Chenin Blanc - Sociedade da Mesa

Transcrição

Chenin Blanc - Sociedade da Mesa
janeiro/2016
154
R$ 16,00
clube de
vinhos
Sociedade
da Mesa
do livre exercício dos prazeres
Taste 2014
Chenin Blanc
Wellington | África do Sul
Taste 2013
Shiraz / Cabernet Sauvignon
Wellington | África do Sul
Direção Geral
Dario Taibo
[email protected]
Direção Técnica
Dario Taibo
[email protected]
Direção da Revista
Paula Taibo Morales
[email protected]
Projeto gráfico e diagramação
Debora Ochoa
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Redação
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Sociedade
da Mesa
clube de vinhos
Atendimento ao cliente
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Rua Branco de Moraes, 248/11
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Publicidade
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55 11 30785840
Impressão 15.000 exemplares
Sociedade
Editorial
da Mesa
janeiro/2016
do livre exercício dos prazeres
154
Não me ocorre nada melhor para dizer
neste editorial, que desejar a todos nós
um 2016 o melhor possível. Esse é um
desejo comum a todos os princípios de
ano, mas tudo indica que nós, brasileiros,
precisaremos de sorte extra para este ano.
E aconteça o que acontecer, eu me
comprometo a estar por aqui fornecendo o
vinho, seja para festejar a sorte, seja para
consolar-se de sua falta.
Dario Taibo
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índice
06
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16
18
20
21
22
24
Sociedade
da Mesa
Seleção Mensal
Artigo técnico
Entrevista
Ingredientes
A palavra na ponta da língua
Receita 1,2,3
Dica de quem sabe
Um prato no tempo
Almanaque
26
27
28
30
30
31
31
32
Café com viagem
Por aí
Drinks
Coisa nossa
Comida é arte
Sabor em moda
Números da mesa
Química dos alimentos
36
39
41
42
45
50
52
54
Na cozinha tem
Objetos de desejo
Momentos
Agenda
Saca-rolha
Acessórios
Estoque
Próximas seleções
O vinho na África do Sul
Superfície de vinhedo: 133.000 hectares
Ranking mundial superfície de vinhedo: 12º
Volume de vinho produzido: 11.000.000 hl
Ranking mundial por produção de vinho: 7º
Dados OIV 2015
seleção
Mensal
Texto: Alberto Pedrajo
Taste 2014
Chenin Blanc
Wellington | África do Sul
Taste 2013
Shiraz |
Cabernet Sauvignon
Wellington | África do Sul
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A África do sul tem estilo próprio
Faz tempo que a África do Sul deixou de olhar para
outros países produtores em busca de uma referência
ou fonte de inspiração para elaborar seus vinhos. O país,
como em um verso solto, se encaixa dentro do universo
vitivinícola com seu próprio estilo. Estilo esse que outros
países produtores deveriam anotar.
Desde que Jan Van Riebeeck, fundador da Colônia
do Cabo, plantou a primeira cepa em Table Mountain
em 1656, este país soube fazer sua própria história,
procurando há alguns anos a elaboração de vinhos
acessíveis, que nasceram a partir da demanda do
consumidor e com o principal objetivo de satisfazer o
cliente. Vinhos singelos, porém não simples, fáceis de
beber, mas com caráter, materializando a fusão entre
o vinho e o consumidor. Vinhos hedonistas, cujo único
objetivo é que sejam desfrutados pelo consumidor sem
a necessidade de explicações com palavras complexas
para compreendê-los.
O vinho, não podemos esquecer, é um produto elaborado
para desfrutar e não para assustar. Porque é assim que
se sente o neófito: assustado, com medo e insegurança
diante de uma garrafa de vinho, quando recebe sinais
complexos e não é capaz de interpretá-los e entendêlos. Esse desconforto, a que submetemos o consumidor,
afasta-o do vinho. Chegamos ao ponto forte das
bodegas da África: são capazes de utilizar uma linguagem
visual solta, transmitindo ao consumidor a informação
necessária de maneira simples, direta e amável, facilitando
a seleção do vinho.
Poderíamos pensar que a África do Sul não elabora
vinhos e sim refrescos, mas não podemos confundir a
vontade de satisfazer o consumidor com a elaboração
de vinhos vulgares. Na África há lugar para tudo e suas
bodegas de prestígio são capazes de competir com
qualquer bodega do mundo em qualidade. É difícil
encontrar um país produtor que consiga se adaptar tão
bem ao que o mercado demanda. A África do sul é puro
dinamismo enológico.
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Assim são os vinhos que estamos apresentando neste
mês na nossa Seleção Mensal. “Taste” em inglês
significa gosto, paladar, sabor e catar. Estes são vinhos
que convidam de maneira leve, com uma imagem e nome
sem castelos ou marqueses de quinta geração.
Chenin Blanc
A Chenin Blanc é a rainha das variedades da África do
Sul em superfície de plantio, mesmo havendo sofrido um
declínio devido à reestruturação dos vinhedos no país.
Essa redução aparentemente caiu bem, já que essa
variedade anteriormente não despertava tanto interesse
como agora desperta nos produtores de maior prestígio
no país, melhorando seu posicionamento.
Original do Valle do Loire na França, é uma varietal que
necessita um clima cálido para favorecer a intensidade de
seus aromas primários com uma fruta intensa e reduzir
sua acidez.
Na África do sul é conhecida como Steen, sendo esse
um dos seus muitos sinônimos: Pinot Blanco (Argentina),
Pineau Vert (Vendée), Rousselin (França), Tite de Crabe
(Teta de Cabra) (Provence), Pineau (Loire e d’Anjou).
A Chenin Blanc apresenta geralmente cor amarela, com
tênues notas de verde combinadas com alguns reflexos
dourados. Na cata é pura expressão: no nariz destacamse o melão, o abacaxi, a manga, meles de flor branca e
frutas secas. A boca da Chenin Blanc dependerá, em
maior peso, do equilíbrio entre a acidez e o grau alcoólico
que, quando alcança o seu ponto ótimo, ressalta as
notas de abacaxi, melão e frutas secas com mel. Se a
maturidade é excessiva, a acidez cai e o vinho torna-se
pesado e excessivamente melado.
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É comum sua mistura com outras brancas e tintas, já que
seu perfil aromático e seu equilíbrio na boca colaboram
com o reforço de outras varietais, como por exemplo a
Chardonnay.
Não é habitual sua “crianza” em barril, sendo um vinho
destinado principalmente ao consumo jovem. Mas cada
vez mais é possível encontrá-lo criado em barris de
monovarietal ou coupage. Sua boa acidez faz com que
se desenvolva bem em garrafa, proporcionando ao vinho
uma boa longevidade.
Truter Family Wines
Truter Family Wines, como o nome indica, é uma bodega
familiar, onde os proprietários Celeste e Hugo Truter,
ambos enólogos, elaboram seus vinhos para que sejam
desfrutados a cada taça com amigos e familiares. Assim
nasceu o Taste, um vinho pensado e produzido para
qualquer momento. Do tipo de vinho que dá vontade de
beber sem precisar pensar em nada além de querer um
branco ou um tinto. Um vinho para qualquer ocasião, para
compartilhar.
Truter Family Wines é um projeto muito pessoal, que
começou em 2011, quando os Truter decidiram criar
seus próprios vinhos, com as variedades e vinhedos que,
durante anos, foram conhecendo, enquanto trabalhavam
para outras bodegas. E é isso que nos apresentam nesta
seleção: dois cortes clássicos da África do Sul – um vinho
branco 100% Chenin Blanc e um tinto coupage de Shiraz
e Cabernet Sauvignon.
“Por que selecionei”. por Dario Taibo.
O que me levou a selecionar estes vinhos foi o branco. Mesmo não sendo a Chenin uma uva rara ou exótica, nunca
tivemos um vinho dessa uva entre as seleções. Essa seleção portanto, e mais além de sua qualidade, obedece o critério
da variedade e da novidade. Por outro lado, janeiro é um bom mês para ter um branco na seleção.
seleção
Mensal
ficha técnica
Taste 2014 Chenin Blanc
Taste 2013 Shiraz / Cabernet Sauvignon
País: África do Sul
Região: Western Cape
Indicação Geográfica: Wellington
Uvas: 100% Chenin Blanc
Álcool: 12,6%
“Crianza”: dois meses com as cascas
Produtor: Truter Family Wines
País: África do Sul
Região: Western Cape
Indicação Geográfica: Wellington
Uvas: 60% Shiraz e 40% Cabernet Sauvignon
Álcool: 13,6%
“Crianza”: em barris de carvalho francês e americano
Produtor: Truter Family Wines
Taste 2014 Chenin Blanc é um excelente vinho branco para ser
desfrutado em qualquer momento. Um vinho agradável, fresco e fácil
de beber.
O vinho: os vinhedos de onde procede este Chenin Blanc cultivam-se
em um solo de granito decomposto, com um alto conteúdo mineral
e alta capacidade de drenagem – uma verdadeira joia vitivinícola que,
sem dúvida, imprime o caráter deste fantástico vinho.
Uma vez recebida a uva na bodega, ela é separada dos cabos
suavemente e logo é prensada, até se obter o mosto gema, a fração
mais nobre do mosto, com a qual se elabora este vinho. O mosto
fermenta em depósitos de aço inoxidável durante 14 dias, a uma
temperatura de 13º C. Uma vez finalizada a fermentação do vinho,
ele é trasfegado para retirar as lias mais grosseiras, os restos mais
sólidos da fermentação para manter somente as lias finas durante dois
meses. Logo o vinho é levemente clarificado, estabilizado pelo frio e
filtrado previamente ao seu engarrafamento.
Cata: amarelo pálido, limpo e brilhante. A primeira impressão no nariz
é de melão maduro, folha de figueira, pele de lima e lembranças
lácteas. Na boca percebe-se fresco, fluido com agradáveis notas
tropicais de abacaxi maduro e lembranças de melão. Bom equilíbrio,
vinho redondo e longo.
Harmonização: agradável para combater o calor do verão
acompanhando uma salada de abacate e camarões. Os peixes na
chapa, mexilhões ou camarões também serão bem acompanhados
por este vinho branco.
Serviço: degustar a uma temperatura compreendida entre 8º a 10ºC,
o que permitirá que o vinho se expresse pelos aromas e sabores.
Se optar por guardá-lo por alguns meses, abra a garrafa 30 minutos
antes do seu consumo, sem descuidar da temperatura, que é o ponto
chave para este tipo de vinhos brancos.
Guarda: para desfrutar agora, mas mantido em boas condições de
conservação, nos permitirá consumi-lo nos próximos dois anos (2016
– 2018), mas considero que estamos em um momento ótimo para
seu consumo.
Não é necessário esperar a comida para desfrutar do Taste 2013
Shiraz / Cabernet Sauvignon. Abram a garrafa ao chegar do
trabalho e saboreiem uma taça enquanto o jantar é preparado.
O vinho: o vinhedo é cultivado no sopé da montanha sobre suaves
ladeiras, onde os solos são uma mistura de granito, arenito e
argilas, o que garante as condições ideais para o cultivo de uvas
tintas com caráter.
A uva chega à bodega e é separada dos cabos suavemente, logo
é prensada e fermenta em depósitos de aço inoxidável, durante
8 dias a uma temperatura de 26ºC, com leveduras selecionadas.
Uma vez finalizada a fermentação alcoólica, o vinho é trasfegado e
prensado para retirar as peles e realizar a fermentação malolática,
após a qual é criado em barris de carvalho americano e francês.
Logo, o vinho é ligeiramente clarificado e filtrado antes do seu
engarrafamento.
Cata: de cor vermelho cereja, limpo e brilhante. As frutas vermelhas
maduras (ameixa) destacam-se e se fundem com lembranças de
folhas de chá, especiarias e mentolados sutis. Na boca é firme, de
corpo médio, aparecendo novamente notas mentoladas, além de
um leve tostado de barril, muito bem integrado.
Harmonização: acompanha bem uma carne de porco ou ave na
grelha, com verduras também grelhadas ou arroz ligeiramente
temperado.
Serviço: degustar a uma temperatura compreendida entre os
15 e os 16ºC. Não é necessária a decantação deste vinho pelo
momento, porém, se for consumido passados os próximos 12
meses, uma oxigenação leve cairá bem. Por isso é recomendável
abri-lo com 30 minutos de antecedência ao consumo.
Guarda: para desfrutar agora e, se for mantido em boas condições
de conservação, poderá ser consumido, sem dúvida, nos
próximos três anos (2016-2019), desaparecendo os aromas de
fruta vermelha que progressivamente evoluirão para um perfil mais
neutro.
Wellington | África do Sul
Wellington | África do Sul
Assim são estes dois vinhos, Taste 2014 Chenin Blanc e Taste 2013 Shiraz-Cabernet Sauvignon: redondos e
amáveis, para acompanhar qualquer momento.
errata: as safras desta Seleção Mensal estão corrigidas nesta edição.
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Artigo Técnico
Texto: Alberto Pedrajo
O “envero” é um grato
presente da natureza.
“El envero”
Durante as últimas semanas de julho e as primeiras semanas de agosto, no Hemisfério Norte,
acontece um dos momentos mais belos e interessantes do desenvolvimento do vinhedo – o
“envero”. O dicionário vitivinícola é bastante extenso, e a maioria de suas palavras procede
principalmente do grego e do latim, como é o caso da palavra “envero”, cuja origem é o latim
e se compõe de duas palavras – “em” e “variare”, cujo significado é variação do aspecto. E é
isso mesmo o que acontece com os cachos das uvas - mudam, transformam-se, alteram sua
cor... e com essa mudança, a planta indica-nos que a maturação da uva começou.
O “envero” é um grato presente da natureza. Nesse
momento podemos observar como, de forma progressiva,
durante apenas alguns dias, os grãos de uva mudam sua
cor, do mais intenso verde até os tons malva e arroxeados
nas variedades tintas; e nas variedades brancas, para
tons de amarelo. É um espetáculo que devemos observar
e conhecer, além de entender o que está por trás desta
impressionante transformação.
O “envero” acontece nas uvas
brancas e tintas?
Sim, o “envero” é mais visível nas variedades tintas, devido
ao contraste cromático durante essa fase, mas a mudança
da cor verde das uvas acontece tanto nas brancas quando o verde passa para amarelo, quanto nas tintas
– quando o verde passa para o vermelho claro e escurece
paulatinamente.
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Trata-se de uma fase crítica e determinante do ciclo
biológico da videira, já que durante o “envero”, o
crescimento do cacho e dos talos que sustentam as bagas
paralisa-se, e esses vão perdendo a clorofila de suas
células, dando lugar à aparição da pigmentação definitiva
da uva e do talo. Dependendo da climatologia e da situação
geográfica do vinhedo, o “envero” desenvolve-se em um
amplo espaço de tempo, durante os meses de julho e
agosto no Hemisfério Norte, e entre os meses de janeiro e
fevereiro no Hemisfério Sul. O resultado é sempre o mesmo:
as uvas mudam de cor e começam a adquirir a tonalidade
que finalmente terão quando estiverem maduras. Na
variedade tinta, do verde intenso característico - resultado da
acumulação de clorofila -, a uva passa para tons rosáceos,
que pouco a pouco vão escurecendo até alcançar o tom
roxo final. Já nas variedades brancas, o verde inicial irá se
transformar em amarelo.
Essa mudança não afeta somente a aparência da uva.
Outras reações metabólicas acontecem no interior dela, e a
mais evidente é que o sabor amargo e ácido começa a ficar
mais doce, e os talos ou partes verdes do vinhedo ficam
marrons e perdem flexibilidade.
Do ponto de vista enológico, este é um ponto de inflexão
no desenvolvimento da uva. Trata-se de uma etapa crucial
no ciclo vegetativo da videira, a maturação da uva iniciase nesse momento, e junto à contagem regressiva para a
vindima, que acontecerá (quando o processo se desenvolve
normalmente) de 40 a 50 dias depois. A partir daí, o enólogo
deve ficar atento, mais que nunca, a todos os sinais que
o vinhedo exterioriza, parametrizando o potencial das uvas
para a próxima colheita.
O que acontece nas uvas?
Reduz-se ou se anula a fotossíntese da baga, e a acidez
e os aromas herbáceos diminuem progressivamente.
Durante este período, a uva começa a acumular açúcar e
sintetizar os aromas varietais, assim como os precursores e
compostos fenólicos, que são os responsáveis pelo sabor,
aroma, cor e estrutura dos vinhos, que alcançarão seu ponto
máximo de maturidade fisiológica. Mas nem tudo aumenta
na uva, também se reduzem os ácidos. O conteúdo de
ácidos orgânicos, como o málico, diminui progressivamente.
Esta redução está fortemente relacionada com o fator clima.
Nas regiões mais cálidas, por exemplo, sua diminuição é
mais marcada.
A duração do “envero”
A duração do “envero” é bastante ampla e dependerá de
diferentes fatores, como a variedade, o clima e as ações do
viticultor sobre o cultivo. Seu desenvolvimento é progressivo
e, desde o início nas primeiras uvas, e de modo visível, pode
durar um ou dois dias por uva, até 15 dias para completar
o “envero” em todo o cacho. É uma etapa sensível para a
planta, já que nela acontecem reações bioquímicas que
podem sofrer alterações por agentes externos, como o
excesso de calor ou falta de água, ou ações equivocadas
pelo viticultor, que podem bloquear o sistema vascular da
planta e complicar o “envero”.
Atualmente, e dada a relevância do envero no vinhedo,
são utilizadas técnicas de cultivo para melhorar essa fase,
com o objetivo de que as etapas do envero ocorram
simultaneamente em todo o vinhedo, além de reduzir o
seu tempo procurando uma maturação mais precisa, que
permita que as bodegas possam conduzir suas uvas para
objetivos enológicos predefinidos.
O “envero” – essa singular alteração de cor da pele da uva,
também traz riscos, já que a maturação também implica
em um amolecimento da pele. E uma vez que nem tudo
são boas noticias, temos que ficar atentos para não levar a
maturação ao limite e, assim, ter problemas de saúde.
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Entrevista
Marcia Garbin
Texto: Ana Caldeira
Fotos: Henrique Peron
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Foi ao morar na Itália que a confeiteira Marcia Garbin se apaixonou por sorvete. “O gelato é
muito arraigado na cultura do italiano. Em todo lugar se fazem gelatos, desde restaurantes
e confeitarias até a própria casa”, explica ela. De volta ao Brasil, Marcia, que se formou
na Le Cordon Bleu, na França, decidiu abrir a Gelato Boutique. Nas duas unidades
da gelateria, na região da Paulista, em São Paulo, a confeiteira procura valorizar os
ingredientes locais. “Para que trazer pistache de tão longe se temos castanha-do-pará?”,
questiona ela. Sabores como chocolate com cupuaçu, manga com maracujá e doce
de leite com cumaru são feitos diariamente na matriz, cuja decoração lembra o universo
mágico de Alice no País das Maravilhas. Para se deliciar e se divertir.
Foi então que você decidiu voltar para a Europa?
Como você entrou no ramo dos gelatos?
Comecei minha carreira na França, aos 19 anos.
Na época, em 2000, os cursos de gastronomia
estavam começando no Brasil, e a França tinha
escolas tradicionais e me daria uma vivência maior.
Tinha feito um ano de fisioterapia, desisti, e minha
mãe me incentivou a cursar gastronomia. Fiz o curso
do Le Cordon Bleu e alguns estágios, até que decidi
voltar ao Brasil, pois estava saudosa e também
queria conhecer mais da nossa gastronomia. Mas
tive dificuldades de achar colocação aqui, porque
os empregadores queriam mão de obra não
especializada.
Sim, decidi aprender mais e fui para Itália, onde tinha família,
com a ideia de depois voltar para a França. Mas fui tão
bem recebida, me encantei tanto pela Itália que tirei minha
cidadania e fiquei por lá. Viajei muito, trabalhei em pequenas
doceiras familiares, lugares com alma. Fiquei em Forte dei
Marmi, no litoral da Toscana, entre Pisa e Florença, que
é uma região turística. Na minha cidade, tinham muitos
restaurantes – e vi que havia muito espaço para fornecer
sobremesas a esses estabelecimentos, fazer eventos – a
região é bonita, e as pessoas alugam mansões para se
casarem por lá. Montei meu atelier, consegui crescer e
ter uma certa liberdade. Os italianos têm muita resistência
a ingredientes que não são do país, então aprendi a
desenvolver os clássicos, como um bom creme de pistache
ou nocciola. Aos poucos, comecei a dar meus toques.
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Foi então que você descobriu os gelatos?
Já tinha tomado contato com os sorvetes na Cordon
Bleu, pois a França tem tradição em sorvetes, embora
a gente não conheça. Quando fui para a Itália, ainda
pensava em confeitaria, mas o gelato é tão arraigado na
cultura do italiano que não havia como fugir. Em todo
lugar se faz gelato, desde restaurantes e confeitarias
até a própria casa. Não há como pensar em preparar
um jantar sem gelato. Então comecei como autodidata:
comprei uma máquina antiga e comecei a testar. Mas vi
que precisava me aprofundar, e então busquei cursos,
aulas e estágios. O curso principal foi na Carpigiani
Gelato University, talvez a escola mais importante do
mundo no assunto. Depois, a escola me convidou para
fazer um projeto, e nessa altura eu já trabalhava com
gelatos. Fiz amizade com o sorveteiro Toni Caffarelli, o
cara que melhor faz sorvetes salgados. Ele é siciliano,
comanda a Il Re Gelato, mora em Florença e faz
sabores incríveis. Conversava muito com ele. Depois
fui conhecendo outros chefs que também queriam
fugir um pouco do tradicional, e acabei fazendo minhas
experiências.
Como foi esse projeto da universidade?
A ideia era investir em jovens italianos (e eu já tinha
a minha cidadania) que quisessem levar a cultura do
gelato para o exterior. Fizemos um treinamento profundo
e aproveitei muito. Depois, em 2012, o maior festival
do mundo de gelatos, em Florença, selecionou os
cinco chefs mais promissores para uma das principais
competições do mundo, na categoria revelação daquele
ano. Apresentei um gelato de chocolate brasileiro AMMA
com maracujá – eu havia encontrado um fornecedor
de maracujá do Brasil. Usei esse chocolate porque ele
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tem aromas de frutos tropicais, típicos daqui, diferente
dos outros chocolates. E, combinado com o maracujá,
ficou balanceado, e o júri e o público gostaram. No ano
seguinte, me chamaram para competir na categoria
principal, a de gelato do ano, com gente do mundo
todo. Naquela altura eu já estava no Brasil, pois havia
decidido abrir uma gelateria aqui. Mas eu era jovem, e
havia poucas mulheres no ramo dos sorvetes, então não
podia perder a oportunidade de participar. Daí pensei
em fazer algo que tivesse a cara do Brasil, mas que os
italianos entendessem e também gostassem. Pensei
num gelato com grãos de café brasileiros, e foi assim
que eu entrei em contato com o Coffee Lab.
Como foi que você concebeu essa receita?
Sempre gostei do universo do café, e a Isabela
Raposeiras (do Coffee Lab) ajudou muito as pessoas a
conhecerem o café brasileiro. Desenvolvemos um blend,
e usei o café reduzido com limão taiti, até fazer uma
calda de café. O café é muito leve, com muita acidez,
então caramelizei parte do açúcar para puxar notas
mais tostadas. O sorvete chamou-se caffè-lime, e hoje
vendo-o na minha loja. Concorri com cerca de 30 chefs
e venci. Algo difícil, porque o Brasil tem resultados muito
ruins nesse tipo de competição. Esse festival computa
não só os votos do júri técnico, mas também do júri
popular, onde tive muito sucesso.
Como você vê esse mercado no Brasil?
São sabores nossos,
com uma carga
emocional grande.
É isso o que buscamos aqui.
Você então voltou ao Brasil para abrir seu negócio...
Depois do festival, fiquei superconfiante e vi que
meu caminho era fazer coisas mais autorais. Depois
do festival ainda fiquei alguns meses pela Itália, e
fui numa feira muito importante para profissionais,
chamada Sigep. Um dos fornecedores comentou
comigo que um italiano estava abrindo uma gelateria
na Oscar Freire: era a Baccio di Latte. Quando
retornei ao Brasil, o pai do meu marido sofreu um
acidente e tivemos que voltar para a Itália. Foi um
ano em que ficamos entre os dois países. Quando
tudo se acalmou, começamos o negócio para valer.
Como você pensou a Gelato Boutique?
Abrimos duas unidades quase simultaneamente,
uma perto da outra. Pensamos em cada detalhe da
decoração, que muitos dizem parecer o universo
de Alice no País das Maravilhas. Isso por causa,
principalmente, do principal móvel da loja, todo
colorido, feito por artesãos espanhóis. Gostamos
de arte, arquitetura, design, então fomos buscar
coisas específicas, como papéis de parede, móveis
italianos, algo meio de sonho, onde tudo combina e
pode. Quanto aos gelatos, queria sabores autorais,
únicos. No de baunilha, por exemplo, combinei três
– de Madagascar, do Taiti e do Cerrado brasileiro,
cada uma com perfil aromático diferente.
Nesse momento, a briga está entre o trabalho artesanal e
o não artesanal. Mas se alguém pegar produtos prontos
e misturar, isso é artesanal? Essa é uma briga que existe
até na Itália. Mas acho que ainda não estamos no nível
de discutir essa questão. Se você se propõe a fazer um
produto de qualidade, deve usar, no mínimo, ingredientes
frescos. O sorvete pode ser artesanal e assim mesmo ser
ruim. O que deveríamos discutir é se existe arte no que
estamos fazendo, se o ingrediente nacional é valorizado,
se as combinações são harmônicas. Por que precisa fazer
um pistache viajar tantos quilômetros quando se tem, por
exemplo, castanha-do-pará? As pessoas também têm que
começar a pensar se os produtos são mesmo de época
quando assim são anunciados.
Como tem que ser um gelato de qualidade?
Tem que ser feito com ingredientes frescos, e mostrar no
sabor aquilo que ele leva. O de doce de leite tem que ter
sabor de doce de leite, e não apenas traços dele. Deve
valorizar os produtos locais, pois consegue produtos de
mais qualidade e também valoriza a cultura local. Não vale
só ter produtos italianos numa gelateria, temos coisas
incríveis. Aqui, vamos começar a fazer frutas locais, da
região de São Paulo. Vamos entrar com uma linha de
semifreddos – que é uma espécie de musse congelada,
que se mantém cremosa a temperatura negativa. E um
destes semifreddos será de ricota com recheio de gel de
araçá-boi e cobertura de goiabada.
Você já trabalha sabores locais, não?
Sim. Fazemos um de cumaru com doce de leite. Também
gosto de misturar frutas que criam um terceiro sabor, por
exemplo, manga com maracujá: a cor fica linda. Como
os nossos gelatos são escondidos num pozzetto – que
é o recipiente tampado onde ficam os sorvetes, sem
contato com luz e sem variação de temperatura – só na
hora do serviço é que o cliente vê a cor do produto. Isso
surpreende. Também fazemos um de chocolate branco
com cupuaçu, e um de tutti-frutti, feito com abacaxi,
morango, laranja, framboesa e banana. Gosto deste porque
ele remete à infância. Durante as festas juninas, fizemos um
sabor de curau, que foi um sucesso. Transformamos num
sabor para o inverno. São sabores nossos, com uma carga
emocional grande. É isso o que buscamos aqui.
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Ingredientes
Texto: Paula Couto
Leite
Embora seja alimento da maioria da
população do mundo, o leite não era
conhecido dos povos pré-colombianos
antes da chegada dos europeus à América.
Isso porque os habitantes do Novo Mundo
não tinham, entre seus animais, mamíferos
produtores de leite. Os primeiros animais
a produzirem leite foram trazidos pelos
ibéricos e pelos ingleses, há 500 anos.
Os Estados Unidos são, atualmente, os maiores produtores mundiais
de leite. Lá, as primeiras vacas chegaram em 1611, na Virgínia.
Entretanto, até o século XIX, o leite era tratado pela população com
certo receio, especialmente no sul do país, onde o calor fazia com
que ele se estragasse facilmente. Nas plantações de algodão,
os escravos bebiam o leite mais ralo, enquanto o melhor leite, o
primeiro a ser retirado pela manhã, era exclusivo de seus senhores.
Já no Norte, com temperaturas mais frescas, os primeiros alemães
e holandeses a se estabelecerem por lá aproveitavam o leite
especialmente para fazer queijos. Até o século XIX, a adulteração
do leite era frequente nas colônias americanas. Era comum, por
exemplo, que se acrescentasse água e giz, e, por causa deste
último, o leite era apelidado de “leite assassino”.
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A costa de países como Holanda, Dinamarca, Irlanda e
Suécia, além da região dos Alpes, era particularmente
voltada para a produção de leite e seus derivados. A
manteiga era consumida apenas no norte da Europa. O
restante do continente preferia gordura de porco, bacon
e azeite de oliva como fonte de gordura. Na França,
além dos Alpes, Pirineus e Córsega, encontravam-se
as regiões produtoras de queijo mais antigas do pais.
O iogurte era restrito a algumas partes do Oriente e à
Turquia.
Durante muitos séculos, a produção de leite esteve
associada exclusivamente às condições locais de cada
vilarejo ou região da Europa. Para os fazendeiros da
era pré-industrial, a produção de leite (assim como a
de outros insumos), era determinada pela natureza.
Assim, nas regiões em que o arado podia correr
solto, a produção de leite era escassa e praticamente
sazonal, pois, por muito tempo, a criação de animais
foi secundária ao cultivo dos grãos. Na Idade Média, a
criação de animais passou a ganhar relevância sobre os
grãos e as elites europeias aumentaram o seu consumo
de carne.
Com a modernização da agricultura na Europa, entre
o final do século XVIII e até 1870, tudo mudou. Uma
produção maior de grãos e ferrovias que faziam a
ligação entre as áreas de produção e consumo fez o
preço destes produtos caírem. A produção de produtos
lácteos, então, passou a ser vista como um ramo
autônomo de produção, e bastante lucrativo. Muitos
fazendeiros passaram a substituir os campos pelos
pastos.
A superioridade do leite baseava-se em suas qualidades
nutritivas que, por sua vez, apoiavam-se na química: o leite
era composto por água, proteína, gorduras, carboidratos e
vitaminas. Ele não só continha todos os elementos essenciais
à saúde como também era considerado um combustível,
uma fonte de energia capaz de mobilizar o organismo para o
trabalho. Mais do que isso, ele continha todas as vitaminas: A,
B e C - pois, naquela época, as vitaminas eram a última das
descobertas científicas feitas pelos estudiosos dos processos
nutricionais. Além de todas essas vantagens para a saúde, o
leite era considerado também um alimento versátil, e podia ser
incorporado de várias formas à dieta, acompanhando cereais,
em sopas cremosas, em bolos.
Em 1853, o americano Gail Borden achou um jeito seguro de
consumir o leite: inventou o leite condensado, após perceber
as privações pelas quais os bebês de imigrantes passavam na
travessia de oceanos, por conta de doenças que atacavam as
vacas a bordo. O leite condensado original era aromatizado com
açúcar e cozido a vácuo até perder 60% de água, e foi muito
utilizado para alimentar tropas durante a Guerra Civil Americana
(1861-1865).
Foi nessa época que o químico francês Louis Pasteur
desenvolveu um processo para matar os micróbios do leite,
que mais tarde passou a ser chamado de pasteurização,
largamente adotada nos anos 1890. As primeiras garrafas para
acondicionar a bebida surgiram em 1866, e as caixinhas de
leite, na década de 1930. Já o leite evaporado, sem açúcar,
esterilizado, com 60% a menos de água e enlatado, surgiria em
1920, seguido do leite em pó, que apareceria no mercado em
1953. O leite em suas várias formas continua, até hoje, um dos
produtos mais consumidos no mundo.
No final do século XIX, a indústria do leite foi estimulada
por cientistas e agrônomos, que passaram a advogar
a favor de sistemas de produção modernos, baseados
em tecnologia e ciência. No início do século XX, a
nascente ciência da nutrição nos Estados Unidos
profetizava: o leite é o alimento perfeito. Um boletim feito
em 1910 pelo departamento de agricultura da Carolina
do Norte considerava: “A primeira comida que uma
família deve ter e a última que deve dispensar é o leite.
O leite não é só comida, é a mais importante delas”.
17
A palavra na ponta da língua
Texto: Fábio Angelini
O acento
africano
Muitos estrangeiros dizem que a
Língua Portuguesa é “gostosa”
de ouvir, soa bem, é melódica
e atraente. Mesmo que não
compreendam uma vírgula do que é
dito. Mesmo sem saber que aquele
brasileiro nativo ao seu lado está, na
verdade, tirando uma onda com ele,
alemão, russo, canadense, japonês.
A manifesta riqueza do idioma devese, em boa parte, à salada léxica
que ajudou a encorpar o vocabulário
nacional. Entre tantas palavras
agregadas de diversas culturas
(sem desprezar a inquestionável
contribuição dos índios daqui),
um considerável legado cabe ao
continente negro. E o mesmo vale à
mesa. A raiz da culinária brasileira,
como se sabe, é portuguesa,
mas também ganhou corpo e
personalidade com a adição destas
mesmas duas famílias, a indígena e
a africana.
18
Esta última trouxe, em particular,
ingredientes inéditos. Coco, banana,
café, azeite de dendê, manga,
quiabo, amendoim, cana-de-açúcar,
inhame, jiló, e por aí vai. Uma lista
vasta como as savanas, as tribos
e os dialetos da África. Também
chegaram novos modos de
preparo e uma espetacular arte do
improviso, providencial nos tempos
da colônia escravagista e essencial
na própria formação da nossa
escola gastronômica.
O povo negro de maior presença e
influência no Brasil foi aquele que
desembarcou primeiro, o bantu. Um
grupo linguístico que compreende
cerca de 400 línguas semelhantes,
faladas em 21 países. As que mais
nos impactaram foram o quimbundo
(região central de Angola), o
quicongo (República Popular do
Congo) e o umbundo (Zâmbia e sul
de Angola). E como impactaram.
Principalmente na cozinha, tanto nos
pratos quanto nas palavras, em sua
maioria provenientes do quimbundo
(que chegou a ser a língua mais
falada nas regiões Norte e Sul, na
infame época da escravidão)
Mais do que trazer até você um breve
dicionário gastronômico, de fácil
digestão e apreciação, a intenção
desta coluna é colocar em pratos
limpos os significados e histórias de
palavras e expressões vinculadas à
arte culinária.
Hoje, só na Bahia, cerca de 5 mil
palavras de origem africana são
usadas de forma corrente.
MALAGUETA: a pimenta que
foi trazida da Costa da Malagueta,
perto de Gana. Segundo o
historiador Câmara Cascudo,
já havia no Brasil uma espécie
semelhante.
QUIBEBE: não se toma, se
come, pois é uma papa de abóbora
ou banana. A CACHAÇA, PINGA ou
BIRITA é que o brasileiro gosta de
beber.
MINGAU: outra papa.
Originalmente, um tipo de milho
cozido em água e sal. Parente da
CANJICA, sucesso junino de milho
verde ralado.
QUINDIM: o famoso doce que
usa gema de ovo, coco e açúcar.
Na Bahia também quer dizer
meiguice, carinho, dengo.
GOROROBA: mais conhecida
como a comida preparada com
restos de alimentos, malfeita,
difícil de engolir. Seu oposto é o
QUITUTE, iguaria fina e delicada.
MOCOTÓ: na tradução literal,
tornozelo. Na tradução culinária,
a pata de bovino utilizada como
alimento.
QUITANDA: do quimbundo
“kitanda”. Feira, venda,
estabelecimento onde são expostas
mercadorias alimentícias variadas.
MOQUECA: guisado de carne
ou peixe. Carne magra é MUXIBA.
FUBÁ: uma farinha fina de milho
bastante popular em bolos, e
utilizada em pratos como a polenta
e o ANGU (que também leva farinha
de trigo, mandioca ou arroz).
19
Receita
Texto: João Belézia
www.joaobelezia.com.br
Fotos: Elayne Massaini
Filé aperitivo
com cerveja
defumada
INGREDIENTES
400g de filé cortado em cubos
200ml de cerveja preta defumada
Sal e pimenta-do-reino
1 cebola cortada em cubos grandes
3 dentes de alho fatiados
100g de manteiga sem sal
PREPARO
Tempere a carne com sal e
pimenta, e adicione a cerveja.
Coloque o alho, a cebola e deixe
nesta marinada por meia hora.
Escorra e reserve o líquido restante.
Em uma frigideira com a manteiga
aquecida, doure a carne. Retire-a e
reserve.
Nesta mesma frigideira, coloque a
cebola e o alho. Doure-os, retire-os
e os reserve.
Coloque a marinada na frigideira e
deixe reduzir pela metade em fogo
médio.
Coloque de volta a carne, a cebola
e o alho neste molho, para aquecer
e caramelizar.
Retire e sirva em seguida, com
fatias de pão fresco ou tostados.
20
Dica de quem sabe
Texto: Amanda Ivanov
Bolo
fofinho
Dicas que ajudam na hora
de preparar uma massa de
bolo em casa
Sentir o aroma de um bolo no forno é de dar água na boca.
Seja para acompanhar uma xícara de café, ou após o
almoço com calda de frutas, o bolo é uma das sobremesas
mais populares em diversas culturas. Com receitas fáceis e
rápidas de serem preparadas, um constante receio na hora
em que fica pronto é saber se a massa cresceu e está
fofinha.
Compartilhando algumas de suas preciosas dicas, a boleira
e cozinheira de mão cheia, Heloisa Bacellar, do Lá da
Venda, lista alguns requisitos básicos para que o bolo fique
bem fofinho quando preparado em casa.
Para a chef, um requisito fundamental para que o bolo não
fique murcho é respeitar e seguir corretamente a receita,
pois é importante que a massa tenha a quantidade correta
dos ingredientes que a compõem.
Heloisa conta que bolos ficam com a massa mais fofinha
quando os ovos e a manteiga estão em temperatura
ambiente. Ela aponta que um hábito muito comum na hora
de bater uma massa de bolo é peneirar os ingredientes
secos, como a farinha e o açúcar. Em sua produção de
bolos, Heloisa só peneira os ingredientes quando estão
empelotados, como o chocolate em pó que geralmente
fica cristalizado ou a farinha que empelota quando a
temperatura ambiente está úmida.
As claras de ovos também são ingredientes fundamentais
para a textura da massa do bolo. Por isso, a chef
recomenda batê-las em tigelas bem limpas e secas, tirando
os ovos da geladeira com uma hora de antecedência.
Assim, as claras ganharão mais volume quando batidas.
Investir em potes com pequenas quantidades de fermento
em pó também faz diferença, já que o ingrediente
envelhece rapidamente e perde a qualidade.
E por fim, utilizar fôrmas e assadeiras proporcionais à
quantidade de massa, e levá-las ao forno sempre préaquecido também são requisitos essenciais para que a
massa do bolo fique bem fofinha.
21
Um prato no tempo
Texto: Fábio Angelini
Espaguete com lula
Fidel Castro
Com as barbas no molho
Vamos deixar, ao menos por instantes, as nossas convicções ideológicas do lado
de fora da cozinha. A ideia é colocar em pratos limpos o que foi, e o que é, essa
relação entre Fidel Castro e a gastronomia. As fontes disponíveis vêm de jornalistas,
antigos cozinheiros e guarda-costas, amante, militares soviéticos e dele mesmo.
A paixão do ex-chefe de Estado pelas comidas e bebidas
começou no berço, pois nunca faltou nada em sua mesa.
O pai, imigrante espanhol da Galícia, prosperou como
fazendeiro em Cuba. Fidel, que só viraria ativista político
ao estudar Direito na Universidade de Havana, não curtia
cuba libre em sua juventude, nem filé à cubana. Preferia
os pratos que vinham do mar, principalmente sopa de
tartaruga. Tanto que, na década de 1960, mandou instalar
um viveiro em Cayo Piedra, seu oásis caribenho particular.
Outro projeto exótico era fabricar queijo francês, foie gras e
uísque na ilha. Não vingou.
22
Lagosta na manteiga, bacalhau salgado e garoupa grelhada
alternavam-se nas refeições. Mas, dono de um paladar
apurado, o chefe não foi indiferente às carnes vermelhas.
Leitão assado, frango frito, costeletas de cordeiro e
presunto pata negra estão no menu. Ou estavam, até
serem vetadas pelos nutricionistas, após o câncer de
intestino se revelar. Por outro lado, há quem afirme que os
maiores amores culinários da vida de Fidel sempre foram
as pastas. Justo Pérez, cozinheiro dele durante 35 anos,
meio que clareou as coisas ao confirmar que o líder cubano
nutria especial fascínio por peixes e massas no dia a dia.
Então, o vencedor é... espaguete com lula. Receita que
Fidel chegou a preparar até na prisão, entre 1953 e 1955,
e para o general Nikolai Leonov, hospedado em sua casa.
O prato hoje
foto meramente ilustrativa.
Texto: Fábio Angelini
Digeriu dez presidentes
norte-americanos com
cálices de Brandy Napoleon.
RECEITA
Espaguete com lula
reduzida no balsâmico
Rendimento: 3 pessoas
Ingredientes
Em alto mar, a bordo do iate Aquarama II, o ritual era
diverso: de lanche, lagostim na brasa com Chivas Regal,
ou mariscada acompanhada de vinho branco gelado. É,
os provadores oficiais do ditador passavam bem. Pelo que
se sabe, nenhum pereceu envenenado. Na residência da
capital, um serviço igualmente impecável, com sorveteria
exclusiva para a família, pomar, horta orgânica, galinheiro
e curral. Neste, morava Ubre Blanca (Úbere Branco), a
vaca de Fidel que produziu 110 litros de leite em um único
dia. Ela entrou para o Guinness e nas propagandas que
vendiam a agricultura coletivizada de Cuba, nos anos 1980.
Após 49 anos de autocracia e fartura, e mesmo depois, o
ex-governante não tem do que se queixar, aparentemente.
Digeriu dez presidentes norte-americanos com cálices de
Brandy Napoleon. Deixou o irmão Raul no comando. Hoje,
assiste à abertura econômica do país, ainda comendo do
bom e do melhor. Só que a dieta de Fidel, agora, é muito
mais discreta e controlada. Bem que ele gostaria, quando
os doutores não estivessem olhando, de colocar o seu
avental, ir até o fogão e fazer um bom omelete de queijo
com pimenta. Ou, o que é mais provável, um pratão de
espaguete com lula.
• 2/3 de espaguete (grano duro de preferência)
• 500g de anéis de lula
• 2 colheres rasas de sopa de aceto balsâmico reduzido
• Cebolinha fresca picada
• Sal e mix de pimenta moído na hora
• 1 pitada de tempero “lemon pepper”
• Alho e azeite para refogar a lula
Preparo
Ferva a água para cozinhar o macarrão, como de
costume. Enquanto isso, refogue os anéis de lula em um
fio de azeite e uma colher de sopa de alho picadinho.
Deixe refogar por uns 2 minutos mais ou menos e
depois acrescente o restante dos temperos: aceto
reduzido, mix de pimenta, “lemon pepper” e cebolinha
(reserve um pouco para servir). Deixe o sal por último,
mas antes avalie se será necessário. Não esqueça de
abaixar o fogo para não queimar. É um processo rápido,
senão a lula fica borrachuda. Escorra o espaguete e
misture na lula, mexendo bem e finalizando com mais
um fio de azeite e cebolinha.
23
Almanaque
Texto: Paulo Samá
parte 1
Chá
Aceita uma xícara
de história?
Uma colher de chá de aula de chinês: o caractere que você vê
neste artigo é pronunciado como “te” no populoso país do Oriente.
É o chá, que tanto lá como cá, tem muito a contar. Sirva-se.
Origem romanceada
O chá é a segunda bebida mais
consumida no mundo. Só perde para
a água. As opções são tão variadas
quanto os momentos, motivos (e até
desculpas) pra se tomar um chazinho.
Gripe? Vovó indica o de limão e mel,
e um cobertor. Calorão na praia? Olha
lá o carrinho do mate gelado... Tá
nervoso? Camomila. Dor de barriga?
Boldo nela! Tem chá pra tudo, e pra
tudo tem chá.
24
O surgimento remonta a mais ou menos
5.000 anos, mas ninguém se atreve a
bater o carimbo sobre a verdadeira história.
A bebida teria nascido por puro acaso,
durante o império chinês de Sheng Nong,
que tem até o sobrenome controverso.
Uns grafam-no com “o”, outros com “u” ou
com “e”. Neng, Nong ou Nung, fiquemos
apenas com Sheng, ou, como os súditos
o chamavam, Curandeiro Divino, já que
também atacava de cientista.
Durante a gestão Sheng, a China
foi castigada por epidemias que
fizeram o nobre soberano decretar
que toda água fosse fervida antes
do consumo. E num momento
de descanso, curtindo sombra e
água fervida, sua majestade teria
descoberto o chá. Algumas folhas
caíram sobre o líquido, deixando-o
com coloração castanha. Sheng
experimentou a bebida e gostou. Era
refrescante e quentinho ao mesmo
tempo. Como rei é rei, a bebida virou
moda e viralizou - pra usar um termo
moderninho - por toda a China.
As folhas na água de Sheng eram
da Camellia sinensis, a árvore do
chá, mas o uso do termo só viria
na Dinastia Tang - de 618 a 607,
quando se tornou a bebida oficial
do país. Parece ter sido na mesma
época, que o monge budista Lu Yu,
entusiasta e estudioso da bebida,
escreveu a primeira publicação do
assunto, Ch’a Ching, onde aborda
as formas de cultivo e também os
diversos preparos.
Da China ao Japão
No século IX, monges japoneses
visitaram a China e levaram
sementes de chá para a Terra do
Sol Nascente, de olho em sua
importância para a meditação - e
também no sabor, que monge não
é de ferro. O chá fez sucesso e
saltou ao status de arte e bebida
sagrada, ganhando até cerimônia:
o Cha-no-yu, influenciado pelo
taoísmo e zen-budismo.
Do Japão e da China para o
restante do mundo, a bebida
ainda contou muitas histórias.
Mas para não tirar o “honolável”
leitor da atmosfera dos monges,
convidamos você a aguardar os
próximos Almanaques. Até lá, fique
bem, fique zen.
O Cha-no-yu
No Cha-no-yu, o chá é feito e
servido do jeito mais charmoso,
elegante e sofisticado, para
que todos se desliguem do dia
a dia. A coisa é levada a sério
mesmo: o preparo perfeito
requer anos de conhecimento,
que incluem as variedades de
chá, as vestimentas tradicionais
e a iniciação em artes como
caligrafia, arranjos de flores,
incensos, cerâmica e regras de
etiqueta. São mais de cem os
procedimentos formais para o
ritual. E até pra participar como
convidado, é preciso conhecer
gestos e frases específicas,
além da maneira correta de se
comportar. Alguém se habilita?
25
Café com viagem
Texto: Emerson Castro
clubecafe.net.br
Que tal um cafezinho?
Em tempos de cultura globalizada
e avançadas tecnologias de
comunicação, é razoável ter o desejo
de viajar mundo afora de maneira
rápida, segura e a baixo custo.
Digamos, em cliques. Mas há muitas
formas de começar essa turnê curiosa
pela cultura dos países, dos mais
conhecidos aos mais exóticos. Uma
delas é escolher um ponto comum
entre os povos e se deixar levar
pelas agradáveis e surpreendentes
diferenças de costumes e hábitos. Pra
começar, que tal um cafezinho?
26
Veja só, em terras espanholas,
arrisque descobrir o típico “café
Bombón”, originário de Alicante (no
Sul). É uma mistura de café expresso
e leite condensado ou licor, servido
em cálice transparente para ficar
visível a combinação das camadas
de café e leite. Já no vizinho Portugal,
se a vontade for por um cafezinho
expresso, peça em Lisboa por um
café Bica (“beba isto com açúcar” como um cafeteria brasileira sugeria
no início do século XX). Já no Porto, o
costume é pedir por um “Cimbalino”,
em referência à La Cimbali, marca de
máquina de espresso.
Mas se a proposta for algo mais forte,
vá (ou melhor, clique) para a Irlanda
e escolha um Irish Coffee. A mistura
de uísque, café e creme surgiu do
improviso de Joseph Sheridan na
década de 1940. O frio intenso no
aeroporto de Foynes (sudoeste da
Irlanda) levou o chef a criar a bebida
para aquecer os passageiros à espera
dos voos.
Bem, já foram três cafés nesta fugaz
viagem virtual por alguns países
europeus. Há muitos outros para as
buscas que faremos nas próximas
edições.
Por aí
Texto: D. Alejandro
[email protected]
Martín Fierro
35 anos de Sucesso servindo Cortes
Argentinos da Melhor Qualidade.
Martín Fierro é um poema de José
Hernández, obra literária de grande
popularidade na Argentina. Publicado
em 1872, símbolo da argentinidade,
além de um clássico é o expoente
máximo da literatura daquele país.
Muito parecida é a história deste
Petáculo restaurante de carnes
argentinas, comandado desde sua
inauguração pela rigorosa e incansável
Ana Maria Massochi - parecida no
sentido de ser hoje, ao meu ver, o
maior expoente da culinária argentina
no Brasil.
Está localizado na Vila Madalena,
muito perto do buchicho, mas longe o
suficiente para ser um lugar tranquilo
e sossegado. Uma casa simples,
aconchegante, aberta para rua e
separada por bem cuidadas plantas,
que dão um verdadeiro ar portenho.
No piso superior encontramos a parilla
e a completíssima adega climatizada.
A turma do salão é fera, a mesma há
muitos anos, e conhece cada detalhe
do que tem a oferecer, sem frescura e
com muita boa atenção.
Aqui encontramos o melhor
vacio (fraldinha) do Brasil e o
melhor asado de tira, sempre
no ponto certo e com a
tipicidade do sabor destes
cortes. Asado de tira é meu
corte preferido e nesta casa
é impossível errar: é sempre
Petáculo! Não podemos
deixar de experimentar,
de entrada, a sensacional
empanada, molleja, morcilla
e a provoleta. Todas as
carnes são acompanhadas
por uma salada verde com
um tempero muito feliz.
De sobremesa, impossível
deixar de lado o dulce de
leche argentino ou o alfajor
elaborado por eles mesmos,
tanto o de maisena como o
de chocolate são incríveis.
Mas não é só assado que a culinária argentina
e o Martín Fierro têm a oferecer. De vez em
quando temos o locro, um cozido tradicional
da região rural da Argentina, feito com canjica
branca, feijão branco, carne de porco e carne
de vaca - tem que ficar atento, pois quando a
Ana decide fazer o locro, a procura é gigante.
No dia a dia também tem os raviólis, nhoques
e milanesa também presentes no dia a dia da
culinária portenha, e que o restaurante não
poderia deixar de oferecer, com a mesma
tipicidade dos elaborados em “la capital
federal”.
O serviço é ótimo, galera absolutamente
eclética, mas tem em comum amantes da boa
carne. Carta de vinho muito boa. O lugar e o
ambiente são de uma simplicidade linda. Vale
muito a pena! Para quem quer comer bem
e passar um momento agradável, ser bem
atendido e sair feliz. Viva la Vida! Viva el buen
comer! #Petaculo #VivalaVida
Serviço: Restaurante Martín fierro.
De segunda a domingo das 12 às 23h
Rua Aspicuelta, 683, Vila Madalena - SP
(011) 3814-6747 / www.martinfierro.com.br
27
Drinks
Texto: Rick Anson
O legado de
P.J. Clarke’s
Sempre me questionam a respeito
dos bares da Big Apple e qual seria
o principal arauto da cidade. Um
alerta: esqueçam os lounges e night
clubs que abrem e fecham sem
deixar saudades. Refiro-me à história
e poesia urbana nova-iorquina. Aos
amigos, começo uma lista que vai
do Harry`s at Hannover Square, no
sul de Wall Street, ao The Harrison,
da Greenwich Street; recomendo o
The Campbell Apartment, no Grand
Central Terminal, os bares de hotéis
como o Oak, no The Plaza, o Rise, no
14º andar do Ritz-Carlton, o histórico
King Cole Bar, do St Regis, berço do
Red Snapper (uma versão do Bloody
Mary) sem esquecer no Sir Harry`s, do
luxuoso Walrdorf-Astoria.
40
28
Verdadeira alma de uma
Nova Iorque nostálgica
e autêntica, o bar está
longe das badalações
dos lounges modernos
Cada qual com seu charme, pode
se dizer que todos são frutos de
um legado. Algo que remonta ao
longínquo ano de 1884, quando o
P.J. Clarke`s abriu suas portas numa
esquina da 55 com a terceira avenida.
Inaugurado como legítimo pub
irlandês, o imigrante Patrick J. Clarke
trabalhou nesta esquina de 1902
até comprá-la dez anos mais tarde,
rebatizando-a com suas iniciais.
De sua chapa, sempre saíram os
melhores hambúrgueres da cidade,
cuja versão com bacon e queijo
foi apelidada por Nat King Cole de
“Cadillac”. Não posso deixar de
mencionar o “Apple Cobbler” – uma
imperdível torta de maçã no ramequim
fervendo, que traz um sorvete de
canela em sua cobertura. E muito
além, a coquetelaria clássica norteamericana: de Manhattans e suas
variações a Martinis, Gibsons e Rob
Roys. Destaque para o perfeito Bronx.
A aura boêmia sempre trouxe notórios
bebedores ao reduto. Sinatra cantava após
algumas doses de Jack Daniel`s, enquanto o
ator de “Um Homem Chamado Cavalo”, Richard
Harris, entornava costumeiramente 5 shots
de vodka enfileirados. E foi desse balcão que,
através de Hollywood, fora imortalizada uma das
mais famosas cenas de embriaguez e vício do
cinema, o clássico “Farrapo humano”, de Billy
Wilder, em 1945.
No ano de 1948, os irmãos John e Daniel H.
Lavezzo compraram o P.J. e seus descendentes
foram proprietários até 2001, quando o local
fechou por inúmeras dívidas com a cidade.
Inconformados, clientes bem sucedidos da
cidade injetaram capital e no ano de 2004 o bar
reabriu, com o mesmo clima e visual. Detalhe:
existem três bandeiras acima do balcão – uma
da Irlanda, outra dos Estados Unidos e, pasmem
– uma do Brasil. Sim! O motivo é que a única
filial do clássico P.J. Clarke`s fora da terra do Tio
Sam é na cidade de São Paulo. Comandado
pela empresária Maria Rita P. Marracini, traz o
mesmo e caprichado “Cadillac” da matriz, além
de um bar interessante que nos remete a NYC.
Existem ainda outras duas filiais na cidade de
Nova Iorque: uma à beira do Hudson, no sul da
ilha, e outra bem próxima ao Central Park, na
Lincoln Square.
Mas como diria um ilustre frequentador do P.J. original, “há milhares
de bares em Nova Iorque, mas apenas um P.J. Clarke`s”. Brindemos
ao original, depois de algumas visitas às filiais, seguindo para os
distintos bares que formam seu rico legado numa próxima viagem...
Cheers!
Pequeno Guia dos Bares Clássicos
de Nova York
Harry`s At Hanover Square
1 Hanover Square (entre Pearl & Stone Streets)
The Harrison
King Cole Bar
The St. Regis Hotel
2 East 55th Street
355, Greenwish Street
Sir Harry`s
P.J. Clarke`s (original)
The Waldorf Astoria
301 Park Avenue
55th com Third Ave
Harry`s Cipriani
781 Fifth Ave. (entre 59th e
60th)
The Campbell Apartament
Grand Central Terminal
15 Vanderbilt Avenue
Oak Bar
The Plaza hotel
768 Fifth Avenue
Rise
The Ritz-Carlton Hotel
New York, Battery Park
2 West Street
41
29
Coisa Nossa
Texto: Amanda Ivanov
Tapioca,
o pão dos trópicos
Muito popular na culinária regional do norte e do nordeste do Brasil,
a tapioca é uma comida de origem indígena, tendo como única
matéria-prima a fécula da mandioca. Também conhecida como
beiju, a iguaria vem conquistando apreciadores de diversos lugares
do país, por sua versatilidade em pratos criativos, ou por ser uma
ótima substituta do pão, já que não possui forte aroma e sabor, o
que possibilita que seja servida com recheios doces ou salgados.
Para se obter a tapioca, a mandioca é triturada até virar uma
farinha bem fina. Em seguida, é misturada com água, peneirada
e deixada em descanso, e após um período, se separa em duas
partes, sendo a parte inferior a fécula da mandioca, que após esse
processo, é colocada para secar, geralmente no sol, em produções
artesanais.
Comum na alimentação dos brasileiros desde as tradições
indígenas, a tapioca foi até descrita nas cartas dos colonizadores
portugueses Pero Vaz de Caminha e Padre José de Anchieta como
o “pão dos Trópicos”. E por não conter glúten, virou uma ótima
aliada das dietas.
Chapa quente
A massa de tapioca é feita ao ser peneirada em uma superfície
quente, que moldada com uma colher, transforma-se em uma
panquequinha, que na maioria das vezes é servida recheada.
Também se destaca como ingrediente versátil na criação de alguns
pratos como bolos, cremes, cuscuz, manjar, entre outras receitas
saborosas.
A palavra vem de origem tupi-guarani - tipi’óka - e a presença dessa
iguaria é tão forte na cultura brasileira, que em 2006 a tapioca entrou
na lista de Patrimônio Imaterial e Cultural de Olinda, no Estado de
Pernambuco, que destaca os bens culturais que se manifestam
dentro da cultura coletiva de determinadas regiões do país.
30
Comida é Arte
Texto: Fábio Angelini
Paisagens
comestíveis
Árvores feitas de brócolis, torres de cenoura,
vilarejos moldados em queijo. Para o inglês
Carl Warner, ser criativo à mesa é uma arte
com significado próprio. Ele não é chef,
é fotógrafo, e um dos maiores expoentes
contemporâneos da chamada Eat Art. Sua
série “Foodscapes” é uma impressionante
sucessão de cenários montados com
alimentos. Tudo começa nas quitandas
do condado de Kent, onde o artista passa
horas caçando os alimentos mais vistosos.
Depois, produz maquetes em mesas de 1,2
por 2,4 metros, pois assim as fotos ganham
profundidade. A produção é realizada em
etapas – para evitar que nada murche antes
dos cliques – e o resultado, invariavelmente,
é uma fantástica foto de paisagem surrealista
que desafia o olhar e a efemeridade da obra.
Pode ser uma cena rural italiana com campos
de macarrão e nuvens de muçarela. Uma
caverna submarina feita de frutos do mar. Mas,
apesar de tanto trabalho, Warner ainda não
conseguiu avivar o interesse de seus quatro
filhos por verduras e legumes.
Sabor em Moda
Texto: Fábio Angelini
Números na Mesa
Paletas mexicanas
manauaras
Texto: Fábio Angelini
Morango com recheio de leite condensado ou
cupuaçu com avelã? Desde abril de 2015, mais ou
menos, os manauaras se derretem pelas paletas
mexicanas. Se essa febre perdeu um pouco
da temperatura em outras praças, na capital do
Amazonas ela segue embalada pela criatividade,
refrescância e por um peculiar toque regional. Com a
procura em alta, até as tradicionais sorveterias viramse obrigadas a reimprimir seus cardápios com o item.
Certamente que um bom doce gelado vai muito bem
no clima sufocante das florestas, mas é igualmente
verdade que o gostinho brasileiro pelo estrangeirismo
ajuda no negócio. Curioso é que a única semelhança
da nossa paleta com a genuína é o formato: o
produto mexicano é feito de frutas e só, sem recheio
ou combinações. É popular, barato e vendido em
carrinhos de rua, especialmente a versão de flor de
hibisco. Já em Manaus, pode-se encontrar desde a
paleta de tapioca com coco até a paleta de caipirinha
de limão. E a paleta de tequila também. No Brasil todo.
Matemática à
francesa
A cozinha parece desempenhar um papel ainda mais
importante e profundo para o francês do que se pensa,
em relação à imagem que os estrangeiros fazem dela. Em
pesquisa recente, nada menos do que 95% dos franceses
concordaram que a gastronomia é um ingrediente da sua
identidade cívica. Mais dados corroboram tal opinião. Tanto
hoje quanto há 30 anos, o tempo diário consagrado ao
preparo e à degustação das suas refeições é o mesmo:
96 minutos. Para 55%, ainda é hábito regular sentar-se
em torno de uma mesa com a família ou os amigos para
comer. E a quantidade de blogs dedicados à arte culinária
que são publicados por franceses? Em torno de 4.000.
Vale mencionar que o país ocupa a ponta na produção
agrícola da União Europeia, com 68.000 empresas e uma
receita anual aproximada de 70 bilhões de euros. Contra
fatos não há argumentos. Apenas uma infinidade de
pratos e sabores universais e inconfundíveis, seja para os
nascidos em Orléans ou Orlândia.
31
Nesta coluna você encontrará fatos
e curiosidades sobre a química e
composição de alimentos, além de
algumas de suas contribuições para
o organismo, sempre de forma leve
e gostosa, no espírito de enaltecer o
viver bem, com prazer e alegria.
“QUANDO A VIDA LHE OFERECER UM LIMÃO,
FAÇA UMA LIMONADA” Dito popular
Química dos Alimentos
Limão
A máxima da sabedoria popular refere-se ao sabor
ácido, mas o sentido em que se emprega o ditado não
faz justiça ao Citrus limon. O limão, ao contrário do que
mostra a analogia de “azedou”, é muito mais do que
isso. Pense num dia de verão onde a sensação térmica
é próxima de um forno industrial. Uma refrescante
limonada vai muito bem, não acha? E um picolé de limão
também não é de se jogar fora...
32
Texto: Renato Soares
O fruto do limoeiro é originário da Ásia e é um dos frutos
mais conhecidos do planeta, com aproximadamente 100
variações. Em terras verde-amarelas temos intimidade
com quatro delas: o galego, que é aquele da casca
verde-clara; cravo, parecido com uma laranja; siciliano,
que é maior e bem amarelado, bom para doces e
licores, e o taiti, o mais verde dos quatro, menos ácido e
mais suculento.
A composição do limão?
É das melhores!
Para adoçar qualquer suspeita, vamos dizer que o limão é um
bom companheiro e não é de hoje. Já no tempo das grandes
navegações, os marinheiros sabiam que ele ajudava a prevenir
e combater doenças como o escorbuto. E ainda servia pra dar
uma boa temperada nas refeições dos lobos do mar. Agora, para
esquecer de vez o azedume, lá vêm motivos pra ficar com água na
boca: bolo de limão, pudim de limão, suflês, pavês, brigadeiros,
tortas (incluindo as indispensáveis raspas de limão, que a deixam
linda e apetitosa). Tudo isso sem falar na brasileiríssima caipirinha.
A composição do limão? É das melhores! O limão tem “n”
propriedades medicinais, contra infecções, febres, problemas de
respiração, aterosclerose e muito mais. Confira no quadro.
• Vitamina C: nada de escorbuto! Ela previne contra resfriados, ajuda a regular os níveis de colesterol e dos
radicais livres, previne contra gripes e faz muito bem para a saúde de um modo geral.
• Vitamina A: deixa a pele mais bonita e viçosa, contribui com a saúde dos olhos e aumenta a vida útil das
células, entre outras benesses.
• Vitamina B6 (Piridoxina): combate a anemia, faz bem pra pele e contribui com o sistema nervoso,
inclusive suavizando os sintomas da TPM. Mulheres, tomem limonada!
• Vitamina B12 (Cobalamina): protege o DNA, impedindo a quebra de cromossomos, contribui com as
células vermelhas do sangue, ajuda na manutenção do sistema nervoso, aumenta a saúde muscular, previne
contra a depressão e é excelente para os idosos.
• Vitamina E (Tocoferol): antioxidante, previne o envelhecimento das células, ajuda no crescimento e
desenvolvimento, e deixa a pele mais firme, auxiliando a produção de colágeno e melhorando a cicatrização.
• Ácido cítrico: além de prevenir a pneumonia, ajuda a estabilizar o ph dos líquidos do corpo e contribui
com a formação e manutenção dos ossos. Funciona como bactericida natural no estômago e intestinos.
• Outros componentes: cálcio, excelente para os dentes e ossos; ferro, que metaboliza proteínas; fósforo,
que é bom para a memória, e potássio, que combate o estresse.
Com tudo que o limão oferece de bom, não pense duas vezes: se você
não receber um limão da vida, corra à quitanda mais próxima e compre
logo uma dúzia. E faça uma limonada, um doce, uma torta e, por que não,
uma caipirinha.
33
anuncio-indique-amigo-2-Pags.pdf
1
19/11/15
09:02
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Na cozinha tem história
Texto: Fábio Angelini
Garrafa
Térmica
Entre as infinitas crateras que
decoram o solo lunar, há uma
que fica nas coordenadas
2,7S de longitude e 165,5E
de latitude. É a cratera de
Dewar, com cerca de 50 km
de diâmetro. Uma homenagem
ao notório físico-químico
escocês Sir James Dewar, que
deu contribuições geniais nos
campos da espectroscopia,
criogenia e física atômica. Mas
o cientista talvez seja mais
conhecido por inventar em 1890
um depósito isolante, o Frasco
de Dewar. A nossa querida e
prática garrafa térmica.
36
O que Dewar pretendia era só armazenar e transportar
gases líquidos sob baixas temperaturas. Acabou criando
um método de isolamento a vácuo. O princípio de
funcionamento da garrafa térmica é o mesmo desde
então: uma ampola com paredes duplas de vidro bem
fino (que é um mau condutor de calor) e o mínimo de
ar entre elas (isso reduz a transferência térmica por
condução ou convecção). As superfícies das paredes
são espelhadas por fora e por dentro, para retardar a
troca de temperatura por radiação. Por fim, um tampão
com boa vedação – uma rolha oca feita de borracha
ou plástico. Sabemos que após algumas horas, o
líquido que era gelado vai esquentar e o que era quente
vai esfriar, porque não existe vácuo absoluto entre as
paredes, nem espelhos 100% refletores, nem isolantes
perfeitos para o bocal. As temperaturas externa e interna
acabam se igualando.
Curioso é que Dewar sequer patenteou sua criação.
Possivelmente por estar ocupado demais elaborando
a fórmula química do benzeno, ou descobrindo como
liquefazer e solidificar o hidrogênio. Quem agarrou
mesmo a chance foi o alemão Reinhold Burger. Em
1903, este fabricante de vidros reduziu o tamanho do
recipiente, deixou-o parecido com uma garrafa e o
registrou. No ano seguinte, lançou a primeira garrafa
térmica para uso doméstico: a Thermos.
De início, o acessório foi adotado pela alta
sociedade, que o levava a tiracolo nas caçadas,
viagens, passeios terrestres e aéreos. Há relatos,
inclusive, de que Santos Dumont carregava uma
garrafa térmica com café, em seu primeiro vôo de
balão. Mas para a frustração de Reinhold, o negócio
não decolou como se esperava e ele vendeu os
direitos da marca a uma empresa americana, uma
inglesa e outra canadense.
Seguiu-se assim a produção em larga escala e
a popularização. Bebidas começaram a circular
pra lá e pra cá, otimizando as rotinas doméstica
e profissional. Sucos gelados e sopas quentes.
Café, chá, água. Em piqueniques, salas de espera,
escolas, canteiros de obras e escritórios. Para
os gaúchos, argentinos e uruguaios foi a glória:
enfim, agora eles poderiam carregar seu chimarrão
quentinho embaixo do braço, onde e quando
bem entendessem. Também as indústrias e os
laboratórios entraram na onda do recipiente térmico,
para proteger e transportar líquidos instáveis ou
voláteis, como o oxigênio e o nitrogênio. Neste
caso, o utensílio conta com dispositivos de
segurança adicionais, para anular a influência da
pressão e do calor externos. Sistema similar ao
utilizado para proteger combustíveis de foguetes
espaciais.
Quem estava pouco familiarizado com as limitações
do objeto foi o microbiologista belga Peter Piot.
Em 1976, no vôo comercial entre o Congo e seu
país, ele trouxe frascos de sangue com um vírus
misterioso entre cubos de gelo, dentro de sua
garrafa térmica azul. Ao abri-la, já no Instituto de
Medicina Tropical de Antuérpia, percebeu que
um dos frascos havia partido e o sangue estava
misturado com a água do gelo derretido. Por sorte
não houve maiores consequências: o vírus, que
ainda não havia sido catalogado, era o Ebola.
Realmente, todo cuidado é pouco com o interior da garrafa.
Nos primeiros modelos, ele ainda era feito artesanalmente
por sopradores de vidro. Nos anos 50 do século XX, veio
a tampa de rosquear, e na década seguinte, a inovação do
aço e plástico. A garrafa térmica de pressão embalou os
anos 1970 e o inox deu um novo ar ao produto a partir dos
anos 1980. Depois, ela ganhou copo e tampa acoplados,
cordões para transporte em mochilas e bicos dosadores. Até
que não havia muito mais o que inventar, e todos voltaram-se
para o design.
Hoje, além da profusão de tamanhos e modelos,
encontramos vários tipos de visuais por fora das garrafas.
Fotos e nomes personalizados, estampas, adesivos, frases,
tirinhas de quadrinhos, personagens de desenhos e filmes,
reproduções artísticas, tudo que é possível ser impresso. A
Sigg, garrafa suíça feita de um bloco único de puro alumínio,
passou de acessório de alpinistas a acessório de moda. Há
versões dela integrando a coleção do MoMa de Nova York.
O quesito portabilidade foi oportuno também, em uma ação
inusitada de marketing feita por uma marca de macarrão
instantâneo: centenas de bags com o produto foram
lançadas de drones sobre dois parques de São Paulo,
acompanhado de garrafa térmica com água quente. A
praticidade apareceu ainda em “Batman: The Animated
Series (1992)”, quando o super-herói saca de seu cinto
de utilidades uma bat-garrafa térmica contendo um líquido
não identificado, para enfrentar o Mr. Freeze. E quanto à
versatilidade, sabia que é possível cozinhar feijão na garrafa
térmica? Basta ferver duas xícaras de água, colocar na
garrafa, adicionar uma de feijão, temperar a gosto e fechar.
Estará pronto de um dia para o outro.
É, ter uma garrafa térmica à mão pode ser uma ajuda e
tanto em inúmeras situações. Cristina Kirchner que o diga.
Na visita ao seu conterrâneo Papa Francisco, a presidente
não teve dúvidas: acrescentou à lista de presentes uma
garrafa térmica de plástico de 2010, edição comemorativa ao
bicentenário da nação.
O sempre simpático Sumo Pontífice
decerto exibiu seu grande sorriso.
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Vinhos únicos, com alto prestígio e reputação consagrada.
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44
Joan Miró, Estrela da Manhã, 1940
É sensacional reconhecer uma obra-prima.
Um vinho extraordinário, também.
Objetos de desejo
Nesta edição, as batedeiras KitchenAid, com estilo retrô, tecnologia
moderna e, por que não dizer? - fofas.
Batedeira
KitchenAid
Texto: Rafael Souza
Móveis e utensílios diferenciados, gadgets interessantes, um vinho
raro, ingredientes exóticos... Sim, existem objetos de desejo também
na cozinha, dos mais simples aos mais sofisticados, capazes de fazer
gastrônomos, chefs, simpatizantes e até curiosos da arte de cozinhar
sonharem acordados.
Aqui nesta coluna, nossos associados terão a oportunidade de conhecer
alguns objetos assim. Bem-vindo à wishlist da Sociedade da Mesa.
Parte da lista de desejos de dez entre dez donas
de casa de bom gosto, as batedeiras da KitchenAid
conseguem aliar visual, qualidade e tecnologia. São
diversos modelos, com cores e por vezes até estampas
diferenciadas.
No quesito performance, os modelos Stand Mixer
Artisan Empire, por exemplo, têm diferenciais como dez
velocidades, tijelas maiores em inox, com 4,83 litros,
ideais para receitas maiores; batedores para massa,
pão e claras; protetor contra respingos, além de uma
boa gama de opcionais - bem... não é só carro que tem
opcionais -, como moedores, sorveteiras etc.
Mas a grande estrela da batedeira é o chamado
movimento planetário, com 59 pontos de contato na
lateral da tijela, que oferece misturas mais rápidas e
homogêneas. Tudo isso por um preço tão glamouroso
quanto o nome.
Serviço:
Batedeira KitchenAid
Diversos modelos
Preço médio: R$ 2.100,00
39
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Momentos
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Bons vinhos, bons pratos e boas companhias proporcionam momentos especiais, que chamamos
de Momentos Sociedade da Mesa. Você, com certeza, tem muitos deles. Compartilhe conosco.
Seu momento pode ser selecionado e aparecer nesta coluna.
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clube de vinhos
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41
20
16
Agenda
Texto: Amanda Ivanov
De 25 a 28 de fevereiro
Essência do Vinho Porto
Evento reúne milhares de
vinhos fortificados em Portugal
De 25 a 28 de fevereiro, o Palácio da Bolsa, localizado na cidade de Porto, em Portugal, recebe a 13ª edição
do Essência do Vinho Porto, evento onde expositores de diversas regiões de Portugal e de outros países do
mundo irão apresentar as safras em destaque dos vinhos fortificados e tradicionais, não só da região, mas
também de outros continentes.
Durante os quatro dias de evento, haverá mais de 3.000 rótulos de vinhos para serem degustados, além de
palestras com especialistas e oportunidades para novos negócios.
Outro destaque do Essência do Vinho Porto é o “TOP 10 Vinhos Portugueses” que reunirá uma seleção dos
vinhos mais bem pontuados pela revista WINE – A Essência do Vinho. Os finalistas passarão pela avaliação do
júri internacional, que provarão às cegas os vinhos mais bem avaliados do evento.
Serviço:
Essência do Vinho Porto
Período: de 25 a 28 de fevereiro
Local: Palácio da Bolsa - Porto (PT)
Endereço: Rua Ferreira Borges, s/n
Mais informações: www.essenciadovinhoporto.com/pt
42
19 a 21 de fevereiro
Salon des Vins de
Limoges
Vinhos franceses
de pequenos produtores
são destaques do evento
Oportunidade para garimpar e descobrir vinhos
franceses de pequenos produtores, de 19 a 21
de fevereiro, acontece o Salão dos Vinhos de
Limoges, na cidade francesa, com a participação
de 170 vinícolas, que irão apresentar safras
peculiares durante os três dias de evento.
O encontro reúne rótulos de diversas regiões
produtoras de vinhos, como das francesas
Alsácia, Costas da Córsega, Vale do Loire,
Borgonha e Savoy, destacando pequenas
e grandes produções em um ambiente
descontraído.
O diferencial do encontro é que o público terá
contato direto com os produtores de vinho, sendo
uma boa oportunidade para saber mais sobre
cada rótulo, interagir e trocar experiências. Dicas
sobre degustação, conservação e harmonização
de vinhos também serão expostas durante o
evento.
Além da imensa variedade de vinhos, a
gastronomia também é atraente e o evento
contará com degustações de queijos, chocolates
e especiarias, entre outras guloseimas regionais.
Serviço:
Salão dos Vinhos de Limoges
Data: de 19 a 21 de fevereiro
Local: Foire de Limoges
Endereço: Boulevard Robert Schuman, 87100 Limoges, França
Mais informações: www.salon-vindefrance.com
20 de fevereiro
Winter Wine Classic
Grande degustação de vinhos clássicos
no inverno californiano
Realizado em Santa Barbara, considerada como uma das
cidades mais bonitas da Califórnia, região responsável
por 90% das produções dos vinhos americanos, o Winter
Wine Classic acontece no dia 20 de fevereiro, no The Fess
Parker Resort.
O evento, tradicional pelas degustações, irá reunir os
melhores produtores de vinhos da região e contará
com degustações de cerca de 100 vinhos ilustres e
harmonizações com pratos elaborados por renomados
chefs da gastronomia local. A música ficará por conta do
guitarrista Anthony Yabarra.
O diferencial do Winter Wine Classic é o encontro entre
grande parte de produtores de vinhos americanos e a
experiência proporcionada pelo luxuoso resort, numa linda
paisagem de inverno.
Serviço:
Winter Wine Classic
Data: 20/02/2016
Local: The Fess Parker Resort
Endereço: 633 E Cabrillo Blvd, Santa Barbara, CA 93103
Mais informações: www.californiawinefestival.com
43
R
Leve. Pouco doce. Com muito sabor.
Refrescos saudáveis feitos a partir do suco da fruta,
sem conservantes, nem corantes artificiais, sem espessantes,
e sem exageros.
+ 4 SABORES
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Restaurantes
Sociedade da Mesa é muito
bem-vinda e não paga rolha
Abaixo os restaurantes participantes do Programa Saca-Rolha. Aqui nesta coluna, publicamos bares e restaurantes onde você, associado
da Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa
gastronomia, com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha! *
São Paulo - capital
ARGENTINA
BÁRBARO
CHE BÁRBARO
ESTAÇÃO LEOPOLDINA
CONTEMPORÂNEA
011 GASTRONOMIA
CASUAL MIL
CENA SBC
TÊTE À TÊTE
ESPANHOLA
CAL`A DEL GRAU
MARIPILI
PAELLAS PEPE
TORERO VALESE
MUSEO VERONICA
FRANCESA
São Paulo
São Paulo
SBC
Rua Dr. Sodré, 241A - Vila Olímpia
Rua Harmonia, 277 - Vila Madalena
Avenida Imperatriz Leopoldina, 420, SBC
(11) 3845-7743
(11) 2691-7628
(11) 2564-7445
São Paulo
São Paulo
SBC
São Paulo
Rua Artur de Azevedo, 613 - Pinheiros
Rua Hungria, 1.000 - Jardim Europa
Rua Doutor Fláquer, 571 - Centro - SBC
Rua Melo Alves, 216 - Jardins
(11) 3459-4282
(11) 2579-1029
(11) 4123-2799
(11) 3796-0090
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Rua Joaquim Távora, 1.266 - Vila Mariana
(11) 5549-3210
Rua Alexandre Dumas, 1.152 - Chácara Sto Antônio (11) 5181-4422
Rua Bom Pastor, 1.660 - Ipiranga
(11) 3798-7616
Rua Horácio Lafer, 638 - Itaim Bibi
(11) 3168-7917
Rua Tuim, 370 - Moema
(11) 5051-2654
FREDDYSão PauloRua Pedroso Alvarenga, 1.170 - Itaim Bibi
LIMONNSão PauloRua Manuel Guedes, 545 - Jardim Europa
(11) 3167-0977
(11) 2533-7710
45
ITALIANA
ANTONIETTA
BRÁZ TRATTORIA
COSI
GRAZIE A DIO!
GENOVA
LA GRASSA
NICO
BOTTEGA PARADISI
SPADACCINO
ZEFFIRO
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Rua Mato Grosso, 402 - Higienópolis
Av. Magalhães de Castro, 12.000 – Sh.Cidade Jardim
Rua Barão de Tatuí - Santa Cecília
Rua Girassol, 67 - Vila Madalena
Rua Lisboa, 346 - Pinheiros
Av. Juriti, 32 - Moema
Rua Costa Aguiar, 1.586 - Ipiranga
Rua Pirapora, 218 - Paraíso
Rua Manuel Guedes, 542 - Itaim
Rua Frei Caneca, 669 - Consolação
(11) 3214-0079
(11) 3198-9435
(11) 3826-5088
(11) 3031-6568
(11) 3064-3438
(11) 3053-9303
(11) 2068-3000
(11) 3052-1473
(11) 3032-8605
(11) 3259-0932
BACALHAU & VINHO VERDE SBC
Rua Padre Lustosa, 388 - Centro
(11) 4123-5651
São Paulo
Rua Conselheiro Brotero, 903 - Santa Cecília
(11) 3664-8313
São Paulo
São Paulo
Rua Rio Grande, 304 - Vila Mariana
Rua Casa do Ator, 608 - Vila Olímpia
(11) 4304-0300
(11) 3053-9300
PORTUGUESA
URUGUAIA
EL TRANVIA
VARIADA
SACRA ROLHA
PRAÇA SÃO LOURENÇO
São Paulo - interior / litoral
BRASILEIRA
BROTAS ZEN BISTRÔ
CONTEMPORÂNEA
CEDRO
ESPAÇO W RONCO DO BUGIO
LION
ITALIANA
PASTA DEL CAPITANO
PORTUGUESA
VILA DON PATO
URUGUAIA
EL TRANVIA
EL TRANVIA 46
Brotas
Rodovia Brotas-Patrimônio, Km 15
(14) 99121-8040
Sto. Ant. do Pinhal
Ubatuba
Piedade
Santos
Estrada do Pico Agudo, km 5
Av. Marginal, 2.244 - Praia Grande
Estrada PDD, 128 - Bairro dos Pires
Rua Dr. Tolentino Flgueiras, 16 - Gonzaga
(12) 3666-1713
(12) 3835-1374
(11) 8259-7788
(13) 3284-1893
Ilhabela
Av. Pedro Paula de Morais, 703
(12) 3896-5241
São Roque
Estrada do Vinho, km 2,5
(11) 4711-3001
Campinas
Sorocaba
3º piso do Shopping Iguatemi
Ala Sul do Shopping Iguatemi Esplanada
(19) 3294-1345
(15) 3243- 9221
saca-rolha
outros estados
BRASILEIRA
CASA COUPÊ
DIVINA GULA
CONTEMPORÂNEA
CATANZARO RISTORANTE
DEL BARBIERE
DIVINO
MARGARIDA CAFÉ
ORIGENS
ESPANHOLA
LA BONA PAELLA
FRUTOS DO MAR
REI DO CAMARÃO
ROSSO RESTÔ
ITALIANA
ARTUSI RISTORANTE
DEGLI ANGELI
DOMENICO
PANTUCCI TRATTORIA
VILA RICA
VARIADA
FLORES
PERUANA
TAYPÁ
DON RALF
Paraty
Maceió
Praça Monsenhor Hélio Pires, 6, Centro Histórico, Paraty – RJ (24) 3371-6008.
Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85 - Alagoas (82) 3235-1016
Curitiba
Porto Alegre
Nova Lima
Paraty
Curitiba
Av. Sete de Setembro, 4.211 - Batel, Curitiba - PR
Rua Jerônimo Coelho, 188 - Centro - RS Quinta Avenida, 144 - Loja 6 - Vale do Sol, MG Praça Macedo Soares, 1.829 - Centro Histórico - RJ
Av. Sete de Setembro, 5290, Batel - Curitiba - PR
(41) 3340-400
(51) 3019-4202
(31) 3541-4272
(24) 3371-2441
(41) 3351-2222
Goiânia
Rua 30, 177 - Setor Marista
(62) 3548-1271
Curitiba
Florianópolis
Rua Lívio Moreira 215 - São Lourenço - PR
Rodovia Gilson da Costa Xavier, 201 - Centro - SC
(41) 3252-9051
(48) 3206-7665
Florianópolis
Belo Horizonte
Porto Alegre
Curitiba
Belo Horizonte
Rua Bocaiúva, 2090, Centro - Florianópolis, SC
Rua Francisco Deslandes, 156 - Anchieta, MG Rua Pe. Chagas, 293 /20 - Moinhos de Vento - RS Rua Barão de Guaraúna, 553 - Juvevê - PR
Av. Fleming, 900 - Pampulha - MG (48) 3037-2228
(31) 3281-7965
(51) 3389-2731
(41) 3205-3883
(31) 3646-9946
Belo Horizonte
Rua Oriente, 609 - Serra - MG (31) 3227-6760
Brasília
Goiânia
QI 17, Comercial, Bloco G Fashion Park - Lago Sul - Brasília (61) 3248-0403
Alameda Couto Magalhães, 685 - Setor Pedro Ludovico
(62) 3255-6185
* O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve até 2 garrafas de vinho para acompanhar sua refeição,
sem a cobrança de rolha.
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saca-rolha
Novidades
Seja muito bem-vindo
e bom apetite.
Abaixo os novos participantes do Programa Saca-Rolha. Carmela
café e bistrô
Toujours Bistrot
Tipo de culinária: francesa
Endereço: cls quadra 405 sul, bloco d,
lojas 16-18 - asa sul - Brasília /DF
Telefone: (61) 3242-7067
Horário de funcionamento: terça a quinta,
das 12 às 15 h e de 19 às 23h30.
Sexta e sábado, das 12 às 16h e de
19 às 24h. Domingo, das 12 às 16h.
Capacidade: 92 lugares
Site: www.toujoursbistrot.com.br
Facebook: www.facebook.com/
toujoursbistrot
Wi-fi: não
Vallet: serviço de manobrista
Tipo de culinária: contemporânea
Endereço: Rua conselheiro Araújo, 90
loja 02. Centro - Curitiba / PR
Telefone: 41-3779-3979
Horário de funcionamento: 2ª feira, das
11 às 18h. De terças a sextas, das
11 às 22h. Sábados e domingos,
mediante reserva antecipada, para
grupos de, no mínimo, 6 pessoas,
com atendimento exclusivo e cardápio
`a escolha.
Capacidade: 62 lugares
Site: www.carmelabistro.com.br
Instagram: @carmela.bristroecafe
Facebook: www.facebook.com/
carmelacafebistro
Wi-fi: sim
Vallet: convênio com estacionamento
próximo
Via Castelli
Tipo de culinária: contemporânea
Endereço: Rua Martinico Prado, 341 –
Higienópolis - São Paulo / SP
Horário de funcionamento: Domingo a
quinta, das 11h30 `as 00h30. sextas,
sábados e feriados, das 11h30 `a1h.
Capacidade: 180 lugares
Site: www.viacastelli.com.br
Wi-fi: sim
Vallet: sim
Participe! Indique um restaurante ou faça seus comentários,
enviando um e-mail para [email protected]
* O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve até 2 garrafas de vinho para acompanhar sua refeição,
sem a cobrança de rolha.
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saca-só
Receita do Saca-Rolha
Abaixo receitas dos
restaurantes participantes
do Programa Saca-Rolha.
Receita Nhoque de Tangerina com Ragu de pato
011 Gastronomia
Ragu de Pato
INGREDIENTES:
250g de sobrecoxa de pato
200g tomate pelado
Para o mirepoix
250g de cebola branca
70g cenoura
70g de salsão
70g de alho poró
500ml de vinho tinto seco
Modo de preparo para Marinada
Modo de preparo
Leve ao fogo a batata já cozida, misture
a manteiga até derreter, e acrescente a
redução de tangerina, misturando até ficar
homogênea.
Massa do
Retire do fogo e reserve até esfriar. Envolva
Nhoque de tangerina
a massa em um plástico filme e leve à
geladeira por 20 a 30 minutos.
INGREDIENTES:
Retire da geladeira, coloque em uma
200g de batata monalisa já
bancada de trabalho, polvilhando a farinha
cozida
Redução de tangerina: 300ml de trigo para que a massa não grude.
de suco de tangerina - reduzir Acrescente parmesão, noz-moscada
e ajuste o sal. Assim, estará pronta
até 45ml
para enrolar os nhoques e cortá-los em
5g de manteiga
retângulos de 2 a 3 centímetros.
20g de farinha de trigo
Em uma frigideira, coloque uma colher de
20g de parmesão
sopa de manteiga sem sal, deixe esquentar
QB noz-moscada
e comece a selar os nhoques.
QB Sal
Em um recipiente, coloque os legumes cortados
em cubos, acrescente o pato e o vinho, e deixe
marinando por pelo menos 12 horas.
Preparo do Ragu
Retire o pato da marinada e bata no liquidificador
todo o caldo com os legumes. Em uma panela,
doure a sobrecoxa de pato. Depois de dourada,
coloque o caldo e cozinhe por 40 minutos a
1 hora, ou até ficar bem macio. Deixe esfriar,
peneire o caldo e retire toda a carne dos
ossos, podendo ser com as próprias mãos, em
pedaços médios.
Em uma outra panela, coloque os pedaços
do pato, acrescente o caldo já peneirado e
o tomate pelado. Cozinhe por mais alguns
minutos, até que o molho incorpore todo o
sabor, e ajuste o sal, se necessário.
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Nosso poder de negociação
vai muito além do vinho.
Vai até em como você
vai desfrutá-lo.
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Conhecida
mundialmente
após lançar a
inédita bomba a
vácuo para vinhos,
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Vin é presença
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mundo do vinho e
gastronomia.
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engradado, para até 6
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Par de taças de cristal 255 ml
Preço para associado:
Par de taças de cristal 180 ml
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R$ 37,00
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Uva: 100% Agiorgitiko
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Grécia
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Castelvero Le Stelle 2012
Itália
Uva: 100% Barbera
Álcool: 14,5%
R$ 46,50
Shot in the
dark 2013
Austrália
Uvas: 70% Shiraz e 30% Durif (Petit Sirah)
Álcool: 14%
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Caravan 2013
Durif
Austrália
Uva: 100% Durif
Álcool: 14,5%
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Magnesia 2013
Kalecik Karasi
Turquia
Uva: 100% Kalecik Karasi
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Magnesia 2013
Okuzgozu
Turquia
Uva: 100% Okuzgozu
Álcool: 13,5%
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Príncipe del Sole
2013
Itália
Uvas: 50% Sangiovese e 50% Merlot
Álcool: 13%
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Partal de Autor
2005
Espanha Uvas: 60% Monastrell, 20% Syrah, 10% Tempranillo, 7% Cabernet Sauvignon, 3% Merlot
Álcool: 14,5%
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Nit del foc Brut
Nature
Espanha
Uvas: 90% Macabeo e 10% Chardonnay
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Se você vai fazer um evento, festa ou jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos.
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mais adequado para a ocasião. Pedido mínimo de 10 garrafas.
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consignação
53
Mensal
Próxima Seleção
seleção
“Por que selecionei”. por Dario Taibo.
Há muito quero trazer para os associados este Garnacha, que venho acompanhando
há anos e nunca o fiz, porque seu custo não me permitia. Mesmo tendo conseguido
uma boa negociação, ainda ficou um pouco caro, mas vocês me dirão se valeu a pena.
O rosado que o acompanha é também único e fruto da esquisita sensibilidade da
enóloga Amélia Coloma. Para que o rosado chegasse ao associado o mais fresco
possível, comprei no pé, sem provar a safra.
janeiro, FEVEREIRO, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro
Coloma Rosado 2015
Pinot Noir | Vinho da Terra de
Estremadura | Espanha
Valor para associado: R$ 59,80
Valor aproximado de mercado: R$ 80,00
País: Espanha
Região: Estremadura
Indicação Geográfica: Vinho da Terra de Estremadura
Uvas: 100% Pinot Noir
Crianza: sem crianza
Álcool: 12,5% vol.
Produtor: Coloma Viñedos y Bodegas
Coloma Selección 2014
Garnacha | Vinho da Terra de
Estremadura | Espanha
Valor para associado: R$ 73,80
Valor aproximado de mercado: R$ 140,00
A Bodegas Coloma é um exemplo do que uma bodega pode
alcançar quando as ideias estão claras desde o início, quando
o esforço e o critério são constantes e quando a única meta é
elaborar vinhos de máxima qualidade. Em Estremadura, uma das
regiões mais intensas na viticultura espanhola, ocasionalmente
se encontram vinhos excepcionais como este que estamos
apresentando neste mês. Desta extensa região, onde já faz quatro
anos, descobrimos esta joia, com a qual demonstraremos que
devemos prestar atenção em muito mais que somente na origem
do vinho. Vinhos originais, com uma personalidade marcante, que
partem de vinhedos excepcionais e da imaginação da enóloga
Amelia Coloma. Os 55 hectares de vinhedos particulares que
rodeiam a bodega são o ponto de partida, onde Amelia elabora
País: Espanha
Região: Estremadura
Indicação Geográfica: Vinho da Terra de Estremadura
Uvas: 100% Garnacha Tintorera
Crianza: 5 meses em barril de carvalho francês
Álcool: 14,5% vol.
Produtor: Coloma Viñedos y Bodegas
todos os seus vinhos com variedades autóctones como a Alarije,
a Garnacha Tintorera, a Monastrell ou a Graciano, e varietais
internacionais como Pinot Noir, Cabernet Sauvignon ou Syrah.
Já fazia bastante tempo que não apresentávamos um vinho
rosado, mas após catar esta maravilha, o Coloma Rosado 2015
Pinot Noir, foi inevitável fazer esta Seleção Mensal, acompanhada
de outra delícia da mesma bodega: Coloma Selección 2014
Garnacha. Uma seleção mista que nos permitirá conhecer um
pouco mais desta região tão pouco conhecida da Espanha, que
faz fronteira com o leste de Portugal e que será um acerto ter em
casa neste verão.
Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações no envio do mês de fevereiro, tais como alteração de quantidades,
pedidos adicionais ou suspensão até 31 de janeiro. Pedidos sujeitos à confirmação no estoque.
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Obras
Primas
Próxima Seleção
seleção
“Por que selecionei”. por Dario Taibo.
Este vinho selecionei por responder à perfeição os critérios da Seleção ObrasPrimas. É um Cru Bourgeois e AOC Pauillac, uma novidade entre as seleções.
janeiro, FEVEREIRO, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro
Château Plantey 2012
Cru Bourgeois
País: França
Região: Médoc - Bordeaux
Indicação Geográfica: Pauillac AOC
Uvas: 50% Merlot e 50 % Cabernet Sauvignon
Crianza: 12 meses em barris e tonéis de carvalho francês
Álcool: 13% vol.
Produtor: Château Plantey
Esta Seleção Obras-Primas leva-nos ao coração de Bordeaux,
até Pauillac – o berço dos grandes vinhos. Pauillac deve ter
algo especial, para que lá se encontrem nada menos que 18
Cru Classes, e 3 dos únicos 5 Premiers Crus da classificação de
1855, das míticas bodegas - Château Lafite Rothschild, Château
Latour y Château Mouton Rothschild.
A família Meffre é proprietária do Château desde 1958, quando
o patriarca da família, Gabriel Meffre, adquiriu a bodega e os
vinhedos renovando os mesmos e também as instalações. Na
atualidade, Claude, seu filho, é quem administra a propriedade
desde o ano 2000 e continua o trabalho que o seu pai iniciou,
sempre em busca de que o vinhedo seja o protagonista de seus
vinhos. Um único vinhedo é o ponto de partida para elaborar
seus excepcionais vinhos, como este Château Plantey 2012 Cru
Bourgeois que apresentemos este mês. Um bom exemplo do
“savoir-faire” em Pauillac.
Pauillac AOC | Médoc – Bordeaux
França
Densos, saborosos e profundos, os vinhos de Pauillac são, antes
de mais nada, elegantes, com firmes - porém redondos - taninos
e um bouquet muito delicado. E assim é nossa seleção ObrasPrimas Château Plantey 2012, um supervinho, um excelente
coupage de Merlot e Cabernet Sauvignon, elegante, intenso e
perfumado, simplesmente um dos grandes de Pauillac.
Château Plantey é uma propriedade de 27 hectares situada no
pequeno povoado de Artigues, sobre um platô de cascalhos
profundos. Este tipo de solo é predominante na região de Pauillac
e, junto com seu microclima, é a chave da viticultura e do
sucesso de seus vinhos.
Valor para associado: R$250,00
Valor aproximado de mercado: R$ 360 ,00
Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações no envio do mês de fevereiro, tais como alteração de quantidades,
pedidos adicionais ou suspensão até 31 de janeiro. Pedidos sujeitos à confirmação no estoque.
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Sociedade
da Mesa
clube de vinhos
Não importa quem você seja.
Sempre existe uma, ou muitas
razões para você ser associado
da Sociedade da Mesa,
clube de vinhos.
Se você é um enófilo já com sólido conhecimento de vinhos, com certeza procura experiências
novas, que não se encontram no Brasil. Nós gostamos de trazer essas novidades. As últimas vieram da
Bulgária, Romênia e Geórgia, entre outras. Se você é iniciante, encontrará em nossas seleções uma
experiência variada de sabores e informações. Se você é econômico, logo perceberá que nossos
preços estão entre 50% e 20% abaixo do mercado e que a relação qualidade-preço dos nossos vinhos
é imbatível. Já se você é preguiçoso, entregamos sua caixa de vinhos na sua casa todo mês. Se
você é indeciso e não consegue escolher entre tantos rótulos, nós fazemos isso por você: provamos
mais de 2 mil rótulos por ano para selecionar os 22 que apresentamos em nossas seleções. Para os
famintos por conhecimento, a revista da Sociedade da Mesa traz um conteúdo extenso sobre o
mundo do vinho e da gastronomia como um todo. Para os livres, na Sociedade da Mesa não existe
obrigatoriedade de compra, você pode suspender o envio de sua seleção sempre que desejar e você
não paga para se associar ao clube. Se você é um amante da gastronomia, além da revista
com conteúdo gastronômico, temos o Programa Saca-Rolha, lista de restaurantes onde os associados
não pagam rolha. Para aqueles que estão sempre procurando benefícios exclusivos, temos
viagens enogastronômicas, workshops de vinhos, loja de acessórios com preços especiais e descontos
em parceiros, todos exclusivos para associados. Por fim, o mais importante: se você busca o prazer,
nossa missão é proporcionar uma experiência única, prazerosa e de alta qualidade, todos os meses,
para cada um dos nossos associados.
0800 774 0303
www.sociedadedamesa.com.br

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