Ed 50 Jan/Fev 2016
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Edição especial Nº 50 | Jan/Fev 2016 A MAIOR DO BRASIL Edição especial Nº 50 | Jan/Fev 2016 Anuário Paranaense da Avicultura 2016 Diretoria Planejar e renovar Presidente: Domingos Martins Vice-presidente: Claudio de Oliveira Secretário: Olavio Lepper Tesoureiro: João Roberto Welter Suplentes: Luiz Adalberto Stabile Benicio, Ciliomar Tortola, Vallter Pitol e Roberto Kaefer Conselheiros fiscais Efetivos: Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro, Dilvo Grolli e Edno Guimarães Suplentes: Rogerio Wagner Martini Gonçalves, Celio Batista Martins Filho e Marcos Aparecido Batista Delegados representantes efetivos: Domingos Martins e Luiz Adalberto Stabile Benicio Suplentes: Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro Um novo ano se inicia e com ele renova-se nossa missão de trabalharmos de forma sustentável e inteligente para conservarmos o frango entre os principais itens de exportação do Estado e mantermos a balança comercial positiva para que a proteína permaneça em destaque na mesa do brasileiro. Mesmo com todas as dificuldades já enfrentadas, o mercado de carnes continua promissor conforme apresentamos em nossa matéria de capa, com as expectativas de especialistas do setor para 2016. A primeira Revista Avicultura Paraná, do ano, também comemora a marca de 50 edições. Ao todo, já são nove anos levando informação sobre o agronegócio e o setor avícola do Estado. Além disso, a publicação de janeiro/ fevereiro está com uma versão estendida com o nosso tradicional “Anuário da avicultura paranaense”, que apresenta o balanço de produção e exportação dos últimos cinco anos, levantamento importante para os profissionais do setor. Com impacto no dia a dia de nossa atividade, as mudanças climáticas também estão na pauta do segmento. Atualmente, pesquisadores correm contra o tempo buscando reduzir impactos do calor e da irregularidade das chuvas na avicultura. Segundo a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Magda Aparecida de Lima, toda a cadeia produtiva da carne de frango pode sofrer com essas alterações. Informações sobre bem estar animal e sanidade também estão contempladas nesta histórica edição. Uma boa leitura e um abraço. Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901 Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected] Fale conosco Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na revista Avicultura do Paraná, escreva para nós: [email protected]. Domingos Martins Presidente do Sindiavipar Ed. nº 50 - Jan/Fev 2015 Expediente selo SFC As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes. Produção: Camila Tsubauchi e Mônica Seolim Centro de Comunicação Design e diagramação: centrodecomunicacao.com.br Cleber Brito Jornalista responsável: Comunicação e Marketing: Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794) Mônica Fukuoka Colaboração: Impressão: Bruna Robassa, Camila Castro, Maxi Gráfica Foto: Sindiavipar Editorial 14 Seções Entrevista RICARDO AMORIM Fatores internos e externos vêm favorecendo o crescimento do agronegócio no Brasil. Em entrevista, o economista e presidente da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, afirma que a crise econômica não afetou o desenvolvimento do setor. 24 Capa Agenda..................................................06 Observatório........................................06 Sindiavipar..........................................08 Na mídia................................................10 Radar.................................................12 Entrevista............................14 EXPECTATIVAS 2016 Após um ano de crédito limitado, aumento de custos de produção e incertezas políticas, o setor avícola mantém olhar cauteloso para o ano que se inicia. Fatores como investimentos e El Niño devem impactar nos rumos da atividade. 46 ESPECIAL Sustentabilidade................................16 Meio ambiente....................................18 Sanidade..........................................20 Eventos.................................................22 Capa.....................................24 50 VEZES AVICULTURA PR A Revista Avicultura Paraná janeiro/ fevereiro de 2016 alcança uma marca importante em sua trajetória. A primeira edição deste ano carrega o número 50 e representa nove anos de caminhada, de uma história que se iniciou em 2001. Anuncie na revista Avicultura do Paraná Bem estar..............................................32 ABPA...................................................34 Associados............................................36 Mito ou verdade.................................38 Artigo técnico......................................40 Mercado................................................42 Mônica Fukuoka Gerente de Comunicação e Marketing [email protected] Especial...............................46 (41) 3224-8737 Sugestões de pauta e releases [email protected] Notas e registros.................................50 Agenda Paraná é a 4ª maior economia do Brasil Show Rural Coopavel 2016 Data: 01 a 05 de fevereiro de 2016 Local: Cascavel (PR) Realização: Coopavel Telefone: (45) 3225-6885 E-mail: [email protected] Site: showrural.com.br Dados divulgados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Paraná é a quarta maior economia brasileira. Os números se referem ao ano de 2013, quando o estado Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas respondeu por 6,3% de todas as riquezas geradas no país, ficando atrás somente de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%) e Minas Gerais (9,2%). A mudança Data: 17 a 19 de maio de 2016 Local: Campinas (SP) Realização: Facta Telefone: (19) 3243-6555 E-mail: [email protected] Site: facta.org.br/conferencia2016 de posição no ranking brasileiro é histórica, pois desde 1949 o Paraná permanecia em quinto lugar, atrás do Rio Grande do Sul em produção de riquezas. Em 2013, os gaúchos ficaram para trás, fechando o ano com 6,2% do total nacional. Segundo o relatório, a agropecuária ganhou espaço na economia paranaense e contribuiu para ANUTEC - International FoodTec Brazil o crescimento do índice. Data: 02 a 04 de agosto de 2016 Local: Curitiba (PR) Realização: Bäumle Organização de Feiras Telefone: (11) 3829-7990 / (41) 3068 0100 Email: [email protected] Site: anutecbrazil.com.br Produtividade agropecuária cresce 4% ao ano desde 2000 O crescimento da produtividade agropecuária brasi- V AVISULAT – Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios leira é superior à média mundial de 1,84% ao ano. Segundo estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Data: 18 a 20 de outubro de 2016 Local: Porto Alegre (RS) Realização: ASGAV / SIPS / SINDILAT e FIERGS Telefone: (51)3228-8844 Email: [email protected] Site: asgav.com.br Abastecimento (Mapa), em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o país cresce em produtividade cerca de 4% ao ano. Entre 2000 e 2009, o índice chegou a 5,18% e no período entre 2000 e 2014, atingiu 4,51%. Segundo o relatório parcial do projeto, o aumento está ligado à ampliação de investimentos em pesquisas e no desenvolvimento de novas tecnologias. A expansão das fron- Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail [email protected] ou ligue (41) 3224-8737. teiras agropecuárias no território nacional e a participação acentuada de produtos como frutas, cana-de-açúcar, soja, leite, ovos e carne de frango também contribuíram. 6 | sindiavipar.com.br Observatório Porto de Paranaguá bate recorde histórico de embarques O corredor de exportação do Porto de Paranaguá movimentou 16,14 milhões de toneladas durante o ano de 2015. O número é 1,1% maior que o de 2012 (15,9 milhões de toneladas) – ano de registro do recorde anterior – e 9,1% mais alto que o índice de exportação de 2014. Para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a superação positiva se deve ao ganho de produtividade. Entre março e dezembro do ano passado, quatro novos shiploaders entraram em operação. Os equipamentos recém instalados conseguem carregar 33% mais no mesmo período de tempo. Isso significa que a capacidade de embarque de mercadorias no corredor de exportação cresceu de 1,5 tonelada por hora, para 2 toneladas por hora. Outras obras de melhoramentos também contribuíram para o resultado positivo. Sesi e Sindiavipar realizam curso de relacionamento interpessoal O Sesi e o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) realizaram, em novembro, um curso de relacionamento interpessoal que contou com a participação de 54 colaboradores de 20 empresas parceiras. O curso tinha como objetivo aumentar a compreensão sobre a importância de um ambiente de trabalho saudável que favoreça a coletividade. As atividades foram conduzidas pela psicóloga especialista em Gestão de Pessoas, Fernanda Pacheco, e aconteceram na sede do Senai em Araucária-PR. sindiavipar.com.br | 7 Associe-se! Porque juntos somos mais fortes! Novo Estatuto O novo estatuto do Sindiavipar deve entrar em vigor muito em breve! O documento já foi elaborado e aguarda apenas a aprovação em Assembleia para começar a ser seguido pelos associados, sindicalizados e diretores. O regimento foi elaborado para acompanhar as evoluções da entidade, que, ao longo dos seus 20 anos de existência, deixou de ser apenas uma autoridade sindical para representar a avicultura paranaense de forma abrangente. Entre as mudanças estão a criação de câmaras setoriais para tratar cada assunto ligado à avicultura dentro da sua especificidade; liberdade territorial (os sindicalizados continuam sendo apenas do Paraná, mas serão aceitas instituições do Brasil todo como associadas solidárias) e um trabalho mais voltado ao associativismo. Mais informações: sindiavipar.com.br | (41) 3224-8737 8 | sindiavipar.com.br Grupo RH O grupo de RH é formado por integrantes do Sindiavipar e de empresas paranaenses do setor avícola associadas, que se reúnem periodicamente. Cada encontro tem uma temática central, mas o maior objetivo é propor melhorias para a área de Recursos Humanos das instituições que participam. Nas reuniões, os participantes podem compartilhar conhecimentos e discutir estratégias que posteriormente são executadas. Durante o ano de 2015, foram 6 encontros, sendo o mais recente deles no dia 9 de dezembro, na sede do Grupo GTFoods. Nessa última reunião, o tema principal foi “Definições sobre indicadores de desempenho”, focado em debater processos e resultados inerentes aos Recursos Humanos, como ações trabalhistas, horas de treinamentos, rotatividade, afastamentos e outros elementos. Sindiavipar na FIEP Buscando sempre aprimorar o trabalho realizado, durante todo o mês de novembro, o Sindiavipar participou ativamente de reuniões na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). Um dos assuntos que estiveram em pauta foi Articulação da Rota Estratégica, pensando no futuro da indústria paranaense. Nessa ocasião, os presentes participaram de uma videoconferência com o pesquisador da Embrapa, Everton Krabbe, discutindo sobre qual futuro se pretende construir. Nessas reuniões, também foi apresentado o Planejamento Estratégico do Sistema FIEP, um estudo socioeconômico, com análise de tendências, priorização dos desafios, apresentação dos resultados, Master Plan de Competitividade da Indústria Paranaense 2030 e Metodologia dos Encontros da Caravana de Planejamento. Tudo isso para garantir que o crescimento do setor industrial do nosso estado esteja fundamentado em bases estratégicas. Foi elaborado ainda o grupo do Inventário Tecnológico, que entre outras coisas, convidou o Ministério Público Estadual para organizar o dia de campo e verificar o destino correto de animais mortos. O Sindiavipar atua em parceria com as entidades ligadas à indústria, buscando sempre oferecer benefícios aos seus sindicalizados e associados. sindiavipar.com.br | 9 Sindiavipar na mídia Festas de fim de ano Aumento na procura pela carne de frango nas ceias de fim de ano pautou a imprensa nos últimos meses de 2015 no último bimestre, de mais de 1 milhão de reais. Neste p eríodo, 10 entrevistas foram concedidas à imprensa. Novembro Fonte para a matéria de capa da editoria de Agronegócio do jornal paranaense Gazeta do Povo, “Frango domina crise e ganha mercado”, o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, falou sobre o crescimento da produção no Estado e ainda destacou que a avicultura precisa ser pensada como uma corrente em que todos os elos saem ganhando. Balanço anual, novas ha- Grupo GTFoods, em Maringá, Além disso, o presidente cedeu bilitações e, principalmente, o que reuniu mais de 160 pesso- entrevistas para a CBN Curitiba aumento na demanda de carne as envolvidas com o segmento, e Revista do Avisite. de frango nas ceias de Natal e e sobre a 3ª edição da Expedi- ano novo foram assuntos abor- ção Avicultura, projeto técni- dados por veículos de comu- co-jornalístico do Núcleo de nicação locais e nacionais nos Agronegócio Gazeta do Povo últimos meses (novembro e de- em parceria com o Sindiavipar, zembro) do ano e colocaram a também ganharam espaço nas avicultura paranaense em des- mídias especializadas no seg- Online taque na imprensa. mento. Revista Durante estes dois me- Ao todo, 147 notícias ses, notícias relacionadas ao relacionadas ao Sindiavipar fo- Jantar do Galo, evento realiza- ram divulgadas, somando um do em novembro, na sede do retorno de mídia espontânea, 10 | sindiavipar.com.br Em novembro o sindi- Jornal Rádio TV Sindiavipar na mídia q ueda na procura por vinhos na ceia devido a valorização do dólar. Também relacionado ao tema, o sindicato foi fonte para veículos como Gazeta do Povo, RPC e CBN Cascavel. Outro destaque, foi a entrevista do presidente à revista especializada do Avisite sobre o panorama geral da avicultura paranaense em 2015 e as expectativas para este ano. Ao todo, foram cinco páginas em que personalidades do setor apontaram suas experiências no ano que passou e previsões para 2016. O Sindiavipar ainda figurou em matérias importantes de impacto nacional como a do jornal O Globo sobre as novas concessões de rodovias que serão iniciadas pelo Governo Federal, entre elas a chamada “Rodovia do Frango” cato foi destaque em outros Dezembro e do Estadão Broadcast sobre expectativas de exportação jornais do Estado, como o Jor- No último mês do ano, nal da Manhã e a Folha de Lon- com as celebrações batendo à drina, posicionando-se sobre porta, o Sindiavipar contribuiu a conquista de novos merca- com diversas matérias sobre dos, principalmente o chinês, o aumento da procura da pro- pelas plantas do Paraná, e no teína de frango nas épocas Diário do Norte e na Tribuna de festa. Entre elas, “Frango do Norte com fotos do Jantar com cerveja”, reportagem da do Galo 2015. Na plataforma revista Globo Rural, que foi Revista online, diversos portais como chamada de capa e mostrou a Rádio Agrolink, a revista Avicultura previsão de alta de 4% a 5% Industrial, e Aveworld reper- na venda de frangos no Na- cutiram os assuntos. tal em relação ao passado e sindiavipar.com.br | 11 do setor para 2016. Jornal Online TV Foto: Freeimages Radar Sanidade é a palavra de ordem, é um patrimônio. A avicultura é altamente produtiva, tem parâmetros de produção muito apertados. Ela não tem margens para que doenças convivam com seus rebanhos e venham a afetar a produtividade Fernando Gomes Buchala, titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) 2016 é um ano enigmático, mas nós projetamos crescer de 3% a 5% na avicultura As taxas de desemprego em alta, a inflação corroendo os salários e os preços da carne vermelha valorizados geram diminuição da demanda e migração para as proteínas alternativas, com destaque para o frango, cuja competitividade frente à carne bovina tem estado em alta ao longo de 2015 Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria Francisco Turra, presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) Mesmo que não tenhamos a valorização do dólar, o mercado externo será melhor que o mercado interno devido à economia brasileira que está num processo de queda e nós estamos prevendo também uma queda de consumo um pouco maior no mercado interno. Por isso mercado externo será o melhor caminho para a avicultura Dilvo Grolli, presidente da Coopavel A ampliação do cais do porto e a aquisição de novos equipamentos possibilitaram um aumento de produtividade e trouxeram novas rotas de navios para Paranaguá. Além disso, temos a nosso favor todo o trabalho dos produtores rurais do Paraná, que lideram a produção no país Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), sobre o Porto de Paranaguá ter fechado 2015 como principal exportador de frango, embarcando 1,25 milhão de toneladas até outubro. 12 | sindiavipar.com.br sindiavipar.com.br | 13 Entrevista Futuro promissor Economista Ricardo Amorim analisa os rumos do agronegócio brasileiro em 2016 União de fatores internos e externos vem favorecendo o crescimento a celerado do agronegócio brasileiro. De acordo com a avaliação do economista e presidente da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, a crise econômica não reverteu as oportunidades no setor. Para se entender o conjunto de fatores que favorecem o agronegócio nacional, é preciso destacar que, nos últimos anos, o desenvolvimento de países populosos como Brasil, China e Índia alterou o centro de gravidade da economia mundial, deslocando o foco dos países ricos para os países emergentes. Entrevista Aliados a esse contexto global, os investimentos internos vêm propiciando ainda mais lucratividade para a agricultura local de diversas regiões. Um bom exemplo disso é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem adaptado inovações de primeiro mundo para o Brasil. Apesar elementos da que gama O mau desempenho econômico dos países ricos é estrutural e pode promover o deslocamento dos investidores privados em infraestrutura para cá Quais fatores ainda limitam o crescimento do agronegócio brasileiro? Os custos de transportes para os produtores rurais são muito altos, o que diminui nossa competitividade. No entanto, essa deficiência interna pode ser superada uma vez revertida a atual crise política, o que deve acon- de tecer em 2016. O mau desem- beneficiam penho econômico dos países o país, ainda temos desafios cionais foram compensadas ricos é estrutural e pode pro- pela frente. O primeiro deles pela forte alta do dólar, que mover o deslocamento dos está relacionado à logística. aumenta a renda do produtor investidores privados em in- Para exemplificar, a China nacional. fraestrutura para cá. O comércio exterior segurou a economia durante o ano de 2015. O cenário deve se manter favorável às exportações brasileiras nos próximos anos? Os recentes reajustes de impostos feitos pelo governo federal também prejudicam o desenvolvimento do agronegócio? colaborar Hoje o Brasil ocupa a superada a atual crise fiscal, para a melhoria dos portos, segunda posição no ranking a redução de impostos, que, ferrovias e rodovias. de exportação agrícola. O em longo prazo, favoreceria primeiro lugar está com os Revista Avicultura PR: Qual o panorama do agronegócio em meio a crise econômica nacional? a lucratividade em todos os Estados Unidos, mas ao longo setores, da próxima década, o Brasil ainda mais mercado para o deve se aproximar cada vez agronegócio. O agro vive uma fase nibilidade de terras férteis de desenvolvimento e con- (área correspondente a 33 quistas. A crise econômica países da Europa), além dos Material adaptado por brasileira e a queda no pre- inúmeros mananciais e um Ricardo Amorim e original- ço das commodities agríco- clima favorável ao plantio de mente publicado na Revista las nos mercados interna- variadas culturas. Dupont Clube Parceria. hoje tem US$ 3,5 trilhões em suas reservas internacionais e tudo indica que parcelas crescentes destas reservas serão aplicadas na infraestrutura de países que suprem a China de matérias-primas, como o Brasil. Esses investimentos podem Esse é outro ponto que precisa ser revisto. Depois de geraria, inclusive, mais, devido à grande dispo- sindiavipar.com.br | 15 Sustentabilidade Mudanças climáticas Pesquisadores buscam reduzir impactos do calor e da irregularidade das chuvas na atividade avícola A elevação da tempe- poedeiras e nos níveis de ferti- riores a 32ºC são prejudiciais ratura média global pode im- lidade; aumento da mortalida- para o desenvolvimento das pactar a produção de frangos de e surgimento de doenças”. aves. “Os animais adultos têm seu máximo desenvolvimento em várias regiões do planeta. Estudo realizado na Fa- Para evitar perdas e manter o culdade de Engenharia Agrí- rendimento das aves, será pre- cola da Universidade Estadual “O estresse por calor é ciso investir em pesquisas que de Campinas (Feagri/Unicamp) responsável por grandes per- busquem solucionar os proble- aponta que temperaturas supe- das no rendimento de frangos, entre 18 e 20°C”, confirma. mas trazidos pelas mudanças ocorrendo diminuição do peso climáticas. corporal e aumento de morta- Segundo a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Magda Aparecida de Lima, as alterações climáticas podem afetar a avicultura de diferentes formas. “Algumas delas incluem: redução do consumo de alimento; no desempenho de Precisamos identificar a ocorrência de temperaturas extremas às aves em escala territorial Magda Aparecida de Lima, pesquisadora da Embrapa 16 | sindiavipar.com.br lidade, principalmente, quando as temperaturas excedem 38ºC”, completa a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente. Além das perdas diretas, é preciso considerar a dependência por grãos, como a soja e o milho, para fabricação de ali- mento para as aves. “As lavou- sofria com lavouras enchar- equipamentos de refrigeração ras podem vir a ser afetadas cadas e muita lama, o Centro de ar nas instalações e veículos pela mudança do clima, como Oeste encarava semanas de de transporte, sobretudo em re- demonstram cenários globais seca e poeira. giões com incidências de temperaturas mais elevadas. de ameaças e riscos à atividade frente ao aquecimento global”, destaca a pesquisadora. Soluções A elaboração de diag- No final de 2015, du- nóstico de condições climáticas rante o plantio de verão, o fe- propícias ou não ao desenvolvi- nômeno El Niño mexeu com o mento da atividade avícola em calendário agrícola e com as escala territorial, identificando expectativas de produção da a ocorrência de temperaturas safra de soja e milho brasileira. extremas à esse tipo de ativida- Enquanto a região Sul do país de, é uma importante contribuição à solução do problema, algo 20°C que já vem sendo feito por pesquisadores da Feagri/Unicamp, é a temperatura média ideal para desenvolvimento pleno das aves aliada ao profundo conheci- 32ºC animais, suas tolerâncias, limi- é considerado o limite de conforto térmico na avicultura 38ºC ou mais aumenta o estresse por calor e gera mortalidade mento de aspectos fisiológicos tes e potenciais. Uma solução eficaz pode estar no investimento em instalações que amenizem os efeitos de altas temperaturas, como Embrapa A Embrapa pode orientar produtores e extensionistas de diversas formas, como por exemplo, quanto às estratégias de adaptação aos impactos da mudança do clima, ou na elaboração de análises de cenários e mapas de riscos. A Embrapa também pode desenvolver estudos em parceria com o setor produtivo e outras instituições, com vistas ao melhoramento genético na busca por linhagens mais tolerantes ao calor e à seca. AQUECIMENTO Cadeia produtiva da carne de frango pode sofrer com mudanças climáticas Meio Ambiente Logística Reversa Sindiavipar assina contrato com Sincabima O Sindicato das Indústrias tros setores. A parceria com o “A sociedade é a principal bene- de Produtos Avícolas do Estado Sindiavipar ajudou a fortalecer ficiada, com cidades mais limpas Paraná (Sindiavipar) acaba de a iniciativa”. e com menos lixo nas ruas. Para assinar o contrato de Logística O objetivo da logística re- isso, devemos desenvolver ações Reversa com o Sindicato das In- versa é dar um destino adequado para conscientização da popula- dústrias de Cacaus e Balas, Mas- aos resíduos que a indústria gera. ção, orientando-a em relação à sas Alimentícias e Biscoitos de eliminação correta das embala- Doces e Conservas Alimentícias gens”, comenta Barion. Em relação aos benefícios do Estado do Paraná (Sincabima). projeto, para os associados dos sindica- também fazem parte o Sindica- tos participantes, Barion expli- to da Indústria de Panificação e ca: “as empresas são notificadas Confeitaria no Estado do Paraná pelo Instituto Ambiental do Pa- (SIPCEP), Sindicato da In- raná (IAP) caso não tenham esse Desse mesmo dústria do Trigo no Es- plano de logística reversa, tado do Paraná (Sindi- mas o custo para executá-lo trigo-PR), Sindicato da individualmente é elevado. Indústria de Torrefação Quando o sindicato centraliza e Moagem de Café no o projeto, esse custo se divide Estado do Paraná (Sin- entre os associados e torna-se café-PR) e Sindicato da mais baixo”. Indústria de Carnes e Deri- O objetivo do Sindiavi- vados no Estado do Paraná par em entrar para esse pro- (Sindicarne-PR). jeto é contribuir com o meio A ideia partiu do Sin- ambiente e, ao mesmo tempo, cabima e é coordenada pelo oferecer mais um benefício presidente para os seus associados. da entidade, Rommel Barion. Segundo ele, o objetivo foi montar um projeto de logística reversa das embalagens dos produtos alimentícios. “Isso INFORMAÇÕES sindiavipar.com.br Tel: (41) 3224-8737 envolve o poder público, fornecedores, importadores e ou18 | sindiavipar.com.br Sanidade Biosseguridade em pauta Grupo de trabalho liderado pelo Mapa discute melhorias sanitárias e redução de custos na avicultura a desinfecção e diminuir, no entendimento do Mapa, os riscos sanitários nos aviários. “Evidentemente que o piso de concreto diminui as chances de disseminação de patógenos, logo tem maior biosseguridade. O que algumas empresas questionam é o custo que se tem pra implantar, que é muito grande, tendo outras alternativas para melhorar a biosseguridade da propriedade”, avalia Gonçalves Dias. A Cooperativa C. Vale, instalada em Palotina, na região Oeste do Paraná, acredita que a readequação é O Ministério da Agricultura, radas pertinentes serão incluídas em muito importante para o equilíbrio fi- Pecuária e Abastecimento (Mapa) uma consulta pública que será dispo- nanceiro do produtor avícola. “O piso debate com representantes de en- nibilizada no site do Mapa na internet. representa 38,8% a mais no valor fi- tidades ligadas à produção avícola “As INs nº56 e nº59 perma- nal da construção civil”, diz o médico de cada Estado possíveis readequa- necem em vigor. O Ministério da Agri- veterinário de Fomento Avícola da ções nas Instruções Normativas (INs) cultura deve publicar para consulta empresa, Lederson Trindade de Lima. nº56 e nº59. A intenção é melhorar a pública alterações dessas instruções Conforme dados da própria biosseguridade dos plantéis e buscar normativas”, explica o médico vete- C. Vale, o avicultor paga aproximada- alternativas para redução de custos, rinário e gerente de Saúde Animal da mente R$ 116 por metro quadrado conforme reivindicações do setor Adapar, Rafael Gonçalves Dias. para construir um aviário comercial Várias sugestões foram en- sem piso de concreto. Com o reves- O grupo de trabalho recebe viadas ao Mapa. Entre elas, está a reti- timento em alvenaria, o preço médio sugestões de entidades estaduais, rada da exigência do piso de concreto do metro quadrado sobe R$ 45, che- como a Agência de Defesa Agrope- para granjas de produção instaladas gando a R$ 161. cuária do Paraná (Adapar), e debate a a menos de três quilômetros de um Na visão de Lima, existem viabilidade sanitária e financeira das matrizeiro. A pavimentação em alve- outras formas – mais baratas – de se propostas. Depois de várias rodadas naria é indicada nas INs em questão manter os planteis seguros e livres de discussão, as alterações conside- com o intuito de facilitar a limpeza e de doenças. “A legislação em vigor já produtivo. Sanidade contempla o aumento do rigor de outras medidas de biosseguridade para as granjas sem piso de alvenaria”. O diretor de operações da Gralha Azul Avícola em Francisco Beltrão, Alexandre Pecoits, acredita que o isolamento ambiental e o reflorestamento da área próxima ao galpão sejam mais eficientes. “O piso só vai fazer diferença nas trocas de camas dos aviários, que são feitas com baixa frequência, porque trocar a cama a cada lote é inviável”. Além disso, o pavimento em concreto pode manter a cama úmida e contribuir para um possível aumento de calos de patas e afetar o rendimento das aves. O que dizem as Instruções Normativas nº56 e nº59? A preocupação com bios- ção de um aviário. Os textos apon- seguridade aumenta à medida que tam, por exemplo, a importância de diminui a distância entre a granja de se respeitar a distância mínima de produção e o matrizeiro. “Quanto 3 quilômetros entre as unidades de mais perto, maior o risco sanitário”, produção e de reprodução. explica o médico veterinário da “Até 3 quilômetros é permi- Adapar. Isso acontece porque o es- tido construir qualquer aviário. Para tabelecimento de reprodução é o construir uma granja de produção a principal disseminador de doenças, menos de 3 km de uma granja de re- pois distribui aves e material genéti- produção, é preciso fazer uma análi- co para outras granjas. se de risco”, destaca Gonçalves Dias. As INs nº56 e nº59 institu- A avaliação leva em consideração a ídas pelo Mapa em 2008 e 2013, biosseguridade da granja, a presen- respectivamente, versam sobre as ça de árvores frutíferas nas proxi- medidas sanitárias a serem obser- midades, a necessidade do piso de vadas antes de se iniciar a constru- concreto, entre outros requisitos. Eventos Save The Date: IV Workshop da Avicultura Próxima edição do evento já está sendo programada sanidade animal, Workshop Sindiavipar acon- bem-estar, nutri- tece em 2016. O evento mo- ção, vimenta a avicultura parana- da atividade e ou- ense a cada dois anos, sempre tras similares. trazendo temáticas que sejam O A quarta edição do crescimento princi- relevantes para o desenvol- pal objetivo do vimento da atividade no es- Workshop Sindia- tado. Quando consideramos vipar é promover a que o Paraná já responde por capacitação de to- cerca de 35% das exporta- dos os participantes ções brasileiras de carne de por meio das pales- frango, fica ainda mais fácil tras, trazer novos conhe- perceber a importância de um cimentos técnicos e, novas workshop como esse. estratégias que possam ser A programação para o adotadas futuramente para possível próximo ainda está aberta, fomentar ainda mais a avicul- fícios, desde convites até portanto, você pode dar a sua tura no Estado. espaços privilegiados para ter vários bene- sugestão! Ela será analisada E além da programa- divulgação, como banners e por toda a equipe do sindica- ção, a entidade está aber ta distribuição de materiais im- to e, caso haja possibilidade e para parceiros. Você pode as- pressos. viabilidade, poderá se trans- sociar a sua marca ao evento A princípio, a previsão formar em uma das palestras que é focado na propagação é de que o Workshop seja re- ministradas no evento. A ideia de informações e que busca alizado em Foz do Iguaçu, no é trabalhar questões perti- colocar a avicultura sempre mês de outubro. nentes ao mercado avícola, à frente. Com a parceria é 22 | sindiavipar.com.br Dúvidas ou sugestões Eventos O principal objetivo do Workshop da Avicultura PR é promover a capacitação de todos os participantes Última Edição brasileira para 2015: desafios O último Workshop da e oportunidades, ministrada Avicultura Paranaense aconte- por Francisco Turra, da Asso- ceu em 2014, na cidade de Foz ciação Brasileira de Proteína do Iguaçu. O evento foi realiza- Animal do pelo Sindiavipar em parce- das matérias-primas nas for- ria com a Associação Paranaen- mulações de rações, por João se de Avicultura (Apavi) e, além Batista Luchesi, da Agroceres/ de discutir tendências, fomen- Multimix; além de várias outras podem ser contatadas pelo tou a capacitação profissional palestras. telefone (41) 3324-8737 ou na área. (ABPA); Otimização Para 2016, o Sindiavi- [email protected]. Os participantes da edi- par prepara uma programação Participe e ajude a fazer esse ção passada do Workshop pu- de alta qualidade novamente a evento ser ainda melhor e deram assistir de palestras so- todos os que forem prestigiar mais produtivo! bre Perspectivas da avicultura mais uma edição. Olhar cauteloso Liberação do crédito, câmbio e clima devem ditar rumos da avicultura em 2016 24 | sindiavipar.com.br Capa de suprimento adequado para Após um ano de crédito limitado, aumento de custos de produção e incertezas políticas, o setor avícola enxerga 2016 com cautela, mas também como um momento de oportunidade. Durante a crise, a avicultura se manteve competitiva com o faturamento impulsionado, especialmente, pelas exportações. Para o ano que chega, fatores Nós vamos continuar o plano de expansão da capacidade produtiva do grupo. Projetamos chegar até o final de 2017 a um abate de 720 mil aves/dia Rogério Gonçalves, diretor administrativo do Grupo GTFoods a atividade produtiva de proteína animal”, explica. De acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mesmo com possíveis adversidades, a entidade prevê um ano com crescimento de 3% a 5% na produção. Apresentando um olhar positivo para 2016, o como investimento e El Niño Grupo GTFoods, pretende am- devem impactar nos rumos da pliar a produtividade da emporque houve valorização do presa. “Nós vamos continuar Para o professor coor- dólar em relação ao real na o plano de expansão da ca- denador do Centro de Agro- colheita. E o terceiro ponto é pacidade produtiva do grupo. negócios da Fundação Getúlio o clima. El Niño é o mais rigo- Projetamos chegar até o final Vargas e ex-ministro da Agri- roso dos últimos 20 anos tra- de 2017 a um abate de 720 mil cultura, Pecuária e Abasteci- zendo muita chuva para o sul aves/dia. Isso alinhado com a mento, Dr. Roberto Rodrigues, do país e seca para o norte, nossa Visão, de até o ano de são três os fatores principais podendo gerar um problema 2020 ser a terceira empresa atividade. que podem influenciar o setor. “O primeiro é a liberação do crédito. Nós sabemos que o crédito ficou muito mais caro e muito mais restritivo, aumentando os custos de produção. O segundo ponto é o câmbio, que ajudou muito o agro brasileiro em 2015. A relação do produtor no Brasil na safra passada foi positiva EXPANSÃO GTFoods busca ampliar os canais de distribuição dos produtos sindiavipar.com.br | 25 no setor de avicultura no Bra- Mercado equilibrado rio da Agricultura Pecuária e No ano de 2015, di- Abastecimento (Mapa), para internacional”, versas plantas paranaenses comercializar seus produtos conta o diretor administrativo e brasileiras receberam ha- no mercado externo. Entre os do grupo, Rogério Gonçalves. bilitações junto ao Ministé- principais consumidores está sil com diversificação e reconhecimento o mercado asiático, cliente Ainda segundo ele, o GTFoods busca ampliar os canais de distribuição dos produtos, “pois em um ambiente de queda de venda no mercado interno, existe a preocupação com segmentos que possam ter fragilidade ao longo de 2016, como os segmentos com inadimplência do varejo”, finaliza. El Niño é o mais rigoroso dos últimos 20 anos trazendo muita chuva para o sul do país e seca para o norte Roberto Rodrigues, professor coordenador do Centro de Agronegócios da FGV em potencial que tem alavancado os embarques do Brasil. Conquistas que sustentaram o faturamento de muitas empresas brasileiras e aumentaram consideravelmente os embarques. Segundo o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José EMBARQUES ABPA prevê um crescimento entre 3% e 5% nas exportações em 2016 26 | sindiavipar.com.br Augusto de Castro, para os próximos anos busca-se abrir mercados novos como a Indonésia e alguns países da África para carne de frango brasileira. O presidente da APBA , Francisco Turra, ainda lembra que estão no radar, para futuras comercializações, Austrália, Nova Zelândia e Camboja. Com isso, a ABPA prevê um crescimento entre 3% e 5% nos volumes embarcados. Já Temos que fazer o dever de casa com reformas estruturais. É a reforma do sistema tributário, reforma trabalhista, reforma previdenciária, e investimentos maciços em infraestrutura José Augusto de Castro, presidente da AEB a previsão da AEB é de um pequeno crescimento, de até 1%, nas quantidades exportadas e uma pequena redução do preço médio. Para Castro, neste ano que se inicia, as exportações continuarão sendo um dos pilares de sustentação do agronegócio nacional. “Com certeza, mais do que nunca ela vai ser fundamental. Porque com a retração do mercado interno seja decorrente do desemprego, da inadimplência, e outros fatores, a exportação é a única alternativa para você tentar minimizar o problema ou compensar parcialmente a redução do faturamento do mercado interno”, analisa. O professor Roberto Rodrigues, entretanto, alerta, “é preciso lembrar que o mercado interno hoje é mais importante para nós do ponto de vista de volume de consumo do que o mercado externo, então é muito relevante que tenhamos um mercado interno florescido em 2016. A expectativa é que com um CONSUMO Expectativa é que com um ajuste fiscal bem feito haja recuperação da economia 28 | sindiavipar.com.br ajuste fiscal bem feito nós ainda não encontrou um pa- para que nossos produtos f i- tenhamos uma recuperação râmetro quem compet it ivos interna- da economia já no segundo complementa. semestre e, nesse caso, não existirá problema algum”. de estabilidade”, cionalmente”, explica. Segundo Rober to Ro dr igues, o momento é de colocar “a barba de molho”. Desafios e recomendações “Cor tar custos, fazer eco - Para Turra, presidente nomias, usar a melhor tec- da ABPA , a retração econô - nolog ia possível , com os mica e uma eventual con- recursos disponíveis e não t inuidade na cr ise polít ica recorrer a um endiv idamen- poderão estar entre os pr in- to maior que a capacidade cipais desaf ios do setor em de pagamento, são as três 2016 e impac tar negat iva- recomendações que dar ia”, mente no consumo interno af irma. “Em O presidente da AEB, tempos de cr ise, é natural José Augusto de Castro, ain- que o consumidor ing ira um da aponta que o Brasil não pouco menos proteínas. Ao pode depender de fatores mesmo tempo, precisaremos como a taxa de câmbio, já monitorar nossos custos de que ele é f lutuante e sofre produção, rela- alterações. “Temos que fazer ção aos custos energét icos, o dever de casa com refor- quanto aos insumos, como mas estruturais. É a reforma o milho e a soja. Na nossa do sistema tr ibutár io, refor- busca pelo equilíbr io, nossa ma trabalhista, reforma pre - equação produt iva será mais v idenciár ia, e invest imentos desaf iadora”, or ienta. maciços em infraestrutura. de carne de frango. tanto em “Recomendamos muita cautela a todos os players Temos que reduz ir nosso elevado custo de log íst ica da av icultura nacional , sem- mercado. Ao mesmo tem- po, devemos nos atentar à manutenção de nossa capacidade compet it iva frente às oscilações dos custos de produção e ao câmbio, que Apresentando um pre- ço acessível ao consumidor e com uma demanda mundial crescente pela proteína, o mercado de carne de frango continuará ganhando espaço independente dos rumos políticos e econômicos. “É preciso lembrar, que apesar de todas as dificuldades do momento, há alguns setores, e a proteína animal está entre eles, que continuam promissores, porque a demanda mundial continua aquecida. Os países emergentes estão aumentando sua renda per capita. Há um crescimento da busca por carnes alternativas. E a carne bovina, a carne suína e o frango têm uma dimensão enorme nisso”, afirma Roberto Rodrigues. Turra destaca também pre mantendo nossa atenção voltada para a demanda do Diferenciais Com certeza, mais do que nunca ela [exportação] vai ser fundamental José Augusto de Castro, presidente da AEB o status sanitário alcançado pelo país que contribui para o consumo interno e, principalmente, para a entrada da proteína animal brasileira em diversos mercados exigentes. Anuário Paranaense da Avicultura 2016 A MAIOR DO BRASIL Anuário Paranaense da Avicultura Produção Frango (cabeças) Brasil PR % SC % RS % 2015 5.259.495.614 1.685.168.019 32,04 874.543.101 16,63 758.553.930 14,42 2014 5.023.649.311 1.569.818.749 31,25 878.539.134 17,49 733.221.470 14,60 2013 5.041.186.964 1.463.490.290 29,03 854.359.914 16,95 734.823.704 14,58 2012 5.093.012.867 1.403.522.683 27,56 891.889.394 17,51 721.592.419 14,17 2011 5.173.359.093 1.391.662.550 26,90 939.376.172 18,16 782.220.827 15,12 Fonte: Sindiavipar e Mapa Frango e peru (cabeças) Produção de frango (cab) Frango Variação Peru Variação 2015 1.685.168.019 7,35 8.444.292 -11,03 2014 1.569.818.749 7,27 9.490.725 -3,89 2013 1.463.490.290 4,27 9.874.612 -1,05 2012 1.403.522.683 0,85 9.979.332 5,02 2011 1.391.662.550 4,72 9.501.878 -21,63 5.259.495.614 1.685.168.019 2015 874.543.101 758.553.930 5.023.649.311 1.569.818.749 2014 878.539.134 Fonte: Sindiavipar 733.221.470 Abate por região 2015 5.041.186.964 1.463.490.290 Região (IBGE) % Noroeste Paranaense 9,93 Norte Central Paranaense 20,58 Norte Pioneiro Paranaense 5,98 Oeste Paranaense 31,72 Centro Ocidental Paranaense 5,33 Centro Oriental Paranaense 4,37 Sudoeste Paranaense 19,39 Centro Sul Paranaense 0,00 2013 854.359.914 734.823.704 5.093.012.867 1.403.522.683 2012 891.889.394 721.592.419 5.173.359.093 1.391.662.550 2011 939.376.172 782.220.827 Sudeste Paranaense 0,00 Metropolitana de Curitiba 2,71 Total Brasil 100 Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Fonte: Sindiavipar Insumos 2015 Valor bruto da produção Paraná (milhões R$) Ano 2014 2013 2012 2011 2010 Frango de Corte 10.234 9.445 7.517 6.468 5.360 0.298 0.294 0.214 0.193 0.233 70.675 69.045 53.983 50.500 44.295 Peru Agropecuária Fonte: Conab e Seab/Deral Brasil Paraná Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Milho 15.692.900 84.672.400 2.465.012 16.014.985 Soja 32.092.900 96.228.000 5.104.000 16.949.631 Fonte: Conab e Seab/Deral Avicultura 2016 Avicultura 2011 Exportação Frango Brasil Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul US$ kg US$ kg US$ kg US$ kg 2015 7.183.059.621 4.321.444.234 2.373.027.368 1.488.228.226 1.828.578.578 1.013.885.895 1.285.093.277 795.164.733 2014 7.933.919.650 3.997.263.468 2.363.181.743 1.286.647.906 2.178.642.562 979.095.732 1.388.664.410 733.186.049 2013 7.915.622.870 3.876.423.679 2.186.170.627 1.143.751.923 2.149.811.060 937.989.090 1.393.611.877 711.318.263 2012 7.704.189.807 3.920.174.730 2.045.499.157 1.126.284.171 2.180.019.934 1.015.802.279 1.385.015.710 727.650.807 2011 8.254.465.103 3.945.861.152 2.068.690.688 1.044.670.138 2.482.079.498 1.065.585.502 1.540.334.250 764.959.014 Fonte: Sindiavipar e Secex/MDIC Peru Exportação de frango (kg) Brasil 2015 2014 Brasil 2013 Paraná 2012 Santa Catarina Paraná US$ kg US$ % kg % 2015 288.255.768 132.964.372 80.466.552 27,91 36.546.986 27,49 2014 148.920.137 79.346.729 25.719.947 17,27 14.511.120 18,29 2013 190.802.479 91.560.846 29.025.966 15,21 16.042.185 17,52 2012 203.301.312 93.644.441 21.791.690 10,72 13.252.140 14,15 2011 170.777.452 71.869.800 12.286.908 7,19 7.730.975 10,76 Fonte: Sindiavipar e Secex/MDIC 2011 Rio Grande do Sul Mercados da carne de frango PR (kg) Principais destinos da carne de frango (2015) Faturamento Volume Nº País US$ % kg % 1 Arábia Saudita 511.456.768 21,55% 302.887.172 20,35% 2 China 249.514.503 10,51% 120.361.485 8,09% 3 Japão 219.869.930 9,27% 103.106.443 6,93% 4 Emirados Árabes 202.400.448 8,53% 124.057.106 8,34% 5 Hong Kong 127.287.666 5,36% 96.704.080 6,50% 6 Paises Baixos 115.431.198 4,86% 46.975.123 3,16% 7 Kuwait 77.454.666 3,26% 49.327.050 3,31% 8 Egito 57.284.948 2,41% 38.015.929 2,55% 9 África do Sul 47.521.204 2,00% 120.070.589 8,07% 10 Alemanha 41.771.022 1,76% 17.270.768 1,16% Total 1.649.992.353 69,53% 1.018.775.745 68,46% Total Paraná 2.373.027.368 100% 1.488.228.226 100% Fonte: Sindiavipar e Secex/MDIC 2015 35,33% 64,67% 2014 37,26% 62,74% 2013 35,52% 64,48% 2012 36,48% 63,52% 2011 34,12% 65,88% Externo Interno Fonte: Sindiavipar e Secex/MDIC Exportações da carne de frango por produto (2015) 61,25% Cortes 32,16% Inteiros 4,05% Salgados 2,11% Processados 0,41% Embutidos * Subprodutos: 0,01% Fonte: Sindiavipar e Secex/MDIC PARANÁ Referência em produção, exportação e sanidade avícola Noroeste Paranaense GTFoods Agroindustrial São José JBS Foods Paraíso do Norte - gtfoods.com.br SIF 1860 Santa Fé SIF 1876 C. Mourão - jbs.com.br SIF 2694 Jaguafrangos Unitá - Cooperativa Central Paranavaí - gtfoods.com.br SIF 1880 Jaguapitã - jaguafrangos.com.br SIF 2913 Ubiratã - unitacentral.com.br SIF 603 Agroindustrial Parati Aurora Alimentos GTFoods Rondon - agroparati.com.br SIF 3925 Agroindustrial Parati Umuarama - agroparati.com.br SIF 2010 Avenorte Avícola Cianorte Cianorte - guibon.com.br SIF 4232 Norte Central Paranaense JBS Foods BRF Norte Pioneiro Paranaense Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br SIF 1372 JBS Foods Arapongas - frangoagosto.com.br SIF 270 Jaguapitã - jbs.com.br SIF 2677 Vibra Agroindustrial Pato Branco - vibra.com.br SIF 2212 Cafelândia - copacol.com.br SIF 516 Avícola Carminatti Santo Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br BRF Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br Globoaves BRF Cascavel - globoaves.com.br SIF 1672 Marco Avicultura Tamarana Dois Vizinhos - brf-br.com SIF 1985 C. Vale Coop. Agroindustrial GTFoods Maringá - gtfoods.com.br SIF 4166 Abatedouro Coroaves Maringá - coroaves.com.br SIF 2137 Granjeiro Alimentos Rolândia - frangogranjeiro.com.br SIF 4087 Frango Sabor Caipira Ivaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br SIP 0003-A | SISBI Unifrango BRF Palotina - cvale.com.br SIF 3300 Francisco Beltrão - brf-br.com SIF 2518 Coopavel Coop. Agroind. Cascavel - coopavel.com.br SIF 3887 DIP Frangos Capanema - dipfrangos.com SIF 2539 Coop. Agroindustrial Lar Medianeira - lar.ind.br SIF 4444 Gralha Azul Avícola Francisco Beltrão - gaa.com.br Coop. Agroindustrial Copagril Granja Real Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br SIF 797 Pato Branco - granjareal.com.br Pluma Agroavícola Globoaves Agroavícola Dois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br Cascavel - globoaves.com.br Centro Ocidental Paranaense Maringá - unifrango.com SIF 88 Santo Inácio – jbs.com.br SIF 7777 exportação para China Lapa – jbs.com.br SIF 530 Terra Boa - gtfoods.com.br SIF 3773 exportação geral Metropolitana de Curitiba JBS Foods GTFoods JBS Foods Sudoeste Paranaense Itapejara do Oeste - vibra.com.br SIF 3170 Toledo - brf-br.com SIF 716 JBS Foods Carambeí - granjaeconomica.com.br Vibra Agroindustrial Jacarezinho - jbs.com.br SIF 2227 Copacol Coop. Agroind. Consolata Frango DM Carambeí - brf-br.com SIF 424 Granja Econômica Avícola Frangos Pioneiro Oeste Paranaense Rolândia - jbs.com.br SIF 1215 Abate Halal Centro Oriental Paranaense Mandaguari - auroraalimentos.com.br SIF 664 exportação para UE Fábrica de ração Abatedouros Incubatórios sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar Além da legislação O atendimento à legisla- tem que ser considerado”, expli- dificuldade de se identificar pon- ção de bem-estar animal e abate ca a diretora da AgroQualità, Dio- tos que demandem melhorias. humanizado é uma preocupação ne Carina Francisco. A empresa Com apoio técnico espe- constante em todos os elos da ca- presta consultoria e desenvolve cializado na área de bem-estar deia produtiva do frango. Mas ir programas de qualidade em bem- animal e a construção de pesquisa além do que exigem as normas e -estar animal em todo o Brasil. aprofundada, exclusiva para cada investir em projetos técnicos vol- Segundo Dione, quando aviário ou frigorífico, as empresas tados para a saúde das aves, pode o avicultor perde um lote inteiro podem implementar procedimen- melhorar a produtividade e o lu- de aves em função da variação tos adicionais aos exigidos por lei. cro do avicultor. de temperatura, fica fácil perce- “A legislação já determina a ne- “Há o entendimento de que ber que algo está errado com o cessidade de insensibilização das bem-estar animal visa só o animal. controle de ambiência. Entretan- aves e de programas de controle Na verdade, o impacto econômico to, quando não há frequência e a específicos de bem-estar animal, gerado por perdas na produção mortalidade é baixa, aumenta a mas é possível ir além”, destaca. Bem-estar AgroQualità em termos de produtividade?”, indica Dione. A AgroQualità oferece No frigorífico, muitas ve- cursos de capacitação in com- zes, é preciso validar a linha de pany, consultoria em progra- abate para sabermos quais pontos mas de qualidade e bem-estar precisam ser melhorados e, de- animal, gestão ambiental e cer- pois disso, planejar modificações tificação de produtos importa- no processo. Essas alterações po- dos, sejam de origem animal dem trazer melhores resultados fi- ou vegetal. A empresa oferece nanceiros e também mais garantia suporte técnico qualificado aos compradores, principalmente, para atender tanto a legislação da União Europeia, que faz muitas brasileira, quanto parâmetros exigências de bem-estar animal. europeus. Os treinamentos são ministrados presencialmente e, em alguns casos, em salas de aula virtuais. Cinco liberdades Todo projeto de bem-estar procura garantir que o animal tenha liberdade para expressar seu comportamento natural, não sinta fome ou sede, nem medo ou também fica quente e ao invés de o animal beber mais por causa do calor intenso, há uma redução no consumo”. O estresse pelo calor, associado à queda da ingestão “Falta um entendimento de água e de ração, afeta negati- mais aprofundado desses parâ- vamente a taxa de conversão de metros e falta fazer essa associa- alimento em carne. ção, de que o bem-estar animal é Para os produtores que bom porque também traz retorno recebem por peso médio do fran- financeiro e produtivo”, completa go, investir em procedimentos de Dione. No aviário, por exemplo, bem-estar animal que ofereçam o consumo de ração pode estar mais do que a lei exige, pode sig- ligado à ambiência. Quanto mais nificar aumentar os ganhos por quente estiver dentro do galpão, lote. “As empresas precisam per- menos ração será consumida. ceber a importância de se fazer O calor também influencia essa conta: se investirmos mais a quantidade de líquido ingerida em ambiência quanto vamos ter pela ave. “Muitas vezes, a água de retorno? Quanto vai significar estresse, fique livre de doenças e dores ou qualquer desconforto. “Em todo o modo de proteção intensiva, a ave não vai conseguir expressar seu comportamento natural por completo. Temos que trabalhar para chegar o mais próximo possível”, explica a diretora da AgroQualità. As 5 liberdades do bem-estar animal 1.Livre de fome e sede; 2.Livre de medo e estresse; 3.Livre de dor e doenças; 4.Livre de desconforto; 5.Liberdade para expressar seu comportamento natural. ABPA O Brasil que dá certo A crise econômica acertou 2015 com diversos recordes. Nes- isto, o Brasil assume o segundo lu- em cheio o Brasil em 2015. Em meio te cenário, a produção brasileira gar no ranking dos maiores produ- a este complexo cenário, a avicultu- de carne de frango deverá chegar tores de carne de frango, superando ra foi impactada em diversos mo- a 13,136 milhões de toneladas em a China – que tem produção previs- mentos ao longo do ano. 2015, volume 3,5% superior ao ta de 13,09 milhões de toneladas, Por um lado, custos de pro- obtido pelo setor em 2014, com conforme o Departamento de Agri- dução apresentaram elevação, em 12,691 milhões de toneladas. Com cultura dos Estados Unidos (USDA). especial, no segundo semestre, com Em alta, consumo per capita deverá a alta dos preços de milho e de soja. crescer 1,05%, atingindo 43 quilos Por outro, greves dos caminhoneiros e dos fiscais federais agropecuários reduziram, momentaneamente, o fluxo das exportações. O clima também afetou o ritmo dos embarques, com o fechamento parcial e total do Porto de Itajaí. Apesar disto, o setor encerra 2° lugar é a posição ocupada pelo Brasil no ranking dos maiores produtores de carne de frango 16 novas plantas brasileiras receberam habilitação para comercializar com o México per capita no ano. No mercado externo, o produto, consolidado como quarto item da pauta exportadora nacional, alcançou em 2015 os três melhores resultados mensais da história das exportações do setor. Neste ano, as exportações brasileiras de carne de frango deverão alcançar 4,260 milhões de toneladas, volume 4% superior ao obtido em 2014, com 4,1 milhões de toneladas. Em receita, o saldo previsto em reais é de R$ 23,7 bilhões, uma elevação de 25% na comparação com o ano anterior. Já em dólares, é esperada uma retração de 11%, totalizando US$ 7,1 bilhões. Além da abertura dos mercados da Malásia e Myamnar, o setor avícola foi favorecido pela habilitação de mais duas plantas para a China (totalizando 30 plantas habilitadas), além de 16 novas unidades exportadoras para o México, que agora conta com 20 plantas habilitadas. ABPA Além de ampliar sua parti- diante da possibilidade de abertu- Em meio a este contexto, cipação no mercado, a avicultura ra de novos mercados para o frango é fundamental mantermos nossa conseguiu manter sua competiti- brasileiros, além do impacto natu- atenção voltada para a susten- vidade, com a manutenção da de- ral gerado pelo crescimento vege- tabilidade dos negócios e para a soneração da folha de pagamento. tativo da população e a esperada preservação de nosso status sani- Outro fator favorável foi a alta do reversão da situação econômica do tário, sempre primando por uma câmbio, melhorando a rentabilida- Brasil. cadeia competitiva e unificada. Crescimento semelhante é Com isto, mesmo diante de uma previsto para as exportações, com grave crise econômica em nosso Mesmo frente a crise vigen- boas expectativas quanto a abertu- país, deveremos continuar fortes te no país, a avicultura do Brasil en- ra dos mercados de Taiwan e Repú- e sólidos. Com orgulho, podemos cerra o ano com boas perspectivas blica Dominicana, além da habilita- dizer que fazemos parte do Brasil para 2016. As projeções indicam ção de novas plantas para embarcar que dá certo. crescimento na produção e nas carne de frango do Brasil para a exportações dos dois setores, com China. No radar do setor, também Francisco Turra solidez dos negócios. estarão a Austrália, Nova Zelândia, Ex-ministro da Agricultura e Camboja e o acompanhamento do presidente da Associação Brasileira painel contra a Indonésia. de Proteína Animal (ABPA) de dos exportadores na conversão para a moeda nacional. Na produção, o setor prevê 19.08.10 14:42:15 um crescimento de 3% a 5%. Isto, 19.08.10 2 fotos.indd 2 19.08.10 14:42:15 fotos.indd 14:42:15 19.08.10 14:42:15 fotos.indd 2 UMa Foto perfeita CaUsa UMa ótima impressão Fotos: César Machado o melhor e mais completo banco de imagens do agronegócio. www.agrostoCk.CoM.br fotos.indd 2 suínos, aves, bovinos, culturas, alimentos, carnes, maquinário, etc. Show Rural Coopavel Neste ano, a feira é realizada de 1º a 5 de fevereiro Em sua 28ª edição, o Show foco que é proporcionar ao produ- Rural Coopavel será de 1º a 5 de tor rural, acesso ao conhecimento, fevereiro de 2016. O evento, al- a tecnologia e com gratuidade. O tamente tecnológico e de inova- Show Rural Coopavel é um palco ção, é organizado e mantido pela de apresentações de todas as tec- Coopavel. Ele acontece anualmen- nologias mundiais, se tornou um te, sempre na primeira semana do ponto de encontro entre produtor mês de fevereiro, e abre assim o rural e as novas tecnologias” des- calendário de feiras do agronegó- creve o diretor presidente da Coo- cio no Brasil. pavel, Dilvo Grolli. to, os visitantes encontram uma das Distribuídos em uma área estrutura de restaurante, área de maiores feiras do País, referên- de 720 mil m², as 480 empresas lanche, ruas asfaltadas, 5.530 me- cia no mundo, é o evento onde têm a missão de apresentar, para os tros de ruas cobertas, vários pon- as principais empresas multina- visitantes, grandes oportunidades tos de descanso em todo o parque, cionais, de pesquisa e de equi- tecnológicas para que eles possam água potável e gratuita em todos pamentos, lançam as tecnologias aumentar sua produtividade, am- os corredores. de seus produtos, trazendo para o pliar seus conhecimentos. Considerada uma “Em 2015, o Show Rural Show Rural Coopavel, com exclu- Diferente de outras feiras, Coopavel, superou as expectativas, sividade, as tendências do agro- no Show Rural Coopavel, a entra- com grandes tecnologias para o negócio mundial. da e o estacionamento, com capa- produtor, nos próximos anos tere- Com o objetivo de difundir cidade para 12 mil veículos, são mos respostas em produtividade as novas tecnologias e inovações, gratuitos. Dentro do próprio even- na agricultura. A consciência do sem descuidar do meio ambiente, o Show Rural Coopavel não perdeu suas origens e apresenta nos cinco dias de feira, o que há de mais avançando para os pequenos, médios e grandes produtores. A evolução em números nos últimos 5 anos ANO EMPRESAS VISITANTES 2015 480 230.904 2014 440 210.000 2013 430 202.574 “O Show Rural Coopavel, 2012 400 197.906 desde sua criação nunca perdeu o 2011 400 187.738 produtor, em usar novas tecnologias, foi demonstrada pelo número recorde de visitantes em 2015, que ultrapassou a marca de 230 mil pessoas em apenas uma semana. O bom momento do agronegócio, foi confirmado pelo grande volume de negócios”, finalizou Grolli. Em 2016 uma das grandes novidades também é a ampliação da área da pecuária de corte e leite dentro do evento. Neste espaço, as associações dos criadores vão apresentar raças de animais pela primeira vez, com objetivo de Sobre a Coopavel Em 15 de dezembro de associados e 5.219 colaboradores 1970, um grupo de 45 agricultores diretos, contribuindo para um fa- funda uma pequena cooperativa turamento de mais de R$1.6 bi em em Cascavel, Oeste do Paraná, para 2014. As indústrias contribuem concentrar sua produção de grãos. para 75% deste faturamento, com Com o passar dos anos, a pequena produtos comercializados em todo cooperativa transformou-se em o país e no exterior, em países como uma das 20 maiores empresas do Holanda, Alemanha, Espanha, Ilhas agronegócio brasileiro (Revista Exa- Canárias, Inglaterra, Uruguai, Chile, me), contando com 26 filiais insta- Aruba, África do Sul, Croácia, Iraque, ladas em 17 municípios da região Catar, Bahrein, Japão, China, Hong Oeste e Sudoeste do Paraná. Kong, Emirados Árabes Unidos, Ro- Hoje são mais de 4.652 mênia, Macedônia entre outros. inovar e proporcionar ao produtor rural acesso às novas tecnologias. A proposta é de alavancar criadores de raças bovinas com as associações brasileiras do Bra- e incentivar o desenvolvimento apresentação de mais de 100 ford, Brangus, Angus, Purumã, Ne- da pecuária de corte e leite do animais de alta performance de lore, Tabapuã, Brahman, Guzerá, Brasil. Serão 10 associações de produção. Já estão confirmadas Holandesa e Jersey. 41 Mito ou verdade? Mito ou verdade? Cartilagens, ossos e restos são usados na produção de embutidos de frango? A carne de frango é uma comprar e consumir os embutidos: afirma que há um rigoroso contro- fonte de proteína extremamente “Ossos, cartilagens e restos não le de qualidade, e que a indústria saudável, porque fornece nutrien- são utilizados, pois não possuem utiliza exclusivamente aquilo que tes importantes para o organismo qualidade adequada para alimen- pode ser consumido pelas pes- humano, como a vitamina B3, que tação. Além disso, existem regula- soas sem que isso provoque ne- ajuda a proteger contra alguns tipos mentos de identidade e qualidade nhum dano à sua saúde. Entre os de câncer e contribui com a saúde pré-estabelecidos para cada pro- componentes desse tipo de pro- cerebral; a vitamina B6, benéfica duto. Somente partes de animais duto estão a própria carne, condi- para o coração; o Selênio, que atua próprias para consumo humano mentos e aditivos de modo geral, regulando o funcionamento da ti- são utilizadas, e, mesmo assim, além da CMS. “A CMS é a Carne reoide e outros, além de ser pobre desde que estejam previamente Mecanicamente Separada, que é em gordura. Mesmo assim, o consu- enquadradas em regulamentos obtida por um processo mecâni- mo dela é rodeado de mitos. específicos”, explica. co que separa a carne do tecido Uma das ideias que con- Mas então, quais são os ósseo ou cartilaginoso, ou seja, fundem o consumidor é a de que ingredientes usados na produção é a carne que está mais próxima as cartilagens, ossos e restos do desses embutidos, afinal? Neto aos ossos. Contudo, essa carne animal são utilizados na produção de embutidos. Muita gente acredita, portanto, que está consumindo essas partes ao preparar nuggets, salsichas e similares. No entanto, para o alívio de quem tem evitado os embutidos pensando nisso, não passa de um mito! O gerente de Garantia e Qualidade do Grupo Pioneiro, Walter Jark Neto, esclarece que as pessoas podem ficar tranquilas para RESPOSTA Ossos, cartilagens e restos não são utilizados em embutidos Mito ou verdade? sil se destaca muito na produção só é utilizada em produtos específicos, como alguns embutidos”, comenta. É verdade que quase todas as partes do frango são aproveitadas de alguma forma, o desperdício é muito pequeno na avicultura. Diante disso, fica a dúvida sobre qual é o destino dado aos Os restos são partes não aproveitadas e/ou condenadas, não comestíveis e, portanto, não aptas ao consumo humano da carne de frango, liderando o ranking mundial das exportações há aproximadamente dez anos e comercializa seus produtos com mais de 150 países. Com um mercado externo tão grande e um consumo interno ainda mais expressivo, essa produção deve ossos, cartilagens e restos, já que obedecer regras de qualidade e eles não são usados na produção sanidade. A avicultura brasileira dos embutidos. Neto diz que mui- apoia-se em alta tecnologia e in- to daquilo que não pode servir Algumas partes como ossos, ca- tensa inspeção dos procedimen- para o consumo humano vai para beça, penas e vísceras podem ser tos para garantir as boas práticas os animais. “Os restos são partes utilizadas apenas na produção de de criação do frango de corte. não aproveitadas e/ou condena- ingredientes de ração para ani- das, não comestíveis e, portanto, mais de estimação e para aves”. não aptas ao consumo humano. Vale lembrar que o Bra- Tudo isso garante que o frango produzido seja confiável, incluindo os seus subprodutos. Artigo técnico NR 36 melhora condições de trabalho em frigoríficos Prestes a completar 3 anos de vigência, a NR36 produz melhorias im- tem apresentado um desempenho melhor que a média nacional. A NR36 (Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Tra- portantes nas condições de Segurança Não há como negar que a aber- balho em Empresas de Abate e Pro- e Saúde do Trabalho, especialmente no tura da economia brasileira promovida cessamento de Carnes e Derivados) segmento avícola. na década de 1990 obrigou diversas foi criada com o objetivo de controlar Como não pairam dúvidas de empresas do País, inclusive as do seg- fatores ambientais de risco existentes que os frigoríficos têm sido grandes im- mento frigorífico, a se tornarem mais na operação de abate e processamento pulsionadores da economia brasileira profissionais e competitivas. A imple- de carne. Previamente à construção da no atual momento, gerando milhares mentação natural de grandes escalas NR, muitas empresas já haviam promo- de empregos e ampliando a renda em de produção, fomentou o aumento dos vido melhorias significativas em seus diversas regiões do país, o recente mar- conflitos da relação trabalho capital, ambientes de trabalho. co regulatório de Segurança e Saúde do fato que estimulou a adoção de me- Prova desta afirmação, advém Trabalho (NR 36) específico para o setor lhorias nas condições de trabalho nes- dos dados oficiais divulgados via Fator frigorífico, trouxe importantes avanços sa atividade. A principal delas, fruto do Acidentário de Prevenção (FAP)1, do para empresas e seus trabalhadores, diálogo entre governo, empregadores e INSS. Em 2009, o setor avícola se en- claramente percebido na redução da trabalhadores foi a Norma Regulamen- contrava no 48º lugar no ranking por incidência de queixas relacionadas ao tadora nº 36 do Ministério do Trabalho frequência2, em 44º lugar por gravida- trabalho. e Previdência Social. de3 e em 105º lugar por custo4. O índice O Brasil tem avançado a largos passos nas últimas décadas no quesito “prevenção de acidentes do trabalho”. Segundo registros do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na década de 1970, o Brasil chegou a registrar 1,7 milhão acidentes/ano. Para se ter ideia, à época, 40% dos trabalhadores formais sofriam acidentes num único ano. Em 2013, último dado da Previdência Social, registraram-se pouco mais de 717 mil ocorrências, sendo esse montante o equivalente a 1,5% do total da força de trabalho formalizada. O segmento frigorífico avícola, nos últimos três anos, Artigo técnico é o desafio de todos. divulgado em 2015 aponta o mesmo dos marcos regulatórios. Nesse senti- segmento econômico em 207º, 300º do, um anexo para NR 36 está sendo 1 - O índice do FAP é um dado e 341º lugares, respectivamente (ver negociado de forma tripartite (governo, apresentado no Anuário Estatístico da gráficos). Por certo, é desnecessário te- empregadores e trabalhadores), com a Previdência Social. É apurado de acordo cermos comentários mais profundos a finalidade de propor medidas alternati- com a gravidade, a frequência e o custo respeito dos claros ganhos e benefícios vas de segurança para máquinas e equi- dos benefícios previdenciários decor- que a redução e a prevenção de aci- pamentos, que apresentem inviabilida- rentes de afastamentos por doença e/ dentes e doenças representam para os de técnica de atender a atual NR 12. A ou acidentes de trabalho. Quanto mais trabalhadores, empresas e a nação de publicação deste anexo, contemplando alta a colocação no ranking, pior a situ- modo geral. incialmente um conjunto de três má- ação do setor. As empresas e as suas repre- quinas frigoríficas, está prevista para 2 - Frequência – Representa a sentações empresariais investiram nos ocorrer no primeiro semestre de 2016. incidência de ocorrências (acidentes ou últimos anos dezenas de milhões de A busca incessante para nos reais em prol da segurança e saúde no tornarmos uma referência mundial em trabalho, como na adequação de inú- prevenção de acidentes do trabalho ain- meros postos de trabalho, inclusão de da é longa. Razões estruturais dificultam 4 - Custo – Representa o dis- pausas durante as jornadas de trabalho esse caminho. Exemplos não nos faltam, pêndio de recursos financeiros pelo e investimentos para o controle dos a começar pelo processo educacional INSS. fatores de risco, além da realização de do país, passando pela integração das seminários, workshops, reuniões, cur- políticas governamentais e ações dos Autoria: Moacir José Cerigueli, Enge- sos, para orientação de empregadores diversos atores (empresários, governo, nheiro de Segurança, autor do livro co- e seus gestores, e a produção de mate- representações de trabalhadores, além mentado da NR 36 - Editora LTr. riais educativos aos trabalhadores. da sociedade como um todo). * Parte do mesmo artigo (Publicação doenças) ligadas ao trabalho. 3 - Gravidade – Representa tão grave são as ocorrências. A implementação total da NR Integrar as políticas, conci- no Conjur Fev/15) foi coproduzida com 36, por parte das empresas, deman- liando atitudes e comportamentos de Alexandre Furlan vice-presidente da da altos investimentos e constante todos os integrantes da sociedade em Confederação Nacional da Indústria e monitoramento na gestão dos riscos prol da prevenção de acidentes e doen- presidente do Conselho de Relações do ambientais, além do aperfeiçoamento ças para melhoria da qualidade de vida, Trabalho da entidade. Mercado IMPORTÂNCIA Setor se ajustou às movimentações do mercado e cresceu com cautela em 2015 Expedição Avicultura Projeto técnico-jornalístico indica que setor produtivo está mais preparado para enfrentar períodos de crise A crise de quatro anos atrás, líbrio para seguir crescendo ao final de 2015 tão pressio- no mesmo em um ano instável nado pelos custos de produ- importantes, baseadas em como 2015. A constatação é ção quanto em 2012, ano em prudência planejamento. da Expedição Avicultura, pro- que a avicultura enfrentou O aprendizado garantiu à ca- jeto técnico-jornalístico que um de seus piores momentos. deia da carne de frango equi- traçou novo diagnóstico da O setor avícola chegou entanto, e deixou lições Mercado avicultura no Paraná e no Brasil aviários – e a variação cambial é muito séria, muito técnica e construíram cenário semelhan- muito inteligente. É uma ativi- te ao de quatro anos atrás. dade que efetivamente trabalha “Tanto o produtor quanto com planejamento de curto e a indústria dizem que nunca se médio prazo. Ficamos de olho na gastou tanto para produzir um economia como um todo”, apon- frango como em 2015. Talvez o ta o presidente do Sindicato das setor esteja sendo pressionado Indústrias de Produtos Avícolas em custos tanto quanto, ou até do Estado do Paraná (Sindiavi- mais que em 2012. Mas como a par), Domingos Martins. cadeia produtiva está ajusta- Para a Expedição Avicul- da e conseguiu distribuir bem tura, o aprendizado tem raízes os mercados e não derrubar na crise de 2012. Naquele ano, os preços, está conseguindo a disparada dos preços interna- se manter equilibrada e seguir cadeia produtiva do frango no cionais da soja e do milho usa- crescendo”, analisa o integran- Sul do Brasil. dos na fabricação de ração para te da 3ª edição da Expedição A equipe de trabalho as aves afetou fortemente o se- Avicultura, Igor Castanho. percorreu as principais regi- tor produtivo. Na última edição, A valorização do dólar ões produtoras do Paraná e de segundo apuração da equipe de frente ao real inflacionou o Santa Catarina e, pela primei- técnicos e jornalistas, os custos preço dos insumos, mas tam- ra vez, visitou também o Rio com energia – seja elétrica na bém favoreceu as exportações Grande do Sul. Juntos, os três indústria, a diesel para o trans- e tornou a carne de frango bra- estados são responsáveis por porte ou ainda a lenha para os sileira mais atrativa para com- 63% da produção avícola bra- pradores internacionais. O que sileira e controlam 75% das difere 2015 de 2012, de acordo exportações. Em 2015, apesar da instabilidade econômica, a região Sul conseguiu manter os índices de abate e cresceu em exportação, enviando entre janeiro e novembro 9,31% mais carne de frango para outros países, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “Embora tenha enfrentado um cenário negativo, a atividade se portou muito bem. A 63% do abate nacional está concentrado nos três estados do Sul 32% das aves abatidas no Brasil são produzidas no Paraná 17% com o diagnóstico da Expedição Avicultura, é a capacidade de regular a proporção da oferta entre o mercado interno e o externo ou a habilidade de se adaptar à movimentação do mercado. “O setor aproveitou os da carne de frango brasileira parte de Santa Catarina momentos favoráveis para am- 14% aprendeu que não adianta au- da produção avícola do país compete ao Rio Grande do Sul pliar a capacidade de abate e mentar a oferta desenfreadamente. Quem fala em ampliar Mercado a produção hoje, adota um dis- O setor aproveitou os momentos favoráveis para ampliar a capacidade de abate e aprendeu que não adianta aumentar a oferta desenfreadamente curso cauteloso, de só expandir com mercado aberto ou para atender um nicho em potencial”, explica Castanho. Perfil Avícola Após percorrer o Paraná, o projeto conseguiu traçar o perfil produtivo do Estado. Responsável por 32% dos aba- Igor Castanho, Expedição Avicultura tes de aves do país, a avicul- atividade. “Nos municípios em que a avicultura está inserida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é significativo. Cerca de 10% da população do Estado, direta ou indiretamente, vive da avicultura ou convive com ela”. Roteiro A Expedição Avicultura percorreu mais de 5 mil quilô- tura paranaense é altamente metros pelas principais regiões tecnológica, com ampla utili- ligadas à cadeia do frango de zação de aviários em sistema Na avaliação do presi- cada estado. No Paraná, a equi- dark house e controle total de dente do Sindiavipar, o Paraná pe visitou aviários, entidades, ambiência para as aves, por também se destaca pela ca- associações, indústrias e arma- exemplo, e é composta por pacidade de gerar emprego e zéns logísticos nas cidades de grandes propriedades. distribuir renda por meio da Maringá, Cianorte, Nova Esperança, Apucarana, Palotina, Assis Chateaubriand e Cascavel. O último roteiro contemplou ainda o Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá. IMPORTÂNCIA Equipe da Expedição Avicultura percorreu mais de 5 mil quilômetros pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul Especial Bodas de ouro Revista Avicultura PR chega a 50ª edição em nove anos de história O casamento que deu certo. mativo mensal, de uma página, A partir de um retorno po- A edição de janeiro/fevereiro, de distribuído via fax aos seus asso- sitivo da publicação e de uma im- 2016, da Avicultura Paraná alcança ciados com noticias políticas e de prensa alimentada com informa- uma marca importante desde sua mercado que envolvessem o seg- ções relevantes sobre a avicultura criação. Na primeira revista do ano, mento, e a assessoria de imprensa. do Estado, o Sindiavipar aumentou consolida-se um relacionamento de suas ações de comunicação e o pe- 50 edições com o seu público leitor. queno informativo ganhou novo As “bodas de ouro” representam nove anos de caminhada levando informação sobre o agronegócio e, principalmente, sobre a avicultura do estado ao mercado e aos empresários e entidades do setor. A história começou em 2001, quando o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) ini- Uma das principais missões da revista sempre foi a auto sustentabilidade, para que através do seu conteúdo de qualidade atraísse parceiros na publicação tamanho e passou a circular com quatro páginas em 2003. Anos mais tarde, a pedido do presidente do Sindicato, Domingos Martins, foi criado um projeto de uma revista que fosse desenvolvida por uma instituição de classe, iniciativa que seria uma novidade no segmento no Estado. “Era preciso trazer ao cotidiano do produtor ciou o seu novo plano de comuni- e empresários da avicultura, notí- cação, começando com um infor- cias que impactassem no dia a dia Em nove anos de caminhada, a Revista Avicultura PR cresceu e conquistou a confiança do setor 2001 2007 Novo plano de comunicação com informativo mensal de uma página Primeira publicação da Revista Avicultura Paraná com 16 páginas 2003 Informativo passa a circular com quatro páginas Especial da atividade e os ajudassem nas fundamental na construção dessa portância essencial ao setor, a tomadas de decisões”, explica o história. Nos permitiram sempre Avicultura PR permitiu que o presidente. avançar e aprimorar a revista, ca- Sindicato profissionalizasse cada Após estudos e aprovação minhando juntos, sempre à frente”, vez mais o seu departamento de de projetos, a edição número 1 da conta a gerente de marketing do marketing através de ações di- revista Avicultura Paraná entrou Sindiavipar, Mônica Fukuoka. ferenciadas junto a parceiros e em circulação em outubro de 2007. Entre as principais edições, associados. “Trouxemos o nosso Na capa, “Avicultura em busca de destacam-se a número 8, que abor- associados para mais perto e co- recordes”. E nas 15 páginas que se dou a liderança paranaense na pro- meçamos a promover atividades seguiram, informações sobre treina- dução e exportação de frango no que impactassem no crescimen- mentos, congressos, mercado, en- país, a número 11, sobre as expor- to e no debate sobre o segmento trevistas, insumos e outros assuntos tações em potencial para a China, a avícola do Estado”, explica Do- de interesse do público alvo. edição 21, que explorou a adequa- mingos Martins. Uma das principais missões ção do setor aos novos padrões de Alguns exemplos são: Jan- da revista sempre foi a auto sus- exigência do consumidor, a 27 so- tar do Galo, participação do sin- tentabilidade, para que através do bre os cooperativas, a número 38 dicato em feiras importantes do seu conteúdo de qualidade atraís- sobre a recuperação da avicultura segmento, a Expedição Avicultu- se parceiros na publicação. Com o paranaense em 2013, a edição 45, ra, idealizada junto ao Núcleo de passar do tempo, a Avicultura PR que abordou a entrada das mulhe- Agronegócio da Gazeta do Povo, o foi conquistando espaço e novos res no segmento avícola, entre ou- Conexão Sindiviapar, newsletter anunciantes, tornando-se uma re- tras tantas. diária com notícias atualizadas, o Anuário da avicultura paranaen- ferência entre os veículos do setor, chegando ao número de 52 pági- Impactos se, com o balanço de produção e nas e, nesta edição, em especial, 56 Com um canal de comu- folhas. “Nossos parceiros são parte nicação reconhecido e de im- 2008 Em sua quarta edição, a revista já circulava com 20 páginas e na número seis com 24 exportação do ano, entre outras atividades. 2009 2015 A publicação volta a ser ampliada e chega a edição número 13 com 52 páginas Revista Avicultura PR chega a nove anos de história e ao marco de 50 edições 2012 Após algumas transformações, a Revista Avicultura Paraná ganha novo projeto gráfico Especial www.sindiavipar.com.br PIONEIRA Primeira edição da Revista Avicultura PR lançada em 2007 CELEBRAÇÃO Edição comemora aniversário de 20 anos do Sindiavipar MAIOR 13ª edição da revista, primeira a circular com 52 páginas CRESCIMENTO Edição 36 debate consolidação e abertura de novos mercados 1 DIVERSIFICAÇÃO Revista n°24 explora variedade de cortes de frango DESENVOLVIMENTO Edição 37 mostra impacto positivo da avicultura na sociedade Ano VIII | Nº 49 | Nov/Dez 2015 A MAIOR DO BRASIL ANO DE SUPERAÇÃO Jantar do Galo comemora vitórias da avicultura EXPORTAÇÕES Revista Edição n° 42 aborda mercado internacional ANTERIOR Edição mais recente da Avicultura Paraná Ed 49 - Nov - Dez - 2015_FINAL.indd 1 EDIÇÃO 45 Revista destaca participação feminina na avicultura 01/12/2015 12:04:57 Notas e registros ANUTEC BRAZIL 2016 aumenta área em 40% A segunda edição da ANU- comportar toda a estrutura da feira. de Tecnologia de Alimentos de Cam- TEC BRAZIL, que acontece em Curi- Outro ponto forte da ANUTEC BRA- pinas – SP (ITAL) e o Instituto Tecno- tiba de 02 a 04 de agosto de 2016, ZIL 2016 é a programação paralela lógico em Alimentos para Saúde da já está com uma ótima adesão de do evento desenvolvida por impor- Unisinos – RS (ITT Nutrifor). Acesse: expositores e ainda conquistou im- tantes parceiros do setor, o Instituto anutecbrazil.com.br portantes parcerias institucionais que vão garantir eventos paralelos de alta qualidade. A pouco mais de oito meses do evento, bons ventos sopram para um dos principais eventos da indústria alimentícia do país. Mais de 80% da área de exposições está confirmada, outros 12% reservados e ainda foi necessário um aumento de 40% da área para Vetanco re-certifica ISO 9001:2008 processos e melhorá-los continuamente. Não foi evidenciada nenhuma não conformidade, apenas observações e oportunidades de melhorias. Esse resultado é reflexo do empenho e dedicação de todos os colaboradores, que através de um trabalho de equipe se mostram comprometidos e buscando melhorias. A Vetanco já Como acontece anual- 2008, pela DNV-GL, com o obje- está se preparando, inclusive, para mente, a Vetanco do Brasil passou tivo de verificação da eficácia de se adaptar a atualização da norma pela auditoria externa de manu- seu sistema de gestão. ISO 9001:2015 que foi atualizada tenção do seu Sistema de Gestão A auditoria foi um suces- da Qualidade. A empresa foi au- so, demonstrando a maturidade ditada na norma ISO 9001 versão da empresa em gerenciar seus em 2015 e para 2016 estará aplicada na Vetanco. Acesse: vetanco.com.br Notas e registros Vaccinar completa 35 anos Com a convicção de que uma empresa não se faz sozinha, e suplementos minerais para ru- te, e oferece treinamentos para minantes. colaboradores e parceiros. Nelson Lopes idealizou e fundou, Ao completar 35 anos, a Diferentemente da maioria aos 26 anos, a Vaccinar Nutrição e empresa tem muito a comemorar. das organizações do setor, a Vaccinar Saúde Animal. Passados 35 anos e Nesse período, a Vaccinar nunca é 100% brasileira. De origem minei- com uma cultura de alto desem- deixou de crescer. Desde outubro ra, situa-se entre as cinco maiores penho, Lopes atribui o sucesso de 1980 até os dias atuais, a Com- companhias do ramo. Para isso, o in- da companhia à dedicação pro- panhia tem registrado crescimen- vestimento em tecnologia e pessoal fissional do corpo diretivo e dos to acima da média do mercado. é exigência frequente. A partir de um colaboradores, que trabalharam E sua contribuição não se limita corpo técnico talentoso, a empresa para construir, atingir e manter a levar produtos ao cliente, mas realiza trabalhos múltiplos, seja em o desenvolvimento idealizado. também desenvolve soluções e projetos que dão sustentação à sua Hoje, em decorrência de muito programas específicos. Na área de atividade principal, seja no desen- empenho, planejamento e deter- nutrição, técnicos formulam die- volvimento de pesquisas nos seus minação, a organização conta com tas e realizam o programa de qua- centros experimentais. A partir do 521 colaboradores e atua na área lidade das matérias-primas. Além esforço conjunto, a organização ca- de premixes para aves, suínos, disso, organiza eventos próprios, minha com segurança e determina- bovinos, aquicultura e animais de como o Workshop de Fábricas de ção no mercado do agronegócio. companhia, além de saúde animal Rações e o Fórum Vaccinar de Lei- Acesse: vaccinar.com.br
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