nº 49 - Janeiro a Março
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INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . No 49 . 1º TRIMESTRE 2014 Trairi em operação Resultados 1º trimestre Centro de Cultura de Quedas do Iguaçu Usina Solar em operação Duas novas usinas da GDF SUEZ em Omã SUMÁRIO 06 15 20 03 04 06 12 2 mensagem do presidente 03. Respondendo aos desafios do setor 360º 04. Doação de computadores CTJL 04. Cinzas que adubam a terra 05. Ampliação da UTE Ferrari 05. Relatório de Sustentabilidade 2013 EMPRESA 20 26 USINA 20. 10 anos de UCLA 22. Treinamento de Piscicultura para agricultores 23. Proteção de Nascentes – Sulina/PR 24. Eu vi um pau-brasil 06. Entrada em operação de Trairi 09. Entrada em operação da Usina Solar Cidade Azul 11. Resultados Financeiros 1º Tri 2014 26. Nova policlínica em Porto Velho 15. Inauguração do CC Quedas do Iguaçu 27. GDF SUEZ inaugura duas usinas em Omã 18. 1º ano de atividades do CC de Alto Bela Vista 28. GNL del Plata + One Day With 29. Jornalistas visitam o Parque Solar no Chile ENTREVISTA 12. Leonardo Machado (Lei Anticorrupção) Tractebel Energia 31 GDF suez ALTA VOLTAGEM 30. Bélgica e Santa Catarina Mensagem do Presidente Respondendo aos desafios do setor O setor elétrico tem passado por momentos difíceis e de turbu- Plinio Bordin lência recentemente. Mesmo assim, uma empresa sustentável como a Tractebel Energia tem de mirar o futuro e se preparar para enfrentar e vencer os desafios do presente e do futuro. Nesse sentido, a Companhia mantém sua estratégia de crescer com responsabilidade, preparando seu parque gerador para atender a demanda crescente de carga no ambiente livre e no ambiente regulado. A entrada em operação comercial do Complexo Eólico Trairi, com seus quatro parques que totalizam 115,4 MW, é uma demonstração clara da nossa capacidade de encontrar bons projetos, desenvolvê-los e implementá-los. O mesmo vai ocorrer com os novos projetos eólicos adquiridos no Ceará e na Bahia. Em terras cearenses iremos implantar o Parque Santa Mônica, contíguo ao Complexo Trairi, o que traz sinergia na distribuição e conexão com o sistema. Na Bahia, vamos investir no Complexo Eólico Campo Largo, com mais 650 MW de capacidade a ser instalada. Lá também existe a possibilidade de desenvolvermos projetos para a geração de energia solar. A propósito, nossa Usina Solar Cidade Azul iniciou suas operações em teste na cidade de Tubarão. Seus 3 MW de capacidade instalada a tornam a maior usina solar em operação no Brasil. Esse projeto de P&D da Aneel que lideramos foi a maneira que encontramos para estudar essa fonte de energia para, futuramente, utilizá-la em escala maior. Além disso, uma empresa sustentável como a nossa tem de investir nas comunidades onde atua. A inauguração do Centro de Cultura de Quedas do Iguaçu propicia àquela comunidade e cidades próximas o acesso a teatro, cinema, exposições e à cultura de um modo geral. Esse é o quarto Centro que abrimos e outros virão, pois acreditamos que a cultura desempenha um papel fundamental na formação do caráter e ética das pessoas. Isso tudo nos fortalece e nos incentiva a continuar a buscar o crescimento sustentável de longo prazo, pois somente aqueles que olham para frente e buscam atingir seus objetivos propostos conseguem compreender que as crises são sempre passageiras e oferecem oportunidades de aprendizagem, desenvolvimento e crescimento. Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia BoasNovas 3 360o Divulgação Tractebel Computadores para a Comunidade Nos meses de fevereiro e março, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, doou 32 conjuntos de computadores para entidades e instituições de Capivari de Baixo e Tubarão, no Sul de Santa Catarina. Entre os que receberam os computadores estão o Hospital Nossa Senhora da Conceição, Centro de Educação Infantil São Judas Tadeu, APAEs, escolas e creches dos dois municípios. Edla Zim da Silveira, do Núcleo Administrativo da Tractebel e responsável pelas doações, explica que este projeto oportuniza aos professores e alunos o primeiro contato com o computador na escola. “Integrar o projeto pedagógico com novas tecnologias é uma forma de se aproximar dos alunos”, ressalta Edla, acrescentando que os professores também são beneficiados com o uso da tecnologia. A empresa acredita que no momento da doação dos equipamentos, um mundo de oportunidades se abre para a escola e, consequentemente, para a comunidade. Cinzas que adubam a terra Podemos devolver à natureza o que dela extraímos. Quando chegamos a isso se encerra um ciclo, ou seja, sobras de madeira utilizadas para gerar energia e Plinio Bordin vapor se transformam em cinzas, e as mesmas cinzas voltam para a terra como adubo. É isso que ocorre em Lages (SC), já que toda a cinza da Unidade de Cogeração Lages é doada para produtores rurais da região. São, na média, 2 mil toneladas por mês que auxiliam diversas culturas, entre elas essências florestais, pastagens, hortaliças, fruticultura e cultivos de mudas. Alguns produtores estão lavrando a terra e misturando as cinzas, o que tem melhorado a condição do solo. “A cinza que é entregue aos agricultores é a que resulta da queima da biomassa na caldeira. Como ela sai úmida devido ao processo de filtragem de impurezas na chaminé, é necessária a secagem antes da entrega”, explica o gerente de UCLA, Mario Wilson Cusatis. 4 Tractebel Energia 360o Divulgação Tractebel Ampliação da Usina Ferrari Iniciaram em fevereiro as obras para a ampliação da Usina Termelétrica Ferrari, adquirida pela Tractebel no final de 2013. Serão investidos R$ 85 milhões para substituir a caldeira de baixa pressão por uma nova caldeira de 120 ton/h, 66 kgf/cm², para instalar uma nova turbina de condensação de 15 MW e os demais equipamentos complementares, necessários para aumentar a capacidade da planta para 80,5 MW, incrementando a garantia física da usina para 36,5 MW. Esta ampliação deve estar concluída em 2015. Marcio Daian Neves, responsável pela obra, informa que a atual fase é de elaboração dos projetos, da aquisição dos principais equipamentos, da construção do canteiro de obras e da terraplenagem da área da caldeira. “Os desafios da equipe são muitos, iniciando pela construção de novos equipamentos ao lado de planta em operação, exigindo uma gestão eficiente das interfaces. Isso sem falar no prazo de implantação bastante reduzido, de 15 meses”, explica Neves. A meta, diz o engenheiro, é fazer as interconexões com a planta existente na próxima entressafra, permitindo o início da operação junto com a safra de cana-de-açúcar de 2015. Esses megawatts a mais serão ofertados aos clientes da Tractebel Energia. Relatório de Sustentabilidade 2013 na versão G4 da GRI O Relatório de Sustentabilidade 2013 da Tractebel Energia está disponível no site da Companhia – que aderiu à versão G4 da Global Reporting Initiative (GRI), desde 28 de abril. Lançada em maio de 2013, a G4 só será obrigatória para relatórios publicados após dezembro de 2015, e tem como principal diretriz “relatar o que importa a quem importa”. Para isso, a maior geradora privada de energia do país realizou uma ampla consulta aos diferentes públicos de seu relacionamento sobre quais assuntos na opinião deles deveriam ser abordados. O Relatório foi submetido à asseguração da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PwC), além de obter a conformidade na avaliação de relevância – ‘Materiality Matters’ check – da própria GRI. Além de aderir à G4 já no primeiro ano de sua disponibilidade, o Relatório de Sustentabilidade 2013 da Tractebel Energia tem como tema “Convivência que Gera Energia” – dando especial destaque às comunidades das quais a Companhia faz parte, por meio de suas mais de 20 usinas localizadas nas cinco regiões do Brasil. O Relatório de Sustentabilidade de 2013 da Tractebel Energia está acessível pelo link http://www.tractebelenergia.com.br/wps/portal/rso-2013. BoasNovas 5 EMPRESA Vento, Energia e Melhorias Nelson Wendel Complexo Eólico Trairi está instalado no litoral oeste do Ceará LINHA DO TEMPO TRAIRI 14/Mai - BNDES autoriza concessão de financiamento de R$ 358 milhões 2011 2012 08/Nov - Início da terraplenagem e acessos internos 6 Tractebel Energia 22/Nov - Registro pelas Nações Unidas no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) as usinas de Mundaú, Flexeiras, Trairi e Guajirú 03/Mar - Conclusão das redes subterrâneas e subestações unitárias 2013 20/Nov - Conclusão das bases dos aerogeradores 14/Jan - Início da montagem das torres 19/Abr - Início da montagem dos aerogeradores (Nacelle e Rotor) EMPRESA João Wendel Desde o dia 1º de abril, a Tractebel conta com mais 115,4 MW em seu parque gerador, o suficiente para abastecer uma cidade com 200 mil habitantes. Essa energia, de fonte renovável, está sendo gerada pelo Complexo Trairi, no Ceará, por meio de quatro parques eólicos – Mundaú (30MW) Fleixeiras (30 MW), Trairi (25,4 MW) e Guajiru (30 MW). Além da energia, o Complexo vem gerando também desenvolvimento social, econômico e ambiental para a região, distante 140 km da capital Fortaleza. “A economia do município cresceu nesses dois últimos anos”, diz o professor aposentado Claudio Antero Rola. Quem comunga da mesma ideia é o padre Arão Silva dos Santos, de Mundaú, ressaltando ainda os benefícios com a criação de empregos e com os projetos sociais. “A qualidade de vida está melhorando entre os habitantes da região”, ressalta. Com investimento de R$ 540 milhões, o Complexo trouxe muitas melhorias econômicas, sociais e ambientais para a região. Resultados da sua implan-tação podem ser conferidos em ações nos setores de turismo, infraestrutura e também na área social. Entre os 25 projetos desenvolvidos pela Tractebel, estão o fortalecimento da produção e comercialização do artesanato da renda de bilro; o restabelecimento da ligação viária entre os distritos de Canaã e Mundaú e a construção da sede do Instituto Social Vidarte, com objetivo de fortalecer as ações voltadas à formação básica de jovens, crianças e adolescentes. Sala e equipamento de raios-x foram entregues à comunidade A comunidade recebeu também equipamentos médicos e odontológicos e viu nascer o Guia Turístico de Trairi, com ótima aceitação entre de uma sede administrativa para quatro unidades de conservação do moradores e turistas. Os investimentos sociais com recursos da estado do Ceará e a ampliação do Centro de Promoção do Turismo compensação ambiental terão outras aplicações, como a construção Ambiental de Mundaú. 17/Dez - Conclusão da montagem das torres 16/Fev - Conclusão da Linha de Transmissão de 34,5 kV 2014 16/Set - Conclusão da Linha de Transmissão de 230 kV 15/Out - Conclusão da fabricação das torres 28/Out - Início da operação em testes (Trairi e Guajirú) 1º/Abr - Operação comercial de todo o Complexo BoasNovas 7 EMPRESA CERTIFICADO PELA ONU E COM BOM DESEMPENHO João Wendel Este é o segundo empreendimento da geradora de energia com registro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU (Organização das Nações Unidas). O primeiro foi Lages, em 2005. O diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José Luiz Jansson Laydner, destaca que, como parte do Complexo gera energia desde o segundo semestre de 2013, já foi possível observar seu desempenho operacional. “A geração nos meses de novembro e dezembro ficou acima das nossas expectativas (55% a 60%) e alcançou 77% do fator de capacidade instalada. É o resultado de bons ventos somados à tecnologia de última geração”, ressalta Laydner. INOVAÇÃO – Pela primeira vez, numa obra da empresa foram colocadas câmeras para acompanhar o andamento das obras. “Em Trairi instalamos três câmeras, com as quais acompanho aqui da minha sala em Florianópolis o que está acontecendo no Complexo, distante 3 mil km da sede da Empresa”, conta Laydner, acrescentando que são usadas câmeras com zoom de 16 vezes, que tornam possível enxergar o trabalho do nosso pessoal e que passam a ser usadas também para fazer a segurança da Usina. Do solo à ponta da pá são 132 metros de altura EÓLICAS TÊM NOVO GERENTE Alexandre Thiele é, desde o dia 17 de março, o Como recebeu o convite para gerenciar os parques eólicos do Nordeste? gerente da Regional das Eólicas da Tractebel Alexandre Thiele – Fui convidado pelo gerente de Geração Térmica da Empresa, Energia, passando a atender os parques do engenheiro Artur Ellwanger, que me propôs gerenciar a Regional. Antes, trabalhava na área Ceará e do Piauí. Há 26 anos na empresa, uma de de Meio Ambiente do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC). suas últimas responsabilidades foi liderar a equipe que desenvolveu e construiu o Parque Ambiental Quais os seus desafios daqui para a frente? Tractebel, no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, A.T. – O maior, sem dúvida, é estruturar e consolidar a Regional das Eólicas neste no Sul de Santa Catarina. Assim, esse engenheiro momento de crescimento e com previsão de expansão da fonte eólica no portfólio da de 50 anos, trocou o Sul pelo Nordeste, em mais Empresa. Como é uma área de geração nova e em uma região onde a Empresa não um desafio para sua vida profissional. atuava até poucos anos atrás, será um desafio levar a cultura da Tractebel, que é a de trabalhar com o máximo cuidado nas questões envolvendo saúde, segurança no trabalho, Charles Robson meio ambiente e responsabilidade social. É preciso integrar comunidade e Empresa. Quais os projetos traçados no setor ambiental e cultural da região? A.T. – Todas as Usinas estão com suas licenças ambientais regularizadas, com o cumprimento de todas as suas condicionantes. O projeto foi incluído no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo das Nações Unidas. Neste momento estamos avaliando os projetos ambientais que foram desenvolvidos durante a construção, para definir quais irão continuar nos próximos anos. Na questão cultural está em andamento o projeto para construir o Centro de Cultura de Trairi que, a exemplo, dos demais centros de cultura da Alexandre Thiele, novo gerente da Regional Eólicas 8 Tractebel Energia Companhia, possibilita a integração com a comunidade e Empresa. EMPRESA Maior Usina Solar do Brasil Divulgação Tractebel Usina ocupa terreno de 10 hectares, antes destinado ao depósito de carvão Acreditar no potencial do sol e conhecer os custos do investimento, projeto da Aneel, o empreendimento contou com um investimento de da operação e da manutenção das plantas solares. Esses foram os cerca de R$ 30 milhões, está conectado à rede de 13,8kV da Celesc principais motivos que levaram funcionários da Tractebel Energia e da e fica na cidade de Tubarão (SC). UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) a desenvolver a Usina “Queremos conhecer os custos, pois já acreditamos na energia solar Cidade Azul, que faz parte do Projeto Geração Solar Fotovoltaica de como parte de um mix diversificado de energia. No Brasil, por exemplo, Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico nº 013/2011 da Aneel. plantas solares serão largamente aplicadas nos próximos anos, e isso Desde o dia 31 de março em teste, a Usina, com 19.424 painéis e nos levou a conhecer melhor a tecnologia e sair na frente com essa ocupando uma área total de 10 hectares no sul de Santa Catarina, usina solar”, afirma o diretor-presidente da Tractebel Energia, Manoel está gerando energia, sendo a primeira planta solar do sul do Brasil e, Zaroni Torres. até essa data, a com maior potência em funcionamento no País. Com Com um portfólio diversificado de geração, incluindo fontes comple- capacidade instalada de 3 MWp, a usina pode abastecer aproximada- mentares como eólicas, biomassa e PCHs, além deste P&D em solar, mente 2,5 mil residências médias, quando o sol estiver a pleno. a Tractebel quer continuar investindo nessas fontes “sempre que os Concebida como planta para treinamento e pesquisas, objetivo do projetos forem viáveis técnica e economicamente”. BoasNovas 9 EMPRESA DESEMPENHO VARIA COM TEMPERATURA E UMIDADE Duda Hamilton O gerente do projeto pela Tractebel, engenheiro Maury Garret da Silva, ressalta que o desempenho dos painéis varia conforme a temperatura e a umidade. “Analisar essas tecnologias e ver quais se adaptam melhor vai ser um desafio”, afirma, acrescentando que três tecnologias de painéis fotovoltaicos e cinco modelos de inversores estão sendo testados na Usina Solar. Maury explica que cada uma das três tecnologias de painéis fotovoltaicos (silício policristalino, silício amorfo microcristalino e CIGS) utilizadas tem 1 MWp de capacidade instalada. A silício policristalino é a mais consolidada mundialmente, contemplando cerca de 80% do mercado de energia solar, mas apresenta maiores perdas com o aumento da temperatura ambiente. Já o silício amorfo microcristalino, tecnologia de filme fino, é a que possui menores perdas com o aumento da temperatura. Por fim, a CIGS é a filme fino que apresenta perdas intermediárias devido à temperatura entre as duas tecnologias. Perguntado qual o motivo de ter montado a usina no Sul de Santa Catarina, Maury explicou que o lugar é estratégico. “Estamos na BR-101, bem perto do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e a menos de 200 km da sede da Tractebel e da UFSC. Isso facilita o monitoramento e a realização dos testes e das atividades de operação e manutenção da usina”. Para confirmar a importância do local escolhido, Maury ressalta que do início da montagem da usina até a geração do primeiro megawatt foram quatro meses, com mais de 150 pessoas envolvidas diretamente na construção da Usina Solar. Técnico instala painel na Usina Solar Cidade Azul Duda Hamilton Proximidade com o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda facilita o acompanhamento e manutenção da Usina 10 Tractebel Energia EMPRESA Crescimento na geração e venda de Energia A receita líquida de vendas da Tractebel Energia cresceu 18,1% em percentuais em relação aos 62,6% dos três primeiros meses comparação com o 1º trimestre de 2013, totalizando R$ 1,643 bilhão. do ano passado, reflexo também do aumento de 32,6% na A empresa apresentou também crescimento de 27,6% na produção, geração termelétrica. ao gerar 5.726 MW médios, e na venda de energia, que alcançou “A queda de desempenho no trimestre era esperada, em razão da 4.224 MW médios no primeiro trimestre deste ano, um crescimento alocação que fizemos. E a magnitude das oscilações da performance de 2,4%. financeira mensal ou trimestral ficou muito amplificada com o preço O diretor-presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, spot batendo no seu valor máximo, acima de R$ 800/MWh. A com- explica que o aumento da potência instalada a partir da entrada em paração que conta é entre anos-calendários, de janeiro a dezembro” operação de algumas das unidades geradoras do Complexo Eólico ressalta o diretor-presidente. Já o lucro líquido de R$ 289,2 milhões Trairi (CE) e da última máquina da Usina Hidrelétrica Estreito, além da reduziu 31,9% em comparação com o primeiro trimestre de 2013, alta disponibilidade de termelétricas, permitiram à Companhia gerar consequência natural de um EBITDA menor. mais energia no primeiro trimestre deste ano. Esse desempenho foi Considerações conjunturais à parte, as perspectivas do negócio realçado pelo fato de as hidrelétricas do sul do país terem sido menos parecem continuar promissoras. O preço médio dos contratos de exigidas no mesmo trimestre de 2013, já que seus reservatórios venda de energia, líquido de exportações e deduções sobre a receita estavam se recuperando de condições hidrológicas críticas operacional bruta, foi de R$ 144,54/MWh, 6% superior ao praticado registradas desde o ano anterior. no mesmo período do ano passado. O EBITDA – sigla em inglês para o lucro antes dos juros, impostos, INVESTIMENTOS – Nos três primeiros meses de 2014, a Tractebel depreciação e amortização – registrou uma redução de 20,3% na investiu R$ 257 milhões, dos quais R$ 62,1 milhões foram aplicados na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando construção de novas Usinas; R$ 176,1 milhões direcionados à aquisição R$ 694,1 milhões. Isso é decorrente, principalmente, do efeito da Ferrari Termelétrica S.A.; e R$ 18,8 milhões foram destinados aos negativo das transações no mercado de curto prazo no trimestre, projetos de manutenção e revitalização do parque gerador. “Esses já que a Companhia optou por alocar uma parcela maior de sua investimentos são uma prova de que estamos atentos às oportunidades disponibilidade comercial na segunda metade do ano, que assim de ampliação do nosso parque gerador, além de ser uma demonstra- deverão mostrar resultados mais robustos. A margem EBITDA no ção da nossa confiança no crescimento sustentável da demanda de período atingiu 42,2%, apresentando uma retração de 20,4 pontos energia”, finaliza o presidente. Plinio Bordin Vazão nas Usinas da região sul, onde se localiza Itá, ficou na média, enquanto nas demais regiões a vazão ficou abaixo da média histórica BoasNovas 11 ENTREVISTA Lei Anticorrupção pode acabar com o “jeitinho brasileiro” Aquela velha lei do jogador tricampeão Gerson, Divulgação Machado Meyer de tirar vantagem em tudo, está com seus dias contados, depois que entrou em vigor, em 29 de janeiro, a Lei Anticorrupção, conhecida como Lei da Empresa Limpa. Quem defende o fim do “jeitinho brasileiro” é o advogado Leonardo Ruiz Machado, especialista no assunto. Para ele, daqui para frente vai ser valioso ser honesto, fazer parte de uma empresa ética e querer extirpar o câncer da corrupção do Brasil. Antes da Lei Anticorrupção entrar em vigor, não havia no Brasil previsão de responsabilidade da pessoa jurídica por atos de corrupção e, por essa razão, muitas empresas não se atentavam a tais práticas. Para saber como a lei será aplicada e quais as mudanças que ela vai provocar, a revista BOAS NOVAS conversou com Leonardo Machado, logo após palestra dele aos diretores e gerentes da Tractebel Energia em evento realizado no dia 24 de março na sede da Companhia, em Florianópolis. Boas Novas – Quais as principais mudanças que esta Lei Anticorrupção vai trazer para o Brasil? Leonardo Ruiz Machado – A Lei 12.846/2013, que está sendo chamada de Lei Anticorrupção, é também conhecida como Lei da Empresa Limpa e tem como principal objetivo mudar o comportamento das empresas brasileiras em relação ao combate à corrupção e à lisura no trato com a administração pública. Com foco na responsabilidade da pessoa jurídica, a lei traz novos conceitos jurídicos e sanções severas para os casos de violação. E para minimizar os riscos destas penalidades as empresas precisarão prestar mais atenção na forma de se relacionar com a administração pública, nacional e estrangeira. A empresa que realmente quiser se adequar à nova lei deverá ter um olhar mais cuidadoso para o seu negócio, especialmente com relação ao terceiro 12 Tractebel Energia Advogado Leonardo Machado acredita que a nova lei pode melhorar o combate à corrupção ENTREVISTA contratado para intermediar seus interesses perante o poder público, Duda Hamilton garantindo que seus controles internos alcancem não apenas seus funcionários, mas também seus prestadores de serviço e parceiros de negócio. BN – Estamos preparados para a Lei Anticorrupção? L.R.M – Segundo pesquisa recentemente publicada pela empresa de consultoria em gestão de riscos corporativos ICTS, realizada com 60 corporações com faturamento anual acima de R$ 1 bilhão, 42% das consultadas se dizem razoavelmente preparadas para a nova lei. As empresas que não se consideram nada preparadas representaram 12%, as que se consideram muito preparadas representaram 28% e as que se consideram totalmente preparadas totalizaram apenas 18%. Antes de a Lei Anticorrupção entrar em vigor, não havia no Brasil previsão de responsabilidade da pessoa jurídica por atos de corrupção e, por essa razão, muitas empresas não se atentavam a tais práticas. Empresas que já estão sujeitas à lei norte-americana anticorrupção, conhecida como US Foreign Corrupt Pratices Act ou FCPA, em geral, deveriam estar mais preparadas para lidar com a nova lei. Devemos lembrar que a Lei 12.846/2013 não trata apenas de corrupção, na medida em que dispõe sobre a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica, na esfera civil e administrativa, por atos praticados contra a administração pública nacional ou estrangeira, ou seja, o ato de fraudar licitações e contratos com entes governamentais, por exemplo, mesmo que não haja o pagamento de suborno para autoridades públicas, também poderá ser sancionado pela Lei 12.846/2013. BN – Quem vai aplicar a Lei Anticorrupção? L.R.M – No âmbito civil caberá ao Ministério Público a propositura da competente Ação Civil Pública perante o Poder Judiciário para que eventuais sanções com base na nova lei sejam aplicadas. Já no âmbito administrativo a definição da autoridade competente é, sem dúvida, o aspecto que traz mais insegurança. Nos casos em que empresas brasileiras praticarem atos lesivos contra a administração pública Palestra na Tractebel Energia foi importante para nivelar conhecimento sobre a nova legislação estrangeira, a autoridade competente será a Controladoria Geral da União (CGU). No entanto, nos casos ocorridos no Brasil, não existe por sua vez, inova trazendo a responsabilidade objetiva da empresa definição de uma única autoridade que seja competente para aplicar por atos praticados contra a administração pública, dentre eles o a lei em todas as situações. Como regra geral, a lei estabelece que ato de prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem sua aplicação caberá à autoridade máxima de cada órgão ou entidade indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacionada. pública lesada, ou seja, a competência será definida caso a caso. É bem verdade que já existia lei específica em relação a outras A não especificação de um único órgão para a sua aplicação no âmbito condutas definidas como ilícitas pela Lei Anticorrupção, como administrativo, tal como é o Conselho Administrativo de Defesa a fraude a licitações, por exemplo. Contudo, a inovação em relação à Econômica no que tange à lei concorrencial, gera insegurança não necessidade de provar apenas o benefício obtido pela empresa, que só jurídica, mas também política, uma vez que a lei poderá ser utilizada é decorrente da chamada responsabilidade objetiva, traz à nova lei como mecanismo de pressão e manobra perante a opinião pública. roupagem bem mais contundente do que aquelas já existentes. Importante enfatizar que esta chamada responsabilidade objetiva não BN – Uma vez que os atos ilícitos já são crimes previstos no necessita de prova nem da intenção de corromper e nem mesmo de arcabouço legal brasileiro, qual a grande novidade da Lei que o ato tenha sido praticado pelos funcionários da empresa. Basta Anticorrupção? apenas a prova do benefício econômico recebido indevidamente, isto L.R.M – As leis anteriores previam como crimes de corrupção os é, a empresa poderá ser responsabilizada inclusive nos casos em que atos praticados somente por pessoas físicas. A Lei Anticorrupção, um terceiro que atua em seu nome perante o poder público cometa BoasNovas 13 ENTREVISTA um ato lesivo, assim definido pela lei, mesmo sem que a empresa tenha mente esta lacuna que a nova lei veio suprir. participado para que isso ocorresse ou, pior, tivesse conhecimento BN – A Lei se aplica de uma padaria até uma multinacional. do ocorrido. Por quê? Isso é positivo? L.R.M – A corrupção é um câncer social que está presente no dia a BN – Qual a sua percepção? A Lei Anticorrupção centra-se na dia da sociedade. A Lei 12.846/2013, embora possa ser aplicada sem aplicação do poder inibitório de aplicação de penas pesadas distinção para empresas de pequeno, médio e grande porte – antes ou de demonstrar que vale a pena implantar um programa de de tudo – foi desenhada para responsabilizar e punir as empresas que compliance para prevenir a prática de atos contra a administra- fazem uso de um modelo de negócio pernicioso, calcado em corrupção ção pública? e fraude em detrimento da administração pública, isto é, dos entes L.R.M – A lei foi criada com o principal objetivo de combater a corrup- responsáveis por administrar o bem comum. ção e trouxe estes dois pontos como aspectos complementares. Pela experiência verificada em outros países, leis com a mesma Se por um lado as multas previstas são pesadas, podendo chegar a até envergadura têm como alvo grandes empresas envolvidas em 20% do faturamento bruto da empresa livre de impostos, estas multas grandes escândalos e, ao que parece, o mesmo deve acontecer podem ser diminuídas se as empresas demonstrarem que implementa- por aqui. No entanto, não faria sentido estabelecer um parâmetro de ram, de boa-fé e efetividade, programas de compliance antes da prática alcance da lei com base no tamanho da empresa. Quando o assunto do ato lesivo. é integridade, não se pode falar em flexibilização do conceito. A Lei 12.846/2013 veio para mudar a forma de fazer negócios que, O que a lei traz – e isto é muito positivo – é a possibilidade de aplicação infelizmente, em alguns casos ainda é influenciada pelo “jeitinho de condicionantes para as sanções de acordo com a gravidade da brasileiro” e por práticas que, embora não muito louváveis, ainda infração, a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator, o grau de são aceitas por uma parcela da nossa sociedade. Mas as coisas lesão ou perigo de lesão, o efeito negativo produzido pela infração estão mudando. E mudança de cultura não se faz da noite para o dia. e a situação econômica do infrator. É um processo de adaptação a uma nova realidade que depende de todos os atores envolvidos, em especial, as empresas socialmente BN – Em que país e por que foi criada a primeira engajadas e dispostas a combater este mal no seu cotidiano dos seus Lei Anticorrupção? negócios. De acordo com a CGU, não há corrupção sem que haja a L.R.M – O crime de corrupção sempre esteve presente em pratica- figura do corruptor. E este será o novo foco do combate. mente todas as legislações penais ao redor do mundo, porém apenas indivíduos respondiam pelo crime. A grande novidade deste tipo de A empresa poderá ser responsabilizada inclusive nos casos em que um terceiro que atua em seu nome perante o poder público cometa um ato lesivo. Leonardo Ruiz Machado, advogado. BN – Em sua opinião qual o maior problema da Lei Anticorrupção? Alguns criticam que ela não atinge o agente estatal. Outros acreditam que penaliza só um lado, a empresa. O que o senhor tem a dizer sobre isso? L.R.M – Cada lei tem seu próprio foco de atuação e um bem jurídico a ser tutelado. No caso do agente estatal, a sua punição por qualquer ato lesivo ao patrimônio ou interesse público já estava e continua prevista no Código Penal, nas leis que se aplicam aos servidores públicos e na lei de improbidade administrativa e de licitações. Ou seja, já existem meios jurídicos para punir funcionários públicos que praticam a corrupção. Faltavam meios eficazes para responsabilizar e punir a corrupção praticada por pessoas jurídicas. Antes da vigência da nova lei, não era possível com base no ordenamento jurídico brasileiro punir efetivamente as empresas envolvidas em práticas de corrupção. E foi justa- 14 Tractebel Energia legislação se dá pela responsabilidade da pessoa jurídica envolvida no ato de corrupção. E quando se fala na primeira lei a responsabilizar a empresa por atos de corrupção, identificamos a Lei Norte-americana de Práticas Corruptas no Estrangeiro, conhecida como FCPA, criada em 1977 nos EUA após escândalos em torno da renúncia do ex-presidente Nixon em 1974 e do envolvimento de uma empresa americana em pagamentos de suborno para autoridades públicas no Japão em 1976. CULTURA Um Centro para a cultura de Quedas do Iguaçu Julio Souza Arquitetura do Centro de Cultura faz referência à história da região que teve o desenvolvimento baseado na exploração da madeira, além de garantir conforto térmico no interior do prédio e contribuir para a menor utilização de energia Um público estimado em 5 mil pessoas participou da inauguração da Empresa é investir nas comunidades onde estão nossos empreendi- do Centro de Cultura Quedas do Iguaçu, na noite de 10 de abril. mentos. Esse é o quarto Centro de Cultura, já inauguramos um no Rio Foram cinco horas de atrações regionais, estaduais e nacionais, Grande do Sul, na cidade de Entre Rios do Sul, e dois em Santa Catarina com apresentações dos violonistas do Projeto Gente, da Invernada – Alto Bela Vista e Capivari de Baixo”, comentou Minuzzo, acrescentan- Artística do CTG Peleando a Saudade, de dança polonesa, de grupo do que essa é uma forma da Companhia participar e colaborar com o circense, além de exposições, poesia e, para encerrar, o show do desenvolvimento sustentável da região. Papas da Língua, que levou o público a soltar a voz. O presidente da Associação do Centro de Cultura e Sustentabilida- Na cerimônia de inauguração estiveram presentes autoridades de de Quedas do Iguaçu, Eradi Antonio Buss Dutra, explica que esse municipais, regionais e estaduais, além de empresários, representan- é o primeiro centro de convívio cultural da comunidade. “É a primeira tes de entidades, instituições e comunidade, diretores e funcionários sala de cinema e teatro do município e esse Centro vai ser o grande da Tractebel Energia. Em sua manifestação, o diretor de Produção incentivador para valorizar, resgatar e preservar os costumes de da Tractebel, José Carlos Minuzzo, que representava o presidente da Quedas do Iguaçu e de toda a região”. empresa, ressaltou a importância dos Centros. “Uma das prioridades BoasNovas 15 CULTURA EXPOSIÇÃO, GRUPO CIRCENSE E SHOW DO PAPAS DA LÍNGUA Julio Souza Depois da cerimônia de inauguração, os convidados visitaram as instalações do Centro, tendo como guias escoteiros voluntários. Passaram pela biblioteca, pela sala digital, pela exposição de 28 artistas locais e participaram também do lançamento da campanha de doação de livros. Entre as obras dos artistas locais estavam esculturas, quadros e maquetes que ficarão expostas por alguns meses no Centro. Os escritores da cidade doaram livros para a biblioteca. Ao mesmo tempo, o público assistia às atrações no palco interno e na parte externa do Centro. “Tivemos de fazer quatro apresentações no auditório, com capacidade para 324 pessoas, possibilitando assim o acesso dos convidados”, contou Leocir Scopel, gerente da Regional Iguaçu da Tractebel Energia. Do lado de fora, um grupo circense recebia e brincava com o público bem diversificado, de bebês de meses de idade a senhores de 80 anos. Outra atração foi a sonoridade dos 40 componentes da Banda Marcial da Polícia Militar. No final, o coordenador do Comitê de Sustentabilidade e diretor Administrativo da Tractebel, Luciano Andriani, estava satisfeito. “Esse tipo de iniciativa promove e valoriza a cultura local, a geração de empregos e renda para a comunidade e a inclusão social entre os habitantes da região”, finaliza Andriani. Para encerrar, o grupo Papas da Língua subiu ao palco apresentando seu último DVD Bloco na Rua, encantando o público com canções como Lua Cheia, De Blusinha Branca, Mary Jane, entre outras. No início da programação a estudante Brisa Martins declamou Sulisanta, de autoria do poeta quedense, Jairo Pereira Julio Souza Grupo folclórico polonês Yagoda nasceu em 1986, tem hoje 20 integrantes e apresentou Cracóvia, uma dança alegre, uma dança de comemoração 16 Tractebel Energia CULTURA O CENTRO Julio Souza Com investimento de quase R$ 3 milhões, o Centro de Cultura de Quedas do Iguaçu conta com área total de 2.400m² e área construída de 1.592,16m², em dois andares. Ali estão o auditório principal de cinema e teatro – espaço para 324 lugares, incluindo vagas para cadeirantes –, salas, biblioteca, área para exposições, sala de inclusão digital, entre outros. O projeto é da Associação do Centro de Cultura e Sustentabilidade de Quedas do Iguaçu, conta com o apoio da Prefeitura Municipal e é patrocinado pela Tractebel Energia, via Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. Idealizado pelo Comitê de Sustentabilidade da Tractebel Energia, o Centro tem como objetivo principal resgatar, valorizar e preservar os costumes e tradições étnicas e culturais da região. Julio Souza Público de todas as idades assistiu às apresentações artísticas Julio Souza Orquestra de Cordas de Quedas do Iguaçu é composta por um grupo de violinos com 60 integrantes A Bailarina foi a coreografia apresentada pelo Grupo de Dança da Escola Especial Elvira Andreghetto Severgnini – APAE, da professora Kelly Comarella Julio Souza Grupo Papas da Língua agradou o público que cantou e dançou junto Julio Souza Diretores da Tractebel (à esq.), presidente da Associação e prefeito de Quedas do Iguaçu (à dir.) descerram placa inaugural do CCQI BoasNovas 17 CULTURA Gerando Cultura em Alto Bela Vista A aposta nas expressões culturais do pequeno município de Alto Bela Vista, no Meio-Oeste catarinense, está dando bons frutos. Nos 12 meses de funcionamento, o Centro de Cultura foi palco de 50 apresentações, dezenas de oficinas e inúmeras visitas, que promoveram o convívio comunitário e a difusão do conhecimento. Implementado pela Tractebel Energia, via Lei Rouanet, o Centro é administrado pela Associação Cultural de Alto Bela Vista – entidade sem fins lucrativos, criada especialmente para gerir as atividades –, e conta com o apoio da Prefeitura Municipal. “Passaram por aqui quase 9 mil pessoas, um número significativo se comparado com o número de habitantes da cidade: 2 mil”, diz o presidente da Associação do Centro de Cultura de Alto Bela Vista, Ernani Brevian. Além das atividades regulares, como oficinas e apresentações, foram realizados outros 31 eventos, entre eles conferências, palestras, seminários, formaturas, encontros com a comunidade, Mostra de Cinema Infantil e exposições, como a internacional Planète Femmes. “De março a dezembro contamos com 200 alunos fixos participando de oficinas de dança, música, curso de sonoplastia e curso de operador de retroescavadeira”, explica o maestro e professor Maiquer Lappe. Divulgação Tractebel Em um ano, Centro de Cultura tornou-se referência na região de Alto Bela Vista, atraindo milhares de pessoas 18 Tractebel Energia CULTURA Divulgação Tractebel Artistas da Alto Bela Vista e região contam com local adequado ao desenvolvimento de seus talentos NOVAS OFICINAS Novas oficinas são oferecidas como violão e vocal; teclado e acordeom; flauta, trompete, saxofone, trombone, clarinete, tuba; além de guitarra, contrabaixo e bateria. Só nessas oficinas, ressalta o professor, são 100 alunos entre crianças, a partir dos cinco anos, jovens, adultos e idosos. onde se vive a pluralidade étnica com muito amor, respeito e disciplina”, finaliza. Estamos criando oportunidade para crianças, jovens e adultos desenvolverem suas habilidades artísticas em um ambiente onde se vive a pluralidade étnica com muito amor, respeito e disciplina. O Centro de Cultura de Alto Bela Vista conta com um cineteatro com capacidade para Diego Collet, gerente regional da Tractebel Energia. A expressão corporal está presente também com novas oficinas como a de dança contemporânea, por exemplo, que já conta com 80 alunos, entre adolescentes, jovens e adultos; e a de teatro e coral infantil. Maiquer destaca também os ensaios semanais da Banda Municipal, com 30 integrantes e apresentações em outros municípios. O presidente da Associação conta que estão sendo construídas melhorias no local, como uma sala para realização de oficinas de dança e uma biblioteca com uma sala para informática com o objetivo de promover a inclusão digital. “Ainda vamos melhorar a climatização do cineteatro, os acessos e os jardins do Centro, além de implantar o processo de captação da água da chuva para abastecer o sistema de prevenção e combate a incêndio”. Acompanhando de perto todo o trabalho desenvolvido no Centro de Cultura, o gerente regional da Tractebel Energia, Diego Collet, observa que o local já é referência para os municípios vizinhos e para a região do Alto Uruguai. “Estamos criando oportunidade para crianças, jovens e adultos desenvolverem suas habilidades artísticas em um ambiente 230 espectadores, quatro salas para realização de oficinas de música, canto e reciclagem, administração, cozinha, banheiros, recepção, loja de suvenires, bilheteria e um grande foyer preparado para receber exposições diversas e eventos. 19 Tractebel Energia BoasNovas 19 USINA - 10 anos de ucla Pioneirismo na serra catarinense Plinio Bordin Usina de Cogeração Lages completou 10 anos de atividade No início do século 21, um grupo de empresários da região serrana de Tractebel Energia a ser enquadrado no Mecanismo de Desenvolvimento Santa Catarina se reuniu para discutir a viabilidade e a montagem de Limpo das Nações Unidas (ONU). um empreendimento de cogeração – vapor e energia –, algo inédito na Hoje, a usina tem capacidade de produção de 28MW (suficiente para época no Brasil. Logo depois, a então Gerasul (hoje Tractebel Energia) alimentar uma cidade de mais de 100 mil habitantes ou também 178 mil em parceria com representantes de entidades do setor de base florestal Plinio Bordin da Serra e com a Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense) iniciavam estudos de demanda de energia e oferta de resíduos para a implantação de um empreendimento na cidade de Lages. Iniciava aí um sonho que logo virou realidade e hoje completa dez anos: a Unidade Cogeração Lages (UCLA). Os estudos realizados em 2001 e 2002 resultaram em condições favoráveis para implantação de um investimento inédito com resíduos gerados pela indústria de base florestal. Um dos grandes problemas da região era o destino impróprio para os resíduos gerados por madeireiras, principalmente para a serragem, que ficava depositada no meio ambiente. Aproveitar o material poluidor para gerar vapor e energia parecia uma boa saída e um ponto positivo para o meio ambiente. Lages foi a primeira unidade no Brasil a utilizar biomassa de madeira (combustível renovável obtido a partir de resíduos de organismos biológicos) na geração de energia e o primeiro empreendimento da 20 Tractebel Energia Restos de madeira são triturados antes de serem enviados para a caldeira USINA - 10 ANOS DE UCLA residências), consome entre 20 e 30 mil toneladas mensais de Plinio Bordin biomassa e tem capacidade de reduzir em 220.439 toneladas as emissões de dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. Na área social, a Tractebel tem participado e apoiado várias atividades e ações. Sua marca esteve presente no Programa Alfabetiza e ainda hoje segue no auxílio da criação de hortas comunitárias nos bairros vizinhos à Usina, doações a escolas municipais e estaduais próximas à Usina, parcerias e muitos projetos e pesquisas junto à Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense) e UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina). A Companhia é parceira há anos da Festa do Pinhão. Plinio Bordin Biomassa que alimenta UCLA vem, principalmente, da indústria madeireira da região Caldeira de UCLA pode gerar até 29 MW de energia PERFIL INAUGURAÇÃO – dezembro de 2003 Dezembro – O diretor-presidente da Tractebel Energia, CAPACIDADE INSTALADA – 28 MW Manoel Zaroni Torres, fecha contrato com a Celesc para INVESTIMENTO - O custo total da obra foi de R$ 80 milhões, vender a energia gerada pela Unidade Cogeração Lages. com financiamento de R$ 49 milhões por parte do Banco 5 de dezembro – A Licença Ambiental de Operação, Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e permitindo que a usina funcione é emitida pela Fatma. do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). 23 de dezembro – Entra em operação comercial a Unidade Cogeração Lages. DATAS PRINCIPAIS 2005 2001 A Usina de Cogeração Lages é reconhecida pelo Protocolo de Iniciam-se os estudos em parceria - Tractebel Energia (na época Kyoto, como empreendimento de Mecanismo de Desenvolvimento chamava-se Gerasul), entidades representantes do setor de base Limpo das Nações Unidas. florestal e Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense). Inicia a venda dos créditos de carbono da Unidade Cogeração 2002 Lages. Só três empreendimentos brasileiros estavam aptos a 21 de outubro – Emitida pela Fatma a Licença Ambiental comercializar. de Instalação (LAI). 2008 2003 Cinzas da Unidade Cogeração Lages viram adubo na região do Abril – Iniciam as obras físicas da Unidade Cogeração Lages. Planalto catarinense. BoasNovas 21 USINA Pesquisa Projeto de e Desenvolvimento no Paraná Divulgação Tractebel Aulas no laboratório da Unioeste enriqueceram o curso em piscicultura O Curso Básico em Piscicultura – Módulo I: Legislação Aquícola e “Tecnologia para formação de bancos de germoplasma e produção Preparo de Viveiros Escavados para a Criação de Peixes foi ministrado de peixes nativos para estocagem (repovoamento) no Rio Iguaçu”, em Toledo, no dia 14 de março, com boa aceitação. Participaram 45 executado pela Unioeste e Instituto Neotropical de Pesquisas pessoas, sendo 30 agricultores e técnicos dos municípios de Sulina Ambientais. Este projeto é desenvolvido dentro do Programa de e Rio Bonito do Iguaçu e 15 acadêmicos do Curso de Engenharia de P&D da Tractebel Energia, regulado pela ANEEL e conta ainda com Pesca da Unioeste/Campus de Toledo. o apoio da Prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu para a mobilização dos Aulas teóricas e práticas, incluindo visita aos açudes e laboratórios, agricultores e para o transporte até Toledo. fizeram parte do curso, que tratou de diversos assuntos relacionados O projeto tem como premissa o desenvolvimento de tecnologias para ao desenvolvimento de piscicultura com espécies de peixes nativos do a reprodução de cinco espécies de peixes nativos do Rio Iguaçu (duas Rio Iguaçu, como legislação ambiental, preparo de açudes, alimentação espécies de Jundiá, Mandi Pintado, Lambarizão e Surubi do Iguaçu), dos peixes, perspectivas sobre a atividade, desenvolvimento do projeto, possibilitando a estocagem (repovoamento) e a viabilidade do uso caracterização das espécies, entre outros. de tais espécies para a piscicultura, podendo ser mais uma fonte O evento faz parte do projeto de pesquisa e desenvolvimento de renda para a agricultura familiar regional. 22 Tractebel Energia USINA Proteção de Nascentes em Sulina Os bons resultados colhidos com o projeto de proteção de nascentes próxima da sede municipal e contou com a presença do gerente da no Paraná levaram a Tractebel a expandí-lo e a beneficiar o município Usina Salto Osório, Antonio Carlos Martins, do gerente da Regional de Sulina, lindeiro do reservatório da Usina Hidrelétrica Salto Osório. Rio Iguaçu da Tractebel Energia, Leocir Scopel, do prefeito Almir Maciel Chamado Sulina Água Limpa, o projeto prevê a proteção de 200 Costa, da coordenadora da Casa Familiar Rural, Geovana Martinelli, fontes localizadas na área rural do município em propriedades de alunos de escolas do município, agricultores e técnicos das entidades agricultura familiar que possuam crianças ou adolescentes. envolvidas. Além da proteção física, será efetuado o plantio de mudas Os recursos vêm do FIA (Fundo para a Infância e Adolescência) e o florestais nativas. A água será analisada com um kit de potabilidade e projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Tractebel Energia, georeferenciada com uso de Sistema de Posicionamento Global (GPS). Prefeitura de Sulina, Casa Familiar Rural de Sulina, Emater, Conselho Sulina é um município com 3.394 habitantes (IBGE 2010), localiza-se no Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Sulina, APAS – sudoeste do Paraná, na Bacia do Rio Iguaçu, tendo como um de seus Associação dos Pescadores Amadores de Sulina e famílias rurais que limites geográficos o reservatório da Usina Hidrelétrica Salto Osório. praticam agricultura familiar. O município destaca-se na região devido ao seu potencial agrícola, O evento foi lançado no dia 25 de março, com a visita à primeira tendo 59% da população residente em área rural e possui nascentes de propriedade rural com nascente protegida, na comunidade Areião, diversos cursos hídricos que compõe a Bacia Hidrográfica do Iguaçu. Divulgação Tractebel Comunidade se reúne para visitar a primeira nascente protegida em Sulina, no Paraná BoasNovas 23 USINA Eu vi um pau-brasil Projeto desenvolvido no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda levou alunos a plantar mudas de árvores em escolas do sul catarinense. É uma forma de colaborar com a preservação da árvore que deu nome ao nosso País. A dificuldade em adquirir e obter sementes de pau-brasil levou a A ideia do projeto, conta Caneschi, é acompanhar o crescimento e Tractebel Energia a desenvolver o projeto “Eu vi um pau-brasil”, que colher estas sementes para produzir mais mudas no horto florestal consistiu em plantar em torno de 150 mudas em 65 escolas dos do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. Mas “Eu vi um pau-brasil” municípios de Capivari de Baixo e Tubarão, no sul de Santa Catarina, também é um projeto educacional, pois propicia aos alunos e em uma ação intensiva de quatro meses. Cada escola recebeu duas professores conhecerem melhor a árvore, cujo nome científico é mudas, já que a árvore só produz sementes viáveis (férteis) por meio Caesalpinia echinata. “Na maioria das visitas ao horto, alunos e da polinização cruzada, ou seja, de árvores diferentes. professores sempre perguntam sobre o pau-brasil, pois querem O engenheiro agrônomo e responsável pelo Meio Ambiente conhecer a árvore que deu nome ao nosso País”, conta. da Tractebel, Marcelo Caneschi, ensina que o pau-brasil é uma No momento do plantio foram dadas instruções e a Empresa forneceu, espécie que exige muitos cuidados para se reproduzir. “Ela precisa além das mudas, com aproximadamente 1,60 metro, o adubo orgânico ser polinizada, cruzada, já que a mesma árvore não se autopoliniza, oriundo da compostagem realizada no horto florestal do Complexo. e também exige um acompanhamento durante o crescimento”. “Todo o processo foi acompanhado por empregados da Tractebel para Suas flores são com pétalas amarelas, o tronco com espinhos, o cerne que as árvores se desenvolvam da melhor forma. Contamos também bem vermelho, a vagem é espinhenta, mas a semente é lisa. Sua altura com a parceria e apoio da Educação Ambiental/Horta Modelo (projeto média varia de 8 a 12 metros, mas existem registros de árvores entre 30 apoiado pela Tractebel)”, finaliza o engenheiro. e 40 metros. Divulgação Tractebel Curiosidade das crianças em conhecer a árvore que deu nome ao Brasil foi um dos marcos do projeto CONCURSO Apoiado pelas secretarias de Educação dos dois municípios, o projeto contou também com um concurso de Redação e Desenho, com o tema “Pau-brasil e a Sustentabilidade”. No Desenho, o vencedor foi o aluno Gabriel Vieira Machado, da 3ª série da Escola Municipal João Hiláro de Mello, e, na Redação, quem ficou no topo do ranking foi Adriel de Moraes da Silva, da 8ª série da Escola Municipal Vitório Marcon. Sabrina, da terceira série da Escola Estadual Martinho Alves dos Santos, foi a vencedora de Redação para o Ensino Médio. Alunos, professores e diretores das escolas vencedoras receberam como prêmio tablets, num total de nove. 24 Tractebel Energia USINA Divulgação Tractebel CURIOSIDADES • Até 1530, o pau-brasil foi a única riqueza explorada na nova terra descoberta, sendo inclusive, responsável pela instalação da primeira forma de organização administrativa realizada pelo Governo Português, cujo objetivo era afastar a ameaça de perda das terras descobertas para outros países que também exploravam o comércio dessa árvore. • O pau-brasil é conhecido cientificamente como Caesalpinia echinata, mas por populares é conhecido por outros nomes: ibirapiranga, ibirapitanga, muirapiranga, orabutã, brasileto, pau-de-pernambuco, ibirapita e pau-rosado. • Em 07 de dezembro de 1978, com a promulgação da Lei 6.607, o pau-brasil tornou-se a Árvore Nacional e o dia 3 de maio a sua data comemorativa. • A madeira do pau-brasil é muito usada na fabricação de instrumentos musicais como, por exemplo, violinos, harpas Plantio do pau-brasil foi realizado em 65 escolas e violas. ÁRVORE FOI BASE DA ECONOMIA POR QUASE 400 ANOS • O chá da entrecasca era usado por populares para curar asma. Hoje, a pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco, Ivone Souza, estuda a flor, folha, caule, cerne, semente e raiz. Ela chama atenção para as propriedades farmacológicas Dura, compacta e com cerne escuro, a árvore que deu nome ao Brasil muito interessantes para reduzir carcinomas e sarcomas. foi durante 375 anos ininterruptos explorada de forma desordenada. Também foi por anos a fio a base mais importante da nossa economia. • Em 1924 Oswald Andrade e Tarsila do Amaral lançaram o Seu extrativismo foi a primeira atividade econômica da colônia e, até o Movimento Pau-brasil que apresentava uma posição primitivista, século 16, sua presença na Mata Atlântica era exuberante. buscando uma poesia ingênua. Esse movimento foi levado Antes da exploração realizada por portugueses, a partir de 1500, os ao público com a publicação do livro Pau-Brasil, escrito por índios usavam o pau-brasil para produção de enfeites, arcos e flechas Oswald de Andrade e ilustrado por Tarsila do Amaral. e a chamavam de Ibirapitanga – ibira = madeira/pitanga = vermelho/cor de brasa, o que resultou em pau-brasil. • Em 1503, uma associação de comerciantes encabeçada por Com a chegada dos portugueses se iniciou a extração da madeira, Fernão de Loronha (ou Fernando de Noronha) conseguiu uma que era utilizada para fazer móveis e também como corante para tingir concessão do rei para explorar o comércio de pau-brasil. Em tecidos. Seu pó fornecia diversas tonalidades - do vermelho escuro, troca, deveria construir e manter um forte no território, pagando passando pelo púrpura e chegando a um tom claro de lilás. Na época, também impostos sobre os carregamentos de madeira. a cor púrpura e seus tons eram almejados e sinônimo de nobreza. Virou A nau Bretoa, armada por Noronha em 1511, levou para a Europa cobiça por aqui, já que os recursos vindos dessa árvore eram muitos. 150 toneladas de pau-brasil, o que valia na época cerca de 70 A exploração era predatória e os índios usados como mão de obra – quilos de ouro. cortavam e empilhavam madeiras perto das praias, recolhidas por navios e levadas à Europa. Sua aceitação foi tão boa que a partir de 1511 • Nos trinta primeiros anos de extração, atraídos pelos lucros, nossa terra já era mais conhecida lá fora como Terra do Brasil do que outros empreendedores investiram em viagens para tirar de como Terra de Santa Cruz, o que desgostou a maioria dos portugueses. diversos pontos do nosso litoral o pau-brasil. Hoje, essa árvore que demora até 150 anos para ficar adulta, está em extinção no habitat natural – do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte. Seu corte ilegal é considerado crime. BoasNovas 25 GDF SUEZ Nova policlínica em Porto Velho Divulgação GDF SUEZ Policlínica inaugurada em Rondônia representa importante investimento na melhoria da qualidade de vida da população do norte do Brasil O dia 17 de fevereiro marcou a inauguração da Policlínica Oswaldo Cruz (POC) na cidade de Porto Velho. Esse novo centro médico é um dos projetos de compensação social realizado pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) em consequência da construção da SOBRE O PROJETO DE JIRAU Usina Hidrelétrica de Jirau. A POC possui equipamentos modernos e melhora o acesso à saúde da população de mais de 52 municípios de diferentes estados do Brasil, incluindo Jirau é uma usina hidrelétrica de 3.750 MW Amazonas, Acre e Rondônia. que está sendo construída no Rio Madeira, Victor Paranhos, CEO da Energia Sustentável do Brasil, enfatizou que essa é a maior no estado de Rondônia, pela GDF SUEZ obra de compensação social realizada pelo empreendimento e a mais complexa também. (40% de participação), pela Mitsui (20%) e por “Nós investimos R$ 8,5 milhões para garantir uma construção de alto nível, que atendesse duas subsidiárias da Eletrobrás: CHESF (20%) a todas as necessidades da área médica para uma unidade de saúde de grande porte. e Eletrosul (20%). Essa é uma das maiores Nós já investimos cerca de R$ 160 milhões em obras de compensação social, entre hidrelétricas em construção no mundo. convênios com o Estado e a Prefeitura de Porto Velho, priorizando as áreas da saúde e No dia 10 de março, a ANEEL aprovou a educação”. Desde 2010, mais de 140 ações de compensação social foram implementadas operação comercial de duas unidades como parte do projeto da Usina Hidrelétrica de Jirau. adicionais da Usina Hidrelétrica de Jirau, A POC foi construída no terreno onde já existia uma antiga clínica. O novo prédio, além de representando mais 150 MW ao sistema muito maior, tem uma estrutura central com quatro pisos e dois anexos, totalizando mais interconectado brasileiro. A Usina Hidrelétrica de 5.460 m². O prédio inclui consultórios, salas de exames, laboratórios, uma área de de Jirau tem seis unidades em operação reabilitação, recepções, salas de espera, escritórios de administração, um depósito, comercial, que representam 450 MW. banheiros, armários, cozinha/refeitório para os funcionários, etc. Além disso, é equipado com um sistema moderno de aparelhos audiovisuais. 26 Tractebel Energia GDF SUEZ Duas novas usinas no Oriente Médio Divulgação GDF SUEZ Usina a gás natural Sohar 2, inaugurada em março A GDF SUEZ inaugurou duas usinas no Sultanato de Omã, em março. com o governo de Omã, continuamos comprometidos em atender As usinas Sohar 2 e Barka representam um investimento combinado às crescentes necessidades futuras de energia e de água”. de US$ 1,7 bilhões e capacidade instalada total de 1.488 MW. Sohar 2 e Barka 3 são costeiras, ciclo combinado de turbinas a gás (CCGT) Esses dois projetos foram licitados pelo Governo de Omã em 2009 e plantas com capacidade de 744 MW cada. Com a tecnologia state-of-the- para atender às crescentes necessidades de energia do país. A um art, elas são as mais eficientes usinas de grande escala em Omã. consórcio liderado pela GDF SUEZ foram concedidos os dois projetos A energia está vendida para a Oman Power and Water Procurement em 2010 e, três anos depois, Barka 3 e Sohar 2 entraram em operação Company (OPWP) sob dois contratos de compra de energia de 15 comercial na data prevista, adicionando uma capacidade significativa anos. De acordo com OPWP, o pico de demanda de energia elétrica para a principal Sistema Interligado do Sultanato (MIS). Os parceiros do no MIS deve crescer a uma taxa média de 9,5% ao ano, impulsionada Grupo no consórcio foram Suhail Bahwan Group, o Poder Público para pelo crescimento da população, o desenvolvimento econômico geral o Seguro Social (PASI ) de Omã, Sojitz Corporation e Shikoku Electric e ampliação de infraestrutura. Power Co., do Japão. Em maio de 2014, 35% das ações em Sohar 2 (Al Batinah Power) e Willem Van Twembeke , CEO da GDF SUEZ Energy International Barka 3 (Al Suwadi Power) serão oferecidos ao público, em conformidade participou das cerimônias de inauguração. “Ao longo dos últimos com o Acordo de Fundadores do Projeto, que exige que os acionistas 20 anos, a GDF SUEZ tem sido um fornecedor confiável, eficiente e ofereçam 35% das ações para público no prazo de quatro anos, de de longo prazo de energia e água para o povo de Omã. Em parceria constituição da sociedade. GDF SUEZ EM OMÃ E NO ORIENTE MÉDIO A GDF SUEZ tem participação direta e indireta de propriedade em o projeto Al Manah, em Omã. Hoje, a GDF SUEZ tem participações seis (3.693 MW) dos onze projetos contratados por OPWP no MIS, acionárias em 27.000 MW de capacidade de energia e quase que tem uma capacidade instalada total de 5.589 MW e abrange a 5,3 milhões de m³/dia de capacidade de dessalinização em maioria de Omã, atendendo a aproximadamente 600 mil clientes operação e em construção nos países do Golfo. A GDF SUEZ é de eletricidade. a líder em geração independente de energia e dessalinização de O Grupo entrou no Oriente Médio em 1994, com o desenvolvi- água na região. mento do primeiro produtor independente de energia no Golfo: BoasNovas 27 GDF SUEZ Obras da GNL del Plata já começaram Divulgação GDF SUEZ Até 900 pessoas vão trabalhar simultaneamente quando as obras atingirem seu pico O projeto GNL del Plata compreende a construção de um terminal recursos hidrelétricos limitados, e sua geração termelétrica é baseada para recebimento de GNL, estocagem e regaseificação e despacho no óleo combustível e no diesel, de custo bastante elevado. “Com o para consumo em geração termelétrica, industrial, comercial e terminal em operação, o Uruguai reduzirá seus custos de geração residencial. Um molhe de proteção com 1,5 km de comprimento termelétrica, de gás industrial e residencial, o que dará uma competiti- será erguido a 2,5 km da costa, em frente a Montevidéu. A unidade vidade maior ao país e a possibilidade de exportar gás à Argentina e de estocagem e regaseificação será flutuante, um navio chamado Brasil”, comenta Gothe. A partir deste projeto, a GDF SUEZ poderá de FSRU (Floating Storage and Regasification Unit). alavancar outras oportunidades de negócios no Uruguai. As obras civis iniciaram em janeiro, com a implantação de um canteiro de obras em terra, onde serão armazenados os materiais, pré-montadas algumas das estruturas e transportadas até a obra. “ONE DAY WITH” A GDF SUEZ A dragagem na área onde será implantado o molhe e a cravação de estacas para o píer principal inicia em maio. A GDF SUEZ Energy Latin America apresentou uma conferên- Por sua vez, a construção do FSRU pela DSME (Daewoo Shipbuilding cia e bate-papo online, no dia 17 de março, para promover o and Marine Engineering) iniciou na Coréia do Sul, e só terminará último projeto do Grupo no Uruguai e as novas oportunidades em novembro de 2016. Será o maior FSRU já construído com uma de carreira. A conferência incluiu uma apresentação e um chat capacidade de armazenamento de 263.000 m³ de GNL. No entanto, o ao vivo com sessão de perguntas e respostas com a participa- terminal iniciará suas operações em julho de 2015, utilizando um FSRU ção de 146 pessoas. Durante a apresentação, os candidatos existente, o Neptune, da GDF SUEZ. puderam aprender mais sobre o terminal GNL del Plata e Atualmente, cerca de 250 pessoas – entre pessoal próprio e contratado sobre a vida e o trabalho na GDF SUEZ. – estão envolvidas na implantação do terminal. “Temos brasileiros, Depois, Carlos Gothe, presidente da GNLS, e Jennifer van uruguaios, belgas, chilenos, japoneses, franceses, argentinos, Doveren, Recursos Humanos na GDF SUEZ Energy Latin peruanos, holandeses, dinamarqueses, coreanos, entre outros, America, interagiram com os candidatos respondendo ao envolvidos no projeto. É um caldeirão multicultural e linguístico que vivo às suas questões. Mais de 500 candidatos registraram aumenta os desafios da gestão do projeto”, comenta o CEO da GNL seus currículos. del Plata, Carlos Gothe. No pico das obras, prevê-se até 900 pessoas simultaneamente. A capacidade de recebimento de GNL será de 10.000 m ³/h e a capacidade de regaseificação será de 10.000.000 m ³/dia. Quando o GNL é regaseificado, seu volume aumenta cerca de 600 vezes. O investimento total chega a US$ 1 bilhão de dólares. A GDF SUEZ arca com US$ 590 milhões que serão utilizados na construção do terminal e de seus equipamentos em terra e a Mitsui OSK Lines responde pelos US$ 500 milhões do FSRU. O Uruguai importa da Argentina, atualmente, todo o gás que consome via gasoduto Cruz del Sur, o único que ingressa no país. Paga pelo gás mais que o dobro do preço internacional do GNL. Além disso, tem 28 Tractebel Energia Divulgação GDF SUEZ Gothe e Jennifer apresentam a GNL del Plata durante o chat One Day With GDF SUEZ Jornalistas visitam Parque Solar no Chile Um grupo de jornalistas pertencentes a meios de comunicação de A usina produziu, nos primeiros seis meses de funcionamento, Tocopilla e Mejillones participaram de uma conferência sobre Energias 2,3 GWh. A geração anual poderá alcançar os 4,5 GWh. Renováveis Não Convencionais (ERNC) e de uma visita ao Parque Solar Ximena Araya, editora do jornal La Prensa de Tocopilla, disse que El Águila 1, que a E-CL organizou na cidade de Arica, no Chile, no dia “É necessário que os jornalistas possam dominar aspectos mais 21 de março. técnicos sobre as energias renováveis porque, na realidade, nós Os profissionais obtiveram conhecimentos sobre as vantagens e apenas dominamos conceitos gerais. Devo dizer que existem muitas as restrições das ERNC e sobre a participação destas no Sistema dúvidas e expectativas por parte da comunidade sobre este tipo de Interligado do Norte Grande (SING), através de uma conferência energias”. Já para Juan Pablo Toledo, subgerente de Planificação da dirigida por Reinhold Schmidt, acadêmico e assessor da Comissão Vice-presidência de Desenvolvimento de Negócios da E-CL para este Nacional de Energia (CNE). tipo de projetos, a região de Arica e Parinacota é uma grande alternativa, Posteriormente, os jornalistas viajaram 56 quilômetros para o Leste visto que possui uma radiação solar que alcança os 3.000 KWh por m² de Arica para conhecerem, em campo, o parque fotovoltaico El Águila I, ao ano. Toledo acrescentou que as instalações solares são um bom que possui 8 mil painéis e entrou em funcionamento em julho de 2013. complemento para o sistema elétrico do norte e para a energia de base. Divulgação GDF SUEZ A visita ao parque permitiu aos jornalistas compreenderem a complexidade da geração de energia a partir do sol BoasNovas 29 ALTA VOLTAGEM Consulado da Bélgica em Santa Catarina Plinio Bordin Presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, assume novas atribuições como cônsul honorário em Santa Catarina Para estreitar relações econômicas, culturais, universitárias e de pesqui- países, como o da Costa Rica, Argentina, Itália e França, entre outros. sas e inovação entre a Bélgica e Santa Catarina foi inaugurado, no dia 7 de Para Zaroni, esse é o momento de estreitar laços culturais e econômicos abril, o Consulado Honorário do Reino da Bélgica em Florianópolis, com a com os belgas. Nos discursos, o tom era de promover alianças. apresentação do recém nomeado Cônsul Honorário, o empresário Manoel Um dos pontos altos da posse foi o concerto de Jef Neve & Nicolas Arlindo Zaroni Torres, presidente da Tractebel Energia. Kummer, com dez músicas executadas com muito talento e sincronia Concorrida, a solenidade contou com a presença do vice-ministro das no palco do Teatro Pedro Ivo. Nessa turnê pelo Brasil, a dupla comemora Relações Exteriores da Bélgica, Dirk Achten; de Jozef Smets, embaixador os 200 anos do aniversário de Adolphe Sax, o inventor belga do saxofone, da Bélgica no Brasil; do Cônsul Geral da Bélgica, Didier Vanderhasselt; e faz uma viagem por clássicos de jazz, além de composições próprias. do vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira (PMDB); do A expressão musical brasileira veio com a Camerata Florianópolis na senador Paulo Bauer (PSDB); do prefeito de Florianópolis Cesar Souza Jr. execução dos hinos nacionais do Brasil e da Bélgica e na música popular (PSD), empresários, secretários de Estado, jornalistas, executivos da GDF brasileira que alegrou o coquetel servido nos jardins da sede do Governo SUEZ do Brasil e de outros países da América Latina, e cônsules de diversos do Estado. Plinio Bordin Esperamos fortalecer a nossa presença neste Estado, que é muito dinâmico. Este fortalecimento não é só econômico, mas também social. Jozef Stmets, embaixador da Bélgica no Brasil 30 Tractebel Energia ALTA VOLTAGEM Plinio Bordin Santa Catarina mostra uma economia vibrante, é um grande estado com poucos habitantes, o que se assemelha muito com as características da Bélgica . Dirk Achten, vice-ministro das Relações Exteriores da Bélgica Plinio Bordin A cidade de Florianópolis pode estreitar relações com outras cidades da Bélgica nas áreas de economia, educação e pesquisa, o que pode ter início já no próximo ano, quando teremos o evento chamado o Dia da Bélgica em Florianópolis Cesar Souza Júnior, Prefeito de Florianópolis. Plinio Bordin O espírito empreendedor de Manoel Zaroni vai permitir que os laços entre Bélgica e Santa Catarina fiquem ainda mais estreitos. Vice-governador do Estado de SC Eduardo Pinho Moreira (PMDB) Coordenação e edição Leandro Provedel Kunzler Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Reportagem e textos Dfato Comunicação [email protected] Jornalista responsável Duda Hamilton Concepção gráfica e editoração Dzigual Golinelli Foto da capa Nelson Wendel Tiragem 3.500 exemplares www.tractebelenergia.com.br Para quem sabe aonde ir, todo vento ajuda. COMPLEXO EÓLICO DE TRAIRI. AGORA 100% EM OPERAÇÃO, PRODUZINDO ENERGIA 100% RENOVÁVEL. A Tractebel colocou em operação o último dos quatro parques do Complexo Eólico de Trairi, no Ceará. Ao todo, agora, são 115,4 MW de capacidade instalada, o suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes. Mas os benefícios do complexo vão além, refletindo-se na melhoria da infraestrutura, do turismo e nos projetos sociais da região. É a Tractebel contribuindo para o aumento da oferta de energia renovável e para o desenvolvimento do Brasil.
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