Trabalho conjunto: efetivando a inclusão de aluno com

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Trabalho conjunto: efetivando a inclusão de aluno com
Trabalho conjunto: efetivando a inclusão de aluno
com síndrome de Down.
Ana Cláudia Martins dos Santos (FASF) [email protected]
Sandra Isabel de Souza Espíndola Carneiro (SME- PG) [email protected]
Resumo: Sabe-se que a partir de 1866, com as inquietações e questionamentos do
cientista inglês John Langdon Down, surgiram os primeiros conhecimentos sobre o que
sabemos hoje a respeito da síndrome de Down. Somente em meados do século XX, com
os estudos envolvendo os cromossomos humanos, o cientista francês Jerome Lejeune
descobriu que em vez de 46 cromossomos agrupados por células a pessoas que
apresentavam essa síndrome tinham 47. Somente anos mais tarde ele mesmo localizou o
cromossomo extra no par 21. Partindo desses estudos hoje se sabe que a síndrome de
Down é uma alteração genética caracterizada pela trissomia cromossômica do par 21.
Atualmente em exames pré-natais já pode ser detectado esse acidente genético. Tendo
como principal característica dessa síndrome a lentidão do desenvolvimento geral e
sabendo que o cérebro amadurece continuamente, torna-se primordial desde os primeiros
anos de vida da criança com essa síndrome a estimulação, levando em conta seus
diferentes modos e ritmos de aprendizagem. De acordo com a Política Nacional de
Educação, na perspectiva da Inclusão Escolar do MEC, os sistemas de ensino devem-se
organizar para oferecer a todos os alunos, além do acesso e da permanência na escola,
os serviços educacionais necessários para garantir a aprendizagem escolar. Para tanto a
rede municipal de ensino de Ponta Grossa oferece atendimento educacional
especializado em sala de recursos multifuncionais e disponibiliza tutores para efetivar a
inclusão dos alunos nas salas de aula do ensino regular. Porém, estando garantido por lei
e efetivamente oportunizado pelas redes de ensino, se não houver o comprometimento, o
envolvimento e a responsabilidade dos recursos humanos: professora do AEE e tutora, o
processo de inclusão não se torna eficaz para contemplar o total desenvolvimento e a
aquisição de conhecimento pelos educandos envolvidos. Sendo os dois atendimentos
individualizados e em momento específicos é imperativo que as professoras tenham a
consciência de que o seu trabalho deve ser conjunto, articulando as práticas pedagógicas
e comungando dos mesmos objetivos, neste caso, o desenvolvimento global do aluno
com síndrome de Down atendido pelas mesmas. Ou seja, devem se comprometer e
assumir a responsabilidade de planejar, organizar materiais, adaptar o currículo, além de
proporcionar vivências enriquecedores de acordo com o nível do aluno e seu potencial de
aprendizagem. Segundo Mazzotta (1998) “as necessidades educacionais especiais são
definidas e identificadas na relação concreta entre educando e a educação escolar”, ou
seja é no cotidiano escolar, no contato com os colegas e professores que as dificuldades
cognitivas,
comportamentais e sociais ficam evidentes. Nesse contexto, faz-se
necessária a efetiva intervenção conjunta dos educadores de forma clara, dinâmica e
centrada nas potencialidades do educando em questão.
Palavras chave: Inclusão. Síndrome de Down. Trabalho conjunto. AEE. Tutora.

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