Jornal 99.indd - SindRio - Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes

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Jornal 99.indd - SindRio - Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes
Food Trucks ganham espaço na cidade pág. 3
Confira bastidores da pesquisa da UERJ pág. 15
SindRio Notícias é uma publicação do SindRio - Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes
Ano 11 // Número 99 // Agosto 2014
SindRio Notícias
A Copa foi nossa
Balanço do SindRio mostra
o saldo positivo do evento
EDITORIAL
NESTA EDIÇÃO
Teve Copa
Uma Copa para entrar
sa pesquisa encomendada pelo SindRio ao
na história. Falar assim
Departamento de Turismo da UERJ. Deta-
do mundial que o Brasil
lhado e dividido entre as regiões da cida-
acabou de sediar não é
de, o estudo ouviu 350 estabelecimentos
exagero.
Contrariando
e avaliou o período anterior (27 de maio a
especulações, manifesta-
4 de junho) e posterior (9 a 11 de julho) à
ções, falhas na segurança, na mobilidade,
Copa, mostrando que o resultado final foi
na limpeza e na organização, o evento foi
bem melhor que o esperado.
um sucesso que surpreendeu até as pre-
Na página 13, falamos de outra ação
visões mais otimistas. As seleções fizeram
importante anterior à Copa, a categorização
a festa em campo. Com resultados inima-
da Anvisa, que beneficiou empresários e
gináveis, como a eliminação da Espanha
clientes e aumentou a qualidade dos servi-
já na primeira fase e a derrota do Brasil
ços, já que a maioria dos estabelecimentos
por 7 x 1 para a Alemanha, a expectativa
ficou bem classificada. Seguindo a tradição,
de resultados que pouquíssimos sortudos
a cidade se pintou de verde e amarelo para
ousariam arriscar nos bolões fez com que
receber o mundial, da Zona Norte à Zona
os torcedores não perdessem os jogos
Sul, como mostra a matéria da página 16.
em casa ou no trabalho, comparecendo às
Agora nos resta continuar aparando as
partidas, indo às Fan Fests ou escolhendo
arestas, colhendo os frutos, aproveitando
bares e restaurantes que exibissem os jo-
o legado e, principalmente, o aprendi-
gos. Pessoas dos cinco continentes vieram
zado de sediar um dos maiores eventos
ao Brasil para curtir 30 dias de uma paixão
do esporte mundial. O foco agora são as
internacional: o futebol.
Olimpíadas, daqui a dois anos. Sem dúvi-
Nosso setor se comportou bem. Ape-
da, temos muito a melhorar e a planejar.
sar das desconfianças iniciais do empre-
Então, que venham a Rio 2016, os turistas,
sariado, principalmente em relação aos
as comemorações, os benefícios para a ci-
feriados, o saldo é positivo. Prova disso é
dade e, principalmente, para o nosso setor.
nossa matéria de capa, que trata da exten-
Estaremos juntos.
07
12
16
07 ELEIÇÕES de outubro decidem
novo governador do Rio de Janeiro
12 CATEGORIZAÇÃO da Anvisa dá
notas aos restaurantes
16 RUAS DA CIDADE se vestiram de
verde e amarelo para a Copa
Sede Sindicato Centro
Praça Olavo Bilac, 28 - 17º andar 20041-010
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2
Pedro de Lamare Presidente • Carlos Werneck Vice-Presidente • Roberto Luiz Cardoso Maciel Segundo
Vice-Presidente • Fernando Hermont Blower Passos Vice-Presidente de Meios de Hospedagem • Manuel
José Marques de Souza Vice-Presidente de Alimentação • Alexandre Sampaio de Abreu Vice-Presidente de
Hotéis • José Donisete Aragão Vice-Presidente de Apart-Hotéis • Antonio de Oliveira Cerqueira Vice-Presidente de Motéis • Marcos Andre dos Santos Caiado Vice-Presidente de Restaurantes • Ricardo Bomeny
Vice-Presidente de Fast-Food • Manuel Capão Vice-Presidente de Lanchonete, Bares e Similares • Francisco
Mascarenhas Vice-Presidente de Buffets • Mario Chady Vice-Presidente de Franquia • Plínio Froés Vice-Presidente de Casas Noturnas • Andréa Bandeira de Mello Tinoco Vice-Presidente de Eventos • Maria
Teresa Corção Braga Diretora de Sustentabilidade • Luis Antonio Barbosa Henriques da Cunha Diretor de
Finanças • José Maria Canedo Belenda Diretor de Contabilidade • Luis Fernando da Fonseca Pinheiro Diretor de Administração • Fernando Sá Diretor de Comunicação • Marcelo Macedo Diretor de Formação e
Qualidade • Leonardo Feijó Diretor de Polos Gastronômicos e Culturais • Paulo Antonio Ubach Monteiro
Conselho Fiscal Efetivo • Paulo Celestino Oliveira Pereira Conselho Fiscal Efetivo • Francisco Bernardino
Martins Conselho Fiscal Efetivo • João Vieira de Abreu Conselho Fiscal Suplente • Leonardo de Araújo
Rego Conselho Fiscal Suplente • José Guerreiro de Mesquita Conselho Fiscal Suplente • Darcílio Junqueira
Superintendente • Kátia Watts Coordenadora de Comunicação • Maria Neurian Coordenadora do Jurídico
• Sideise Bernardes Eloi Coordenadora de Formação e Qualidade • Marina Gerk Coordenadora de Polos
SindRio Notícias é uma publicação da FSB Comunicações | Foto da capa: Alexandre Macieira
>> Aumento dos impostos sobre as bebidas frias só acontece após este mês. Veja na pág. 10
Comida de boleia
FOTO: DIVULGAÇÃO
Comuns mundo afora, os food trucks começam a ganhar espaço na cidade
Legislação elaborada a partir da ajuda do SindRio democratizará a gastronomia de rua
A
ndar pela rua e deparar-se com
um caminhão estacionado. Nele,
um cardápio oferece comida
boa, barata e rápida. Parar, fazer
o pedido e comer ali mesmo, na calçada.
Consumidores assíduos de comida de rua,
seja nas carrocinhas de cachorro-quente,
nos quitutes das “tias”, na dobradinha
imperdível de pastel e caldo de cana das
feiras ou ainda nos saudosos Angu do Gomes, os cariocas podem ganhar em breve
mais uma opção de alimentação, desta vez
com a assinatura de renomados chefs. São
os food trucks, ou caminhões, trailers, furgões e vans com toque gourmet que tendem a se espalhar pela cidade.
Novidade por aqui, eles já fazem sucesso em São Paulo. Elaborado no Rio a
partir de uma movimentação do SindRio e
encampado pelo vereador Marcelo Queiroz, o projeto de lei 808/2014 prevê a
“legalização e a organização do comércio
de alimentos em logradouros públicos’’ e
já tramita em comissões da Câmara Municipal, com expectativa de ser votada ainda
em agosto. A lei paulistana entrou em vigor
em maio e a ideia é adaptar o conjunto de
normas ao Rio, com exceções e diferenças,
como o veto de concessão a mais de uma
pessoa jurídica, o que evitaria a formação
de redes. O investimento varia de R$ 40
mil a R$ 200 mil.
Lá fora, o conceito já existe há muito
tempo e ganhou força de 2011 para cá.
Os Estados Unidos, por exemplo, têm mais
de três milhões de caminhões de comidas
espalhados pelo país. A coisa é tão “profissional” que renomados críticos de gastronomia elaboram rankings para eleger as
melhores comidas de rua de cada região.
O SindRio participa ativamente do processo de alinhamento dos food trucks à
realidade gastronômica do Rio. Os pontos
a serem ocupados estão sendo estudados
e passam por critérios de boas práticas,
utilização de calçadas e estacionamentos,
horários e mobilidade, entre outras preocupações. “Queremos que o poder público
reconheça que o carioca já consome comida
de rua. A ideia é ocupar lugares estratégicos
de forma legal e controlada com uma gastronomia acessível. Não é para competir
com bares e restaurantes regulares, é para
somar”, aponta Pedro de Lamare.
As novidades prometem ser as mais
variadas. Bárbara Cristina dos Santos, conhecida como a Nega dos Caldos, há 11
anos tem uma barraca de comida brasilei-
ra no Rio Comprido e acredita que os food
trucks vão permitir que ela leve o mocotó, a dobradinha, o frango com quiabo e
diversas iguarias que serve para outros
pontos da cidade frequentados por turistas. O empresário Rodrigo Guimerà, dono
do projeto NHAC Orgânico, já está finalizando seu caminhão em São Paulo. O veículo deve chegar ao Rio em setembro e a
ideia é seguir o circuito das feiras orgânicas. “Também queremos derrubar a ideia de
que comida rápida tem que ser junkie. Vamos mostrar que é possível comer fast food
saudável”, aponta Anna Beatriz Machado,
dona da Creperia Cliché, no Centro, outra
entusiasta do projeto.
Até que a lei seja aprovada e os chefs
e empresários possam exibir suas receitas pelas ruas, os caminhões estão estacionando apenas em eventos. Durante a
Copa, o Parque da Bola, no Jockey Club,
recebeu filiais itinerantes de restaurantes
grifados, como a pizzaria Vezpa e o Venga.
Uma vespa Ape dos anos 50 foi adaptada
para servir as tapas mais tradicionais do
restaurante espanhol: hamburguesas de
atum, patatas bravas, croquetas de jamón
e churros de chocolate.
Alguns pontos da cidade já estão pré-estabelecidos como pontos para as vagas de
furgões pilotados por chefs: a Lagoa Rodrigo
de Freitas, o Aterro do Flamengo e a Praça
Paris. Já a Zona Portuária, palco do projeto
Porto Maravilha, poderá servir de estacionamento fixo e sediar um food park oficial.
“A cidade tem vários espaços mal aproveitados. Vamos conversar com as autoridades,
mas será bom para todos, e para a gastronomia de rua em geral. Tem gente há 15 anos no
mesmo ponto, e isso se deve a um bom trabalho e clientela ativa”, conta o cineasta Sérgio
Bloch, dono do projeto Gastronomia de Rua.
3
Missão cumprida
FOTO: FERNANDO MAIA
Rio superou as expectativas e se comportou bem como uma das cidades-sede do mundial
Mais de 800 mil turistas vieram ao Rio e geraram uma receita de R$ 4,4 bilhões: foco em Copacabana, palco da Fan Fest
O
s números são superlativos.
Segundo pesquisa da Riotur,
durante a Copa do Mundo, o
Rio recebeu 886 mil turistas
(471 mil estrangeiros e 415 mil brasileiros) que gastaram R$ 639,52 por dia
gerando uma receita de R$ 4,4 bilhões
aos cofres. Destes, 98% (tanto brasileiros quanto estrangeiros) tiveram suas
expectativas com a cidade atendidas ou
superadas e recomendariam o destino a
parentes e amigos.
Ou seja: aliada à pesquisa do SindRio
em parceria com a UERJ, que avaliou o desempenho de bares e restaurantes durante o mundial, a pesquisa da Riotur mostra
4
que o evento causou frisson no turismo e
trouxe ganhos à cidade. Um detalhe importante observado é que, quanto mais
preparado para a Copa, maiores os lucros
do estabelecimento. “Quem se preparou,
quem viu o próprio negócio pelo olhar do
turista que veio para a Copa, no geral se
deu bem”, avalia Eduardo Mielke, coordenador da pesquisa da UERJ.
A Zona Sul, como já era de se esperar,
foi a área que mais lucrou. Com taxa de
ocupação de 94% nos hotéis, os bairros
que vão desde a Glória até São Conrado
ficaram abarrotados de turistas. A Lapa,
um dos bairros de maior movimento, fez
a alegria dos torcedores com preços jus-
tos e atrações “para gringo ver”. Plínio
Fróes, vice-presidente de Casas Noturnas
do SindRio, conta que optou por não aumentar os preços em seus três estabelecimentos: Rio Scenarium, Santo Scenarium
e Mangue Seco. O empresário preferiu
investir em atrações consideradas ímãs
de turistas, principalmente os estrangeiros, como rodas de samba e baterias de
escola de samba. “Imaginamos, desde
o início, exatamente o que se deu: que o
carioca ia viajar e o turista ia chegar”, diz
ele, completando que o drinque favorito
foi a caipirinha. No Santo Scenarium, por
exemplo, o consumo da bebida aumentou
em 355% e o de cerveja, apenas 10%.
CRÉDITO: ERICK COELHO
Mauro
Osório
Copa do Mundo e turismo
O ESTUDO
Nos motéis, aconteceu algo curioso: a dobradinha inusitada da abertura
da Copa do Mundo com o Dia dos Na-
morados rendeu bons lucros. Para não
deixar de comemorar, muitos casais anteciparam o Dia dos Namorados para o
dia 11 por causa da abertura do evento.
“Isso quase dobrou a procura em relação ao
ano anterior. No dia 12 de junho, a procura
cresceu em 10%”, conta Antonio Cerqueira,
vice-presidente de motéis do SindRio. O
aumento da procura em alguns estabelecimentos foi de mais de 100%.
Por aí, dá para perceber que os clientes aprovaram os investimentos dos motéis em adaptações que acontecem há
dois anos para atender como hotéis e
ampliar o público. Além disso, empresários não precisaram de promoções para
atrair a clientela. Eles evitaram o reajuste
de tarifas e acreditam que isso foi suficiente para garantir o aumento da demanda. “Mantivemos o preço que vínhamos cobrando. Parte dos turistas preferiu
pagar só o pernoite, por passar muito tempo nas ruas,” diz Cerqueira, completando
que os espaços foram reformulados mas
não completamente descaracterizados.
“Saunas, piscinas, pista de dança e barras de
pole dance foram mantidas. Isso agrega valor aos quartos", conta Cerqueira.
FOTO: ALEXANDRE MACIEIRA
Lapa e Santa Teresa, partes mais turísticas do Centro, comemoram. Já as zonas
mais comerciais declararam prejuízos por
conta dos feriados decretados pela prefeitura nos dias de jogos no Maracanã e
nos jogos do Brasil, a partir de meio-dia.
Andrea Tinoco, proprietária de dois estabelecimentos localizados em pontos bem
diferentes da cidade, endossa a tese. No
Rancho Inn, restaurante no Centro, ela diz
ter tido queda de até 50% no faturamento.
Já no Armazém Devassa, em Ipanema, o faturamento subiu 85%. “Por um lado, foi ótimo, mas não deveríamos ter esses feriados
todos, o que fez cair o movimento no Centro.
Já em Ipanema, ficamos lotados de gringos,
que consumiram bastante”, compara.
A Barra da Tijuca também teve baixo
fluxo de turistas e os estabelecimentos
não sentiram os bons reflexos da Copa. Os
que ficam localizados em shoppings e centros comerciais também alegaram prejuízo.
Na Zona Norte, antes do evento, os empresários já tinham a exata noção do que
aconteceria, e não tiveram grandes surpresas, exceto o fato de que os transportes, o
trânsito e a segurança funcionaram muito
bem. “O Rio, em geral, e o setor, se saíram
muito bem na Copa. Agora é aproveitar o
aprendizado, o legado e fazer ainda mais
bonito nas Olimpíadas”, destaca Darcilio
Junqueira, superintendente do SindRio.
A zona sul foi a região que registrou maior fluxo de pessoas, com bares e restaurantes lotados
O Rio de Janeiro se desenvolveu como
a principal referência internacional do
país. O patrimônio histórico que abriga;
sua diversidade de praias e montanhas; o
gosto de sua população pela convivência
em espaços públicos e por receber visitantes; e por ser a principal referência da
música popular brasileira, proporcionam
ao estado forte potencialidade para o “turismo de convivência”.
Por esse motivo, quase 2/3 dos turistas estrangeiros que vieram assistir a Copa
passaram pelo Rio e em torno de 20 mil
jornalistas ficaram aqui sediados. A avaliação dos visitantes foi bastante positiva,
pela afabilidade dos cariocas, beleza da cidade e pelo funcionamento da infraestrutura, apesar das carências ainda existentes.
Esperamos que, até as Olimpíadas,
avancemos na superação dessas carências, como, por exemplo, com a despoluição da Baía de Guanabara, inclusive para
que as competições de vela possam nela
ocorrer. É fundamental ainda criar uma
rede de transporte sobre trilhos de qualidade, que interligue toda metrópole e
que permita ao turista visitar, por exemplo, a Zona Suburbana e sua rica tradição
musical e escolas de samba.
Nessa rede, deve estar incluída uma
interligação, por metrô, entre o Aeroporto
Tom Jobim e o Centro e a Zona Sul, onde
se localiza a grande maioria dos hotéis. É
fundamental também consolidar as UPPs já
implantadas e melhorar a segurança pública para toda a RMRJ. É claro que essas iniciativas devem ser organizadas dentro de
um planejamento turístico para o conjunto do ERJ, lembrando-se que a região boa
para o turista é a região boa para o cidadão.
>> Mauro Osório – economista, Doutor
em Planejamento Urbano e Regional e
consultor do SindRio.
5
Rápidas
PATRIMÔNIO GASTRONÔMICO
A segunda edição do prêmio Maravilhas
Gastronômicas do Estado do Rio de Janeiro (Maravilhas RJ) apresenta, em dez categorias, sabores e saberes que estão intimamente ligados à formação econômica,
social e cultural do Estado. Da água, cachaças, cafés, cervejas, conservas e patê,
doces e compotas, laticínios, mel, queijos
e da terra. Idealizado pelo jornalista Chico Junior, tem como objetivo valorizar
alimentos e produtos tradicionalmente
cultivados e produzidos no estado. A novidade deste ano é a participação de um
time com 39 colaboradores/consultores,
especialistas na área de gastronomia e
que já atuam na divulgação e valorização
de nossos alimentos e produtos regionais.
A votação vai até o dia 30 de outubro no site
www.projetomaravilhas.com.br
a unidade fica no CasaShopping, na Barra
da Tijuca. Foram investidos R$ 7 milhões
na operação. Dentre as opções que aparecem no cardápio variado, há o Moo
Goo Gai Pan, com camarões e lâminas de
frango cozidos em caldo de vegetais servidos com cogumelos, acelga japonesa e
cenoura (R$ 46). Depois do lançamento
do Mee no Copacabana Palace, do Seidô
no Jardim Batônico e do Yu em Botafogo,
o P. F. Chang’s vem mostrar que a culinária
asiática tem tudo a ver com o Rio.
Avenida Ayrton Senna, 2150
2108-6351
MARAVILHA DE CENÁRIO
A PREFERIDA DOS GRINGOS
A caipirinha foi disparado a bebida preferida dos visitantes estrangeiros nesta Copa
do Mundo, segundo proprietários de bares
e restaurantes da Zona Sul. Pedida quase
que o dobro de vezes do que todas as outras bebidas juntas, a mistura de frutas com
cachaça foi a mais solicitada durante os jogos, que renderam como um “movimento de
réveillon”. Segundo um levantamento dos
quiosques da orla, durante o evento foram
vendidas 17 mil tulipas de chope por dia, em
média. As caipirinhas chegaram a 12,5 mil.
ASIÁTICOS ESTÃO CHEGANDO
A rede de restaurantes Asiáticos P.F Changs abre lojas no Brasil. No Rio de Janeiro ,
6
O Rio passará a ter mais um hotel de
luxo, da maior rede hoteleira do mundo,
a Best Western. Localizado em um dos
recantos mais desejados da cidade, o
Arpoador, no Rio de Janeiro, ele ganha
o pomposo nome de Best Western Premier Arpoador Fashion Hotel. O empreendimento desenvolvido pela Incortel
tem investimentos de R$ 89 milhões e
está atrelado à valorização da cidade,
já que o Arpoador é um de seus cartões
postais e referência para os turistas. O
projeto do primeiro Premier da rede
Best Western no Sudeste é assinado
pela estilista Gloria Coelho. Inauguração prevista para 2015.
É SÁBADO
Enquete realizada pelo Laboratório de
Pesquisas da UniCarioca comprovou nas
ruas que o dia preferido dos cariocas é
sábado (39%), seguido da sexta-feira
(38%). Ou seja, 77% dos ouvidos dizem
que só são felizes no fim de semana. Por
isso que o melhor dia para bares e restaurantes é o penúltimo dia da semana.
“A pesquisa mostra a realidade dos restaurantes, que têm no sábado o melhor
dia”, diz Darcilio Junqueira, superintendente do SindRio.
BAIXO OLARIA
A Praça Doutor Waldir da Mota, popularmente conhecida como Largo das Cinco
Bocas, uma alusão às cinco ruas que cortam o local – Angélica Mota, André Azevedo, Doutor Alfredo Barcelos e Noêmia
Nunes (contada como duas por cruzar
o local) – emergiu como o mais novo
centro gastronômico da região. Criou-se
então o Baixo Olaria. Moradores de toda
Zona Norte se reúnem já na quinta-feira
para degustar as guloseimas e desfrutar
da badalação que o point, com 12 barracas padronizadas, oferece. E os turistas
também já descobriram o novo baixo.
Eles provam do caldo verde ao angu
das baianas. A atividade está regularizada pela Secretaria municipal da Ordem
Pública e o local é seguro, garantem os
empresários. O funcionamento é de terça a domingo, das 17h à meia-noite.
O TURISMO EM BÚZIOS
A V Expo Búzios, feira destinada aos
setores de Hotelaria e Gastronomia
do interior do Estado do Rio de Janeiro, foi realizada de 12 e 14 de agosto,
com o tema “O novo perfil do turista:
tendências e oportunidades”. Além do
crescente número de expositores, trouxe inúmeras novidades do mercado, de
diversas palestras com especialistas do
ramo, rodadas de negócios e de espaços
de entretenimento e eventos paralelos,
como a Cozinha Expo Show. Casando na
Praia foi outro ponto e contou com fornecedores do setor de casamentos.
Hora da escolha
FOTO: ALEXANDRE MACIEIRA
SindRio dá início à corrida pelo governo do Rio
O governador Pezão falou da importância do setor durante almoço promovido pelo SindRio, no Copacabana Palace, e reafirmou parceria caso seja eleito
F
azer um balanço dos últimos quatro anos e falar sobre as expectativas do setor para o mandato
do próximo governador do Rio de
Janeiro. Este foi o objetivo do almoço promovido pelo SindRio na última sexta-feira,
1, no Copacabana Palace, para o governador e candidato Pezão. Ele ouviu com
atenção os principais pontos do discurso
do presidente do SindRio, Pedro de Lamare, que salientou a importância do planejamento e de uma atuação mais estratégica e conjunta entre as secretarias de
importância para a atividade do turismo,
como a segurança, o transporte, emprego,
a ordem pública e o desenvolvimento social, além da própria secretaria de turismo.
Pedro também falou sobre o compromisso cumprido pelo SindRio quando, há quatro anos, o então governador,
Sérgio Cabral, reduziu a alíquota do
ICMS de bares e restaurantes na cidade,
de 4% para 2%. “O SindRio se comprometeu a aumentar a arrecadação e ajudar
a formalizar o setor. Em 41 meses, houve
crescimento real de mais de 4% na geração de impostos. Nós, que temos papel
fundamental na economia e na imagem
do Rio, cumprimos com o acordado. A
contribuição do ICMS de bares aumentou
em 14,4%, de restaurantes em 8% e de
lanchonetes em 11, 67%”, apontou.
Em seu discurso, Pezão ressaltou a
importância do setor de hotéis, bares e
restaurantes para a economia da cidade e reafirmou parceria e olhar atento
às suas necessidades caso seja eleito.
Aproveitando a audiência qualificada,
de mais de 300 empresários do setor,
incluindo a diretoria do sindicato e lideranças, detalhou algumas das vitórias
do governo de Sérgio Cabral, como a
implantação das UPPs, grandes obras e
feitos considerados bem-sucedidos para
o estado. “Vocês são joia rara da coroa,
sobreviveram nos piores momentos”, discursou Pezão. “Naquela época, ninguém
poderia imaginar que teríamos a visita de
um papa, uma Copa do Mundo, as Olimpíadas e abertura de centros de convenções
em cidades fora do centro, como Paraty e
Friburgo”, exemplificou.
Também estiveram presentes no almoço o senador Francisco Dornelles,
candidato a vice-governardor e que
discursou antes de Pezão, o secretário
de Desenvolvimento Econômico do estado, Júlio Bueno, o secretário estadual
de turismo, Claudio Magnavita, o ex-secretário de transportes e candidato a
deputado estadual Carlos Roberto Osório, o ex-secretário estadual de Turismo,
Ronald Ázaro, o subsecretário estadual
de Esporte e Lazer, Nilo Sérgio Félix, e o
vereador Marcelo Queiroz.
O SindRio gostaria de dar continuidade ao projeto de ouvir o que os candidatos ao governo têm para falar do turismo
e do setor de hospedagem e alimentação.
A ideia é promover eventos semelhantes
com os demais concorrentes ao posto,
ainda sem data para realização.
7
>> Alexandre Sampaio permanece mais quatro anos à frente da FBHA, conforme matéria da página 12
Boas jogadas
FOTO: J.P. ENGELBRECHT
Copa do Mundo termina com saldo positivo em bares e restaurantes
O perfil dos turistas que vieram ao evento surpreendeu os empresários. Os sul-americanos foram maioria e lotaram os bares da Zona Sul
O
Rio de Janeiro teve um período pré-Copa conturbado.
Manifestações, insegurança
da população, problemas
com mobilidade por conta das inúmeras
obras e pessimismo geral em relação à
realização do próprio evento influenciaram negativamente as perspectivas da
cidade. O setor de bares e restaurantes
acompanhou tal sensação e passou a
acreditar que o megaevento não traria
grandes vantagens, principalmente em
relação ao faturamento.
Para avaliar esta ideia e entender melhor os empresários de alimentação do
Rio, o SindRio – Sindicato de Hotéis, Bares
e Restaurantes realizou, em conjunto com
o Departamento de Turismo da UERJ, coor-
8
denado pelo professor Eduardo Mielke, uma
extensa pesquisa para avaliar o comportamento do setor nos períodos anterior e posterior à Copa do Mundo. Foram realizadas
duas etapas de entrevistas com empresários, sendo a primeira entre 27 de maio e 4
de junho e a segunda, de 9 a 11 de julho. Foram ouvidos 350 estabelecimentos, todos
associados ao SindRio, em 13 bairros e 17
regiões delimitadas pelos pesquisadores.
O ESTUDO
A pesquisa considerou quatro pontos fundamentais para a avaliação: mão
de obra e empregabilidade, faturamento, fluxo de pessoas e avaliação de serviços públicos da cidade (limpeza, trânsito, informação ao turista e segurança
pública). O estudo qualificou bares e
restaurantes: foram considerados restaurantes estabelecimentos que servem
refeições; bares servem basicamente
bebidas e petiscos.
Em relação à mão de obra, levando-se
em conta as expectativas versus a necessidade sentida por conta do fluxo de pessoas, o resultado é curioso. Na Zona Sul, principalmente em locais próximos à Fan Fest,
como Copacabana, por exemplo, não houve contratação em restaurantes. Em bares,
o incremento de pessoal girou apenas em
torno de 13%. Já na Zona Norte, Barra e
Centro não tiveram contratações significativas. Na Zona Norte 79% dos restaurantes e 90% dos bares não contrataram; na
Barra, apenas 7% dos restaurantes e 17%
dos bares o fizeram e, em Santa Teresa,
apenas 26% dos bares e 11% dos restaurantes aumentaram seu pessoal.
Com relação ao faturamento, o período
pré-Copa demonstrou certo pessimismo.
A grande maioria dos empresários acreditava que não haveria significativo incremento nos lucros. O perfil dos turistas que
vieram ao evento também surpreendeu os
empresários. Os sul-americanos marcaram
forte presença, enquanto os americanos
e europeus vieram em menor número.
“Todos estes fatores tiveram impacto direto
no faturamento e no movimento, maior ou
menor em cada uma das regiões pesquisadas”, explica o presidente do SindRio,
Pedro de Lamare. “Os feriados também tiveram influência significativa em estabelecimentos do Centro”, completa.
Em áreas mais comerciais da região, as
perdas foram grandes. Setenta e um por
cento dos bares e 67% dos restaurantes
tiveram queda no faturamento. Já na Lapa,
que corresponde ao Centro “turístico”,
bares registraram aumento de 48% e restaurantes, de 47%. “O ponto curioso é que
estabelecimentos que abrem exclusivamente para almoço tiveram queda, enquanto os
que abrem o dia todo ou, especialmente, à
noite, lucraram”, acrescenta o presidente
do SindRio. Na Barra, o cenário se repetiu.
Setenta e cinco por cento dos restaurantes
e 29% dos bares declararam redução de
movimento de clientes. Nos bares, a perda
foi menor por conta dos moradores que
optaram por assistir aos jogos fora de casa.
As regiões com melhor desempenho
do setor na Copa em relação a faturamento
e fluxo de turistas foram Copacabana, Ipanema e Leblon, acompanhados de perto
por Santa Teresa, cujos restaurantes tiveram ótimo desempenho: aumento de 80%.
Nos bairros da Zona Sul, os restaurantes tiveram aumento médio de 59% e os bares,
de 73% no movimento e na receita.
MELHOR QUE O IMAGINADO
Surpreendendo até os mais otimistas, as avaliações dos serviços públicos
foram melhores no pós-Copa. Não há
como negar que a cidade se comportou
bem. As notas, de 0 a 10, foram altas
em relação a itens como limpeza, trân-
sito, informação ao turista e segurança
pública. A cidade manteve os pontos
mais visitados com limpeza adequada;
a média de nota foi de 6,5 em todas as
regiões da cidade. O trânsito, influenciado pelas férias escolares e feriados, funcionou bem na integração com ônibus
e metrô. As notas foram de 5,7 na Zona
Sul, mantendo a média no Centro e Zona
Norte. Só na Barra, região famosa pelo
fluxo caótico, é que a nota foi de 3,4. O
reforço do policiamento foi sentido por
todos, com a diminuição do número de
assaltos. Zona Sul e Zona Norte tiveram
notas de 7,7 e 7,3, respectivamente,
enquanto Barra e Centro qualificaram a
segurança em 4,3 e 4,5. Um ponto que
poderia se adequar melhor é o de informação ao turista, de acordo com os
empresários do Centro e Barra. Zona
Sul e Zona Norte deram notas altas, de
8,0 e 7,8, respectivamente. “Nos dois
momentos, verificamos diferença de até
sete pontos nas notas, o que mostra que
o empresário, inicialmente, estava muito
cético em relação ao sucesso do evento.
As piores previsões não se concretizaram
e a animação dos torcedores tomou conta
das ruas, o que elevou as notas dadas na
segunda rodada de perguntas”, comenta
Pedro de Lamare. “Mesmo quem teve resultado ruim avaliou bem a infraestrutura
na cidade”, completa.
Outros pontos levantados pelos empresários foram a ausência de vendedores ambulantes, percebida como vitória
da atuação da prefeitura; e o perfil do
turista presente no Rio, que lotou padarias e mercados e decepcionou o comércio. “Em dois anos, temos mais um grande
desafio pela frente com a realização da
Rio 2016. Alinhada com outras iniciativas, esta pesquisa vai nos permitir pensar melhor, junto com o empresário, em
ações para ajudar o setor. Planejamento é
fundamental”, afirma Pedro.
PRÉ-COPA
DURANTE A COPA
Limpeza
6,4
6,8
4,5
6,7
Trânsito
3,0
1,3
3,8
0,6
5,7
5,1
3,4
5,2
Informação ao Turista
3,5
1,2
2,0
1,7
8,0
7,8
4,1
6,6
Segurança
1,5
0,4
1,3
1,0
7,7
7,3
4,3
4,5
Zona Sul
Zona Norte
Barra
Centro
Zona Sul
Zona Norte
Barra
Centro
9
>> Na página 13, Teresa Corção fala sobre os efeitos do avanço industrial nos hábitos alimentares
Governo adia aumento dos impostos
Segundo o Ministério da Fazenda, a elevação será feita de forma escalonada
N
assim repasses para os preços dos produtos.
Mas, com o aumento, o setor de bares
e restaurantes poderia sofrer uma grande
baixa após a Copa do Mundo. O setor emprega, atualmente, cerca de seis milhões
de trabalhadores. Para o superintendente
do SindRio, Darcilio Junqueira, o aumento é
injustificado: “Os preços já estão altos e não
tem como segurar o avanço dos impostos,
sendo necessário repassar ao consumidor.
É claro que ouvimos constantes reclamações de estabelecimentos que têm a cerveja
como principal produto de faturamento”.
FOTO: ALEXANDRE MACIEIRA
o fim de abril, a Receita Federal informou um aumento de
2,25% nos tributos sobre as bebidas frias para junho, o que deveria gerar um aumento da arrecadação de
mais de R$ 2 bilhões pelo governo federal.
Na ocasião, o ministro Guido Mantega declarou esperar que os fabricantes absorvessem
esse aumento da carga tributária, evitando
Preocupação do governo com a inflação adiou o aumento dos tributos sobre as bebidas frias
Após reunião com representantes do
setor de bebidas, bares e restaurantes,
realizada no dia 13 de maio, o ministro
anunciou que o aumento teria sido adiado
por três meses. Havia preocupação do governo com a inflação e, também, em manter os preços durante a Copa do Mundo.
“Sem dúvida, temos preocupação que a inflação permaneça sob controle e esse setor
pode dar uma contribuição importante. Então, fizemos aqui um pacto para que não
houvesse aumentos durante a Copa e, de
preferência, também depois da Copa. Todos
os setores concordaram”, afirmou Mantega.
Evento aborda práticas sustentáveis
O seminário Jornadas da Sustentabilidade envolveu empresários do ramo
A “Jornada da Sustentabilidade”, promovida pelo Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA), com apoio
técnico-financeiro do Itaú Unibanco, reuniu
profissionais do ramo do turismo para estimular a adoção de práticas sustentáveis de
produção. O evento, que começou no dia 29
de maio, passou por Rio, São Paulo e Brasília,
e terminou em Belo Horizonte no dia 9 de
junho, trouxe especialistas em consumo e
produção sustentável que abordaram como
boas práticas e gestão dos negócios podem
trazer resultados efetivos para as empresas,
10
contribuindo para a melhora do posicionamento do destino turístico como um todo.
“Durante as Jornadas da Sustentabilidade, o empresário do turismo conheceu
medidas de ecoeficiência que podem trazer grandes benefícios para seus negócios.
Agora iremos trabalhar o Compromisso
Voluntário Passaporte Verde, pelo qual estabelecimentos poderão se engajar e demonstrar uma postura mais responsável
perante questões ambientais, econômicas e
sociais”, afirma a representante do PNUMA
no Brasil, Denise Hamú.
Ao aderir ao compromisso, o estabelecimento também obtém um novo
canal de promoção do seu negócio, já
que ele passa a fazer parte da lista de
locais engajados na campanha e disponíveis para consultas dos consumidores
via portal, aplicativo móvel e canais de
mídias sociais da iniciativa. No ambiente
online, o empresário também terá acesso ao material de apoio para orientar o
cumprimento das metas estabelecidas e
garantir um melhor posicionamento do
negócio junto ao público.
MAGGIOLO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
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Jurídico
Imposto de Renda não pode incidir
sobre férias indenizadas, decide TST
Quando o trabalhador deixa o emprego
sem aproveitar férias, as verbas de natureza indenizatória não integram a base de
cálculo do Imposto de Renda, por não representarem acréscimo patrimonial. Esse
foi o entendimento da 8ª Turma do Tribunal Superior do trabalho ao determinar que
uma empresa devolva valores descontados
indevidamente de uma funcionária. A auto-
ra alegou que o Imposto de Renda deveria
ser calculado apenas sobre renda ou proventos, e não sobre aquele benefício. De
acordo com a relatora do processo, ministra Dora Maria da Costa, o Código Tributário Nacional estabelece, em seu artigo 43,
que “o imposto, de competência da União,
sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição
da disponibilidade econômica ou jurídica”.
Como as verbas indenizatórias têm por finalidade a reconstituição, e não acréscimo,
do patrimônio do trabalhador, a ministra
avaliou que não deveria ser contabilizada
na base de cálculo do Imposto de Renda.
O voto da relatora foi seguido por unanimidade. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TST.
Cronograma de implantação da Nota
Fiscal de Consumidor Eletrônica
Publicada a resolução SEFAZ nº
759/14 que estabelece um cronograma
de implantação da NFC-e (Nota Fiscal de
Consumidor eletrônica) no Estado do Rio
de Janeiro. A referida norma alterou a Resolução SEFAZ nº 720/14, que consolida
a legislação relativa às obrigações acessórias, a fim de incluir um anexo específico sobre NFC-e - Anexo II-A. De acordo
com suas disposições, na primeira etapa,
que se iniciou em oito de agosto deste
ano, será aberta aos contribuintes a possibilidade de emissão em ambiente de
testes. Nesse ambiente, a NFC-e não possui valor fiscal. Já em primeiro de outubro,
os contribuintes poderão aderir voluntariamente ao novo documento, emitindo-o em ambiente de produção. Neste, o
documento possui valor fiscal e substitui
o Cupom Fiscal emitido por ECF e a Nota
Fiscal de Consumidor, modelo 2.
Também em primeiro de outubro
passam a estar obrigados a NFC-e os
contribuintes sujeitos a uso de ECF que
não solicitaram à SEFAZ autorização de
uso do equipamento.
Em julho de 2015, o cronograma alcança os contribuintes enquadrados no
regime normal de apuração do imposto
e os que requererem inscrição estadual.
CLT não é regra para intimações em
Execução Fiscal na Justiça do Trabalho
Em casos de execução fiscal que envolva imóveis, é necessária a intimação
pessoal não apenas do devedor, mas
também dos coproprietários do bem.
Com esse entendimento, a Subseção II
Especializada em Dissídios Individuais
do Tribunal Superior do Trabalho anulou a arrematação de um lote em João
Pessoa (PB) porque os outros donos da
propriedade, que não eram parte no processo, não foram notificados.
Com o trânsito em julgado da decisão
que julgou improcedente a Ação Anulatória, os coproprietários ajuizaram Ação
Rescisória visando a sua desconstituição.
Eles argumentaram que pagaram involuntariamente débito de outra pessoa, o que
caracterizaria violação de direito de pro-
priedade, sem que lhes fosse facultado o
exercício do contraditório e da ampla defesa, assegurados pela Constituição.
Segundo o relator da ação no TST,
ministro Cláudio Brandão, o TRT-PB não
poderia ter decidido a questão com base
na CLT, uma vez que a execução tem suas
próprias normas — a Lei de Execuções
Fiscais (Lei nº 6830/1980).
11
Qualidade
Azul e vermelho
Categorização da Anvisa classifica estabelecimentos pelo país
M
ais que se preparar para
receber turistas de todo o
Brasil e do mundo durante
a Copa, um assunto mereceu
atenção especial dos empresários quando
o país foi anunciado como sede do mundial: a categorização da Anvisa. A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária divulgou,
no início de junho, o resultado do segundo ciclo do projeto que avalia estabelecimentos de alimentação e cria categorias
de acordo com as condições sanitárias e
de higiene.
Dos locais avaliados, 38% obtiveram
o selo A, que significa que cumprem as
condições exigidas pela agência. Outros
41% ficaram na categoria B, com algumas
falhas de higiene a mais que a categoria
A, mas não oferecem riscos à saúde. Uma
dessas falhas, segundo a Anvisa, é manipular alimentos usando esmalte de unha
ou brincos. O selo C foi a nota de 15% dos
locais, com mais falhas que a categoria B,
porém dentro da legislação e sem riscos
para o consumo.
Nos aeroportos, 53% dos estabelecimentos foram classificados na categoria A,
39% na B e 6% na C. Apenas 2% foram
classificados como pendentes. Foram analisados 2.075 estabelecimentos em 26 cidades e 11 aeroportos das cidades-sede
dos jogos. De todos os locais analisados,
6% apresentaram irregularidades, estão
na lista de “pendentes” e foram impedidos de obter o selo.
O restaurante Demi Glace, no Centro,
recebeu nota A. Segundo a proprietária Marta Martins, o trabalho de manter
o estabelecimento dentro dos critérios
sempre existiu. “Desde o início, faz parte
da nossa mentalidade manter um rigor
alto em relação ao armazenamento, estocagem, controle e manipulação dos alimentos. Quando soube da avaliação, tive
poucas coisas a adequar. O trabalho de
segurança alimentar é algo muito sério e
importante”, avalia.
No site da Anvisa é possível ver a nota
de cada estabelecimento, mas a instalação
dos selos em local visível é obrigatória.
Os itens analisados foram a higienização
de instalações, equipamentos, móveis e
utensílios; o controle de pragas urbanas; a
higiene dos profissionais que manipulam
a comida; a limpeza dos ingredientes e
embalagens; além das condições em que
são feitas o armazenamento, transporte e
exposição do alimento.
“O trabalho de segurança
alimentar é algo muito
sério e importante”
Marta Martins, proprietária
do Demi Glace
Mais quatro anos
Alexandre Sampaio é reeleito presidente da FBHA
Após quatro anos como presidente da
Federação Brasileira de Hospedagem e
Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio
foi reeleito, em maio, para permanecer
como líder da gestão 2014-2018. A chapa
única foi escolhida com os 52 votos dos
sindicatos presentes à eleição, que aconteceu na sede da Confederação Nacional
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Alexandre enxerga a reeleição como um
reconhecimento pelo trabalho que a FBHA
realiza em prol do desenvolvimento dos
12
setores de hospedagem e alimentação em
todo o Brasil. “Na próxima gestão, a diretoria pretende continuar a luta pela aprovação do contrato de trabalho de curtíssima
duração para os dois setores e conquistar
mais flexibilidade nos contratos de locação
para estabelecimentos de gastronomia dos
shoppings”, afirma o presidente.
Os vice-presidentes para o quadriênio
serão Wilson Vetorazzo Calil, 1º vice-presidente; Marco Antonio de Oliveira Fatuch, 2º vice-presidente; Manoel Cardoso
Linhares, vice–presidente para os Meios
de Hospedagem; Henri Starosta Chmelnitsky, vice-presidente para Restaurantes
e Similares; e Wilson Aparecido Bianchi,
vice-presidente para Bares e Similares.
A diretoria contará ainda com Carlos Oliveira Nigro como diretor 1º secretário;
Carlos Antônio da Silva, diretor 2º secretário; José Darcilio Cortes Junqueira Reis,
diretor 1º tesoureiro; Amaro Gadbem, diretor 2º tesoureiro; e Júlio Crucho Cunha,
diretor de Patrimônio.
Unidos pela capacitação
FOTO: SXC.HU
Parceria do SindRio com SMTE e CDURP gera empregos
Primeira turma, baseada na aprendizagem prática, formou 128 alunos em cinco funções
E
m março, o Programa Porto Maravilha Cidadão iniciou cursos
gratuitos de gastronomia nas
instalações do Centro Público de
Trabalho Emprego e Renda (CPETR), em
parceria com o SindRio, a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE) e
a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro
(CDURP), e formou a primeira turma de
funcionários capacitados. A parceria, que
tem como objetivo qualificar e promover
a inclusão profissional, formou 128 alunos em 13 turmas nas seguintes funções:
auxiliar de cozinha, garçom, pizzaiolo, lancheiro e salgadeiro. As inscrições foram
abertas a alunos desempregados e os cursos tiveram duração de dois a cinco dias.
Segundo a coordenadora de Formação e Qualidade do SindRio, Sideise
Eloi, a proposta foi desenvolvida a partir do uso da metodologia da aprendizagem prática. “Os trabalhos em grupos
tiveram o acompanhamento de forma-
dores com experiência no tema e preparação para o mercado de trabalho. A
metodologia pretende estimular uma
participação ativa de todos os alunos
para proporcionar informação, aplicando o conhecimento aprendido através
de formas variadas: aula dialogada, conteúdo e aula prática”, diz.
Ao fim do curso, os alunos entram
para o banco de currículos do SindRio e
podem ser encaminhados imediatamente
para uma das vagas abertas em empresas
associadas ao sindicato. Dos formados,
71 alunos já estão encaminhados para
novos empregos e alguns alunos até abriram o próprio negócio.
Todos os meses, novos cursos abrem
gratuitamente ou com valores que podem ser divididos. Associados ao SindRio
e estudantes de faculdades conveniadas
ganham descontos de até 50%. Para mais
informações, o site do SindRio disponibiliza a programação completa dos cursos
www.sindrio.com.br
Teresa
Corção
CRÉDITO: BRUNO COELHO
Mão de obra
Mudança de hábito
O avanço industrial gera uma padronização alimentar e faz com que o ato de comer
deixe de ser uma questão nutricional e se
torne um ato de consumo. Isso traz consequências econômicas, sociais e ambientais
ao desenvolvimento sustentável. O desperdício de alimentos soma 1,3 bilhão de
toneladas por ano, enquanto cerca de 842
milhões de pessoas passam fome. Em contrapartida, nos países desenvolvidos há a
“fome oculta”, quando a maioria da população é obesa ou tem sobrepeso e come muito, mas não se nutre.
O alimento está cada vez mais maquiado, industrializado e menos nutritivo. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos e
o segundo maior produtor de organismos
geneticamente modificados do mundo. Percebendo isso, o consumidor passa a buscar
alternativas saudáveis e surge uma tendência que valoriza o pequeno produtor. O Rio
é a primeira cidade do país a contemplar
um Circuito de Feiras Orgânicas, onde os
produtores vendem diretamente aos consumidores, possibilitando a permanência do
agricultor no campo.
O SindRio, através da Diretoria de Responsabilidade Socioambiental está, em parceria com o Instituto Maniva e com o suporte técnico do SEBRAE, finalizando o projeto
Parceiro do Agricultor. A ideia é desenvolver
o sistema alimentar a partir de contrato de
garantia de compra antecipada firmado entre os agricultores do Circuito Carioca de Feiras Orgânicas do Rio de Janeiro, os Ecochefs
Maniva e os associados ao SindRio. Quem
aderir leva um programa socioambiental
para seu estabelecimento: comercialização
justa, geração de renda, segurança alimentar e nutricional e qualidade de vida.
>> Teresa Corção – Diretora de Responsabilidade Sócioambiental do SindRio.
13
SindRio | Praça Olavo Bilac 28 / 17º andar - Centro
SindRio | Av. das Américas 3500 / bloco 6 - ed. Hong Kong 2000 / 615 - Barra da Tijuca
Espaço Carioca de Gastronomia | Rua Teresa Guimarães 26 - Botafogo
Associados Ex-aluno Não associado
Cadastre-se para receber, por e-mail,
informações completas sobre nossa grade.
Inscrições: Mônica, Cirlene ou Karina
3231-6668 / 3231-6690 / 3231-6697
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Cursos
Programação de Agosto, Setembro e Outubro
AGOSTO
GARÇOM E GARÇONETE
INGLÊS PARA RESTAURANTES
16H AULA
Data: 18 a 21
Horário: 9h às 13h
97,50 146,25
45H AULA
Data: 5, 7, 12, 14, 19, 21, 26
e 28 de Agosto e 2,04,09,11,
16,18 e 23 de Setembro
Horário: 17h às 20h
372,50 558,75 745
195
MAITRE
16H AULA
Data: 18 a 21
Horário: 16h às 20h
117,50 176,25
36H AULA
Data: 02,05,09,12,16,
19,23,26 e 30
Horário: 09h às 13h
400 600 800
235
SETEMBRO
GARDE MANGER / SALADEIRO
20H AULA
Data: 18 e 21
Horário: 9h às 14h
155 232,50 310
21H AULA
Data: 1 a 5
Horário: 9h às 13h15
107,50 161,25 215,00
GESTÃO LUCRATIVA
DE CARDÁPIOS
CURSO DE RECEPÇÃO
E RESERVAS EM HOTÉIS
15H AULA
Data: A definir
Horário: 16h às 19h
400 600 800
16H AULA
Data: 2, 5, 9 e 12
Horário: A definir
90 135 180
QUEM BANCOU
Poder proporcionar o curso aos meus funcionários só
8H AULA
Data: 8 e 9
Horário: 8h às 12h
117,50 175,50
INGLÊS PARA HOTÉIS - CENTRO
45H AULA
Data: A definir
Horário: 17h às 20h
372,50 558,75
745
OUTUBRO
CURSO DE CREPE
CURSO DE SUPERVISOR(A)
DE ANDAR E GOVERNANÇA
“
CURSO DE LIDERANÇA E
GERENCIAMENTO DE EQUIPES
GESTÃO FINANCEIRA LUCRATIVA
234
18H AULA
Data: 09, 14, 16, 21, 23 e 28
Horário: 16h às 19h
490 735 980
CURSO DE CONFEITARIA
PROFISSIONAL
28H AULA
Data: 23,25 e 30 de setembro
e 2, 7, 9 e 14 de outubro
Horário: 8h30 às 12h30
205 307,50 410
QUEM FEZ
“
Aplico na prática tudo que aprendo, já após cada
trouxe benefícios, pois eles ficam mais qualificados, com mais
aula, quando ganho cada vez mais experiência. Quero
noção do que fazer. Foi um grande investimento e não vou pensar
continuar fazendo novos cursos depois deste, e, quem sabe,
duas vezes antes de inscrever meus funcionários em outros cursos”
até abrir meu próprio negócio em breve”
Ozeias Soares de Souza, gerente do
Sabor de Primeira – curso de cozinheiro
Elton Carlos – curso de cozinheiro
Em todos os cursos, o traje obrigatório para frequentar as aulas inclui calça comprida e sapato fechado. Informe-se sobre parcelamento de cursos nos cartões Visa ou Mastercard.
14
Ida a campo
NOVOS ASSOCIADOS
FOTO: ALEXANDRE MACIEIRA
Pesquisa da UERJ ouviu 350 estabelecimentos
Empresários foram entrevistados antes e depois da Copa para avaliar os reflexos do evento
A
pesquisa encomendada pelo
SindRio ao Departamento de Turismo da UERJ, coordenado pelo
professor Eduardo Mielke, sobre
o balanço do setor de bares e restaurantes durante a Copa do Mundo foi uma das
mais detalhadas já feitas pelo sindicato.
No total, 350 estabelecimentos deram depoimento em duas etapas de entrevistas.
A primeira, feita por telefone e e-mail, foi
de 27 de maio a 4 de junho e a segunda,
100% presencial, englobou os últimos
dias do mundial, de 9 a 11 de julho. Dez
alunos do curso de Turismo da universidade foram até os associados de 17 regiões
em 13 bairros coletar dados para os quatro
ponto essenciais do estudo: mão de obra/
empregabilidade, faturamento, fluxo de
pessoas e avaliação dos serviços públicos.
“Um ponto curioso da pesquisa é a percepção de que o Rio de Janeiro é composto
por quatro regiões distintas, cada uma com
suas particularidades muito bem definidas.
O que funciona muito bem na Zona Sul, por
exemplo, pode ser um fracasso na Barra”,
avalia o professor Eduardo Mielke. A pesquisa faz parte um projeto do SindRio de
criar um centro de inteligência para apurar, estudar, avaliar e, a partir daí, traçar
estratégias para o setor. “Mantendo essa
linha direta com os associados, de entender o que funcionou ou não nos eventos,
podemos cada vez nos preparar mais, da
mão de obra ao atendimento, e obter melhores resultados. Nossa meta agora é o
planejamento para os Jogos Olímpicos”,
observa Pedro de Lamare.
“Podemos nos preparar
mais e obter melhores
resultados. Nossa meta
agora é o planejamento
para os Jogos Olímpicos”
Pedro de Lamare
Ubaldino Bistrô
Delirio Tropical
Cantinho da Harmonia
Prana Grill
Carioca Gourmet
Gula Gula
O.F.F.
Cantina 2
Sushikim
Grill da Travessa
Café e Pauta
Fattoria di Pizza
Sobral da Serra
Crepelocks
Crepelocks
Congresso do Chopp
Lasai
Samurasan Restaurante Japonês
Bio Carioca
Frango da Fartura
Spoleto
Spoleto
Dedin de Prosa - Café e Bistrô
Costelão do Cadeg
Casa da Comida
Bob's
Salitre
Calábria Pizza
Felisberto
Botequinho Carioca
Tayo Mundo novo
Tonoshii Grajaú
Bar Point do Irmão
Pao & Cia
Bajix Sushi
Crepslocks
fafe Grill
Carmen Silva Feitosa Cantina
Acadepol Lanches
Daikokuten
Patroni Pizza
O Segreto da Pizza
Escondidinho
Gula Gula
Lupulino
Sorvetes Itália
Rest e Lanchonete Girassol
Bar Servidor
Bar 25
Restaurante Cantinho de Minas
Beijo e Beijo
Patroni Pizza
Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa
Yu! Restaurante
Good Good
Cafeteria Capital
Rota 66
Rota 66
Seidö Nao Hara
Coisa de Carioca
Zacks Barra Shopping
Culinare
Scotton Buffet
Uva e Vinho
Lampião de Irajá
Sara café
Frys Burgers
Frys Burgers
Centro
Jacarepaguá
Gamboa
Ipanema
Jacarepaguá
Jacarepagua
Copacabana
Barra da Tijuca
Botafogo
Centro
Andaraí
Recreio
Oswaldo Cruz
Cachambi
Recreio
Campo Grande
Botafogo
Flamengo
Barra da Tijuca
Pavuna
Recreio
Recreio
Centro
Benfica
Tijuca
Jacarepaguá
Barra da Tijuca
Maria da Graça
Copacabana
Recreio
Barra da Tijuca
Grajaú
Jacarepaguá
Pilares
Flamengo
Recreio
Recreio
Cosme Velho
Maracana
Vila ISabel
Barra da Tijuca
Engenho de Dentro
Campo Grande
Botafogo
Botafogo
Tijuca
Campo Grande
Centro
Centro
Jacarepaguá
Jacarepaguá
Recreio
Flamengo
Humiatá
Tijuca
Centro
Copacabana
Humaitá
Lagoa
Copacabana
Barra da Tijuca
Botafogo
Botafogo
Barra da Tijuca
Irajá
Copacabana
Del Castilho
Barra da Tijuca
15
Rio
Festa no asfalto
FOTO: ALEXANDRE MACIEIRA
Apesar da decoração tardia, ruas da cidade exibiram a beleza da Copa
Com bandeirinhas e pinturas temáticas, o Rio se vestiu de verde e amarelo, da Zona Norte à Zona Sul, para receber a Copa do Mundo
C
opa do Mundo sem rua pintada
não é Copa. Que o diga moradores de ruas tradicionalmente
ornamentadas para o mundial,
a cada quatro anos. A decoração vai desde bandeirinhas, passando pelas clássicas pinturas das vias e muros e termina
na ornamentação dos bares, restaurantes
e até prédios residenciais ao redor.
A Rua Alzira Brandão, na Tijuca, é uma
das mais tradicionais na festa. O famoso
Alzirão fez bonito em mais uma Copa, e
teve seus 550 metros pintados de verde
e amarelo. “Tivemos shows e lotação em
todos os dias de jogos do Brasil, mas tudo
muito seguro e organizado", comemora a
torcedora Diane Sun, moradora da região
e frequentadora fiel da rua. E quem saiu
ganhando foram os bares e restaurantes
do entorno. O Alzirão foi a segunda maior
festa da cidade, perdendo apenas para a
FIFA Fun Fest, e atraiu mais de 30 mil pessoas por jogo da seleção brasileira. “Nos
dias de festa, o movimento foi melhor do
que o esperado, muitas entregas e um bom
16
público. Esse ano foi até melhor porque
teve mais policiamento, guarda municipal.
Só a derrota que não foi boa”, disse Schouzal Martins, sócio da Pizzaria Ravelle.
A Rua Jorge Rudge, no bairro de Vila
Isabel, recebeu 1 km de fitas com as cores do Brasil. Os moradores dizem que a
rua já ficava em verde e amarelo desde o
tricampeonato de 1970. Já na Rua Pereira Nunes, também em Vila Isabel, os moradores gastaram R$ 7 mil na decoração
de rua, mas, preocupados com a questão de direitos autorais, evitaram qualquer referência à FIFA. Isso porque uma
regra no regulamento para Eventos de
Exibição Pública da Copa do Mundo de
2014 dizia que qualquer evento ou decoração que não pertencesse à entidade
não poderia usar os termos “Copa 2014”
e “Brasil 2014”. E quem contrariasse estaria sujeito à multa. Mas o padrão FIFA
de torcer não conseguiu segurar os torcedores, que, empolgados com a Copa
em casa, comemoram nas ruas ao fim de
cada uma das partidas.
Já na Zona Sul, a animação, que demorou a pegar, acabou contagiando. Do
Aterro, ainda é possível avistar fitas com
as cores do Brasil a cerca de cinco metros
acima do asfalto. Estão na Rua Corrêa Dutra, no bairro do Flamengo, e são bem tradicionais. Um muro tem um enorme globo
de onde sai uma bandeira do Brasil. Um
costume que começou na Copa de 1978.
Além das limitações impostas pela
FIFA, a menos de duas semanas antes da
abertura, as tradicionais bandeirinhas e o
asfalto pintado ainda não eram vistos. No
lugar de mobilizações para enfeitar as praças, o que se via era o medo de protestos
e até planos de contenção a possíveis ataques de manifestantes contrários à realização do evento.
Passada a onda de apatia inicial, a
Copa começou e as (poucas) ruas enfeitadas fizeram o sucesso de sempre com os
torcedores, ainda que a seleção não tenha
chegado à final. Muitos gols, festas e bandeirinhas. E o ano de 2014 ficou marcado
como a Copa das Copas.

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