MS Clipping - Moore Stephens
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MS Clipping - Moore Stephens
21 de agosto de 2012 MS Clipping Moore Stephens Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Dilma usa brecha para cumprir meta fiscal (Folha de S. Paulo) ..........................................................................................................2 Fisco regulamenta parcelamento para educação (Valor Econômico) .................................................................................................2 Alíquota de ICMS de remédios do Farmácia Popular pode ser zerada (Valor Econômico) ...............................................................3 Entidades que mantêm instituições de ensino superior já podem renegociar dívida tributária com a União (Agência Brasil) ....4 Respeito recíproco é bom e todos nós gostamos (Revista Consultor Jurídico) ................................................................................4 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................6 Empresas respondem na Justiça por cotas (Valor Econômico) ..........................................................................................................6 Confira o passo a passo na contratação de um líder (Canal Executivo).............................................................................................6 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................8 Combinação de negócios / tratamento contábil – fusões e aquisições (Blog da Moore Stephens) .................................................8 Indício de fraude afeta resultado do Banco do Nordeste (Valor Econômico) .....................................................................................8 A responsabilidade civil para o contabilista ajuda ou atrapalha? (Portal de Contabilidade) ............................................................9 Lucro do BNDES cai 48% no 1º semestre (Valor Econômico)..............................................................................................................9 OUTROS ASSUNTOS .............................................................................................................................................................................10 Brasil se afasta de países avançados, diz estudo (Valor Econômico) ..............................................................................................10 O lado bom da desindustrialização (Revista Veja) ..............................................................................................................................11 Economia dá sinais claros de recuperação gradual (Valor Econômico)...........................................................................................12 São Paulo será 8ª cidade preferida de investidores milionários (Infomoney) ..................................................................................12 GM tenta manter o equilíbrio de sua sociedade na China (The Wall Street Journal) .......................................................................13 Thyssen inicia venda de usina brasileira (Valor Econômico) ............................................................................................................14 Portabilidade de planos cresce quase 60% no 1º semestre (Valor Econômico) ..............................................................................15 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. 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O artifício, motivo de polêmica no final do governo Lula, consiste em recorrer a fontes atípicas de recursos, que vão desde vitórias judiciais na cobrança de tributos até operações mais heterodoxas para obter socorro das empresas estatais. Dados preliminares da execução do Orçamento apontam que, em julho, o caixa do Tesouro Nacional foi inflado por mais de R$ 15 bilhões que não constavam das projeções regulares da arrecadação. Segundo os registros pesquisados pela Folha, a maior parte do dinheiro é classificada como "multas e juros de mora", ou seja, refere-se ao pagamento de dívidas tributárias em atraso. O volume obtido dessa forma em julho superou com folga a soma dos seis meses anteriores. Questionada, a Fazenda não forneceu detalhes adicionais sobre a origem da receita extra. O montante tornou mais factível o cumprimento do superavit primário --a parcela do Orçamento poupada para o abatimento da dívida pública-- de R$ 140 bilhões prometido para o ano, meta na qual a maior parte dos analistas e investidores deixou de acreditar. Os pagamentos extraordinários fizeram disparar a receita de alguns dos principais tributos da União, caso da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e da contribuição para o PIS (Programa de Integração Social). Ainda em processo de cálculo na área técnica, o superavit federal de julho pode se aproximar ou até ficar acima dos R$ 20 bilhões, em um dos maiores resultados mensais da história. Os números contrastam com o magro desempenho dos dois meses anteriores, quando a freada da atividade econômica enfraqueceu a arrecadação e o superavit bimestral ficou em pouco mais de R$ 3 bilhões. Na atual estratégia da política econômica, o superavit primário tem papel fundamental no controle da inflação. Ao manter seus gastos abaixo das receitas, o governo ajuda a controlar o consumo e a alta dos preços. Em 2009 e 2010, as metas fiscais só foram cumpridas com a ajuda de brechas na legislação e receitas extraordinárias, comprometendo sua credibilidade. MS News - Abril de 2012 No ano passado, o governo Dilma Rousseff se comprometeu a retomar uma política de austeridade, mas manteve as despesas em alta confiando em novos recordes da arrecadação. Fonte: Folha de S. Paulo (21/08/2012). Fisco regulamenta parcelamento para educação A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Receita Federal editaram uma portaria que regulamenta a concessão de moratória e parcelamento especial de dívidas tributárias para mantenedoras de instituições de ensino superior. Os benefícios estão previstos na Lei nº 12.688, de 18 de julho, que instituiu o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies). De acordo com a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6, publicada ontem no Diário Oficial da União, será concedida uma moratória de 12 meses e um parcelamento de até 180 prestações, com redução de 40% das multas. Poderão aproveitar dos benefícios as mantenedoras em grave situação econômico-financeira. "É notória a grave dificuldade financeira enfrentada por essas mantenedoras. A moratória e o parcelamento podem auxiliar no projeto de recuperação delas", afirma o advogado Marcelo Jabour, diretor da Lex Legis Consultoria Tributária. A moratória abrangerá todas as dívidas tributárias federais da mantenedora no âmbito da PGFN, vencidas até 31 de maio. Isso inclui as dívidas discutidas em processo administrativo ou judicial ou que tenham sido objeto de parcelamento anterior não integralmente quitado. Porém, a entidade mantenedora deverá desistir (total ou parcialmente), até a data do requerimento da moratória, de recursos nesses processos. Os débitos discriminados serão consolidados na data do requerimento da moratória e deverão ser pagos em até 180 prestações mensais e sucessivas, a partir do 13º mês subsequente à concessão da moratória. Essa consolidação será o valor total do débito mais multas, juros de mora e honorários devidos nas execuções fiscais dos débitos previdenciários, com redução de 40% das multas. O valor de cada prestação será calculado observando-se percentuais mínimos específicos que deverão ser aplicados sobre o valor da dívida consolidada, acrescidos de juros Selic acumulados, mais 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado. Da 1ª a 12ª prestação, por exemplo, o percentual será de 0,104%. Já da 169ª a 179ª prestação, o percentual será de 0,208%. A 180ª será o valor equivalente ao saldo remanescente da dívida. "É importante destacar que a opção pelo benefício independerá de apresentação de garantias ou de (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens arrolamento de bens. Porém, não implicará na liberação dos bens e direitos que sejam garantia dos respectivos créditos tributários, antes da adesão", afirma Jabour. Para ele, esta medida poderá ser questionada judicialmente, caso o contribuinte comprove a necessidade de dispor desses bens para assegurar a sua recuperação financeira. "À primeira vista, a moratória e o parcelamento são bemvindos porque atualmente há várias mantenedoras discutindo questões tributárias na Justiça, como a imunidade na adesão ao Prouni", afirma a advogada Marluzi Andrea Costa Barros, do escritório Siqueira Castro Advogados. Ela chama a atenção para o fato de a portaria possibilitar a redução em 10% do valor das parcelas se for demonstrado efetivamente a contrapartida de bolsas de ensino. Mas há algumas burocracias incomuns. O contribuinte que aderir à moratória deverá apresentar um plano de recuperação econômica e tributária em relação a todas as dívidas vencidas até 31 de maio. Também deverão ser listados os bens e direitos da mantida, seus controladores, administradores, gestores e representantes legais discriminando a data de aquisição e a existência de ônus, encargo ou restrição de penhora ou alienação, se for o caso. O requerimento de moratória e parcelamento deverá ser apresentado na unidade da PGFN do domicílio tributário do estabelecimento-sede da instituição até o dia 31 de dezembro. Os modelos para a solicitação de moratória foram publicados na portaria conjunta. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). Alíquota de ICMS de remédios do Farmácia Popular pode ser zerada A partir de setembro, os medicamentos contra hipertensão, diabetes e asma distribuídos gratuitamente pelo programa federal Farmácia Popular poderão ter zeradas suas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que barateará seu custo de produção pela indústria farmacêutica e de aquisição pela administração pública. Os Ministérios da Fazenda e da Saúde formalizaram o pedido de eliminação da tributação estadual desses remédios ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão decisório que reúne secretários estaduais de Fazenda do país. De acordo com Antônio Britto, presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o pleito - alvo de negociações desde o ano passado entre o ministro Alexandre Padilha e governadores - foi bem avaliado por 25 Estados e pelo Distrito Federal. Ceará foi o único que ainda não se posicionou sobre o assunto, mas deverá ter uma posição afirmativa na próxima reunião do Confaz, em 13 de setembro. 3 MS News - Abril de 2012 Segundo Britto, o fim dos impostos estaduais para os remédios do Farmácia Popular é um primeiro passo da briga travada pelo setor privado contra a alta tributação sobre medicamentos no país, cuja taxa média nacional beira os 35%. "Além dos nossos outros esforços pela redução dos impostos para medicamentos, com o objetivo de aumentar o acesso à saúde no país, vamos pressionar o Ceará para também dar esse passo", afirmou Britto durante o seminário "Medicamentos & Tributos", organizado ontem pelo Valor e pela Interfarma, em São Paulo. Ausente do evento, o secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho, disse, por telefone que o Estado pratica desde 2007, como política pública permanente, desoneração tributária para vários setores, incluindo o de medicamentos. "Nós demos parecer favorável ao convênio do Farmácia Popular no Confaz, mas existe uma outra demanda no mesmo processo tratando da desoneração de quatro novos remédios para câncer. Só votaremos a favor quando a indústria nos certificar que haverá redução do preço final do remédio. Ainda não temos essa garantia", explicou Benevides Filho. Manuel dos Anjos Teixeira, secretário do Confaz, disse que há pedido de urgência por parte do Ministério da Saúde para o conselho deliberar sobre o tema, que está na pauta digital do Confaz. Liderada pela Interfarma, a indústria farmacêutica está retomando uma "luta antiga" pela desoneração tributária dos remédios no país. A estratégia inclui apoiar projetos de lei já em tramitação no Congresso Nacional e o apoio a uma frente parlamentar que assumirá a bandeira do corte de impostos dos remédios. As principais reivindicações giram em torno de um projeto de lei que prevê a eliminação de qualquer tributo sobre medicamentos de uso humano e outro que propõe a redução e padronização da cobrança do ICMS para uma faixa de 7% - a maior parte dos Estados adota alíquota de 17% sobre medicamentos. Durante o seminário, o secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, apresentou a experiência paranaense com redução da alíquota do setor farmacêutico. Em três anos, o ICMS cobrado do setor, que representa 5% da arrecadação estadual, caiu de 18% para 12%. Segundo Hauly, a renúncia fiscal foi coberta por aumento da arrecadação e aumento de alíquotas dos setores de energia, combustíveis, telecomunicações e cigarros e bebidas, responsáveis por dois terços da receita. "Com a medida, o preço do remédio caiu 7% para o consumidor", disse. No Ceará, a intensificação da substituição tributária, que passou a cobrar o ICMS antecipadamente a partir de 2007, permitiu ao Estado reduzir as alíquotas da indústria farmacêutica de 17% para um média de 9,5%. Mesmo assim, o secretário Mauro Benevides Filho, diz que nem sempre o setor transfere o corte de tributo para o consumidor. "A indústria às vezes usa o argumento do (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens Farmácia Popular, um programa social para a população mais pobre, para encobrir a discussão [desonerações já feitas]. Nesse caso só diminuirei o ICMS se houver garantir de queda de preço na ponta", criticou o cearense. MS News - Abril de 2012 semanas. Entre os produtos já em falta estão os contrastes para realização de exames. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). Governo estuda liberar preço de alguns medicamentos O governo federal discute flexibilizar o controle de preços sobre medicamentos isentos de prescrição (Mips). Esses remédios no Brasil têm seus preços regulados pelo governo desde 2000, informou, durante seminário organizado pelo Valor, Ivo Bucaresky, secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão interministerial, que envolve cinco pastas Fazenda, Saúde, Desenvolvimento, Casa Civil e Justiça. Entidades que mantêm instituições de ensino superior já podem renegociar dívida tributária com a União As entidades públicas e privadas que mantêm instituições de ensino superior poderão renegociar as dívidas com a União. Portaria conjunta da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) instituiu um parcelamento de 15 anos (180 meses) para o pagamento desses débitos, com desconto de 40% na multa. Atualmente, cerca de 80% dos medicamentos têm seus preços controlados. Ficam de fora algumas drogas isentas de prescrição, como analgésicos e produtos fitoterápicos. Parte da indústria farmacêutica defende o fim do controle sobre os preços dos medicamentos de outras categorias, como os genéricos, por exemplo. A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne as multinacionais com atuação no Brasil, defende um leque maior de remédios fora desse controle governamental. A portaria regulamenta o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), criado para assegurar condições para a continuidade das atividades das mantenedoras e permitir a recuperação dos tributos devidos por essas entidades. A lei que criou o programa havia sido sancionada em 18 de julho, pela presidenta Dilma Rousseff, mas a renegociação ainda precisava ser regulamentada para entrar em vigor. Theo van der Loo, CEO da Bayer no Brasil e presidente do conselho da Interfarma, acredita que o mercado acabará regulando os preços dos medicamentos por meio de uma maior concorrência, sem a necessidade de intervenção governamental. "No caso dos anticoncepcionais, por exemplo, há mais de 120 apresentações no país. A concorrência é grande, não precisaria ter esse controle", disse Loo. Poderão aderir ao parcelamento as entidades mantenedoras cujos tributos em atraso somem pelo menos R$ 1,5 mil por aluno matriculado nas respectivas faculdades e universidades. A renegociação abrange apenas os débitos vencidos até 31 de maio, já incorporados à dívida ativa da União, mas as instituições de ensino superior poderão pedir à Receita Federal que transfira para a dívida ativa os impostos não pagos. Para Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), o controle de preços só deveria valer para medicamentos que não possuem concorrência e os considerados complexos, como aqueles para tratamento de câncer. "No mundo todo é assim", comparou. As entidades mantenedoras contarão ainda com uma moratória de 12 meses. Dessa forma, o parcelamento só começará a ser pago no décimo terceiro mês após a consolidação dos débitos. As dívidas serão corrigidas pela Selic, mais 1% e percentuais que variam de 0,104% a 0,833%, conforme o mês de pagamento da prestação. Se depender do governo, contudo, a flexibilização de preços será somente para os medicamentos isentos de prescrição. Bucaresky afirmou que o governo quer modernizar o sistema de regulação de preços, começando pelos isentos de prescrição. O secretário-executivo da CMED defende maior controle do governo e ainda não considera incluir remédios genéricos na lista. Bucaresky também disse que a greve dos servidores federais continua preocupando o setor. Segundo ele, o atraso na liberação de novos registros de medicamentos na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá ser ainda maior por conta do movimento. As indústrias afirmam que alguns insumos farmacêuticos e medicamentos podem faltar, caso a greve, que completou um mês semana passada, se estenda nas próximas O parcelamento poderá ser pedido nas unidades da PGFN até 31 de dezembro de 2012, e as instituições precisarão apresentar um plano detalhado de recuperação econômica. O documento deve conter a projeção da receita bruta mensal e os respectivos fluxos de caixa até o mês do vencimento da última parcela do parcelamento. Fonte: Agência Brasil (20/08/2012). Respeito recíproco é bom e todos nós gostamos Por Raul Haidar Quase diariamente surgem notícias de que há um novo projeto de lei tentando melhorar a legislação tributária. Mas enquanto se discute o novo projeto, deixa-se de lado a observância de normas em vigor há muito tempo e com isso a lei não melhora, nossos direitos são esquecidos e ninguém se preocupa em respeitar o que já existe. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens Justiça é dar a cada um o que é seu. A justiça tributária é, portanto, reconhecer o direito de cada contribuinte, tratando-o de forma respeitosa, cumprindo todas as leis que garantem seus direitos. A Constituição é a maior das nossas leis e a que mais descaradamente se ignora. O artigo 37, por exemplo, ordena que a administração pública federal, estadual ou municipal “...obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade”, devendo ainda observar as diversas normas que seguem o artigo. O primeiro desses princípios — o da legalidade — é ignorado costumeiramente em qualquer repartição. Ainda recentemente, por exemplo, autoridades da Secretaria das Finanças do município de São Paulo , inventaram uma instrução normativa sem qualquer base legal, contrariando várias súmulas do STF , e com base nesse monstrengo bloquearam a emissão de notas fiscais de contribuintes em débito. MS News - Abril de 2012 Já constatamos, em várias oportunidades e nas mais diversas repartições, que documentos, livros, talonários etc. ficam amontoados em condições precárias de segurança. Qualquer pessoa, inclusive estranha ao serviço público, pode ter acesso a tais documentos, que ficam sujeitos a sumiço ou vandalismo. Assim, quando entrega documentos ou livros, o contribuinte deve exigir protocolo detalhado e, terminada a ação fiscal, obter de volta os documentos que lhe pertencem. O nosso Código Tributário Nacional possui várias normas que dão garantias ao contribuinte contra eventual abuso de direito por parte do agente fazendário. Uma dessas garantias é relacionada com o sigilo. Livros e documentos fiscais não podem ser manuseados por pessoas não autorizadas e nenhum assunto relacionado com a fiscalização pode ser divulgado. Tal garantia está no artigo 198 do CTN. Há casos de alguns que, embora tenham pago ou parcelado a dívida, ainda encontram dificuldades em emitir as notas, porque há uma demora injustificada nas providências do serviço público, ágil ao suspender direitos, mas tardio na sua devolução. Apesar disso, já tive a oportunidade de constatar numa repartição federal em São Paulo, que pessoas que sequer eram funcionários públicos tinham acesso a processos de autuação. No caso, uma pessoa que me atendeu para dar vista de um processo, revelou que era “terceirizado”. Ou seja: tratava-se de pessoa que não poderia ter acesso ao processo ou ao uso dos computadores da Receita. Na esfera federal é a mesma coisa. Contribuinte que sofreu auto de infração teve seus bens arrolados porque o débito que discute é de valor superior a 500 mil reais. Pois bem, como a Receita Federal tinha dificuldades para administrar a grande quantidade de processos de arrolamento, um decreto alterou aquele valor para 2 milhões de reais. Com essa “terceirização”, fica evidente que não há segurança no trato das informações tributárias. Com um simples telefone celular qualquer pessoa pode copiar documentos de um processo e usar a informação como quiser, inclusive fornecendo-a a terceiro. O contribuinte tem o direito de ver respeitada a privacidade de seus documentos, o que nesse caso não ocorreu. Assim, o contribuinte cujo auto era de 500 mil, agora está fora do novo valor e o arrolamento deve ser cancelado. Mas a Receita Federal só é ágil para causar transtornos, não para resolver problemas que ela mesma cria. O contribuinte que requer o cancelamento do arrolamento recebe um “não” como resposta, obrigando-o a socorrerse junto ao Judiciário. A Receita Federal é função de Estado. Eventual “terceirização” é totalmente nula, quando o prestador de serviço tiver acesso a dados protegidos pelo sigilo. A continuar dessa forma, um dia vamos terceirizar a polícia, o judiciário e o que mais? Um processo qualquer de interesse do contribuinte deveria ser rápido. O inciso LXXVIII do artigo 5º da CF ordena que qualquer processo judicial ou administrativo terá “razoável duração” e no âmbito federal há uma lei que determina que o processo administrativo deve ser julgado no prazo de um ano. Nada disso é respeitado. Processos administrativos em qualquer instância não observam qualquer prazo para solução, arrastando-se morosamente, ou melhor, dormindo placidamente nas prateleiras das repartições. O respeito está longe desse ambiente. Por outro lado, já se tornou comum que documentos do contribuinte quando apreendidos pelo fisco ou quando levados à repartição pelo próprio interessado, ficam em poder dos funcionários além do prazo razoável e sem qualquer motivo. 5 Respeito todos merecemos, inclusive o servidor público. Mas quando o respeito é verdadeiro, ele é recíproco. Se apenas um é que respeita, mas recebe em troca um tratamento vil, baixo, grosseiro, a relação pode ser perigosa, por provocar uma reação que nem sempre se consegue controlar. O servidor público, por mais importante que seja sua função, não é superior a ninguém. Assim o diz a Constituição. Não pode esquecer-se que ao lado daquela norma que trata do crime de desacato, que muitas repartições fazem questão de ostentar na parede, também existe outra que cuida do crime de abuso de autoridade. Raul Haidar é advogado tributarista, ex-presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP e integrante do Conselho Editorial da revista ConJur Fonte: Revista Consultor Jurídico (20/08/2012). (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Empresas respondem na Justiça por cotas Vinte e um anos depois de editada a Lei de Cotas (nº 8.213, de 1991), muitas empresas, alegando não ter mão de obra suficiente, continuam sem ter em seus quadros a quantidade mínima exigida de deficientes físicos e reabilitados, o que tem levado o Ministério Público do Trabalho (MPT) à Justiça. O número de ações civis públicas contra empregadores vem aumentando nos últimos anos, especialmente em São Paulo e Minas Gerais. Também é crescente a quantidade de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados após procedimentos de investigação. Em junho, o Magazine Luiza se comprometeu, por meio de um TAC, a capacitar 800 portadores de deficiência. A rede fez uma parceria com o Senai e está oferecendo cursos gratuitos no interior de São Paulo para a formação de vendedores e assistentes administrativos. A rede precisava contratar mil pessoas, mas só tinha 200 deficientes em sua relação de funcionários. Em Minas Gerais, a mineira DService Manutenções e Montagens, após negociar com o MPT, encontrou uma saída inusitada para cumprir a lei. A companhia atua com manutenção e montagens de máquinas de mineradoras, e por conta dos perigos da sua atividade, não tinha como contratar os 25 deficientes estipulados pela norma. A solução encontrada foi deixar de terceirizar a produção de uniformes e criar uma confecção própria, que desde janeiro emprega 16 deficientes. De acordo com a diretora da empresa, Valéria Pellegrino, foi firmada uma parceria com o Senai para qualificar os trabalhadores. "Muitos dos funcionários estavam em subempregos. Tenho funcionária de 65 anos que nunca teve carteira assinada", afirma. Quando um termo não é aceito, o caso é levado à Justiça. Em Minas Gerais, há 21 ações civis públicas contra empresas. No ano passado, eram apenas três. Em São Paulo, na 2ª e 15ª regiões, há 90 processos em andamento. Muitas empresas são denunciadas por não cumprirem a lei. O Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, que abrange o interior do Estado de São Paulo, recebeu 120 denúncias no ano passado. Em 2010, foram 45. A procuradora Renata Coelho Vieira, do MPT-15, reconhece que alguns setores, como metalurgia ou segurança, não teriam como empregar deficientes em suas atividades-fim. Ela afirma, entretanto, que existem outras formas de ultrapassar essa barreira. "Quando se verifica a incapacidade de preencher a cota podemos converter a obrigação de contratar em benefícios a pessoas com deficiências, como criar escolas para esse público ou realizar doações", diz. MS News - Abril de 2012 Recentemente, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), por exemplo, foi condenada a pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos, que serão revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Consta no processo que a empresa deixou de contratar um funcionário que obteve a primeira colocação em um concurso público por sua dificuldade de locomoção, decorrente de uma paralisia infantil. Após julgar o caso, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região determinou, além da indenização, que a Sabesp crie uma equipe multiprofissional para analisar se a vaga disponibilizada pode ser preenchida por deficiente físico. Cabe recurso. Por meio de nota a Sabesp afirmou que "tem em seus quadros portadores de necessidades especiais e cumpre a legislação vigente na realização de seus concursos". Segundo o advogado José Eduardo Pastore, do Pastore Advogados, não existe mão de obra qualificada para abastecer a necessidade de todas as empresas do país. "A pessoa com deficiência nem sempre se encaixa no cargo que está disponível. Às vezes, a pessoa não está apta àquela vaga", afirma. Profissionais que acompanham o problema apontam ainda que em algumas áreas é praticamente impossível empregar deficientes ou reabilitados. O advogado Ricardo Ramires, do Advocacia Dagoberto J. S. Lima, que atua no ramo da saúde, diz que muitas empresas do segmento têm dificuldades para preencher as cotas. "O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) divulgou uma publicação falando que não existem deficientes físicos registrados como enfermeiros. Como vamos preencher as vagas se não existem enfermeiros disponíveis?" De acordo com o diretor do departamento de ação regional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Sylvio de Barros, a indústria enfrenta dificuldade em contratar portadores de deficiências porque o trabalho no setor, em geral, é muito perigoso. Ele pressupõem que outras áreas também sofram com as mesmas questões. "Como uma empresa de transportes vai colocar um deficiente dirigindo um caminhão?" O diretor da consultoria especializada em inclusão social I.Social, Jaques Haber, questiona, porém, a alegação de falta de mão de obra qualificada. "Hoje, 49% dos quase 40 mil currículos cadastrados na I.Social são de pessoas com formação superior completa ou em curso." Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). Confira o passo a passo na contratação de um líder As organizações de sucesso são aquelas que têm líderes que gerenciam pessoas de diferentes culturas, talentos e complexidades do mercado. Mas como a cultura da empresa pode influenciar o processo de seleção do futuro líder? Muito mais do que se imagina, os aspectos culturais (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens permeiam todos os processos das organizações e devem ser levados em consideração inclusive no processo de seleção, explica Wendy Humphries, Líder de Recursos Humanos da Hewitt Associates na América Latina. A troca de presidentes em grandes empresas foi bastante representativa em 2009. Presidentes e CEOs foram substituídos em empresas como Ericsson, Sadia, AES Eletropaulo, Morgan Stanley, PSA – Peügeot Citroën, entre outras. Segundo a consultoria, o último pico de mudanças, registrado em 2005 – quando 129 presidentes e CEOs foram substituídos – pode ser superado em breve. Apesar de as empresas continuarem valorizando o time da casa, o percentual de presidentes e CEOs vindos de fora de cada saltou em 2009. Conforme Wendy, para não cometer erros de contratação, as empresas têm aplicado os mais diversos testes que avaliam a adequação cultural dos principais executivos. Escolher as pessoas certas nunca é fácil, e a questão torna-se ainda mais crítica quando falamos da seleção de um alto executivo que comandará uma operação. "Contratar o candidato ideal é sempre trabalho árduo, por isso, muitas vezes é preciso ter cautela para não cair nas armadilhas mais comuns e dolorosas, como, por exemplo, ceder ao impulso de contratar alguém que parece ser bom demais para ser verdade", afirma a executiva. Para que a escolha tenha um final feliz, Wendy conta, passo a passo, como acertar durante esta experiência tão complexa. Ela toma como exemplo a seleção do novo diretor-geral da consultoria para o Brasil: 1. Contrate em primeiro lugar com base na “adequação”, e em segundo pelas “qualificações”. Nós recrutamos pessoas com base no perfil, no potencial e na adequação cultural, mais do que pela qualificação para uma função específica. Com o objetivo de verificar se o candidato possui a adequação cultural necessária, tanto para a Hewitt como para o próprio candidato, as nossas entrevistas são feitas por vários líderes da organização. No caso do nosso novo diretor-geral para o Brasil, Emerson Soma, ele foi entrevistado por 13 dos nossos principais líderes de todo o mundo, e todos concordaram que Soma seria uma boa contratação, que se adequaria à nossa organização. Outra forma de garantir a adequação de uma pessoa à organização é por meio do nosso programa de indicação pelos colaboradores, pelo qual temos tido grande sucesso. Os nossos colaboradores entendem a nossa cultura e os nossos valores, e têm condições para indicar candidatos que poderão se adequar ao estilo da organização. 2. Más contratações de executivos acontecem por vários motivos. Nós fazemos com que os candidatos sejam entrevistados por um grupo de assessores, cada um deles com a atribuição de avaliar um conjunto específico de competências. Depois da entrevista, todos se reúnem para discutir os perfis dos candidatos com base na adequação técnica e cultural, e se concordamos ou não que o 7 MS News - Abril de 2012 candidato tem potencial para crescer dentro da nossa cultura. Tem havido muitas situações em que identificamos pessoas com grande experiência, que não foram contratadas porque o estilo de liderança ou de consultoria não era adequado à nossa cultura de trabalho em equipe (que é contrária ao estilo individualista), aos nossos valores e ao nosso estilo não hierárquico. Temos orgulho do nosso estilo de trabalho colaborativo, do fornecimento de resultados de alta qualidade para os clientes, do rigoroso comportamento ético e da capacidade de nos divertir com o nosso trabalho. 3. Você entende que as coisas que fizeram com que os candidatos tivessem sucesso em uma organização ou função poderão não os ajudar agora? Certamente! Nós concentramos as perguntas feitas durante as entrevistas em torno de indicadores predeterminados de desempenho e de eficácia, específicos para a função, de modo que possamos ter uma idéia do nível de capacitação, da experiência e de exemplos de sucessos ou de falhas do candidato. Uma das coisas que avaliamos é se o candidato tem ou não capacidade para navegar em um ambiente matricial globalizado. Descobrir isso poderá ser difícil, mas acreditamos que é importante avaliar essa questão durante o processo de entrevistas. Internamente, adotamos a mesma abordagem que utilizamos com os nossos clientes, a de Bandwidth Coaching. O Bandwidth Coaching baseia-se no fato de que aquilo que garantiu o sucesso dos candidatos nos empregos anteriores ou atuais, não necessariamente irá garantir o sucesso delas no futuro. 4. Uma entrevista eficaz exige a análise da capacidade de adaptação do candidato? Sim. Nós analisamos o candidato quanto à capacidade de colaboração, integridade, aspiração pela excelência, paixão pelo trabalho e ao tratamento dispensado pelo candidato às demais pessoas. Uma dos principais atributos que esperamos dos consultores e dos líderes é a versatilidade (capacidade para adaptar o próprio estilo de liderança e consultoria às diferentes situações individuais). 5. Quanto mais a sua organização souber sobre os sucessos e falhas de executivos que ocuparam cargos de liderança no passado, mais preparada a organização estará para tomar decisões importantes relacionadas à seleção? Durante o processo de entrevistas, nos concentramos nas experiências do candidato em cargos anteriores e no atual (solução de problemas), na identificação da função atual e nas realizações do candidato. Além disso, fizemos perguntas de conteúdo comportamental, sobre habilidades e competências críticas, que nos ajudaram a entender melhor como o candidato poderá reagir em uma situação na qual outro executivo pode ter falhado. Quando os nossos clientes nos pedem para avaliar seus futuros líderes, aproveitamos situações similares por meio da utilização de ferramentas de avaliação, como: Entrevista de Eventos Comportamentais (Behavioral Event Interview - BEI), Inventário de Estilos de Vida (Life Styles Inventory - LSI), e Sistemas de Avaliação Hogan, que ajudam a identificar os (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens atributos do candidato relacionados a sucessos e a falhas (derrapagens). MS News - Abril de 2012 Contudo, o único método de contabilização aceito é o método de aquisição que exige as seguintes etapas: Fonte: Canal Executivo (01/2012). - Identificação do comprador; - Determinação da data de aquisição; CONTABILIDADE / AUDITORIA - Determinação do custo da aquisição; Combinação de negócios / tratamento contábil – fusões e aquisições -Reconhecimento, classificação e mensuração dos ativos adquiridos e passivos assumidos; A crise global consumiu vários trilhões de dólares dos mercados. Devido à rápida ação dos governos, a credibilidade no sistema foi sendo restabelecida gradativamente. Dessa forma, o volume de fusões e aquisições, OPAs (Oferta Pública de Aquisição de Ações) e reestruturações societárias no Brasil superou a marca de R$ 180 bilhões em 2010. Em 2009, esse número chegou a R$ 119 bilhões. - Reconhecimento e mensuração da participação de acionistas não controladores; Em função desse cenário recorrente no mercado de fusões e aquisições e, sobretudo, pelos eventos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos, como Copa do Mundo, Olimpíadas e pré-sal, é importante entendermos o funcionamento das combinações de negócios, fusões e aquisições de empresas, processos que poderão ser vistos com frequência no país. Essas operações podem ser classificadas por diferentes formas de combinações e estratégias, com exigência de variados tipos e níveis de investimentos, cujos principais objetivos são a diversificação de negócios, ampliação de mercado, busca por recursos naturais e capacitação estratégica e/ou eficiência produtiva. O tratamento contábil dessas operações é considerado de extrema complexidade, sendo tratado pela deliberação CVM nº 580, que determina o CPC 15 – Combinação de negócios (IFRS 3). Isso trouxe uma complexidade superior ao que era requerido pela prática contábil brasileira anterior. A combinação de negócios é uma transação ou outro evento em que uma entidade obtém o controle sobre um ou mais negócios. O ponto-chave da definição está na obtenção do controle, definido como o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter benefícios de suas atividades. Ela pode ser estruturada de diversas maneiras, quando uma ou mais entidades se tornam subsidiárias da adquirente, uma entidade transfere seus ativos líquidos para outra, as entidades envolvidas transferem seus ativos para uma nova entidade, entre outros modelos. É importante lembrar que o CPC 15 não se aplica a joint ventures. Entre os modelos de aquisições entre empresas, podemos destacar as aquisições reversas, na qual a adquirida emite títulos patrimoniais para realizar a compra. Tal estruturação pode ter diversos motivos, como uma entidade de capital fechado que adquire uma de capital aberto ou uma empresa grande compra uma empresa pequena, porém a segunda incorpora a primeira para fazer aproveitamento de tributos. - Reconhecimento e mensuração do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou ganho proveniente de compra vantajosa. O reconhecimento da combinação de negócios no formato de CPC 15 já é uma realidade no Brasil em função do processo de convergência contábil ao padrão internacional, finalizado em 2010. Assim, nos processos de fusões e aquisições é importante que se faça todo um planejamento das etapas que terão que ser percorridas e já ter um conhecimento dos impactos que essa aplicação trará para as demonstrações financeiras consolidadas. Fonte: Blog da Moore Stephens Auditores e Consultores (08/2011). Indício de fraude afeta resultado do Banco do Nordeste Operações suspeitas de irregularidades em análise no Banco do Nordeste (BNB) derrubaram o lucro da instituição federal no primeiro semestre deste ano. De acordo com o balanço, divulgado ontem, o BNB obteve lucro líquido de R$ 246 milhões entre janeiro e junho, um recuo de 18% em relação ao mesmo intervalo de 2011, quando o ganho foi R$ 300 milhões. O presidente do banco, Paulo Ferraro, disse que o lucro menor reflete o crescimento das provisões para "contingências referentes às operações que estão sendo analisadas". Em junho, auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) apontou indício de fraudes na liberação de empréstimos. O executivo, entretanto, não soube informar o valor da provisão adicional. De acordo com o balanço do BNB, o montante dedicado a provisões para passivos contingentes avançou 154% no primeiro semestre deste ano, para R$ 89,3 milhões. Com um novo direcionamento estratégico, voltado à priorização do "crédito aos pequenos", o BNB registrou um crescimento de 21% no número de operações realizadas nos seis primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2011. O valor emprestado, porém, avançou apenas 2,5%, fechando o semestre em R$ 9,75 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens bilhões. O volume de recursos de longo prazo recuou 13,4% entre janeiro e junho, para R$ 4,05 bilhões. O presidente do BNB explicou que a redução resulta do menor número de operações com empresas de grande porte, mais volumosos. Já os empréstimos de curto prazo apresentaram avanço de 11% sobre os seis primeiros meses de 2011, encerrando o primeiro semestre em R$ 4,93 bilhões. Estão contemplados nessas operações os programas de microcrédito rural e urbano do BNB, principal agente dessa categoria no país. "Trabalhando com maior ênfase no atendimento aos mini, micro e pequenos empreendedores, o Banco do Nordeste reforça o seu papel e suas diretrizes como órgão de desenvolvimento regional no apoio a esses segmentos de clientes", informou o banco em seu relatório. O BNB captou US$ 300 milhões no mercado americano, por meio da emissão de títulos com vencimento em sete anos. Segundo o relatório, o custo da operação foi "um dos mais baixos já pagos por uma instituição brasileira" para este prazo. O presidente, porém, não soube revelar a taxa com exatidão. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). A responsabilidade civil para o contabilista ajuda ou atrapalha? Resumo: Em todas as atividades, a exemplo do comerciante, advogado, zelador, garçom, motorista, jogador de futebol ou médico há aquele profissional zeloso, responsável, dedicado e preocupado em fazer o melhor. Obviamente há os que pensam e agem de maneira diferente e totalmente oposta. Este lado obscuro e comum a todas as profissões denigre a imagem da classe, pois tenta levar os íntegros ao lamaçal. Nestes casos, além da sujeira, também o mau cheiro torna a convivência insuportável. O mau profissional, ou melhor, aquele que não é profissional, mas disfarçadamente se veste como tal, presta serviço de baixa qualidade e não executa todas as tarefas conforme determina a legislação e o código de ética da sua categoria. Propositadamente, muitas vezes ainda desvirtua informações para atender clientes igualmente inescrupulosos com o objetivo de tirar vantagens, tais como vencer uma concorrência, conseguir um empréstimo ou sonegar tributos. Na maioria das vezes, o falso profissional oferece serviços a preços muito abaixo daqueles praticados no mercado, pois sabe que não prestará o serviço completo e, portanto, poderá ainda obter lucro. Mas será que o seu cliente está consciente de que receberá o serviço incompleto? Normalmente, não. Além de desconhecer, ele só perceberá tempos depois, quando receber visita da 9 MS News - Abril de 2012 fiscalização ou necessitar de informações e documentos que nunca foram feitos. Você já deve ter sido consultado por algum cliente que se julgou enganado pelo contador ou outro profissional, razão pela qual passou a ficar ressabiado com todos os demais profissionais. Este cliente deseja detalhes para saber se você é diferente do anterior e se mostra disposto até a remunerar melhor o novo contratado, afirmando que o honorário barato pago anos a fio acabou ficando muito caro. Especificamente para o contador, quero dizer que a responsabilidade civil criada com o Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2003) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) veio para valorizar o bom profissional. Com as novas leis, a chance de o contador imprudente sofrer grandes penalizações, assumir prejuízos causados a terceiros, ser condenado à prisão por até cinco anos e perder o direito de exercer a atividade ficou muito maior. Essas penalizações têm sido imputadas aos maus profissionais com significativa frequência, conforme pode ser observado nos noticiários nacionais. Entendo que o endurecimento da legislação veio para contribuir na valorização dos bons profissionais da contabilidade, pois é ofertando segurança e bons serviços para a sociedade que chegaremos ao pódio do reconhecimento, local adequado aos que lutam pela valorização e evolução da profissão. No entanto, há necessidade do policiamento da equipe de trabalho, bem como de contratar o seguro de Responsabilidade Civil Profissional para ampliar a segurança oferecida aos clientes. Fonte: Portal de Contabilidade (08/2012). Lucro do BNDES cai 48% no 1º semestre O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 2,744 bilhões, 48% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado. O desempenho foi influenciado pela perda de R$ 2,535 bilhões com participações societárias. O resultado com participações societárias refletiu, sobretudo, o impacto da atual situação econômica mundial no desempenho das empresas que compõem a carteira do BNDESpar, braço de participações acionárias do banco. A instituição observou que o resultado com derivativos caiu de um ganho de R$ 330 milhões no primeiro semestre do ano passado, para uma perda de R$ 168 milhões no primeiro semestre de 2012, devido à queda, no período, na cotação dos ativos representados por ações cotadas em bolsa. Outro fator que impactou o desempenho foi a despesa com provisão para risco de crédito no valor de R$ 320 milhões. No mesmo intervalo do ano passado, houve uma receita com reversão de provisões de R$ 853 milhões. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens Nos primeiros seis meses deste ano, houve rebaixamento de nível de risco de alguns clientes, por conta da inadimplência. Em seu comunicado, o banco salientou que o percentual de clientes inadimplentes foi de 0,12% no primeiro semestre, inferior aos registrados em dezembro de 2011 (0,16%) e igual ao reportado em junho de 2011 (0,12%). Adicionalmente, o resultado de equivalência patrimonial passou de um ganho de R$ 713 milhões, no primeiro semestre do ano passado, para uma perda de R$ 186 milhões entre janeiro e junho de 2012. Ainda segundo o banco, a receita com dividendos de juros sobre capital próprio mostrou queda de R$ 343 milhões, ou 16,6%, entre os primeiros semestres de 2011 e de 2012. Mais da metade do lucro líquido banco foi originado de aplicações de renda fixa, que contribuiu com 68,2% do resultado. O segmento de renda variável foi responsável por 20,3%. "O desempenho do mercado acionário fez com que o segmento de renda variável obtivesse um resultado inferior ao dos últimos anos, mas trabalhamos com uma carteira robusta, que tem nos proporcionado retornos significativos no longo prazo, e nossa perspectiva é que esses resultados continuem positivos", avaliou, no comunicado, o diretor da área de mercado de capitais do BNDES, Julio Ramundo. O saldo da carteira de crédito e repasse atingiu R$ 441,7 bilhões em 30 de junho de 2012, dos quais 83,4% correspondiam a créditos de longo prazo. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). OUTROS ASSUNTOS Brasil se afasta de países avançados, diz estudo O Brasil entrou num processo de desindustrialização precoce e de distanciamento em relação às economias avançadas, sobretudo as que estão hoje na fronteira do desenvolvimento tecnológico, segundo estudo dos economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Feijó, da UFF, da Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A queda da fatia da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB), a elevação do déficit comercial nos setores mais intensivos em tecnologia e o aumento da distância da produtividade do trabalho na indústria brasileira em relação à americana apontam nessa direção, dizem os autores. Outro problema, de acordo com eles, é que as importações mostram uma "elasticidade-renda" muito maior que a das exportações - ou seja, o aumento de 1% do PIB brasileiro provoca uma alta bem mais forte das importações - de 3,36% entre 1999 e 2010 - do que o MS News - Abril de 2012 efeito do avanço de 1% do PIB global sobre as exportações - de 1,33% no mesmo período. "Isso indica que o Brasil tem restrições externas ao crescimento no longo prazo", diz Nassif. Os autores acreditam, porém, que essa situação ainda é reversível, embora seja preciso agir rápido. É importante haver a coordenação entre políticas de longo prazo - industriais, tecnológicas, de educação e de infraestrutura - com políticas macroeconômicas de curto prazo nos fronts monetário, fiscal e, principalmente, cambial. Um dos pilares do estudo são as ideias de Nicholas Kaldor (1908-1986), professor da Universidade de Cambridge (Reino Unido), acerca da importância do setor manufatureiro. Por operar em condições de economias de escala, o setor como um todo tem a maior capacidade de disseminar os seus ganhos de produtividade para a economia inteira - daí a preocupação com um eventual processo de desindustrialização precoce. O encolhimento da fatia da indústria de transformação no valor adicionado na economia confirmaria esse processo. Essa participação caiu de 31,3% em 1980 para 17,2% em 2000, atingindo 14,6% em 2011. Para não se limitar a esse indicador, os autores analisam também a evolução a participação de cada setor de atividade no emprego no Brasil. Entre 2000 e 2009, a fatia da indústria de transformação no total passou de 12% para 12,7%, após atingir 12,8% em 2005 e 2007 desempenho que não apontaria na direção da desindustrialização. Outra análise é a do comportamento do emprego da própria indústria manufatureira de acordo com os setores por intensidade tecnológica. Nesse caso, o quadro também não é negativo. Em 2000, os segmentos mais intensivos em ciência, engenharia e conhecimento respondiam por 26,2% do emprego na indústria de transformação, fatia que pulou para 31,2% em 2008 (ano dos últimos dados disponíveis). Nesse período, a participação dos intensivos em trabalho caiu de 40,3% para 33,8%, enquanto a dos intensivos em recursos naturais subiu de 34,2% para 35%. Em suma, aumentou a participação no emprego na indústria de transformação dos segmentos mais intensivos em tecnologia. No entanto, um critério essencial para diagnosticar a desindustrialização precoce nos países ainda em desenvolvimento é analisar a posição relativa em relação a outras economias, diz Nassif, que ressalta falar em nome pessoal, e não do BNDES. Por esse aspecto, o quadro é preocupante, afirma ele. Em 2008, a produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira equivalia a pouco menos de 16% da dos EUA, mostrando uma queda significativa nos últimos 40 anos. Nos anos 70, o percentual oscilou entre 36,7% a 41,7%, caindo para a casa de 25% no fim dos anos 80, recuperando-se para a casa dos 30% em 1996 e 1997, para então voltar a recuar nos anos seguintes. O comportamento é parecido em todos os setores por intensidade tecnológica. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens "Há também um aumento dramático dos déficits comerciais do grupo de produtos industrializados intensivos em engenharia, ciência e conhecimento a partir de 2006", diz Nassif. "São evidências de desindustrialização precoce." O estudo estima econometricamente a elasticidade-renda das exportações e importações entre 1980 e 2010, para verificar se há restrições externas à capacidade de crescimento do país no longo prazo. O resultado mostra que, entre 1980 e 1998, o aumento de 1% do PIB brasileiro causava um aumento de 1,97% das importações, número que pulou para 3,36% de 1999 a 2010. No caso das exportações, houve um pequeno recuo. Entre 1980 e 1998, o aumento de 1% da economia global elevava em 1,36% as exportações; entre 1999 e 2010, o número caiu para 1,33%. "Como o ideal é que a elasticidade-renda das exportações supere, ao longo do tempo, a das importações, esses resultados mostram que o Brasil sedefrontará com problemas de balanço de pagamentos para financiar o crescimento de sua economia no longo prazo, caso não haja uma inversão dessa tendência", diz Nassif. "Para isso, no entanto, será necessário fazer um enorme esforço para melhorar o conteúdo tecnológico de nossas exportações." Os elevados preços de commodities evitam hoje esse problema, por garantir superávits comerciais elevados, mas esse quadro pode mudar se as cotações desse bens ficarem num patamar menos favorável do que nos últimos anos. No estudo, os autores também fizeram exercícios para verificar se a indústria manufatureira do país está ou não sujeita a economias dinâmicas de escala. Se confirmado, isso indica que o setor tem capacidade, ao longo do tempo, de reduzir os seus custos e aumentar a sua competitividade, à medida que acumula inovação, conhecimento e experiência. "Os resultados nesse sentido foram surpreendentemente positivos", diz Nassif. De acordo com o modelo, entre 1970 e 1989, o aumento de 1% da produção industrial elevava em 0,39% a produtividade do trabalho. Entre 1990 e 2010, houve um aumento do coeficiente, que pulou para 0,52%. "Isso indica que a indústria manufatureira do país ainda opera sujeita a substanciais economias dinâmicas de escala. Em outras palavras, em princípio, ela tem potencial para impulsionar a produtividade do trabalho e, em consequência, o crescimento econômico no longo prazo", escrevem os autores. Nassif diz que o resultado mostra o fôlego da indústria brasileira, como dizia o professor Antônio Barros de Castro, ex-presidente do BNDES, morto no ano passado. Ela resiste mesmo enfrentando problemas sucessivos, como a liberalização comercial relativamente rápida, a inflação alta e a valorização persistente do câmbio. Para Nassif, porém, é preciso agir rápido para deter o processo de desindustrialização e distanciamento das economias desenvolvidas. "Políticas industriais e 11 MS News - Abril de 2012 tecnológicas são bem-vindas para induzir mudanças estruturais, mas não são suficientes", diz ele, ressaltando ser fundamental a manutenção de um ambiente de juros baixos e câmbio competitivo, com coordenação entre as políticas monetária, fiscal e cambial. É importante, segundo ele, evitar uma nova valorização do câmbio, que hoje se encontra num nível um pouco mais favorável à indústria. O estudo será apresentado na quinta-feira, no 5 º Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira (AKB), a ser realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). O lado bom da desindustrialização Por Maílson de Nóbrega A Revolução Industrial transformou a Inglaterra na maior potência do século XIX. Por isso, a industrialização passou a ser vista como o meio para alcançar padrões superiores de desenvolvimento. Até hoje, "país industrializado" é sinônimo de país rico. Assim, no século XX, a industrialização foi prioridade mundo afora. Ainda hoje, a ideia de que a indústria é o centro dinâmico da economia povoa muitas mentes, para as quais o setor é a base do crescimento. A ele caberia disseminar o progresso técnico, irradiando efeitos para a frente e para trás na cadeia produtiva. Fala-se em desindustrialização nociva ao Brasil, mas vários estudos descartam a ideia. Regis Bonelli e Samuel Pessôa, em artigo publicado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (2010), constatam o declínio da participação da indústria no PIB - de 36% em 1985 para 16% em 2009 -, mas mostram que se trata de fenômeno mundial. A nossa participação é que era excessiva. por causa do fechamento da economia. Recentemente, a indústria nacional tem sofrido perdas alarmantes de competitividade, mas a explicação básica é conhecida: salários acima da produtividade e piora do "custo Brasil" (sistema tributário caótico, legislação trabalhista anacrônica, infraestrutura deteriorada e burocracia excessiva). A perda de participação da indústria em todo o mundo aumenta, naturalmente, a dos serviços, que é de quase 80% do PIB nos países desenvolvidos. No Brasil, os serviços saltaram de 53% do PIB em 1990 para 67% do PIB em 201 1. Muitos se preocupam, pois acham que os serviços não geram ganhos relevantes de produtividade, que é a fonte essencial da elevação do potencial de crescimento. Esse raciocínio vale para serviços prestados aos consumidores, como os de cabeleireiro, motorista, empregado doméstico e semelhantes. mas não é sempre assim. De fato, embora a indústria continue importante, os serviços assumirão a liderança que a ela pertenceu, na geração de empregos e produtividade, da Revolução (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens Industrial até meados do século XX. Já é assim na economia americana, conforme provou Enrico Moretti, da Universidade da Califórnia em Berkeley, no livro The New Geography of Jobs (2012). Para ele. a geografia do emprego tem mudado profunda e irreversivelmente nos Estados Unidos. Os eixos de inovação em serviços são as novas engrenagens da prosperidade. Eles envolvem os setores de alta tecnologia: design e software de produtos como o iPhone e o iPad, tecnologia de informação, ciências médicas, robótica, equipamentos médicos, novos materiais e nanotecnologia. A produtividade cresce nesses setores graças ao avanço tecnológico. Pesquisas de Moretti mostram que nos Estados Unidos um emprego criado nos setores de alta tecnologia gera outros cinco. Na indústria, essa relação é de apenas um para 1,6. Os centros de alta tecnologia demandam relativamente mais profissionais de nível universitário, de alta qualificação e maiores salários. A renda mais elevada aumenta a procura por serviços de médicos, engenheiros, arquitetos, personal traineis e outros, como os ligados ao lazer e ao turismo. Esses profissionais ganham mais do que seus pares que trabalham em regiões desprovidas desses centros. Áreas de alta tecnologia - casos de Vale do Silício, Austin, Boston, San Diego, Nova York. Washington e Dallas - são aglomerações (clusters) dotadas de ecossistemas com oferta adequada de crédito, capitais, recursos humanos qualificados e serviços de elevada eficiência em propaganda, assessoria jurídica, consultoria de gestão, engenharia e expedição de produtos. A educação é a base da inovação nesses centros. Para Moretti, os mercados emergentes que investem bem em educação e inovam tenderão a trilhar o mesmo caminho. A China já produz mais patentes do que a Alemanha e a França. E o efeito. entre outros, de sua excelente política educacional. O Brasil precisa de reformas para aumentar a competitividade da indústria e preparar-se para competir nos promissores segmentos dos serviços. Isso exige uma revolução na educação, nas instituições e, assim, no ambiente de negócios. Preferimos, todavia, reeditar políticas industriais de uma época que passou. Fonte: Revista Veja (21/08/2012). Economia dá sinais claros de recuperação gradual A economia brasileira deixou para trás seus piores momentos e voltou a crescer. Vários sinais de uma incipiente recuperação apareceram nos últimos dias. A indústria, o elo fraco na cadeia da recuperação, teve um saldo positivo na criação líquida de empregos. O IBC-Br, a prévia do Banco Central para o comportamento do Produto Interno Bruto, teve alta expressiva em junho, de 0,75%, e os resultados do comércio mostraram vigor, impulsionados em boa parte pelos estímulos concedidos pelo governo ao setores de eletrodomésticos e, principalmente, automóveis. O crescimento, ao que tudo indica, virá em ritmo de moderado a fraco e, mesmo MS News - Abril de 2012 assim, com riscos de alta da inflação. A maior parte das previsões aponta para uma expansão de 1,5% a 1,8% para a economia no ano. O resultado seria ainda mais magro se não houvesse a parafernália de incentivos dados pelo governo, seja via redução do IPI, seja pela desoneração da folha de pagamentos para alguns setores da indústria. E, mesmo assim, a produção industrial acumula queda de 0,65% em doze meses e 1,7% no ano. Algumas projeções apontam que ela encerrará o ano com recuo ainda maior, de 2%. A volta do crescimento para a faixa dos 4% possivelmente será atingida no último trimestre do ano, mas nada disso está assegurado. Ao contrário de 2008, a reação não será forte nem rápida. Em 2009 a rápida resposta de todos os países emergentes, em especial a China, grande compradoras de commodities do Brasil, ajudaram o Brasil a sair da recessão. Hoje, os emergentes estão às voltas com quedas na taxa de crescimento e há dúvidas se a China irá ou não conseguir realizar o "pouso suave" de sua economia. A Europa está na lona e não deve se levantar tão cedo. Dela é que se pode esperar as piores notícias, com o latente esfacelamento da união monetária persistindo como um fantasma a assustar periodicamente os mercados. A recuperação americana ocorre aos solavancos e possivelmente seu desempenho no ano será desapontador. Os principais motores da economia global, que arrastaram o Brasil para a expansão há três anos, não estão funcionando com grande potência e isso contribui para a retomada menos vigorosa do Brasil neste ano. A indústria, porém, não parece preparada a desempenhar dessa vez o papel de ponta na recuperação. Ela perdeu capacidade competitiva depois de anos sob a dupla pressão dos aumentos salariais domésticos e a valorização cambial, que propiciou o avanço das importações em grande escala. Na passagem de uma taxa de expansão de 7,5% para 1,9%, a indústria acumulou grandes estoques e perdeu pontos na utilização da capacidade produtiva. As fortes incertezas advindas do cenário externo e a corrosão das margens, frearam os investimentos. Mas há fatores puxando na direção contrária que devem empurrar a indústria a melhor performance. O real se desvalorizou em torno de 23% de junho de 2011 a junho passado, o que melhorou a rentabilidade das exportações e encareceu um pouco os concorrentes importados. O consumo continua exibindo boa saúde e a oferta de crédito, ainda que avance a um ritmo mais lento, com folga baterá em dois dígitos. A redução dos juros, em um ciclo que ainda não terminou, ajudará a sustentar a demanda e encolherá os custos financeiros das empresas. A indústria de transformação deve levar mais tempo para retomar os investimentos porque a ociosidade do parque industrial precisa diminuir razoavelmente. Os maiores investimentos esperados virão do setor de infraestrutura, que poderão ser destravados pelas concessões à iniciativa privada, mas que deverão se materializar a partir de 2013. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 12 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens A construção civil vive pressões contraditórias. A demanda por projetos de infraestrutura joga a favor da expansão, enquanto que a readequação dos portfólios das incorporadoras no mercado residencial, depois de um "boom" de preços, retira parte do fôlego do setor e torna sua performance menos vigorosa se comparada à recuperaçãode 2009. Pesquisa MS News - Abril de 2012 A pesquisa The Wealth Report 2012 foi realizada e divulgada pela empresa imobiliária Knight Frank e pelo banco Citi Private Bank. Os entrevistados são pessoas com investimentos de, no mínimo, U$ 25 milhões. Fonte: Infomoney (20/08/2012). A economia voltará a crescer na faixa dos 4%, menos do que os países emergentes concorrentes, carregando velhos fardos que lhe retiram a força. Nos períodos de prosperidade, o peso da infraestrutura deficiente, da excessiva e labiríntica tributação e baixa qualificação da mão de obra são suavizados pela expansão dos negócios. Em tempos difíceis, mostram-se como poderosos obstáculos que são. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). São Paulo será 8ª cidade preferida de investidores milionários Estudo aponta que a capital paulista vem crescendo em ritmo acelerado e que dentro de 10 anos será uma das mais importantes para investidores milionários Em 10 anos, a cidade de São Paulo será a 8ª mais importante na lista de locais para se investir, de acordo com a pesquisa The Wealth Report 2012, realizada pela empresa imobiliária Knight Frank e pelo banco Citi Private Bank. Hoje em 18º lugar, a capital paulista foi apontada como uma das cidades que deve figurar entre as preferidas dos milionários em 2022. Atualmente, São Paulo está na 7ª posição de cidades que vem crescendo mais rapidamente. A pesquisa aponta que o banco de desenvolvimento do Brasil, no caso o BNDES, possui grande poder econômico, até mais do que o Banco Mundial, o que é um atrativo para investidores qualificados. Veja a lista com as 10 cidades que estarão na lista de mais importantes em 2022: GM tenta manter o equilíbrio de sua sociedade na China A próxima geração dos Cadillacs da General Motors Co. vai ter cantos mais arredondados, painéis com mais instrumentos e assentos traseiros mais luxuosos. A montadora dos Estados Unidos está modificando seu ícone americano para o tornar mais palatável ao consumidor chinês e à sócia da GM na China, muito embora o Cadillac não venda bem aqui. O redesenho reflete a crescente influência da sócia, a Saic Motor Corp., sobre a estratégia mundial da GM. Desde que se uniu à Saic 15 anos atrás numa sociedade, a GM se tornou uma participante dominante na China, a segunda maior economia e o maior mercado automobilístico do mundo. Ao longo do caminho, a GM ajudou a Saic a se tornar uma montadora completa, com projetistas, engenheiros e pessoal de marketing de alto nível. A Saic agora quer entrar para o palco mundial, e a GM precisa decidir onde quer ajudar. A lei chinesa requer que montadoras estrangeiras tenham sócias locais, e a maneira como a GM administra seu relacionamento com a Saic é crucial. A montadora americana precisa da Saic para começar a montar Cadillacs na China e assim poder atacar um mercado de luxo dominado por concorrentes alemãs. Uma parceria bem-sucedida poderia aumentar os lucros da GM durante anos. Mas há um risco para e GM: a Saic poderia usar a expertise e tecnologia da GM para se transformar numa potência que ameaçaria a montadora americana no futuro. As cidades mais importantes em 10 anos 9ª Geneva 10ª Berlim 1ª Londres 2ª Nova York 3ª Beijing 4ª Shangai 5ª Singapura 6ª Hong Kong 7ª Paris 8ª São Paulo Já para o ano de 2050, o estudo prevê que o eixo Brasília - São Paulo - Rio de Janeiro será um dos mais importantes no cenário econômico mundial. 13 "Por que você rouba um banco? Porque é lá que está o dinheiro", diz o diretor-presidente da GM, Dan Akerson. "Por que ir para a China? Porque é lá que estão os clientes." Ele classificou a parceria com a Saic a mais importante de sua empresa no mundo todo. Este ano, a Saic abriu sua sede norte-americana em Birmingham, Estado de Michigan, só a 30 quilômetros da sede da GM em Detroit. Depois de anos de crescimento explosivo, o mercado automobilístico da China está esfriando. Yi Lu, presidente da Saic USA Inc., classificou a crescente importância de vender carros no estrangeiro como um "fator significativo" na decisão de ir para Michigan. A Saic não vende carros nos EUA atualmente. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens A companhia chinesa quer estabelecer operações mais substanciais na América Latina e Europa, dois mercados onde a GM está há muito tempo. E a China quer acesso a tecnologia avançada de carros elétricos, que a GM quer resguardar. "É como um casamento", disse Akerson. "Temos um relacionamento e uma parceria boa e viável. Mas para isso funcionar, precisa haver obrigações de ambos os lados, não apenas vontades." A GM, que vende alguns veículos com a Saic e a também chinesa Wuling Automobile Co. na América Latina, considera expandir a sociedade na região. Akerson já discutiu com diretores a possibilidade de se expandir junto com a Saic no Sudeste Asiático, segundo pessoas próximas da companhia. Mas a GM não tem planos de atender a um pedido de ajuda da Saic para estabelecer uma rede de concessionárias na Europa para uma de suas marcas, disse uma pessoa próxima da GM. Uma porta-voz da Saic em Xangai disse que as empresas "já estabeleceram um relacionamento bom e duradouro baseado no benefício mútuo". A sociedade, acrescentou ela, "é um modelo de cooperação bem-sucedido na China e mesmo no mundo". A GM não pode se dar ao luxo da alienar seus sócios chineses. No ano passado, a joint-venture da GM com a SAIC, chamada Shanghai GM, uma segunda, envolvendo as duas e a Wuling e outra independente entre a GM e a FAW Group Corp. venderam um total de 2,5 milhões de veículos na China, faturando US$ 30 bilhões com um lucro de US$ 3,2 bilhões, do qual a GM recebeu cerca de US$ 1,5 bilhão. Em 2011, GM teve lucro de US$ 7,6 bilhões incluindo todas as suas operações. E a GM ainda está esperando a aprovação de autoridades chinesas para recuperar uma participação de 1% na Shanghai GM que levará sua fatia de volta a 50%. A GM usou o ativo para ter a ajuda da Saic na obtenção de uma linha de crédito de US$ 400 milhões em 2009, quando precisava desesperadamente de caixa. Outras empresas ocidentais com presença na China estão enfrentando desafios similares à medida que poderosos sócios chineses que elas ajudaram a criar desejam se expandir no exterior, depois de terem se estabelecido no mercado doméstico. A Siemens AG, da Alemanha, e a Bombardier Inc., do Canadá, ambas transferiram tecnologias de trem-bala para a China, e agora estão enfrentando rivais chinesas em mercados estrangeiros como Brasil, EUA e Arábia Saudita. Depois de ser uma aprendiz das empresas russas e francesas de engenharia nuclear, a China agora quer exportar reatores. A GM entrou na China em 1992. O governo havia fechado a porta para novas sociedades de carros de passeio, sendo que a Volkswagen AG e a francesa PSA Peugeot Citroën já tinham entrado. Mas estrangeiros ainda podiam MS News - Abril de 2012 fazer caminhonetes, e a GM assinou contrato com a Shenyang Jinbei Automotive Co. — que depois passaria a se chamar Saic — para fazer picapes Chevy no país. Foi um fiasco. As picapes eram caras demais para os camponeses chineses, e moradores urbanos não gostavam delas, diz Michael Dunne, analista e consultor de montadoras na China. Hoje, as empresas operam praticamente como iguais. A Saic já deixou claro que não vai parar de se expandir. Ela comprou tecnologia de motores da Coreia do Sul e projetos da falecida marca britânica Rover para lançar sua própria marca de luxo na China: a Roewe. Mas ela ainda depende de sócias mais estabelecidas para crescer fora da Ásia. Akerson considera isso uma importante moeda de troca para a GM. O executivo dá prioridade para o mercado de alto nível na China. Embora a GM venda mais carros lá do que nos EUA, seus lucros são menores do que em mercados onde ela vende veículos mais carros e não tem de dividir os lucros com uma sócia. A GM está pondo suas esperanças na marca Cadillac, mas a marca é vista como "pesada e burra", diz Dunne, o consultor. A montadora de Detroit disse não a uma reforma drástica do visual do Cadillac, segundo pessoas a par do assunto. Mas aceitou suavizar a borda e outras alterações com vistas ao consumidor chinês. As mudanças aparecerão em carros vendidos nos EUA, já que a GM adotou um planejamento de produtos mais global. Os chineses também estão interessados em tecnologias de energia limpa. Mas a GM não quer compartilhar toda a sua pesquisa com a sócia chinesa, mesmo quando ela é feita na China. Fonte: The Wall Strett Journal (21/08/2012). Thyssen inicia venda de usina brasileira A ThyssenKrupp AG, conglomerado alemão que fabrica de aço a elevadores e submarinos, deslancha nesta semana o processo de venda ou busca de parceria para seus ativos siderúrgicos nas Américas. A decisão foi tomada em meados de maio e dois bancos foram escolhidos em junho para conduzir a operação: o Goldman Sachs e o Morgan Stanley. Segundo apurou o Valor com fontes, os bancos já preparam todas as informações sobre os dois ativos e iniciaram a distribuição a potenciais compradores dos ativos. O Goldman Sachs ficou encarregado de assediar grupos no Brasil e China, enquanto o Morgan atua na América do Sul, EUA, Europa, Coreia do Sul e Japão. Os candidatos estão recebendo informações com descrição e histórico das duas unidades industriais, o (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 14 MS Clipping Moore Stephens 21/08/2012 Moore Stephens balanço patrimonial e contratos de suprimento. O segundo pacote, que deverá estar disponível na próxima semana, vai incluir um relatório dedemonstrações financeiras da subsidiária ThyssenKrupp Steel Americas (TKSA). O grupo alemão quer se desfazer da TKSA, que tem dois ativos operacionais no Brasil e EUA, devido às pesadas perdas financeiras dessa divisão. A TKSA foi inaugurada em meados de 2010. O prazo para receber todas as ofertas não vinculantes é 28 de setembro. Até lá, os interessados poderão fazer visitas às duas siderúrgicas. No fim de agosto, como parte dessa estratégia, o diretor financeiro da ThysseKrupp, Guido Kerkhoff, virá ao Brasil. Segundo informações da ThysseKrupp, em torno de dez grupos mostraram interesse. Uma fonte apontou que dentre esse grupo Ternium, CSN e ArcelorMittal demonstram maior apetite. Em menor extensão, a Gerdau, que tem afirmado que não ter intenção de avaliar os dois ativos. A TKSA é operadora da Cia. Siderúrgica do Atlântico (CSA), usina de placas situada no Rio apta a fazer 5 milhões de toneladas por ano e gerar a própria energia. Tem ainda uma laminadora de chapas em Mobile, no Alabama, EUA, voltada para suprir o mercado automotivo (premium). No último balanço da ThyssenKrupp, a TKSA reportou perdas de € 778 milhões nos primeiros nove meses do atual ano fiscal, que se encerra em 30 de setembro, comparado a € 887 milhões em igual período anterior. A CSA, que está operando ao ritmo de 4 milhões de toneladas anuais, conforme balanço publicado no Brasil em junho, apresentou prejuízo de quase R$ 8 bilhões em 2011. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). Portabilidade de planos cresce quase 60% no 1º semestre A portabilidade dos planos de previdência privada no Brasil deu um salto no primeiro semestre deste ano. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o valor portado cresceu 59,02% nos seis primeiros meses de 2012 em comparação a igual período do ano passado. A portabilidade é a possibilidade de transferir, sem custos, o plano de previdência de uma instituição para outra. Ao que parece, o brasileiro está mais atento ao seu futuro e à evolução das reservas que acumula para a aposentadoria com aplicação em planos das modalidades PGBL e VGBL. Entre janeiro e junho deste ano, quase R$ 2,47 bilhões foram portados pelos participantes em busca de melhores condições. No primeiro semestre do ano passado, o valor havia sido de R$ 1,55 bilhão. 15 MS News - Abril de 2012 O movimento reflete a busca por taxas de administração e carregamento mais baixas em meio ao novo cenário de juros no Brasil. "Com a redução da Selic, muitas pessoas estão buscando melhores condições para acumular seus recursos", afirma Osvaldo do Nascimento, vice-presidente da Fenaprevi. Para o executivo, que é responsável pela área de Seguros, Previdência e Capitalização do Itaú Unibanco, o movimento é importante para criar "um mercado dinâmico". Ele diz que a portabilidade estimula a competição entre as empresas não apenas em custos para o participante, mas também na prestação de serviços. Até o fim do ano, Nascimento estima que o volume portado atinja cerca de R$ 6 bilhões. Se a projeção se confirmar, a portabilidade dos planos de previdência privada baterá um recorde. Em comparação ao ano passado, esse volume projetado representaria um aumento de 56,2%. Em 2011, o volume portado foi de R$ 3,84 bilhões. Apesar do aumento importante neste ano, o vicepresidente da Fenaprevi avalia que a portabilidade ainda não é muito conhecida pelo brasileiro. O número de planos portados é um sinal da percepção do executivo. No Brasil, há atualmente pouco mais de 11 milhões de contratos de previdência complementar - que englobam patrimônio de cerca de R$ 285 bilhões. Menos de 48 mil contratos foram portados no ano passado. No primeiro semestre de 2012, foram 27.369. A portabilidade é um direito do participante e não gera nenhum custo. Ao portar, ele não paga absolutamente nada: nem tarifas nem Imposto de Renda (IR). O prazo decorrido da acumulação também não sofre nenhuma alteração. Esse detalhe é importante em razão da tabela regressiva do IR. Quem opta por essa tabela é tributado com uma alíquota de 10% ao manter seus recursos investidos por dez anos ou mais. Ou seja, ao transferir seu plano para outra instituição depois de nove anos poupando seu dinheiro, o participante continua contando o prazo acumulado anteriormente para chegar à menor alíquota do IR. A transferência também pode ser realizada dentro da própria empresa para mudar o perfil de risco do plano de previdência. Por exemplo: se o participante tem um VGBL com renda variável, ele pode trocar por um VGBL constituído 100% em renda fixa. O que não é possível fazer é trocar um VGBL por um PGBL (ou vice-versa) e continuar contando o prazo do plano antigo para pagamento de IR. Isso porque são produtos com condições e características diferentes. Fonte: Valor Econômico (21/08/2012). ******************************************** (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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