Resumo Hora da pesquisa- Meritxell Bosch_Linha 3
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Resumo Hora da pesquisa- Meritxell Bosch_Linha 3
IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch TRADUÇÃO DA FALA COLOQUIAL FICCIONAL: Análise da tradução para o espanhol de Cidade de Deus, de Paulo Lins 1. APRESENTAÇÃO DO TEMA A tradução literária, a atividade de recriar obras literárias em outras línguas, apresenta questões bastante complexas e, por vezes, impossíveis de resolver, por lidar com diferenças próprias do intercâmbio linguístico e cultural. Na narrativa literária, um dos elementos principais é a composição dos personagens, na qual o autor lhes proporciona atributos que consigam dar-lhes verossimilhança. Esta caracterização pode ser realizada pelo método direto, utilizando a voz do narrador, ou pelo método indireto, em que as personagens se constroem a si mesmas por meio de seu discurso e de suas ações, conferindo força dramática ao texto. As falas das personagens, portanto, são essenciais para a sua caracterização e podem definir seu perfil de acordo com a sua etnia, grupo social, nível socioeconômico, gênero ou faixa etária. O autor deve, portanto, reproduzir as características da fala oral na escrita, criando um efeito verossímil de oralidade. Para poder criar personagens verossímeis, o ficcionista deve tentar reproduzir a maneira de falar das pessoas, mas sem se esquecer que se trata de um texto escrito. Para conseguir esse efeito, o escritor precisa identificar certas marcas textuais, as chamadas marcas da oralidade. Por outro lado, o tradutor deverá, por sua vez, reescrever o texto original recriando também as marcas da oralidade na língua de chegada. O presente trabalho trata-se de um estudo de caso que analisa as marcas de oralidade observadas nos diálogos da obra Cidade de Deus, de Paulo Lins (Companhia das Letras, 1997), e como estas marcas são reescritas na tradução para o espanhol peninsular de Mario Merlino (Ciudad de Dios, Tusquets, 2003), com o intuito de identificar as dificuldades originadas por este tipo de escrita e sua correspondente tradução, quais são as marcas que é possível transpor e se estas diferentes das da língua de partida, já que podem estar vinculadas a questões culturais ou tradições discursivas. Para isso, realiza-se uma análise intralinguística das características da oralidade e como estas são evocadas no texto escrito. A seguir, procede-se a uma análise interlinguística, comparando original e tradução, focando especialmente a atenção nos aspectos que evocam a oralidade na escrita. Pretende-se também verificar se na tradução da imitação da oralidade são os traços universais da linguagem da imediatez (KOCH; OESTERREICHER, 1990) os que se mantêm enquanto as características históricoidiomáticas tendem a ser suprimidas, por não ter correspondência. 2. EMBASAMENTO TEÓRICO A pesquisa se insere nos estudos descritivos da tradução, que se concentram em questões analíticas de textos que circulam como traduções em uma determinada sociedade. O estudo da tradução literária é realizado sob uma perspectiva não normativa IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch e incorpora não só questões linguísticas, mas também culturais. Os estudos descritivos reconhecem a existência de certas regularidades de comportamento na tradução, dentro de uma situação sociocultural específica. Toury (2004) usa o conceito de “norma” para estabelecer os diferentes tipos de comportamento tradutório num contexto sociocultural específico. É neste contexto de normas sociais tradutórias subjacentes à prática que embasaremos a pesquisa sobre tradução da oralidade coloquial ficcional. Mediante análise comparativa de corpus paralelo, levantaremos quais são as normas que orientam a reescrita da oralidade coloquial ficcional em português para a oralidade coloquial ficcional em espanhol. Para tal, antes é preciso definir e caracterizar uma série de conceitos relacionados com a fala coloquial, apresentados a seguir. 2.1 Oralidade vs escrita: superação da visão dicotômica A visão tradicional de linguagem propiciou um paradoxo em relação à linguagem falada e escrita. Por um lado, a linguagem oral foi considerada, já desde os gregos, como a linguagem “verdadeira”, a “representação das afecções da alma”, segundo Aristóteles em De Interpretatione, relegando a escrita a uma mera representação da fala. No entanto, as afirmações sobre a linguagem provêm tradicionalmente da observação e análise da escrita, e os resultados desta análise generalizaram-se como válidos para a linguagem em geral, independentemente do meio em que era produzido. Como consequência disso, atribuíram-se à linguagem oral as características do errado, do incompleto, do não normativo, enquanto que a linguagem escrita era considerada correta. Essa dicotomia transferiu-se também aos falantes, polarizados em falantes “primitivos” de uma linguagem oral “incorreta” e falantes “cultos”, com domínio da escritura e usuários de uma linguagem “correta” (LÓPEZ SERENA, 2007). A necessidade de compreender o funcionamento real das línguas, de admitir o caráter complexo, dinâmico e contínuo da linguagem é compartilhada por muitos linguistas atualmente, provenientes de áreas como a Pragmática, a Linguística de Texto e a Análise do Discurso, que concordam na recuperação das dimensões sociais e comunicativas da linguagem, superando a visão do sistema homogêneo, buscando a variação inerente ao uso linguístico. Como destaca Marcuschi (2000, p. 16), é “fundamental considerar que as línguas se fundam em usos e não o contrário. Assim, não serão primeiramente as regras da língua nem a morfologia os merecedores de nossa atenção, mas os usos da língua, pois o que determina a variação linguística em todas as suas manifestações são os usos que fazemos da língua”. Atualmente, há uma tendência a considerar a divisão das formas de uso de uma língua em orais e escritas como “excessivamente simples e claramente insuficiente” (NARBONA, 2001). A ideia de variação concepcional gradual, complexa e diversificada, entre fala e escrita tem ganhado força nas últimas décadas. O linguista Ludwig Söll introduziu na década de 1970 a divisão entre meio e concepção. Baseandose no trabalho deste linguista, Koch e Oesterreicher (1990) apresentaram um modelo de variação linguística em que a oposição oral e escrito pode interpretar-se de dois pontos IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch de vista: do ponto de vista do meio, opondo a realização fônica à gráfica; e do ponto de vista da concepção gradual (continuum) entre as diferentes possibilidades de conceber os discursos da comunicação oral e escrita, que os autores preferem chamar de imediatez comunicativa e distância comunicativa. imediatez comunicativa código gráfico código fônico distância comunicativa Fig. 1 Concepção e meio Na figura acima, os triângulos representam a frequência das realizações discursivas: no polo da imediatez comunicativa se escrevem menos textos e há mais conversa oral, e vice-versa. A linha entre os dois triângulos mostra que há uma separação clara entre o meio gráfico e o fônico, não existem formas intermediárias. Segundo Koch e Oesterreicher, há afinidade entre o meio fônico e a imediatez comunicativa e o meio gráfico e distância comunicativa. Mas outras combinações intermediárias são também possíveis: discursos escritos, mas concepcionalmente orais, ou seja, que reproduzem a imediatez comunicativa (chats, histórias em quadrinhos, diálogos de um romance, etc.), e discursos orais concepcionalmente escritos, ou seja, que reproduzem a distância comunicativa (discursos acadêmicos). Os autores identificam uma série de traços universais característicos da imediatez comunicativa, que dividem em quatro âmbitos: pragmático-textual (uso de determinados marcadores, fenômenos de hesitação, mecanismos de reformulação, sinais de vagueza, interjeições, onomatopeias, incoerências), sintático (falta de concordância, anacolutos, elipses, sintaxe agregativa), semântico (escassa variação léxica, palavras ônibus, maior expressividade mediante dêiticos, diminutivos, aumentativos, pejorativos, etc.) e fónico (queda de consonantes, sílabas). Por outro lado, também apontam para a existência de traços da imediatez comunicativa específicos de cada língua histórica. 2.2 Oralidade vs coloquialidade: esclarecendo a confusão terminológica É importante destacar que não pode considerar-se oralidade como sinônimo de coloquialidade. Embora “colóquio” em português signifique “conversa” (AULETE) e o adjetivo “coloquial” possa significar “referente a colóquio ou dele próprio, característico” (AULETE), no presente trabalho o termo “coloquial” terá sempre o significado de “informal, familiar”. Embora a coloquialidade esteja mais presente na fala, não é exclusiva dela e não pode se dizer que língua coloquial seja o mesmo que língua oral. Tanto na língua oral e quanto na escrita encontram-se diferentes níveis de formalidade. IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch Para reproduzir na escrita um texto oral coloquial, portanto, o autor deverá empregar marcas próprias da oralidade e da coloquialidade, além de lançar mão de um planejamento estilístico. Objeto de estudo Meio Tipo de discurso Registro Produção Variedade coloquial Oral/Falado/Fônico Espontânea Mimese do coloquial Escrito/Gráfico Conversação Informal Elaborada, imitação consciente Fig. 2 Modalidades da variação linguística coloquial (LÓPEZ SERENA, 2007) 2.3 Oralidade ficcional ou mimese da oralidade na escrita literária Para que o leitor de um texto literário tenha a sensação de que os personagens estão falando como em um diálogo real e cotidiano, será necessário que o autor use recursos capazes de criar esta ilusão de autenticidade. Segundo Narbona (1989), a incorporação da oralidade coloquial na literatura nunca poderá conseguir-se com total autenticidade, já que, embora em grau diverso, sempre haverá manipulação por parte do autor. Para Goetsch (1985, p. 202 apud BRUMME, 2012, p. 14): “a oralidade nos textos escritos [...] sempre será fingida e, consequentemente, um traço do estilo e, com frequência, também da estratégia de expressão desenvolvida de forma consciente pelo autor em questão”. As principais funções da oralidade ficcional são criar ilusão de verossimilhança; ajudar a situar em época e região e caracterizar os personagens. Para isso, o autor deverá selecionar determinadas marcas de oralidade, formas e expressões que pertencem à imediatez comunicativa. No entanto, no texto escrito não podem usar-se alguns destes recursos, como os paralinguísticos não verbais. Segundo Goetsch (1985, p. 206 apud BRUMME, 2012, p. 14), o autor literário tentará compensar esta questão sendo mais explícito, organizando melhor o texto e atendo-se às convenções estabelecidas pela escrita. Por esse motivo, segundo o autor, “não pode se descrever nem avaliar a oralidade ficcional somente com os critérios que regem as situações comunicativas orais da sociedade moderna [...], senão que deve ter-se em consideração sua relação com a escrita e reconhecer sua importância como componente do texto escrito” (apud BRUMME, 2012, p. 14). Goestsch também indica que muitos autores conseguem criar a ilusão de verossimilhança com a realidade mais com a ajuda da linguagem da distância do que com o da imediatez comunicativa. Segundo ele, não se trata de acumular um grande número de traços orais quanto de planificar, selecionar e elaborar o material para aproveitar as possibilidades que a linguagem da distância lhe oferece para que as características da imediatez comunicativa sobressaiam com mais força. Segundo o autor, o uso das características depende de vários fatores, como o gênero literário, o gosto e os cânones literários vigentes na cultura (1985, p. 214 apud BRUMME, 2012, p. 15). Segundo Narbona (2001, p. 191-192), trata-se de uma experiência nada simples e que deve ser legitimada pelos leitores. Outros autores também destacam que a oralidade IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch ficcional se fundamenta em uma convenção entre o autor e seu público, historicamente estabelecida, mas não estática, já que pode ser alterada ou questionada. Para Lopez Serena (2007, p. 198), se a distância que medeia entre a modalidade coloquial e sua imitação literária conceber-se como uma escala gradual, o continuum iria da reprodução de fenômenos adscritos nos níveis inferiores da análise (principalmente o léxico) até a captação das peculiaridades da comunicação imediata (traços fônicos, morfológicos, sintáticos e prosódicos). 3. ANÁLISE DO CORPUS 3.1 Oralidade ficcional nos diálogos de Cidade de Deus Nos diálogos de Cidade de Deus, encontraram-se os seguintes traços universais da imediatez comunicativa: 1. âmbito pragmático: a) marcadores para organizar o discurso: aí, é o seguinte, é, então... etc.; para tomar ou ceder turno: aí, qualé?, valeu?, morou?; para estabelecer contato com o interlocutor: hã-ram...; b) fenômenos de hesitação: pausas, expressadas normalmente com reticências [não se identificaram outros fenômenos de hesitação, como alongamentos vocálicos, repetições ou reinícios]; c) [não se identificaram mecanismos de reformulação]; d) sinais de vagueza: assim... e) interjeições e onomatopeias: porra!, qualé?, ah!, ô, ó, hein... f) poucas imitações da escassa planificação: roubo de turno, narrativa oral com interrupções, mudança rápida de assunto. 2. âmbito sintático: a) inúmeros exemplos de falta de concordância: nós ia se dar bem; as coitadinha tremia [...], não sei como elas não teve um troço: os berro; elas bem que gostou; a gente não queremos machucar ninguém... b) tematização (deslocamento do tema): aquelas velhas me deu foi dó. c) agregação sintática: frequência de parataxe. 3. âmbito semântico: a) repetição léxica: cumpádi, morou?, qualé...; abundante uso de gíria (no caso, de bandido dos anos 70 no Rio de Janeiro): homi, samango, bichosolto, berro/ferro, arengação, deitar... b) palavras-ônibus: negócio c) maior expressividade: uso de dêicticos, disfemismos, diminutivos, aumentativos, pejorativos IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch 4. âmbito fônico: a) queda de sílabas completas: tô, tá, rumar, panhar... b) queda de vogais: pra, pro, quetinho... c) queda de consoantes: vamo, rapá...; o “s” do plural: esses cara, os berro... d) troca de consonante: craro, Creide, mermo... Algumas das características da imediatez comunicativa que consideramos específicas do português são: No nível sintático: a) estrutura “é que” com valor reforçativo: Você tem é que entrar pra Aeronáutica; bandido que é bandido tem que andar é trepado, morou? b) uso de “que” após pronome interrogativo: Que que tu...? c) excessiva falta de concordância: embora a falta de concordância seja um dos traços universais indicados por Koch e Oesterreicher, a intensidade com que aparece no livro Cidade de Deus é uma característica particular do português para caracterizar a fala de pessoas com baixo nível de instrução, que não se dá, por exemplo, no espanhol. d) dupla negativa: Não quero meus amigo de rixa não. e) repetições enfáticas: Caiu, caiu, cumpádi... Deixa pra lá. f) formas verbais analíticas. g) uso da forma de tratamento “tu” (combinado com falta de concordância, com verbo na terceira pessoa do singular). h) uso de pronome reto na posição de objeto. i) próclise. 3.2 Tradução da oralidade ficcional em Ciudad de Dios Na tradução, no âmbito pragmático, percebe-se uma leve redução dos marcadores para organizar o discurso. Por exemplo, muitos turnos que no original começam com “aí,...”, o marcador é eliminado em espanhol. Mantêm-se as pausas, expressadas também com reticências, os sinais de vagueza, as interjeições e onomatopeias. As poucas imitações de escassa planificação são reproduzidas no espanhol. No âmbito sintático, não se reproduz a falta de concordância que aparece com muita frenquência no português, já que em espanhol, não é uma característica marcante da oralidade de pessoas de baixa instrução. Aparecem exemplos de tematização e se mantém a agregação sintática. No âmbito semântico, na tradução há uma redução da repetição léxica. As palavras que são constantemente repetidas no original são, por vezes, elididas e, em outras ocasiões, o tradutor prefere usar sinônimos. Quanto à gíria, o tradutor não tem IV CDL (Ciclo de Debates em Linguagem) Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL) Hora da pesquisa – Linha 3 Meritxell Almarza Bosch como reproduzir uma gíria tão específica, datada no espaço e no tempo. A estratégia usada é traduzi-la por coloquialismos já assentados no espanhol peninsular, que reproduzem a coloquialidade do texto e permitem a compreensão do que é dito por parte do leitor. Esta estratégia, inevitavelmente, acarreta uma perda de expressividade. Por outro lado, o tradutor mantém outros recursos expressivos, como o uso de dêicticos, disfemismos, diminutivos, aumentativos, pejorativos. No âmbito fônico, a tradução não reproduz nenhuma perda de sílaba, vogal ou consonante. Apesar dos fenômenos fônicos específicos serem diferentes em espanhol, também existem traços fônicos próprios da imediatez comunicativa, como a queda de consoante intervocálica (“cansao” em lugar de “cansado”), queda do “s” do plural ou queda de sílabas (“pa” em lugar de “para”). No entanto, o tradutor opta por não recriar estas características fônicas na tradução. López Serena (2007) indica que na literatura espanhola é raro encontrar reproduções dos traços fônicos próprios da oralidade, somente aparecem em alguns casos em que quer se imitar a fala de pessoas de baixo estrato social, que também seria o caso de Cidade de Deus. Quanto às características sintáticas da imediatez comunicativa próprias do português, obviamente não podem ser reproduzidas na tradução para o espanhol literalmente. O tradutor opta por neutralizá-las sintaticamente, o que acarreta também uma redução da força expressiva e um sucesso limitado da mimese da oralidade nos diálogos literários. 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