam cruciais e
por isso após 16 anos de publicado o estudo da qualidade do céu no sítio do
OPD (Jablosnski et al. 1994) nosso grupo vem coletando dados que permitem
determinar os coeficientes de extinção
atmosférica em UBVRI e do brilho do
céu nesse sítio.
Nosso estudo é baseado em observações CCD realizadas com o telescópio
de 60 cm Boller & Chivens.
Imagens obtidas entre 2008 e 2010
com o CCD back-illuminated SITe
SI003AB 1024x1024 pixels (CCD 106)
com uma roda de filtros UBVRI construídos segundo a receita de Bessel (1990)
relativos ao sistema Johnson-Cousins
(ver comprimentos de onda centrais medidos na tabela 1).
A magnitude instrumental e posição
das estrelas em cada imagem foram obtidas por fotometria PSF. Nessa tarefa
empregamos o software STARFINDER
(Diolati et al. 2000) que foi desenvolvido para análise de campos estelares
densos , adaptado pelo nosso grupo para ser executado de forma automática.
A determinação dos coeficientes de extinção atmosférica foi realizada utilizando a lei de Bouguer modificada (ver
detalhes em Moitinho 2001).
- Valores esperados:
Calculamos a contribuição aos coeficientes de extinção atmosférica devido
ao espalhamento por aerossois, espalhamento Rayleigh pelas moléculas do
ar e pela absorção principalmente pelo
ozônio. Os valores totais são fornecidos na Tabela 1.
Para não nos estendermos além do escopo desse texto indicamos ao leitor os
trabalhos de Hayes e Lathan (1975) e
Stalin et al. (2008) para maiores detalhes.
Tabela 1: valores calculados para os coeficientes de
extinção (em mag/massa de ar) para o sítio do OPD.
em dia
- Valores medidos:
Utilizando o método de Bouguer
modificado apresentamos na Figura 1
os ajustes lineares obtidos para os
dados da noite 10 de maio de 2009, a
título de exemplo. Os ajustes foram
realizados com o método dos mínimos
quadrados e a função ajustada passa,
necessariamente, pela origem. Os
coeficientes fornecidos pelos ajustes e
as respectivas incertezas estão na
Tabela 2, juntamente com os valores
obtidos para as demais noites
analisadas.
Figura 1: Extinção atmosférica em 10 de maio de 2009. Ajustes da determinação atmosférica para a noite
de 10 de maio de 2009. O campo do aglomerado aberto ESO 275-01 foi observado 9 vezes no total.
Tabela 2: Valores medidos dos coeficientes de extinção (em mag/massa de ar) para o sítio do OPD.
Em caráter experimental aplicamos o
mesmo método para a determinação da
extinção atmosférica a partir de dados
CCD obtidos com o telescópio de 40cm
(modelo 16”- Meade LX200-ACF) instala-
do no OPD. Durante parte da noite 08
de abril de 2009 foi observado o aglomerado aberto NGC 4852 nos filtros
UBVRI e em diferentes massas de ar.
Os resultados apresentados na ultima linha da Tabela 2 são preliminares, mas
merecem destaque.
em dia
Uma vez que o objetivo do programa é
observar aglomerados e não determinar
o brilho do céu, cuidados especiais voltados a esse objetivo não foram tomados
ao longo das missões.
Procedemos da seguinte forma para estimar o brilho do céu no OPD:
(i) Utilizamos o software STARFINDER
(Diolaiti et al., 2000) para separar as fontes astronômicas da emissão do céu
através de uma técnica de convolução
detalhada por Diolaiti et al. (2000). A
imagem na qual as fontes foram removidas é gravada como uma imagem fits padrão.
(ii) Determina-se a densidade superficial do fluxo e o respectivo brilho superficial
no
sistema
instrumental
de
magnitudes.
(iii) O brilho superficial pode ser expres-
so no sistema padrão de magnitudes
desde que se conheçam as equações
de transformação que levam de um sistema ao outro. Isso é verdade para todas as noites analisadas nesse
trabalho e, para simplificar os cálculos,
desprezamos os termos relacionados
aos índices de cor nessas equações.
Por um lado essa simplificação elimina
a necessidade de iterar o procedimento, por outro, haverá um limite inferior
para o erro no resultado da ordem dos
coeficientes desprezados, tipicamente
de centésimos de magnitudes. O quadrado do erro final na medida do brilho
do céu é a soma do quadrado do erro
mínimo e do quadrado do erro estatístico, que é o ruído determinado para o
fundo de céu. Na tabela 3 são fornecidos os valores de fundo de céu em cada filtro para noites em que realizamos
fotometria.
Tabela 3: Valores para o brilho do céu (mag/arcsec2 nos filtros UBVRI determinados a partir de imagens
feitas com CCD. A primeira parte refere-se a imagens feitas com céu sem lua, enquanto na segunda parte
os resultados referem-se a um céu com lua.
O brilho do céu foi estimado e os valores são apresentados em mag/arcsec2
em UBVRI, respectivamente: 18,1±
0,1(U), 19,8±0.1 (B), 20,1±0,1 (V),
20,4±0.5 (R) e 20,1±0,2 (I). Os valores
indicam que são ligeiramente mais brilhantes que sítios do Chile, por exemplo, porém conforme esperado.
A extinção atmosférica não apresentou
efeitos sazonais e os resultados mostram que não se deve utilizar valores médios para o sítio do OPD.
Nossos dados indicam ser viável a reali-
zação de imageamento com filtro U no
sítio do OPD.
Embora preliminar, os resultado da extinção atmosférica obtidos com o telescópio Meade de 40cm é considerado
pelo nosso grupo de extrema importância por indicar a viabilidade de construção de um telescópio dedicado para a
determinação da extinção atmosférica
automaticamente.
Finalmente enfatizamos que a técnica
de utilizar um telescópio de pequeno
porte para a determinação da extinção
atmosférica permite que telescópios
em dia
maiores fiquem dedicados a objetos de
ciência. Isso é importante uma vez que
em grandes telescópios como SOAR,
projetos de fotometria absoluta são de
difícil realização devido ao grande dispêndio de tempo com observações de
campos com a finalidade apenas de se
determinar a extinção atmosférica.
Bessel, M. S. 1990, PASP, 102, 1181
Diolaiti, E., et al., 2000, A&AS 147, 335
Hayes, D.S., Lantham, D. W., 1975,
ApJ, 197, 593
Jablonski et al. 1994, PASP 106, 1172
Moitinho, A., 2001,A&A, 370, 436
Stalin, C. S.,Hegde, M., Sahu, D. K., et
al., 2008, BASI 36, 111
1- Esse texto tem apenas um caráter
informativo e por essa razão nos referimos ao texto completo a ser publicado no Boletim da SAB para todos os
detalhes técnicos.
2 - http://www.bo.astro.it/~giangi/StarFinder/index.htm
Wilton S. Dias , Thiago C. Caetano e
Gabriel Hickel são professores da
Universidade Federeal de Itajubá e
Rodrigo Campos é Analista em Ciência
e Tecnologia e Coordenador do OPD.
em dia
I
MAKA is a next-generation high-resolution wide-field optical imager using
ground layer adaptive optics and aimed
at providing 0.3" images (R-band) on a
1 degree field of view. `IMAKA is one of
the projects being considered as one of
the future instruments on the CanadaFrance-Hawaii Telescope.
Following the submission of the 'IMAKA
Feasibility Report and the encouragement given by the CFHT Scientific Advisory Council, CFHT will submit to SAC
a Phase A proposal prepared with the
'IMAKA team and to be presented at the
2010 Users' Meeting (Nov 16-18, Taipei).
In order to identify potential contributors
to the development of the 'IMAKA Phase A, which could received a green light
from the CFHT Board at the end of
2010, CFHT is issuing a call for interest
in participating in this Phase A.
An `IMAKA Phase A Planning Preparation Document has been prepared to
help you evaluate your potential participation and is available on the `IMAKA
web
page
<http://www.cfht.hawaii.edu/en/projects/IMAKA>.
If you or your institute/laboratory/department are interested in participating in
the `IMAKA Phase A planning preparation, please express your interest by sending an email to "director 'at'
cfht.hawaii.edu". The deadline for the
expression of your interest is *September 3rd, 2010*.
A senior member of each interested
group will be invited to participate in a
face to face meeting to be held in Toronto around September 22-24 (exact
dates to be determined at a later time).
The meeting will allow the participants
to outline their potential involvement
and discuss it with the 'IMAKA team.
- Para maiores informações sobre a factibilidade
de
'IMAKA,
visitar:
http://www.cfht.hawaii.edu/en/projects/IMAKA/feasi.php
- Sobre a chamada de interessados:
http://www.cfht.hawaii.edu/en/projects/IMAKA/IMAKA-PhaseA-Planning_Call.pdf
`IMAKA é um imageador de
grande campo que opera no
visível e emprega GLAO
(Ground Layer Adaptive Optics). Seu objetivo é fornecer
imagens de 0,3" no filtro R
em um campo de 1 grau. Estudos de factibilidade concluíram que o uso de GLAO
mais um detetor no plano focal basedo em CCDs com
transferência ortogonal fornecerá imagens com resolução
superba, o que fará com que
o CFHT se equipare a telescópios da classe 8-10m.
(http://www.cfht.hawaii.edu/en/projects/IMAKA/feasi.php)
Christian Veillet é Diretor
Executivo do Telescópio CFHT
em dia
D
id you obtain CFHT observations
for your own PI program, or from
Large Programs like the CFHTLS, or
even from the CFHT archive, leading to
scientific advances you want to showcase?
Did you develop new observing strategies or new ways of handling your data,
and which you wish to share?
Are you interested in the future of CFHT
and its instrumentation, as a potential
user for your own scientific interests, or
as an instrument developer eager to offer new capabilities at one of the best
astronomical sites in the world?
If you answered yes to one of these
questions, you should definitely consider attending the 2010 CFHT Users’ Meeting! It will be held in Taipei (Taiwan)
on Nov 16-18, thanks to the Academia
Sinica Institute of Astronomy and Astrophysics.
There will be sessions on current exci-
Christian Veillet é Diretor
Executivo do Telescópio
CFHT
ting developments at the Observatory,
on scientific achievements from PI programs and from the CFHTLS and ongoing Large Programs. The projects for
new instrumentation will be highlighted,
with a status report from the teams
behind SITELLE, SPIRou, GYES and
`IMAKA, and hopefully presentations on
the many scientific areas to which they
could contribute. The meeting will be a
unique opportunity to discuss the
“CFHT Decade 4” plan which could drive the development of CFHT for the
next ten years.
By the way, by attending, you will also
have a chance to discover Taiwan, aka
Formosa, and its many natural, cultural
and artistic treasures.
The web site of the conference is ready
for you to register and submit an abstract for a paper or an oral contribution
(www.cfht.hawaii.edu).
Remember… less than 100 days left!
Esta será a primeira vez que o CFHT realiza este encontro em um
país que não é um de seus três membros, o que ressalta a importância
da colaboração de dez anos com a ASIAA. Juntamente com a Coréia do
Sul no passado, e agora o Brasil, desde 2010A, estas colaborações trouxeram ao CFHT não somente novos usuários, mas também novas oportunidades de desenvolvimento instrumental. Encorajamos não apenas
os usuários do CFHT, mas também todos os astrônomos brasileiros a
participarem do Encontro, que fornecera´, ademais, subsídios à definição conjunta do plano de desenvolvimento do CFHT para o período de
2010-2020.
em dia
U
suários destes dois instrumentos
normalmente recebem os dados
“limpos”, no que se refere a bias, flat-field e fringing (pré-redução feita pelo
CFHT), mas ainda se deparam com
grandes volumes de dados. Pesquisadores brasileiros também podem solicitar
ajuda para continuar com o processamento das imagens à equipe do TERAPIX (http://terapix.iap.fr/).
TERAPIX (Traitement Élémentaire, Réduction et Analyse des PIXels) é um centro de redução de dados astronômicos
dedicado ao processamento de realmente grandes volumes de dados oriundos
de surveys digitais, tais como o CFHTLS, e de câmeras panorâmicas gigantes operando no visível e no
infravermelho, tais como MegaCam e
WIRCam no CFHT e VIRCam/VISTA
no ESO/CerroParanal.
Este centro fornece imagens combinadas e calibradas astrometricamente,
bem como mapas com cobertura extensa (mosaicos) e catálogos de objetos a
partir dos dados pré-reduzidos. Em seu
we site também colocam à disposição
dos usuários o software de redução e
visualização dos resultados.
· O que é feito? Começando com os dados já sem bias e divididos pelos flat-fields tais como são fornecidos pela
pipeline Elixir do CFHT, a pipeline Spica do TERAPIX calcula soluções astrométricas e de escalonamento em fluxo
para cada imagem por meio de software específico. Uma única imagem combinada é criada com base nessas
soluções, que contemplam todas as
imagens de entrada. Um software para
criação de catálogo (semelhante ao
SExtractor) produz os resultados finais.
Veja mais detalhes em: http://terapix.iap.fr/article.php?id_article=564.
· Pesquisadores interessados em solicitar o processamento de seus dados devem
seguir
as
instruções
em
http://terapix.iap.fr/article.php?id_article=577.
· Há um FAQ em: http://terapix.iap.fr/rubrique.php?id_rubrique=238.
O LNA agradece a colaboração de Eduardo Cypriano - IAG/USP para esta seção!
.
· Lembramos aos usuários do CFHT que em breve estará aberta a Fase
1 do processo de submissão de pedidos de tempo e que a mesma deverá
encerrar-se por volta do equinócio da primavera!
· Lembramos, também, que POOPSY foi desativado e substituído pelo
NorthStar.
· A lista dos projetos brasileiros aprovados para execução no semestre
2010B (de agosto de 2010 a janeiro de 2011) encontra-se disponível em:
http://www.lna.br/cfht/concedidos_2010B.html
· No semestre passado, 2010A, houve mudança no esquema de observações em junho devido a problemas técnicos com a WIRCam. O run da WIRCam foi trocado pelo run do ESPaDOnS de junho/julho. Os projetos
brasileiros, no entanto, foram sendo executados a contento. ESPaDOnS
continua em uso durante agosto, com excelente qualidade de céu até o fechamento desta edição.
Mariângela de Oliveira-Abans
é pesquisadora do LNA e
Gerente Nacional do CFHT
em dia
C
omo o Plano Diretor vigente se encerra no final de 2010, ao longo deste ano o LNA está desenvolvendo seu
planejamento estratégico para a elaboração do Plano Diretor que vigorará entre
2011 e 2015.
As atividades se iniciaram em abril,
com a instauração de um grupo gestor,
com membros das diferentes áreas da
instituição, cuja atribuição é conduzir todo o processo. Foi feito um seminário
para toda instituição apresentando a metodologia de trabalho e o cronograma.
Também foi feito um seminário para análise do Plano Diretor vigente listando as
lições aprendidas.
Foram formados
dois grupos de trabalho, abertos a todos os servidores que quisessem participar, um para análise do ambiente
externo e outro para análise do ambiente interno. Para estas análises diversos
procedimentos foram tomados, como
elaboração de questionários internos e
O
LNA participou da 5ª ExpoT&C/62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), que aconteceu entre
os dias 25 e 30 de julho de 2010 no campus da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) em Natal. Os
eventos tiveram como tema central as
“Ciências do Mar: herança para o futuro” e contaram com a presença diária
de cerca de 12.000 visitantes. Como
em anos anteriores, todas as Unidades
de Pesquisa e Agências de Fomento do
MCT participaram. O LNA teve seu estande na Área da Astronomia, comum
ao ON e MAST. Representaram o LNA:
Daiana Bortoletto e Juarez Carvalho
externos, discussão de documentos
pertinentes ao assunto, palestras e
workshops sobre tópicos específicos,
entre outros. O resultado final dos trabalhos foram dois documentos, um listando as oportunidades e ameças
como resultado da análise do ambiente
externo e outro listando os pontos fortes e pontos fracos da instituição como
resultado da análise do ambiente interno.
Em agosto, a segunda fase dos trabalhos foi iniciada. Nesta fase, acontecerá uma série de workshops seguindo
os passos para a elaboração efetiva do
Plano Diretor. A MAE – Matriz de Análise Estratégica já foi elaborada e analisada e atualmente o grupo de trabalho
está escrevendo os objetivos estratégicos da instituição. A previsão para conclusão dos trabalhos é outubro de
2010.
Vanessa Bawden de Paula M.
de Arruda é Engenheira
Mecânica do LNA.
(bolsistas em Divulgação e Ensino/LNA),
Patrícia
Oliveira
(SECOP/LNA) e Iranderly Fernandes
(ex-pós-doutor no LNA/UEFS).
As atividades de divulgação cientifica e
ensino de astronomia realizadas durante a Semana tiveram como base a missão do LNA, que é a garantia de
infraestrutura observacional para pesquisa em Astronomia e Astrofísica.
Com base nisto, foram abordados temas relacionados aos telescópios administrados pelo LNA no Observatório
Pico dos Dias, o Telescópio SOAR, o
Observatório Gemini e o Telescópio
CFHT.
em dia
Dentro do tríduo de temas Ciência, Tecnologia e Inovação, foi apresentado um
quadro digital de baixíssimo custo desenvolvido em conjunto com o laboratório de eletrônica e também um
expositor contendo diversas amostras
de peças projetadas, usinadas e desenvolvidas no LNA visando exemplificar
as aplicações de fibras ópticas em Astronomia. O mote era: “Será que a luz anda sempre em linha reta?”, que tinha
por objetivo mostrar às pessoas o uso e
funcionamento de equipamentos contendo fibras ópticas. Pessoas de todas as
idades interagiram com o aplicativo
“LNA Virtual”, conversaram com a equipe técnica e científica, e aprenderam
um pouco mais sobre Astronomia brincando com a “Caixa das Perguntas”.
das as atividades e a ciência desenvolvida dentro de nossa instituição.
Também foi distribuído um DVD contendo o Banco de Imagens Virtual do LNA
e os AstroJogos para o público em geral, mas principalmente para as crianças. As mídias foram desenvolvidas
com uma linguagem bem acessível e
com uma estrutura de fácil manipulação pelo usuário. Para as crianças e
professores também foi disponibilizado
origami sobre eclipses solares e lunares.
Foi distribuído um CD desenvolvido especialmente para professores, contendo material sobre conceitos básicos de
astronomia e outros em que são mostra-
Abaixo algumas fotos tiradas no estande do LNA, durante a visitação do público.
Para acesso ao Banco de Imagens Virtual e quebra-cabeças online, acessar
a página http://www.lna.br/~divulg/ e clicar no link “imagens”. Para acesso ao
origami,
acessar
ftp://ftp.lna.br/divulg/eclipse_2004-x/
Patrícia Aline de Oliveira é
Secretária das Comissões de
Programas do LNA
A programação do LNA para a VII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
está pronta. Coordenada pelo MCT, a Semana ocorrerá de 18 a 25 de outubro. Como em anos anteriores, o LNA promove a Semana em Itajubá juntamente com a UNIFEI, FACESM, FEPI, Faculdade de Enfermagem,
Faculdade de Medicina, Superintendência Regional de Ensino de Itajubá/SEE, Secretaria Municipal de Educação/PMI, Canal 20 de Televisão, Programa Conexão Itajubá e SEBRAE, entre outros. Devido à estação das
chuvas, o Portas Abertas no OPD será no dia 18 de setembro, sábado, oficialmente abrindo a Semana. Os outros eventos (Portas Abertas na Sede, Subindo no Telhado, palestras para escolas, terceira idade e público em geral,
exposição de imagens astronômicas, visita especial ao OPD dos alunos do
ensino público da região que se sobressaíram na OBA) ocorrerão normalmente durante a Semana.
em dia
N
o dias 12 e 13 de agosto foi realizada nas dependência do Ministério
de Relações Exteriores do Chile em
Santiago a II Reunião do Grupo de Trabalho Binacional Chile – Brasil sobre Cooperação
Científica,
Técnica
e
Tecnologia. Esse grupo de trabalho reune representantes dos Ministérios de Relações Exteriores de ambos os países
e especialistas de determinadas áreas
da C&T para discutir medidas para fomentar a colaboração entre Brasil e Chile
nas
mesmas.
Considerando
principalmente as perspectivas oriundas de uma eventual adesão do Brasil
ao ESO, a astronomia e astrofísica foi incluída como um dos temas do evento.
A muito curto prazo recebi um convite
(quase que convocação!) do Itamaray
para participar da reunião para representar a astronomia brasileira. Desta forma, não houve tempo para consultar a
comunidade nacional sobre o assunto.
Portanto, deixei claro junto aos colegas
chilenos que não tinha mandato para falar em nome dos astrônomos brasileiros. Mesmo assim houve discussões
frutíferas e considero oportuno que os
resultados sejam levados ao conhecimento de todos: transcrevo a seguir o relatório elaborado pelo sub-grupo de
trabalho que tratava da colaboração em
astronomia e astrofísica.
Grupo de trabajo de astronomía
Breve descripción de la situación del
área en ambos países:
La astronomía tiene una tradición en
Chile, pero desde la instalación de los
grandes observatorios empieza la historia moderna del área en Chile.
En los 90, la astronomía se expandió a
diferentes instituciones. En la actualidad, hay grupos fuertes en distintas Universidades: en la Universidad de Chile;
en la Pontificia Universidad Católica de
Chile donde hay cerca de 15 profesores, 12 postdoctorantes, 100 alumnos
en licenciatura y 30 alumnos de postgrado; en la Universidad de Concepción con 8 profesores estables,
licenciatura y postgrado en astronomía,
y postdoctorantes; en la Universidad de
Valparaíso con 7 astrónomos y una licenciatura en Astrofísica; en la Universidad de la Serena con 4 profesores;
en Universidad Católica del Norte con
5 profesores; en la Universidad Andrés
Bello que tiene un grupo de astronomía
que cuenta con 4 profesores y también
postdoctorantes. También hay profesionales trabajando en esta área en Arica
y en Punta Arenas.
En los años 90 había solamente cerca
de 15 a 20 astrónomos, en la actualidad hay alrededor de 60 astrónomos
en cargos permanentes y otras 30 personas trabajando en postdoctorado. La
comunidad se ha multiplicado por 4 en
los últimos años, ahora hay entre 350 y
400 personas dedicadas a la astronomía en Chile entre investigadores, profesores, alumnos de licenciatura
(aprox. 250) y alumnos de postgrado
(aprox. 80). La actividad de investigación en el área está consolidad y hay
una tasa de publicación reconocidad.
En el año 2001 se creó la Sociedad
Chilena de Astronomía que cuenta actualmente con cerca de 40 socios.
Una de las mayores preocupaciones se
centra en el ámbito tecnológico, especialmente en la astroingeniería. Los grandes telescopios (3-4 más) que se van a
instalar en el futuro cercano en Chile
son una gran oportunidad para desarrollar esa área. Cuando estos telescopios
estén
instalados
habrá
aproximadamente 5 mil millones de dólares en infraestructura instalados en
Chile. La astrofísica teórica es otra
área a seguir desarrollando en Chile y
es una área que podría beneficiarse
de cooperación con Brasil.
em dia
Ese desarrollo ayudaría a balancear teoría y observación y permitiría la incorporación de algunas áreas de física.
Brasil es socio relevante en el ámbito
de la astronomía y es necesario reforzar las actividades de cooperación en
ese ámbito.
Hace 30 años la astronomía en Brasil estaba muy poco desarrollada. El área empezó a cambiar a fines de los años 70
con la construcción de observatorios para los astrónomos brasileños. Esto permitió un desarrollo de la astronomía y
después de cierto tiempo estos observatorios ya no podían satisfacer la demanda y por eso Brasil decide sumarse a
los consorcios internacionales.
Actualmente hay alrededor de 600 personas, entre investigadores y estudiantes
de
postgrado,
trabajando
activamente en investigación en astronomía.
Una de las dificultades era la falta de
cargos permanentes para los astrónomos brasileños, pero ahora hay más puestos disponibles en las universidades
y hay muchos grupos emergiendo.
La comunidad astronómica creó un grupo para proponer un plan nacional de astronomía. El plan preliminar, que
recomendaba considerar la entrada al
consorcio ESO, fue presentado al Ministerio de Ciencia y Tecnología para que
decida si opta por proseguir con esa línea.
Brasil está haciendo esfuerzos para desarrollar sus capacidades para aprovechar de mejor manera el área
tecnológica (construcción de instrumentos) con la participación en observatorios internacionales. Dos instituciones
(LNA, INPE) tienen capacidades físicas
en esa área y también hay algunas universidades que trabajan en desarrollo
instrumental. Por ejemplo, hay esfuerzos de instrumentación en la Universidad de São Paulo y la Universidad
Federal de Río Grande du Norte.
El gran problema es la falta de recursos
humanos en esa área. Entonces, a pesar de tener las condiciones físicas para construir instrumentos se necesita
desarrollar más capacidad humana (ingenieros, etc) para aprovechar plenamente esas capacidades físicas. El
problema en Chile es muy similar en
esa área y sería una buena oportunidad
de cooperación entre los dos países.
Brasil busca también formas de colaborar con el LSST para aprovechar las
oportunidades que ofrece como es el
caso de la interpretación de los datos
(Brasil tiene actualmente instituto virtual – INCT-A - relacionado con ese tema). Chile podría ser un socio natural
para la participación de investigadores
brasileños.
Astronomía espacial: Brasil tiene participación en satélite COROT, y otro más
pequeño en construcción. Cooperación
informal de varios grupos con satélites
del exterior. Existen esfuerzos para ampliar la cooperación con proyectos de
satélites internacionales.
Las expectativas de cooperación con
Chile: tradicionalmente la cooperación
científica de Brasil está más enfocada
a EEUU y Europa. La cooperación con
Chile es aún incipiente. Por ejemplo,
existen algunos contactos que surgieron relacionados con la participación en
Gemini, pero existen otras oportunidades de cooperación. En el caso de la
astrofísica teórica, existe la necesidad
de recursos computacionales tanto en
Brasil como en Chile, lo cual representa otra área de cooperación entre ambos países.
· Construcción de un instrumento del telescopio SOAR. Uno de los ingenieros
que participó en ese proyecto es chileno y recientemente se incorporó al
AIUC.
· Astrónomo brasileño que vino a
apoyar las operaciones de SOAR en la
Serena y ahora trabaja en la U. De la
Serena. Otro astrónomo brasileño trabaja en la PUC.
· 4 estudiantes chilenos que realizaron
sus doctorados en astronomía en Brasil
ahora trabajan en Universidades chilenas. Actualmente hay más alumnos chilenos que estudian doctorados en
Brasil.
· Cooperación en marco de proyectos
CNPq – CONICYT.
· Brasil opera telescopios en Chile.
em dia
Propuesta de actividad:
Título: Workshop de instrumentación astronómica
Descripción: Workshop para explorar
las posibilidades de cooperación en el
área de instrumentación astronómica.
Serviría para determinar alianzas para
construir instrumentos, oportunidades,
etc.
Instituciones participantes:
Para Chile: Universidad de chile,
UDEC, Universidad de Talca, PUC, Universidad Técnica Federico Santa María,
Universidad de la Serena.
Para Brasil: INPE, LNA, IAG, e outros
Coordinadores en cada país: CONICYT, SOCHIAS, LNA, CNPq, MINREL
Estimación presupuestaria: 50.000 dólares
Título: Fondo Brasil-Chile Concursable
Descripción: Se crea un fondo concursable Brasil-Chile para el desarrollo de colaboraciones científicas y tecnológicas
entre ambos países. Este fondo financiará intercambios científicos y técnicos, estudios de factibilidad de proyectos
tecnológicos, escuelas, talleres y reuniones conjuntas. Este fondo será gestionado por CONICYT en forma equivalente
a los fondos Gemini y ALMA.
Instituciones participantes:
Para Chile: Universidades y empresas
Chilenas
Para Brasil: Universidades e institutos
de pesquisa
Coordinadores en cada
NICYT, CNPq, MINREL
país:
CO-
Estimación presupuestaria: 100.000 dólares anuales
· Participar en un programa de capacitación de la comunidad de Brasil en uso
de ESO.
Albert Bruch é
Diretor do LNA.
· Facilitar procedimientos como obtención de visas, permisos de trabajo, etc.,
para profesores visitantes, estudiantes,
investigadores. También agilizar y facilitar los procesos para las postulación a
los fondos concursables que existen como CONICYT – CNPq.
· Interfaz para exploración de cooperación (Joint ventures) entre empresas
chilenas y brasileñas para ofrecer servicios a los grandes telescopios.
· Fomentar transferencia tecnológica.
Ej:
Radioastronomía…construcción
banda 1 Alma; U. De Chile; a lo mejor
hay interés de Brasil.
· Programa de atracción para que astrónomos brasileños vengan a Chile.
· Explorar/impulsar la posibilidad de cotutelas, doble titulación, postdocs en
conjunto.
· Explorar posibilidades de acuerdos
con otras instituciones ( FAPs, CAPES,
, FINEP, ..)
· Fomentar integración de instrumentos, por ejemplo laboratorio conjunto en
astronomía.
Conclusiones del Grupo de Trabajo
La cooperación en astronomía entre
Chile y Brasil es aún limitada. La incorporación de Brasil a proyectos de mega
telescopios en territorio chileno y sus
capacidades en instrumentación astronómica abren grandes posibilidades de
cooperación y los transforman en socios naturales para desarrollo de la astronomía en ambos países.
Las principales áreas de cooperación,
innovación y desarrollo de sinergias
son: transferencia tecnológica, intercambio de investigadores y estudiantes; cotutelas y programas doctorales
de doble titulación en áreas de ingeniería y astronomía; formación de capital
humano, profesionales y técnicos; Joint
ventures entre empresas/ universidades/ instituciones chilenas y brasileñas
para la prestación de servicios a los observatorios internacionales instalados
en Chile.
Adicionalmente, la decisión de Brasil
de implementar una política de estado
en ciencia y tecnología que permite
una visión y estrategia de largo plazo
es altamente loable y debería ser reproducida en Chile.
Chile: Mónica Rubio, René Méndez, Leopoldo Infante, Marcio Catelán, Rodolfo
Barba, Claudio Bustamante, Gonzalo
Arenas, Ricardo León
Brasil: Albert Bruch

Documentos relacionados

Gemini CFHT SOAR OPD LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica

Gemini CFHT SOAR OPD LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica 2.TIP-TILT SERVO UPGRADE: The Board authorizes the Director to immediately start work on the tip-tilt servo upgrade project. The estimated cost of this project is $70,000, and expenditures totaling...

Leia mais

LNA OPD Gemini SOAR CFHT Curtas

LNA OPD Gemini SOAR CFHT Curtas O controle de foco do telescópio B&C também gerou comentários. Durante os próximos meses, o sistema de foco deverá ser substituído por aquele já implantado no telescópio PE 1.60 m. A disponibilidad...

Leia mais

Índice - Laboratório Nacional de Astrofísica

Índice - Laboratório Nacional de Astrofísica system that improves natural seeing at the 4.1-m SOAR telescope. The instrument is equipped with a CCD imager (pixel scale 0.045 arcsec, field of view 3 arcmin). SAM commissioning is almost complet...

Leia mais

Science with LSST: Brazilian/USA joint Workshop

Science with LSST: Brazilian/USA joint Workshop Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini e Vice Presidente da NTAC do Gemini.

Leia mais

LNA alerta sobre os problemas da poluição luminosa na Rio +20

LNA alerta sobre os problemas da poluição luminosa na Rio +20 também os problemas e alguns parâmetros externos importantes. Além disso, o CTG considera manifestações anteriores da comunidade sobre o Gemini e incentiva os colegas astrônomos a opinar sobre o as...

Leia mais