Comité Económico e Social Europeu
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ISSN 1830-6365 Julho de 2008/7 PT CESE info EDITORIAL Caros leitores, Como o final do meu mandato se está aproximar, é tempo não só de passar em revista o que foi realizado nos últimos dois anos, mas também de olhar para o caminho que nos espera. «O empreendedorismo de rosto humano» é a divisa que guiou o meu mandato e é o tema da conferência bienal que realizaremos em 8 e 9 de Setembro de 2008, em Atenas, que assinalará o termo da minha presidência. Esta conferência, organizada com o apoio pessoal de Christos Folias, ministro grego do Desenvolvimento, reunirá líderes políticos europeus de topo, como José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia, Hans Gert Pöttering, presidente do Parlamento Europeu, e o primeiro-ministro da Grécia, Kostas Karamanlis, e ainda numerosas personalidades do mundo empresarial e peritos do mundo académico. Juntos, debateremos o empreendedorismo e o papel que este pode desempenhar em prol do futuro e da prosperidade da Europa. Organizaremos uma série de «workshops» sobre vários tópicos do empreendedorismo. Os resultados destes «workshops» serão tidos em conta no conteúdo da Carta Europeia do Empreendedorismo Responsável, que adoptaremos no final da conferência. Assinalará, ainda, este evento o lançamento do Dia Europeu do Empreendedorismo. Em 9 de Setembro de 2008, o resultado dos nossos esforços (a Carta Europeia do Empreendedorismo Responsável) dará um contributo significativo para tornar as empresas europeias fortes competidoras em tempos de globalização, ao manterem o seu «rosto humano», a característica distintiva do projecto europeu. Dimitris Dimitriadis, presidente do Comité Económico e Social Europeu Comité Económico e Social Europeu Uma ponte entre a Europa e a sociedade civil organizada A Europa do futuro deve ser uma Europa de solidariedade, uma Europa de valores Esta é a principal mensagem do antigo presidente polaco Lech Walesa e da vice-presidente do Comité Económico e Social Europeu, Jillian van Turnhout, no encerramento do Fórum Europeu dos Cidadãos, co-organizado pelo CESE e pelo município de Wroclaw, Polónia, em 19 e 20 de Junho. O Fórum dos Cidadãos, «Para uma Europa solidária», que teve lugar em Wroclaw, reuniu 400 participantes: políticos polacos membros do CESE, académicos e estudantes entusiastas, pessoas experientes e uma grande variedade de representantes da sociedade civil organizada da Polónia e da Europa. A ênfase foi colocada na juventude, na solidariedade intergeracional e na Europa do futuro. As conclusões apresentadas na Declaração de Wroclaw referiam uma Europa social do futuro, com uma nova energia, mais participativa e mais em contacto com os cidadãos. Como sublinhou Jillian van Turnhout, referindo-se ao recente referendo no seu país de origem, a Irlanda: «a Europa social deve ser uma ponte que liga a UE aos seus cidadãos num compromisso mais concreto e participativo no centro da nossa União». Participantes do Fórum dos Cidadãos com Lech Wałęsa Brenda King, presidente da secção SOC do CESE, assinalou igualmente a necessidade vital de «os jovens se identificarem com a futura Europa e participarem na sua definição e sentimento de pertença». Rafał Dutkiewicz, autarca de Wrocław, insistiu em que «a Europa deve ter uma mensagem mais clara e uma orientação mais coesa». O Fórum, um evento animado e interactivo, com base em 10 temas sociais seleccionados pelos próprios participantes, votou três prioridades e domínios de acção para uma futura Europa da solidariedade: Globalização, realidades sociais e o futuro modelo social europeu — A globalização deve colocar as pessoas acima dos lucros, não deve ser uma corrida ao topo. — A política social não é luxo, mas sim um investimento em capital social e humano. — A política social é um factor de produção crucial para o crescimento económico sustentável. — A solidariedade está no centro da política social e é o valor fundamental da Europa social. >>> p. 2 Conferência de alto nível sobre as «aplicações civis do Galileu» Começa agora o trabalho a sério! AGENDA NESTA EDIÇÃO 1 de Julho de 2008 2 2 início da Presidência francesa do Conselho da União Europeia 8 e 9 de Setembro de 2008 Atenas, Grécia: conferência bienal organizada pelo CESE: «O empreendedorismo de rosto humano» 3 4 Verão literário no CESE O CESE anuncia uma cooperação mais activa com o Comité das Regiões Debate entre cidadãos, membros do CESE e intervenientes europeus: Como tornar a investigação e o desenvolvimento mais eficientes no âmbito dos transportes urbanos? O CESE abre as suas portas ao público János Tóth com Jacques Barrot, vice-presidente da Comissão Europeia Em 28 de Abril de 2008, o Conselho de Ministros da UE aprovou um regulamento autorizando o prosseguimento da execução dos programas EGNOS e Galileu. O processo de decisão está assim concluído, mas começa agora o trabalho a sério. O sucesso dos programas será determinado pelos serviços em funcionamento, com base em três critérios essenciais: qualidade técnica, cumprimento dos prazos e sustentabilidade a longo prazo. Em breve serão lançados os concursos públicos que implicarão negociações de concorrência, a serem concluídas até ao final do ano. O objectivo é executar aplicações inovadoras e divergentes, bem como angariar o financiamento necessário para o seu desenvolvimen- to contando com a participação de todos os interessados. Estas são as mensagens principais da conferência de alto nível sobre o tema «Aplicações civis do Galileu», organizada pelo Comité Económico e Social Europeu (CESE), o Comité das Regiões (CR) e a empresa Business Bridge Europe, em 24 de Junho, em Bruxelas. Após os discursos de boas-vindas proferidos pelos co-organizadores Mário Sepi, presidente do Grupo dos Empregadores do CESE, e Gordon Keymer, vice-presidente do CR, visionou-se o vídeo de Antonio Tajani, o novo comissário italiano >>> p. 2 www.eesc.europa.eu 1 Verão literário no CESE No âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural 2008, os quatro escritores trazem as suas experiências pessoais sobre o tema escolhido para esta série: a mobilidade. Para nós, a mobilidade tem um significado positivo, uma vez que permite às pessoas organizarem as suas vidas de acordo com os seus interesses pessoais. A mobilidade no trabalho é sinal de flexibilidade e adaptabilidade à mudança, mas é também considerada migração, o que muitas vezes não é uma escolha, mas sim uma necessidade, Na sequência do êxito da primeira série em 2007, o «Verão literário no CESE» está de volta. Este ano, às quintas-feiras de Junho e na primeira terça-feira de Julho, o CESE tem o prazer de convidar quatro autores europeus de renome que irão ler e comentar as suas obras mais recentes: Soraya Nini (França) com Ils disent que je suis une beurette, Feridun Zaimoglu (Alemanha) com Liebesbrand, Abdelkader Benali (Países Baixos) com De Grammatica van een Niemand e Nii Ayikwei Parkes (Reino Unido) com The Smell of Petrol. Abdelkader Benali apresenta o seu livro ao público quando se está perante diferentes ameaças. O que une estes quatro escritores é o facto de não escreverem na sua língua materna, mas sim na língua do país de residência, Tal constitui a expressão concreta da sua integração cultural, nem sempre livre de obstáculos e que nos leva a reflectir sobre o conceito de identidade no seu todo. Por conseguinte, a diversidade é considerada uma oportunidade para o enriquecimento mútuo, que advém do encontro de diferentes tradições culturais. L © Committee of the Regions. O CESE anuncia uma cooperação mais activa com o Comité das Regiões Dirigindo-se ao Comité das Regiões na reunião plenária deste em 18 de Junho de 2008, o presidente Dimitris Dimitriadis salientou a complementaridade dos papéis do Comité das Regiões (CR) e do CESE. «Embora o CR e o CESE tenham papéis diferentes, os seus objectivos são os mesmos», acrescentou. Um dos objectivos desta cooperação é servir os interesses da população europeia mais eficazmente concentrando-se em especial na informação pública. Pretende-se NOTÍCIAS DOS MEMBROS O presidente do CESE sublinhou também a importância de construir uma Europa com rosto humano e familiarizar mais as novas gerações com a história da Europa. Luc Van den Brande, presidente do Comité das Regiões, com o presidente do CESE, Dimitris Dimitriadis Continuaç ão da p. 1 A Europa do futuro deve ser uma Europa de solidariedade, uma Europa de valores — A solidariedade não resulta automaticamente do crescimento económico, exige empenho e acção. — É preciso um novo programa europeu de acção de política social para voltar a ligar a UE aos seus cidadãos. Conciliar a vida profissional e familiar — Promover a licença parental remunerada e licença familiar in- O CESE saúda Heidi Ruth Lougheed, nova conselheira do Grupo dos Empregadores (Grupo I). Heidi Lougheed dirige o Gabinete da IBEC (Confederação das Empresas e dos Empregadores Irlandeses) em Bruxelas e é delegada permanente. Colabora com Businesseurope e coordena as actividades da IBEC em Bruxelas e no tocante aos Assuntos Europeus. Antes, trabalhara como encarregada da política social naquela mesma confederação, tendo a responsabilidade, em especial, de seguir as propostas legislativas emanadas da União Europeia e do parlamento nacional irlandês no domínio da política social e pela elaboração de documentos sobre políticas. 2 para o futuro uma cooperação mais estreita entre o CR e o CESE. Será um novo desafio: a política de coesão social que leva mais longe a sociedade e aumenta a consciencialização social aos níveis nacional e local. dependentemente da idade das crianças. — Incentivar a formação sistemática durante a licença e o contacto com a empresa através do teletrabalho. — Criar centros de cuidados de dia à medida e inovadores, tais como creches de associações e empresas. — A UE deveria reduzir o IVA de bens essenciais para as crianças e criar um Observatório Euro- Continuaç ão da p. 1 Conferência de alto nível sobre as «aplicações civis do Galileu» dos Transportes. Seguiram-se intervenções sobre os aspectos económicos, comerciais e sociais do programa Galileu por Jean-Jacques Dordain, director da Agência Espacial Europeia, Philippe Maystadt, presidente do Banco Europeu de Investimento, Matthias Ruete, director-geral da Direcção-Geral da Energia e dos Transportes da Comissão Europeia, e Etelka Barsi-Pataky, deputada do Parlamento Europeu e relatora sobre o programa Galileu. Peter Verlic, secretário de Estado dos Transportes da Eslovénia, e Jean-Louis Borloo, ministro francês da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Planeamento, representaram respectivamente as presidências eslovena (então em funções) e francesa do Conselho. Jacques Barrot, vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pela Justiça, Liberdade e Segurança (e anteriormente pelos transportes) conversou com los participantes durante o almoço. János Tóth, presidente da secção especializada de Transportes, Energia, Infra-Estruturas e Sociedade da Informação (TEN) do CESE afirmou que «o CESE encara esta conferência como um passo importante mas meramente inicial para executar plenamente o programa Galileu. O parecer adoptado há aproximadamente A outra área de cooperação entre o CR e o CESE é a Estratégia de peu das boas práticas familiares. Emprego dos jovens — Resolver a discrepância entre as capacidades e as qualificações da força de trabalho jovem e as exigências e necessidades das empresas. — Melhorar os instrumentos para antecipar futuras tendências do mercado de trabalho. — Orientar estratégias de recursos humanos para ligar empresas e estabelecimentos de ensino. — Reconhecer a importância de possuir diferentes capacidades: técnicas, sociais, intelectuais e manuais. um ano dedicado ao livro verde sobre as aplicações de navegação por satélite identificou uma série de questões que têm de ser debatidas, como a protecção da vida privada, os direitos de propriedade industrial ou a cooperação internacional. A resposta a estas questões garantiria um futuro prós- Lisboa. É estabelecida uma ponte com os conselhos económicos e sociais nacionais com vista à adaptação das necessárias reformas previstas na Estratégia de Lisboa renovada (relatório do CESE, referência 40/2008). A cooperação avançará especificamente nos domínios da energia e das alterações climáticas. D. Dimitriadis concluiu salientando a necessidade de trabalhar de mãos dadas: «Os nossos esforços têm de ser conjuntos no trabalho de construção da Europa». L — Utilizar todo o potencial do Fundo Social Europeu para apoiar o emprego dos jovens. O relatório final, que inclui as três prioridades, os resultados dos 10 grupos de trabalho e a Declaração de Wroclaw, será enviado a todos os participantes, partes interessadas, organizações da sociedade civil, conselhos económicos e sociais e parceiros institucionais da UE e integradas nos futuros trabalhos do CESE. Será ainda publicado na página Internet do Comité (http:// www.eesc.europa.eu/sections/soc/ index_en.asp?id=4020013socen) e apresentado numa brochura. O damente para a sua independência, capacidade técnica e melhor prestação de serviços aos cidadãos. O CESE continuará assim a apoiar a futura aplicação do programa mobilizando os interessados através de agrupamentos representativos, contribuindo activamente para a sensibilização e proporcionando um fórum de discussão construtivo sobre os assuntos pendentes». Para mais informações sobre a conferência: http://www.galileoconf.eu/information_ en.shtml. O pero para as aplicações civis do programa Galileu». No discurso de encerramento, Mario Sepi realçou que «o Galileu é importante para a Europa, nomea- CESE info — Julho de 2008 Debate entre cidadãos, membros do CESE e intervenientes europeus: Como tornar a investigação e o desenvolvimento mais eficientes no âmbito dos transportes urbanos? Na conferência «Avançar juntos para uma nova cultura de mobilidade urbana: Opinião dos cidadãos sobre a investigação europeia em prol de transportes urbanos sustentáveis», que se realizou em 16 de Junho no Comité Económico e Social Europeu, houve um debate entre um painel de cidadãos dos 27 Estados-Membros, membros do CESE, partes interessadas e decisores do sector dos transportes urbanos. Os cidadãos, provenientes de diferentes culturas e centros urbanos da Europa, consideraram necessário parar com o uso excessivo de automóveis, incentivar os cidadãos a andar a pé, de bicicleta e em transportes públicos e criar serviços de informação para tornar as cidades mais agradáveis. Os membros do CESE acolheram com agrado a consulta directa dos cidadãos e encorajaram o Comité a prosseguir com esta forma de trabalho. «Este projecto ilustra bem a mais-valia que o conhecimento dos que não são especialistas representa. Estou impressionado com a sinceridade e a qualidade das afirmações dos cidadãos. O CESE devia apoiar-se mais frequentemente no conhecimento dos cidadãos europeus», explicou Stephane Buffetaut (Grupo I do CESE, Empregadores, França), vice-presidente da secção especializada de Transportes, Energia, Infra-Estruturas e Sociedade da Informação do CESE. Rafael Barbadillo, (Grupo I do CESE, Empregadores, Espanha), co-relator do parecer do CESE sobre o livro verde «Por uma nova cultura de mobilidade urbana», salientou que a consulta dos cidadãos pode dar um peso adicional aos pareceres do CESE. «Os cidadãos confirmam as recomendações do CESE neste parecer: a necessidade de viabilizar transportes urbanos de alta qualidade, de proteger os passageiros e criar espaços públicos para peões e ciclistas com base numa abordagem integrada das infra-estruturas». Lutz Ribbe, (Grupo III do CESE, Interesses Diversos, Alemanha), relator do parecer do CESE sobre transportes nas áreas urbanas e metropolitanas, sublinhou a importância dos painéis de cidadãos: «Ninguém pode acusar este grupo de cidadãos, de diferentes países, idades e origens sociais, de ter sido tendencioso. Por esta razão, considero que o seu contributo passa uma mensagem forte a todas as instituições europeias. Temos de ter em mente as nossas escolhas enquanto consumidores, políticos e cidadãos responsáveis». Stanislaw Rozycki (Grupo II do CESE, Trabalhadores, Polónia) confirmou que «esta experiência fora importante tanto para os cidadãos como para as instituições europeias, incluindo o CESE». Desta- Membros do CESE com o painel de cidadãos dos 27 Estados-Membros cou igualmente a importância dos resultados deste projecto para os novos Estados-Membros, afirmando que «muitos cidadãos do meu país e de outros novos Estados-Membros ainda se lembram da grande proporção de transportes públicos que existira O Comité Económico e Social foi instalado. Fortes críticas dos sindicalistas a respeito da composição do Comité O CESE Info apresenta o primeiro artigo publicado sobre o Comité pela agência de imprensa de Bruxelas Agence Europe, em 1958. Bruxelas (UE), 19 de Maio de 1958 — O Comité Económico e Social das Comunidades Europeias (Económica e Atómica) foi hoje instalado no decurso de uma sessão solene que teve início às 11h15 na sala do Senado belga, na presença dos representantes dos governos e das instituições europeias. (…). O prof. Hallstein, presidente da Comissão da CEE, fez uma longa exposição, em que não apenas sublinhou o papel do Comité (papel de enorme importância, sobretudo no período transitório em que as economias nacionais se devem adaptar à nova situação) como ainda forneceu elementos sobre a posição da Comissão face ao Comité: a Comissão utilizará com frequência o direito de convocar o Comité para consulta (e insistiu no carácter unitário e global das consultas, pese embora a existência de secções especializadas): «Temos o direito de supor — afirmou Hallstein — que o Comité Económico e Social não se ocupará apenas de formular uma apreciação quotidiana e actual da situação económica, mas sobretudo de elaborar programas de longo prazo». A Comissão atribui particular interesse a esses programas: por intermédio do Comité, conhecerá a opinião dos A REUNIÃO PLENÁRIA EM POUCAS PALAVRAS O CESE quer encorajar a sociedade civil da Sérvia a dialogar com as instituições europeias O projecto de parecer do Comité Económico e Social Europeu convida as autoridades sérvias a manter um diálogo social regular com as associações da sociedade civil sérvia. Convida também a Comissão Europeia a apoiar os projectos cujo objectivo seja transmitir à Sérvia o saber-fazer e a experiência de que dispõem os Estados-Membros da UE. Graças a este apoio, as organizações da sociedade civil sérvias estarão em condições de elaborar uma estratégia de desenvolvimento eficaz que lhes permitirá garantir o processo de integração europeia e preservar a sua independência em relação ao governo. Como enfrentar o desafio da escassez de água na União Europeia? A questão da escassez de água e das secas é um problema de importância estratégica tanto do ponto de vista ambiental, como económico. De facto, Cerimónia do 25.° aniversário do Comité, em 1983 directores de fábricas, dos agricultores, dos trabalhadores. Após ter enumerado pormenorizadamente as tarefas do Comité, o presidente da Comissão afirmou: «Como demonstra esta enumeração, não existe nenhum domínio no nosso Tratado que não preveja a colabo- ração do Comité». Na prática — precisou — a Comissão submeterá ao Comité os projectos de decisão após a sua redacção, «o voto do Comité será considerado pela Comissão um elemento essencial das suas deliberações». A conclusão do discurso de Walter Hallstein este recurso é vital para inúmeros sectores económicos, tais como a agricultura e a indústria agro-alimentar. Para atenuar este problema causado pelas alterações climáticas, o CESE recomenda estudar a possibilidade de armazenamento subterrâneo e da reinjecção de água nos lençóis freáticos. É também urgente promover uma utilização mais racional da água no sector agrícola, favorecendo, nomeadamente, a irrigação e a drenagem sustentáveis. Quanto à prevenção e à luta contra os incêndios, o Comité recomenda que se recorra à tecnologia por satélite para que, todos os anos na Primavera, se elabore uma cartografia das áreas em risco de seca, com défice de produção agrícola e em risco de incêndio. Por fim, o CESE defende a criação de um sítio na Internet europeu onde todos os parâmetros climáticos, como a pluviosidade, a temperatura, a velocidade do vento, a evapotranspiração e a exposição solar sejam facilmente acessíveis e descarregáveis para o cidadão europeu. Trata-se de estimular o aparecimento na Europa de uma cultura de poupança de água. Sensibilizar os cidadãos europeus para um consumo responsável e inteligente nestes países durante muito tempo. Temos de trabalhar com base neste potencial». Mais informações sobre a conferência: http://www.move-together.net. L foi de uma importância política notável, visto que o presidente do executivo do mercado comum recordou que os seis países da CEE já são a primeira potência comercial do mundo e poderão tornar-se a primeira potência produtora, mas, o que é ainda mais importante, constituem uma unidade política de importância crescente cuja existência «não pode ser alterada por nenhuma decisão vinda do exterior». Em nome da Comissão do Euratom, o seu vice-presidente, Enrico Medi, salientou a importância da energia atómica para o futuro bem estar da humanidade e a gravidade do défice em fontes energéticas declarando que hoje já seria possível produzir energia nuclear a um preço competitivo. Por último, H. van Leeuwen, decano, agradeceu ao Governo e ao Senado belgas: o Comité manterá a sua independência e irá bus- >>> p. 4 O Comité adoptou um parecer a 6 de Maio de 2008 destinado a apoiar as iniciativas para uma política comunitária de consumo e de produção sustentáveis. O objectivo é não só sensibilizar os actores da indústria da UE para os encorajar a utilizar mais produtos ecológicos, mas também sensibilizar os cidadãos europeus para a adopção de comportamentos que respeitem mais o ambiente. Serão redobrados os esforços em matéria de informação, de formação e de educação desde o primeiro ciclo do ensino básico. Para garantir um nível elevado de protecção dos consumidores e o seu direito a uma informação completa, o Comité defende a possibilidade de desenvolver códigos de conduta, tal como previsto pela Directiva 2005/29/CE. O CESE recomenda que todas as referências à ecologia (incluindo as mensagens publicitárias) se apoiem num rótulo reconhecido e fiável. Para isso, o Comité solicita a elaboração de uma regulamentação harmonizada sob a forma de uma «Carta europeia do consumo e da produção sustentáveis no mercado interno». Além disso, é preciso continuar a encorajar os produtores a fabricar produtos mais ecológicos e os consumidores a comprá-los. Os meios a utilizar são vários, desde as medidas fiscais para favorecer os produtos mais ecológicos aos contratos públicos «verdes», passando por um aumento da informação que permita ao consumidor escolher os produtos com conhecimento de causa. Para mais informações ver: http://www.eesc.europa.eu/documents/opinions/avis_en.asp?type=en CESE info — Julho de 2008 3 Em 7 de Junho de 2008, o Comité Económico e Social Europeu abriu as suas portas ao público, proporcionando numerosas actividades a adultos e crianças. Apesar do tempo chuvoso e desagradável, mais de 4 000 pessoas decidiram visitar o Comité, criando uma atmosfera realmente extraordinária. Houve um concerto invisível, com uma grande variedade de música clássica de várias partes da Europa — o concerto foi executado no terraço de um dos edifícios do CESE e podia ouvir se em todo o quarteirão do Parc Leopold. A escada de corda foi um desafio para os jovens aventureiros Os convidados foram recebidos à entrada por membros do CESE que explicaram a estrutura, o trabalho e o papel do Comité enquanto ponte entre a Europa e a sociedade civil organizada. Os visitantes puderam, também, tomar parte numa visita guiada às instalações do Comité. Muitos «stands», organizados pelos Várias crianças participaram no concurso de desenho um postal aos seus amigos e parentes por toda a Europa. Como todos os anos, os visitantes puderam tirar a sua fotografia no recanto da fotografia, recebendo a poucos momentos depois como recordação. As fotografias podem ser vistas no sítio web do CESE em: http://www.eesc.europa.eu/openL doorsday/album.asp. Um questionário multimedia atraiu muitos visitantes O CESE lança brochura sobre o futuro da indústria têxtil europeia um volume de negócios de cerca de 240 mil milhões de euros, o sector têxtil, do vestuário e do calçado responde por 4% do valor acrescentado global da indústria transformadora da União Europeia. Por isso, a Comissão Consultiva das Mutações Industriais (CCMI) do Comité Económico e Social Europeu (CESE) reuniu numa brochura os seus trabalhos recentes sobre o sector têxtil, do vestuário e do calçado. Com 3,2 milhões de trabalhadores, representando 9,3% do emprego total, 250 000 empresas e Esta brochura foi apresentada durante a reunião da CCMI de 24 de Junho de 2008 e tenta mostrar como a história da indústria é um exemplo de adaptabilidade e resiliência, assim como uma lição sobre as vantagens da acção concertada e coordenada de todos os parceiros sociais. Como disse Joost van Iersel, presidente da CCMI, o futuro deste sector, apesar da relocalização parcial, é brilhante, o que se deve, em muito grande medida, à própria indústria. Esta brochura ajudará a aumentar o conhecimento das realizações da indústria europeia do têxtil e do vestuário e a estimular a consciência dos desafios enfrentados por este sector no mundo global de hoje. Convidamo-vos a fazer uso desta antologia dos trabalhos sobre o sector do têxtil, do vestuário e do calçado que está ao dispor no sítio web da CCMI (eesc.europa. eu/sections/ccmi/textile/brochuL re/index_en.asp). Segundo Fórum da Sociedade Civil dos Balcãs Ocidentais O Comité Económico e Social Europeu, representante da sociedade civil organizada na União Europeia, organizou o Segundo Fórum da Sociedade Civil dos Balcãs Ocidentais, em Liubliana, na Eslovénia, em 4 e 5 de Junho de 2008, com o apoio da Presidência eslovena do Conselho da UE e a Comissão Europeia. Os 150 participantes congratularam-se com o facto de estar quase concluída a celebração dos acordos de estabilização e associação com os países da região e assinalaram a importância crucial do diálogo travado entre a Comissão Europeia e os países dos Balcãs Ocidentais sobre a liberalização dos vistos. Propuseram também a criação de um CESE info Chefe de redacção Karel Govaert Redactores adjuntos Christian Weger Ana-Cristina Costea Agata Berdys Nadia Boukhenfouf Agnieszka Nyka Despoina Mergiani 4 Endereço: Comité Económico e Social Europeu Edifício Jacques Delors, rue Belliard, 99, B-1040 Bruxelles Tel.: (32-2) 546 93 96 ou 546 95 86 Fax: (32-2) 546 97 64 Correio electrónico: [email protected] Internet: http://www.eesc.europa.eu/ Comité Consultivo que permitisse às organizações da sociedade civil daquela região acompanhar a aplicação do acordo centro-europeu de comércio livre. Entre as personalidades de relevo estavam Dimitris Dimitriadis, presidente do CESE, Jan Truszczyński, director-geral adjunto da DG do Alargamento, da Comissão Europeia, e Miroslav Kukobat, representante do Conselho de Cooperação Regional. Os participantes aprovaram conclusões no final do evento e propuseram a organização de um terceiro fórum, em 2010. L Da esquerda para a direita: Jerzy Garczynski (co-relator), Linas Lasiauskas (presidente do grupo de estudo), Anne van Lancker (deputada do Parlamento Europeu), Claudio Cappellini (relator) e Joost van Iersel (presidente, CCMI). Continuaç ão da p. 3 car a sua força à sabedoria dos seus pareceres. Nesse momento, Victor Larock declarou constituído o Comité Económico e Social e encerrou a sessão. Louis Major, secretário-geral da FGT belga, gostaria de ter usado da palavra na sessão pública para ler o protesto, cujo texto tinha sido adoptado nessa manhã pelo Comité dos 21; uma vez que essa leitura pública não fora possível, os sindicatos reservaram se o direito de transmitir o texto à imprensa. Os termos do protesto foram no entanto divulgados no decurso da 1.ª sessão efectiva realizada pelo Comité a partir das 15h30. Ludwig Rosenberg, que usou da palavra a esse respeito, afirmou: «Pensamos que a composição do Comité constitui um insulto a toda a classe operária» (…). (© Agence Europe/ www.agenceeurope.eu) L Sede do CESE até 1 de Julho de 2004 CESE info em 22 línguas: http://www.eesc.europa.eu/activities/press/eescinfo/index_en.asp O CESE info é publicado nove vezes por ano, por ocasião das reuniões plenárias do CESE. Julho de 2008/7 As versões impressas do CESE info em alemão, francês e inglês podem ser obtidas gratuitamente junto do serviço de imprensa do Comité Económico e Social Europeu. Além disso, o CESE info encontra-se disponível em vinte e duas línguas, em formato PDF, no sítio do Comité na Internet: http://www.eesc.europa.eu/activities/press/eescinfo/index_fr.asp O CESE info não pode ser considerado como o relato oficial dos trabalhos do CESE, que se encontra no Jornal Oficial da União Europeia e noutras publicações do Comité. A reprodução — com menção de CESE info como fonte — é autorizada (mediante envio de cópia ao redactor). Tiragem: 20 500 exemplares. O próximo número sairá em Setembro de 2008. IMPRESSO EM PAPEL 100% RECICLADO QE-AA-08-007-PT-N O CESE abre as suas portas ao público grupos e secções do Comité, estavam no rés-do-chão e no 6.º andar e ajudaram os convidados a descobrir mais informação sobre as actividades do CESE e a recolher objectos interessantes e coloridos. Como nos anos anteriores, o recanto das crianças ofereceu um grande número de atracções aos mais novos, incluindo artistas de circo, ateliê de desenho, caracterização, uma colorida piscina cheia de pequenas bolas. As crianças mais corajosas divertiram se a atravessar a ponte de corda e a descer seis andares por uma corda. Um questionário multimedia sobre o CESE e os seus trabalhos atraiu também muitos dos visitantes, tendo sido atribuídos muitos prémios interessantes. As pessoas foram também convidadas a enviar gratuitamente
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