Raízes 48
Transcrição
Raízes 48
Obras dos armazéns do CILEM Tecnologia inovadora nos novos armazéns do CILEM Com a construção de mais dois armazéns graneleiros, a partir de maio próximo, o Complexo Industrial de Luís Eduardo Magalhães (CILEM) deve ampliar em 125 mil toneladas sua estocagem de granéis sólidos, chegando a 300 mil toneladas de capacidade estática. Única fábrica de fertilizantes do Oeste da Bahia, um dos principais polos agrícolas do Cerrado, a Galvani tem como principal vantagem competitiva a localização. “Longe dos portos e próximo a lavouras com um consumo bastante sazonal, o CILEM precisa ter uma grande capacidade de armazenagem para formar estoques durante a entressafra, além de assegurar uma produção própria de fertilizante mais linear”, explica Rodolfo Galvani Júnior, presidente do Conselho de Administração do Grupo. A Galvani hoje tem condições de garantir uma entrega “just in time” de fertilizantes na região. Os veículos das fazendas, que transportam os grãos para as indústrias de processamento, na volta levam o adubo às lavouras. Os novos armazéns somam uma área coberta de 13.284 metros quadrados e foram construídos com a utilização de pórticos triarticulados e pré-tensionados de eucalipto roliço tratado. Esta inovação, que a empresa vem utilizando há 15 anos, foi desenvolvida pelo engenheiro Rodolfo Galvani Júnior. O uso desta tecnologia traz várias vantagens. Além de agilizar as obras, reduz significativa- mente os custos. A madeira roliça tem grande durabilidade e não apresenta problemas de corrosão, como nos pórticos metálicos ou de concreto armado. Proveniente de reflorestamento, o eucalipto é renovável e seu uso, ao contrário do que ocorre com a madeira de lei, não traz danos ambientais. Os pórticos são pré-fabricados e podem ser montados com rapidez, com mão de obra local. “Eles foram desenvolvidos para vãos de até 30 metros e funcionam como elemento modular estrutural principal de construções civis como galpões industriais, armazéns, passarelas, pontes e ginásios”, diz Galvani Júnior, que já encaminhou reivindicação da patente desta inovação ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Biotecnologia Empreendedores Cresce o plantio de transgênicos A história do Grupo MCM páginas 2 e 3 página 4 Plantio de trans Editorial Inovação no campo Raízes chega às suas mãos no momento em que as colheitadeiras e os tratores estão a todo vapor no interior do Brasil. Estamos no pico da safra de grãos 2010/2011, e os agricultores acabam de colher uma produção recorde de soja, avaliada em 72 milhões de toneladas, que vai injetar na economia cerca de R$ 50 bilhões. A ordem agora é acelerar o plantio de milho safrinha e algodão, produtos que também têm perspectivas de preços bastante favoráveis este ano. No total, a safra brasileira de grãos deve chegar a 154 milhões de toneladas, gerando um Valor Bruto da Produção de R$ 95 bilhões, com crescimento de cerca de 10% em relação a 2010. O lucro da safra vai irrigar outros setores da economia, impulsionando as vendas de automóveis, caminhões, máquinas agrícolas, terras, imóveis, entre outros bens. Toda esta energia mostra que a produção rural não pode ser vista de forma isolada, mas como um dos elos de uma cadeia extremamente dinâmica. A inovação é um dos principais insumos do agronegócio brasileiro, que desenvolveu nas últimas décadas uma eficiente tecnologia de agricultura tropical. Inovação, aliás, é o tema de duas matérias desta edição. Nas páginas centrais, Raízes reporta o avanço das culturas transgênicas no país. Na capa, mostramos uma invenção desenvolvida aqui mesmo na empresa — o emprego de troncos roliços de madeira oriunda de reflorestamento na construção de pórticos dos armazéns —, método inovador que traz vantagens econômicas e ambientais. Rodolfo Galvani Júnior Presidente do Conselho de Administração Facilidade de manejo das As variedades transgênicas já cobrem a maior parte dos campos de soja e de milho no Brasil, segundo levantamento realizado pela Consultoria Céleres. Nesta safra (2010/ 2011), a soja transgênica ocupa 18,1 milhões de hectares, que correspondem a 76% da área total da oleaginosa no país. O plantio de milho geneticamente modificado, considerando a safra de verão e a safrinha, deve alcançar 7,37 milhões de hectares - 57,7% do total. Para o algodão, a Céleres estima que 325 mil hectares devam ser semeados com transgênicos, o equivalente a 26,6% da superfície cultivada. Juntas, as três culturas transgênicas (soja, milho e algodão) somam 25,8 milhões de hectares nesta temporada. Em 2009, o Brasil ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo país do mundo que mais utiliza produtos agrícolas geneticamente modificados, atrás apenas dos Estados Unidos. No ano passado, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou oito cultivares transgênicos. Também foram liberadas três vacinas e uma levedura modificada geneticamente, destinada à produção de óleo diesel a partir da cana-de-açúcar, além de mais uma variedade de algodão. Com isto, o Brasil já dispõe de 28 cultivares geneticamente modificados para o plantio comercial. “Estamos entrando na segunda geração da biotecnologia. Já temos no Brasil vacinas transgênicas para HPV e hepatite D, além de outras voltadas à prevenção de doenças em animais. Os avanços também acontecem no exterior, onde os cientistas estão desenvolvendo o Golden Rice, um arroz com alto teor de Acontece Parque tem novos moradores Nos últimos meses, o Parque Fioravante Galvani ganhou três novos moradores. O primeiro foi o macaquinho Fred Júnior, filhote do casal de bugios Frederico e Flor. Logo depois, dois ovinhos eclodiram no Criadouro elevando para seis a população de ararajubas do Parque. Fred Júnior vitamina A, que vai ajudar a combater a cegueira provocada pela subnutrição nos países da Ásia”, diz Edilson Paiva, presidente da CTNBio. Espera-se para este ano a aprovação da primeira variedade transgênica de feijão, desenvolvida pelos cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Trata-se de um feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, doença que chega a causar perda total da produção. Paiva ressalta que a utilização dos transgênicos traz grandes vantagens ambientais. “A biotecnologia é um grande instrumento para agriculturas tropicais como a brasileira. Ela permite o controle mais eficaz das pragas e doenças com menor impacto ao ambiente, uma vez que reduz as aplicações de defensivos agrícolas nas lavouras”, explica Paiva. Para a Céleres, que há cinco anos avalia os benefícios ambientais e econômicos da adoção de variedades transgênicas nas lavouras brasileiras, o que mais atrai os agricultores é a facilidade de manejo dos cultivos transgênicos. “Eles afirmam gastar bem menos tempo com os trabalhos da lavoura”, diz Jorge Attie, analista de biotecnologia da Céleres. Segundo ele, a soja geneticamente modificada permite uma aplicação a menos de herbicida em relação à convencional. O agricultor usa apenas o glifosato e economiza também combustível, à medida que entra uma vez a menos em campo com o trator”, diz Attie. Na ponta do lápis, segundo a Céleres, a economia do sojicultor que adota variedades e as novas “jubas” adaptaram-se bem ao recinto. Atualmente, o Parque conta com 30 animais de nove espécies diferentes. O Criadouro Conservacio n i s t a t e m por objetivo a reprodução em cativeiro de espécies da fauna do Cerrado, muitas delas ameaçadas de extinção. Esse projeto conta com parcerias para manu- sgênicos avança no Brasil s lavouras é o que mais atrai os agricultores transgênicas é de R$ 100 por hectare em relação ao custo da soja convencional. A produtividade média da soja transgênica, porém, é praticamente igual à da convencional. Para a consultoria, o milho geneticamente modificado traz ainda mais benefícios ao produtor. Enquanto o convencional exige de três a quatro aplicações de inseticidas, o transgênico requer no máximo uma. Quanto ao custo de produção, o do milho transgênico é cerca de R$ 100 por hectare inferior ao do convencional. “Os produtores de milho reclamam dos preços das sementes, mas a produtividade média, se comparada à de variedades convencionais, compensa. Na safra de verão do Paraná da temporada 2009/2010, o transgênico rendeu 9.500 quilos por hectare em média, ante 8.700 quilos por hectare do convencional”, diz o analista da Céleres. No entanto, em Mato Grosso, segundo informação da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado), os produtores que fizeram as contas antes de plantar chegaram à conclusão que a soja transgênica não é tão vantajosa. “O custo de produção é o mesmo, e conforme a região do Estado, a variedade transgênica produz menos do que a convencional”, diz Maria Amélia Tirlone, analista de grãos do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Além disto, acrescenta a analista, alguns produtores conseguem entre R$ 1 e R$ 3 a mais pela saca de soja não transgênica. “Mas são casos pontuais, e nem sempre este ágio é repassado pelo exportador ao agricultor”, ressalva Maria Amélia. tenção de parte dos animais e está aberto à adesão de outras empresas interessadas em contribuir com a causa. Melhoria no beneficiamento da UMI O novo processo de beneficiamento da Unidade de Mineração de Irecê (UMI) vem permitindo o aproveitamento de partes de finos do processo, que antes eram descartados. Isto melhorou sensivelmente a recupe- ração de fósforo do minério, alem de gerar um sub-produto, o Fosbahia, que é um fosfato natural já comercializado anteriormente pela Galvani com muito sucesso. É indicado para manutenção ou elevação do teor de fósforo no solo para pastagens, áreas de reflorestamento, fruticultura e outras culturas. Energia do CIP é transferida para UML Desde setembro do ano passado, o excedente da energia elétrica produzida no Complexo Industrial de Paulínia (CIP), com o aproveitamento do vapor gerado nas plantas de ácido sulfúrico, é transferido para a Unidade de Mineração de Lagamar (UML). Essa transação é contábil e acontece por meio da comprovação fiscal da quantidade de energia que o CIP repassou para o sistema que é descontado do total consumido pela UML. Para isso, a Galvani se tornou um agente participante da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Empreendedores A História da MCM A MCM Quimíca Industrial, empresa fundada em 1980 em Cesário Lange/SP, a 143 km de São Paulo, produz sulfatos de cobre e cobalto destinados aos mais diversos mercados, como nutrição animal, fertilizantes sólidos e líquidos, tratamento de água e processos de galvanoplastia. A empresa teve origem em 1975, quando três economistas recém formados – José, Marcelo e Marlymar – criaram uma fábrica de sulfato de cobre chamada Inderco. A inovação tecnológica foi priorizada como uma de suas principais características e, assim, a empresa tornou-se referência no exigente mercado de nutrição animal. A MCM foi a primeira empresa nacional a oferecer produtos com anti-compactantes e anti-umectantes, além de ser pioneira na adoção de um rígido controle de metais pesados. Desta forma, os produtos da linha de nutrição animal atendem aos mais exigentes padrões de segurança alimentar, sendo comercializados tanto no mercado nacional como nos países da União Europeia. Sede da MCM em Cesário Lange Para uso na agricultura, a MCM oferece a linha Ferti de micronutrientes, composta por produtos que apresentam diferentes concentrações, elevado grau de pureza e excelente solubilidade, utilizados nas formulações de fertilizantes sólidos e líquidos. Em 1981, infelizmente ocorreu a morte de Marlymar. Então, Marcelo assumiu a participação societária do amigo. Hoje, ele tem 90% de participação na empresa, enquanto José detém 10%. Nos últimos anos, a MCM ampliou suas instalações e introduziu novos sistemas de produção, com maior nível de automatização. Atualmente a empresa está instalada em terreno de 25 mil metros quadrados, dos quais 6 mil metros quadrados de área construída, e conta com 169 funcionários. Buscando o máximo em eficiência, a MCM investe constantemente na modernização e atualização dos equipamentos industriais, treinamento de seus colaboradores, rígido controle de qualidade e proteção ambiental. A MCM é cliente da Galvani desde 1996. A empresa compra ácido sulfúrico, que utiliza em seus processos industriais. Nestes 15 anos, o relacionamento comercial se fortaleceu e o volume mensal saltou de três para 157 toneladas mensais. “Considero a parceria com a Galvani muito importante para o desenvolvimento do nosso negócio”, afirma Marcelo Scaléa Júnior, presidente da empresa. Mais de 170 mil árvores plantadas expediente Área de recomposição na unidade de Lagamar Mais de 170 mil árvores foram plantadas em projetos de recomposição de áreas e programas de rearborização urbana do Grupo Galvani. Na recuperação de áreas, o número atingiu 96,8 mil mudas nos últimos anos, como compensação ambiental. E o viveiro do Parque Fioravante Galvani já produziu e distribuiu outras 80 mil mudas de espécies nativas do Cerrado. O plantio de árvores ajuda a preservar recursos hídricos e contribui para recompor parte da fauna em regiões degradadas. Veja abaixo os resultados de alguns projetos ambientais. Irecê/BA: O plantio de mais de 10 mil árvores da caatinga favoreceu o reaparecimento de répteis, insetos, aves e mamíferos, em áreas próximas da Unidade de Mine- Informativo do Grupo Galvani Endereço para correspondência: Av. Prof. Benedicto Montenegro, 1300 - Betel Paulínia/SP - CEP 13140-00 Fone: (19) 3884-9300 e-mail: [email protected] - www.galvani.ind.br • • • • • ração de Irecê. Lagamar/MG: foram plantadas desde 2003 mais de 70 mil mudas nativas do Cerrado para recuperar áreas onde a mineração do fosfato já foi concluída. Foi também recomposta parte da mata ciliar do Rio Parnaíba. Angico dos Dias/BA: Nestes primeiros meses do ano, 5 mil mudas estão sendo plantadas em Áreas de Preservação Permanente. A Galvani fez o plantio e acompanha o restabelecimento da vegetação das encostas do Rio Piauí. Paulínia/SP: foi reflorestada uma área de 23 mil m² com 3 mil árvores de peroba rosa, jacarandá-do-campo, entre outras espécies, criando um parque linear na área do Complexo Industrial. Coordenação: Departamento de Comunicação Ilustração: Theo Editoração e Arte: casadartecomunicacao.com.br Impressão: Gráfica Mundo Tiragem: 4.000 exemplares
Documentos relacionados
Nossas Mãos 46
Achei que a edição nº 45, de janeiro, está com informações muito importantes. Li a matéria sobre a formatura do Programa Raízes do Saber e gostaria de dar os parabéns a todos os formandos pelo esfo...
Leia mais