Reivindicação de 120 francos para todos

Transcrição

Reivindicação de 120 francos para todos
A nossa
força está
na nossa
união!
Luta de libertação
Solidariedade com o
sindicalista Murad Akincilar
2
Um grande sucesso
Actividades nas secções
3
Aumento salarial na Coop
é um passo na direcção certa
Curso de alemão em Thun
Sessão informativa em Rüti
4
Nr. 8 | November 2009 | português
Erscheint als Beilage zur Zeitung «work» | Redaktion T +41 31 350 21 11, F +41 31 350 22 11 | [email protected] | www.unia.ch
Semana de acção na construção civil e nos ramos paralelos
Reivindicação de
120 francos para todos
Com uma semana de acção
em diversas obras os trabalhadores da construção civil
e dos ramos paralelos deram
força à reivindicação salarial. A Associação dos empreiteiros suíços (SSE/SBV)
aproveitou as acções para interromper as negociações
em curso. Para os sindicatos
esta decisão é incompreensível. Os trabalhadores e os
sindicatos exigem que a Associação dos empreiteiros
suíços volte à mesa das negociações.
Apesar da crise económica, a construção civil encontra-se também em
2009 numa dinámica económica positiva. Observa-se um crescimento
deste sector económico. Os livros de
encomendas estão repletos e a construção de novos edifícios e estradas é
bem vísivel no grande número de
obras em todo o país. Apesar deste desenvolvimento concreto e notável, a
ocupação na construção civil e nos ramos paralelos não aumentou. As consequências negativas para os trabalhadores são numerosas: mais pressão,
mais horas extraordinárias e sempre
mais stress. É por essa razão que os trabalhadores exigem um aumento considerável de 120 francos. Para dar força
a esta exigência, os trabalhadores participaram em acções durante o meio
dia. Os trabalhadores almoçaram juntos, discutiram sobre o aumento salarial e confirmaram a reivindicação numa resolução.
Interrupção das
negociações salariais
por parte dos patrões
A Associação dos empreiteiros suíços
não aceita a forma democrática de exprimir as reivindicações, dos trabalhadores nas obras, e decidiu de interromper as negociações salariais em
curso. A SSE também ameaça não dar
um aumento salarial aos trabalhadores e fala de uma lesão das obrigações
contratuais por parte dos sindicatos.
Uma reacção incompreensível e in-
Marcha de protesto dos trabalhadores.
A dinámica económica positiva
na construção civil
As actividades na construção civil cresceram no segundo trimestre
2009 7,8 por cento, em comparação com o mesmo período do ano
precedente. As reservas de trabalho aumentaram 9 por cento e os
projectos de construção anúnciados subiram 11,3 por cento.
A Federação e os cantões investem muito dinheiro na construção e
na manutenção da infra-estrutura. As taxas hipotecárias estão baixas
e dão um impulso positivo às actividades na construção privada.
justificada. Parece que a SSE está à procura de argumentos para fazer uma
proposta salarial inaceitável. O sindicato Unia e os trabalhadores exigem
que os patrões deixem de exagerar e
que voltem à mesa das negociações.
Um aumento salarial é
evidente, justo e importante
Neste momento a taxa de inflação está baixa respectivamente até temporáriamente negativa. Pelo outro lado
os prémios das caixas de doença aumentam imparávelmente. E estes não
fazem parte do Índice de Preços no
Consumidor (IPC). No cantão de Ber-
na os prémios das caixas de doença
aumentarão provávelmente até 15
por cento. Para as pessoas com salários baixos e para trabalhadores com
família os prémios das caixas de doença fazem uma grande parte das despesas mensais. Só um aumento salarial considerável é a compensação justa. Também do aspecto conjuntural o
aumento salarial é uma medida necessária, porque fortalece o poder de
compra e assegura postos de trabalho.
Os patrões voltaram à mesa das negociações no dia 22 de Outubro.
Hilmi Gashi
A terceira grande assembleia das/dos migrantes e das/dos refugiadas/os
Novas formas de acção
Após as grandes assembleias de 2005 e 2007, que tiveram um sucesso enorme, a organização não governamental Solidariedade sem fronteiras realiza a terceira grande assembleia das/dos migrantes.
O ponto principal de discussão será o
desenvolvimento de formas de acção
e de actividade como apropriação de
um novo tipo de resistência. No dia 13
de Dezembro 2009 far-se-á uma análise e evoluir-se-á as novas formas de
acção e actividade. O empenho na área
da migração, do asilo e dos direitos
fundamentais não é fácil. A sociedade
transformou-se, mas a política de migração restritiva mantem-se ou ainda
está cada vez mais rigorosa. «Se nós
guardamos a história dos movimentos
de resistência na área da migração e do
asilo na Suíça, verificamos que existiram diversas formas de acção e actividade. Algumas foram mais efectivas,
como por exemplo as lutas independentes, no momento justo e durante
um período concreto», analisa Garziella du Coulon, co-presidente do
Sosf. Outras formas, como por exemplo as campanhas de votação popular
não tiveram o mesmo sucesso. Quais
são então as actividades e formas de
acção que têm de ser escolhidas para
a apropriação de uma nova forma de
resistência? Para analisar as diversas
formas de acção e actividade o Sosf
lança uma terceira grande assembleia
da migração.
Novos impulsos
«Nós vimos a necessidade de compreender e definir melhor a área das
nossas actividades. Queremos perceber qual é o lugar dos movimentos de
resistência que temos na democracia
suíça. Talvez o nosso lugar de movimento seja na margem da democracia oficial», escreve a Sosf no convite
para a terceira grande assembleia
das/dos migrantes.
Espaço para liberdade
e espaço para actividade
Em tempos de crise económica, com
uma sociedade que tem o fócus no
neoliberalismo, com um pensamento uniforme, com o medo, com o poder de estado e em confrontação com
uma esquerda tradicionalista sem
conteúdo, é importante de encontrar
um espaço de liberdade e de actividade. «Se nós nos distanciarmos do espaço institucional que é construído
pelos partidos da esquerda, temos
que fazer a pergunta: quem são então
os nossos aliados tradicionais?» diz
Balthasar Glättli, gerente de Solidarité sans frontières.
As novas formas de luta
«É importante reflectir sobre as novas
possibilidades que temos para chegar
a ser uma força de resistência visível»,
diz du Coulon. «Temos de encontrar
creatividade para as acções políticas e
não podemos só reagir em oposição à
política de restrição das actuais maiorias governamentais.»
Hilmi Gashi
Participantes interessados.
Inscrição e mais informações sobre
a grande assembleia da migração e
das refugiadas/dos refugiados na
página da Internet www.sofs.ch.
horizonte
Notícias breves
Camionistas:
uma acção europeia contra
os despedimentos
Por motivo da semana internacional
dos transportes, os sindicatos Unia,
SEV (Sindicato do pessoal dos transportes) e Comunicação realizaram no
dia 7 de Outubro uma acção de sensibilização na fronteira de Basileia e
em outros pontos de tráfego intenso da
Suíça. Os folhetos que foram distribuídos sublinham a problemática dos
camionistas que são vítimas da crise
económica ocorrendo o risco de perder o posto de trabalho. O despedimento de pessoal qualificado e motivado não é a melhor solução para as
empresas. As empregadoras/os empregadores têm outras possibilidades
de enfrentar a situação em tempos de
crise em vez de despedir o pessoal. Os
camionistas podem alargar, com a participação em cursos de formação contínua, os seus conhecimentos na área
profissional e as empregadoras/os
empregadores devem recorrer ao trabalho reduzido e distribuir de uma maneira efficaz o trabalho entre todos os
camionistas da empresa.
Construção civil:
uma sentença importante
contra o dumping salarial
A empresa de trabalho temporário
Daily Job assumiu um trabalhador
alemão numa classe salarial que não
corresponde à qualificação do mesmo.
O Unia denunciou o caso e o tribunal
de trabalho reconheceu a injustiça.
Daily Job levou o caso até ao tribunal
federal com a exigência de anular a
sentença do tribunal de trabalho. Mas
o tribunal mais alto da Suíça decidiu
que a aprendizagem do pedreiro, feita
na Alemanha, é equivalente ao certificado federal de capacidade (CFC/EFA)
e que a empresa de trabalho temporário Daily Job tem de pagar a diferença
de 1952 francos ao trabalhador
alemão. O tribunal federal baseou a
sua decisão no Contrato Nacional de
Trabalho para o sector da construção
civil na Suíça (CNT/LMV). O Unia está
satisfeito pela decisão de princípio porque com o reconhecimento de diplomas e certificados obtidos no estrangeiro, pode-se evitar o dumping salarial, em todos os ramos profissionais,
na Suíça.
Caixas de doença:
redução de prémios contra
os aumentos
Acção espontânea na Praça federal
após o anúncio do Conselheiro federal Pascal Couchepin do aumento dos
prémios das caixas de doença de somente 8,7 por cento no próximo ano.
O cálculo do Conselheiro federal não
include os aumentos exorbitantes de
13,7 por cento para os jovens adultos
e os suplementos de 500 milhões de
francos para os assegurados com
uma franquia de escolha. De facto, os
prémios das caixas de doença aumentarão em média 12 por cento. Manifestantes e sindacalistas exigem os
1,2 mil milhões de francos que a Confederação recebeu da venda das obrigações do banco UBS para aumentar
a redução de prémios. Porque só assim as famílias e as pessoas com um
salário baixo podem manter o poder de
compra.
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Nr. 8 | November 2009 | português
O Governo suíço é contra proibição de minaretes
«A iniciativa popular só nos faz
problemas desnecessários»*
Minaretes na Suíça: O céu tem espaço para todas/todos.
Segundo uma mensagem do Conselho federal a iniciativa popular contra a construção de minaretes infringe as convenções internacionais que foram assinadas pela Suíça.
A proibição da construção de minaretes estaria em clara contradição com
os valores centrais da Suíça e com os
princípios e direitos fundamentais
garantidos na Constituição federal.
Numerosas parlamentárias e muitos
parlamentários, advogadas e advogados como também peritos nacionais
e internacionais valorizaram a iniciativa popular a não ser praticável.
As associações das/dos migrantes pre-
feririam que a iniciativa popular fosse declarada como anulada. A iniciativa popular contra a construção de
minaretes não só infringe o orgulho
da Suíça como também os direitos internacionais. A iniciativa popular declara activamente um bode espiatório.
A actual crise económica e social não
pode ser o foco para ideologias que
não toleram diferença mas que favorecem o isolamento. A stigmatização
de uma minoria não é compreensível
e é uma difamação de todas as/todos
os migrantes na Suíça, independentemente da religião.
Exigências das/dos
migrantes
Como estão ligadas emoções a esta votação e o perigo de um clima hostil é
existente, as/os migrantes na Suíça
exigem do Conselho federal uma observação contínua das campanhas de
votação dos partidos e organizações
diversas. As campanhas de votação
devem ser efectuadas com respeito e
dignidade. As/os migrantes têm confiança nas entidades suíças que estas
limitarão abusos verbais e físicos antes e durante a campagna de votação.
As administrações têm o dever de condenar um comportamento sem respeito, porque o artigo 261 do Código
Penal (CP/StGB) pode ser aplicado havendo um comportamento racista.
Uma integração só é possível numa
sociedade pacífica que respeita os direitos humanos e a liberdade de religião.
*Conselheira federal Eveline Widmer-Schlumpf
O Unia critica o Secretariado de Estrado da economia (seco)
Qual é o valor da saúde nas vendas?
Na conferência de imprensa
do dia 23 de Outubro o sindicato Unia critica a deterioração da protecção de saúde
para o pessoal nas vendas. O
seco (Secretariado de Estrado da economia) elimina, publicado numa folha de instruções, as pauses suplementares para o pessoal nas
vendes que tem de trabalhar
contínuamente sem luz natural.
Com esta folha de instruções o seco,
em acordo com as empregadoras/os
empregadores, desvaloriza a importância da protecção de saúde no
posto de trabalho e despreza a própria
directiva. O Unia reivindica que o se-
co retire immediatamente a folha de
instruções. «As condições de trabalho
nas vendas já são duras e com a competitividade devastadora entre os comércios no sector de retalho, as condições de trabalho deterioram-se cada vez mais. Precisamos que as regulamentações já existentes sejam implementadas concretamente na vida
laboral. Não é aceitável que o seco, em
conjunto com as empregadoras/os
empregadores, e sem informar os sindicatos, altere a regulamentação sobre
as pausas suplementares prejudicando o pessoal nas vendas.» explica Vania Alleva, membro do comité director do Unia. Trabalhar constantemente sem luz natural é nocivo para
a saúde das colaboradoras/dos colaboradores. Por esse motivo a directi-
va já existente exige medidas complementares. Se as colaboradoras/os
colaboradores não têm a possibilidade de mudar regularmente para um
posto de trabalho com luz natural,
elas/eles têm direito a pausas suplementares que são pagas.
Pausas pagas substituídas
por «contacto» com luz
natural»
Na folha de instruções o seco substituiu as pausas pagas pela possibilidade de ter «contacto» com a luz natural pelas janelas e/ou a vista pela/s janela/s. Isto quer dizer que, havendo
uma janela que dê para fora, as colaboradoras/os colaboradores não precisam de ter uma pausa suplementar
com luz natural.
Os patrões dão mais valor
ao vestuário
Marisa Pralog, presidente da secção de
Genebra e colaboradora nas vendas,
disse que muitas vezes o pessoal nas
vendas tem de trabalhar com janelas
fechadas para proteger o vestuário da
luz natural. Isto quer dizer que o vestuário tem para as empregadoras/os
empregadores mais valor que a saúde
das colaboradoras/dos colaboradores.
Nem o pessoal nas vendas está de
acordo com esta alteração prejudicial
para a saúde, nem o Unia aceitará a
maneira de procedimento do seco.
Ambos reivindicam a anulação immediata da folha de instruções por
parte do seco.
Luta de libertação
Solidariedade com Murad
Na quarta-feira, dia 30 de Setembro 2009 o sindicalista do
Unia e refugiado político turco, Murad Akincilar foi arrestado em Istambul na Turquia.
À esposa que estava com ele, no momento da arrestação, não foram dados os motivos da arrestação por polícias à paisana. Até hoje, ela só teve
a possibilidade de falar duas vezes dez
minutos com o marido. As acusações
que se lêem nos jornais não são concretas e ainda não puderam ser analisadas em detalhe, porque o advo-
gado de Murad não teve acesso à acta do sindicalista. Convencidos da
sua inocência, as suas/os seus colegas,
os amigos, camaradas e personalidades da política consituiram um comité de apoio e lançaram um apelo
pela sua libertação immediata e incondicional.
Para a libertação
de Murad Akincilar
«Exigimos a libertação immediata e
incondicional do Senhor Murad
Akincilar. Murad tem o direito de
usufrir dos direitos fundamentais, de
contactar a sua família e o seu advogado. Ele também tem o direito de
conhecer as acusações e de haver
condições de prisão dignas que correspondem às obrigações internacionais da Turquia.»
O sindicalista do Unia
e activista dos direitos humanos
Murad Akincilar.
Assine o apelo de solidariedade
na www.unia.ch.
horizonte
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Nr. 8 | November 2009 | português
Um grande sucesso nas negociações salariais
Trabalhadores
portugueses na Suíça
foram enganados
À procura
de uma vida
melhor
Aumento na Coop Direitos durante
a pandemia
Há cerca de seis meses
atrás, um grupo de cerca de
20 portugueses viajou até à
Suíça com a esperança de
conseguirem sustentar as
suas famílias em Portugal.
A Coop faz um passo na direcção certa.
Uma boa notícia para as colaboradoras/os colaboradores da Coop. A empresa de comércio a retalho Coop dá um
bom exemplo em tempos de
crise e aumenta no próximo
ano os salários mínimos de
100 francos. Os salários até
4500 francos aumentam em
geral 40 francos.
Migrar e conhecer os
seus direitos na Suíça.
Alguns através de conhecidos, outros através de agências, todos eles
vieram com a promessa de um contrato de trabalho, um salário muito
acima da média, estadia e alimentação organizadas pelo empregador.
A aventura rápidamente se tornou
num pesadelo. Ordenados por receber, hotel e alimentação por pagar, e
muitos mais problemas. Siegel Bau
Abbruch GmbH, a empresa para a
qual trabalhavam, não lhes pagou o
devido pelo seu árduo trabalho. Os
poucos que tiveram sorte em receber
algum dinheiro, receberam-no à
mão, entregue pelo próprio dono da
empresa, o Senhor Andreas Siegel.
Falta o dinheiro para comer
Como muitos referiram, o Senhor
Siegel tinha por hábito encontrar-se
com os trabalhadores numa bomba
de gasolina ou numa Pizzeria perto
do hotel onde residiam para lhes pagar o ordenado.
«Trazia o dinheiro num envelope.
Quando acabavam as notas, mais
ninguém recebia. Tinham sorte
aqueles que chegavam primeiro ao
local!» contou um dos trabalhadores. A alimentação foi escassa durante estes meses. Valeu a compreensão dos proprietários do hotel onde residem e a ajuda preciosa que as
suas famílias, com muito sacrifício,
enviaram de Portugal.
O apoio do Unia
Um dos lesados entrou em contacto
com o Sindicato Unia e denunciou
a situação. Alguns problemas conseguimos já solucionar, nomeadamente os pedidos de uma autorização de estadia e de trabalho e a regularização dos seguros de doença.
Algo que não tinha sido feito pela
empresa como acordado. Neste momento tentamos de todas as maneiras possíveis recuperar os salários em
dívida com os trabalhadores, mas a
esperança de termos sucesso é pouca. O Senhor Siegel desapareceu do
país e deixou para trás dívidas no valor de mais de meio milhão de francos. De momento a maioria dos colegas conseguiu encontrar trabalho
através de outras empresas, alguns
viram-se mesmo obrigados a regressar a Portugal.
Cátia Santos
A gripe A (H1N1) no posto de trabalho
Muitas colaboradoras e muitos colaboradores ficaram contentes após o
anúncio oficial do aumento salarial
negociado entre o Unia e a Coop, porque são mais de 90 por cento das colaboradoras/dos colaboradores que
usufrem deste aumento salarial. Romina Hettinger, uma colaboradora
em Zurique, não hesitou de deixar-se
fotografar com uma nota de 100 francos nas mãos. É exactamente esta
quantia que ela receberá, assim como
as suas e os seus colegas. «Estou mesmo muito contente, e posso dizer que
também as minhas/os meus colegas
na filial estão felizes,» disse ela, após
ter lido do aumento salarial.
Os resultados em pormenor:
Os salários mínimos aumentam
100 francos. Os novos salários mínimos são de 3700 francos para as colaboradoras/os colaboradores sem
aprendizagem, de 3800 francos para
colaboradoras/colaboradores com
uma aprendizagem de dois anos e de
4000 francos para colaboradoras/co-
laboradores com uma aprendizagem
de três anos. Este aumento é equivalente a um aumento salarial de 2,6 a
2,8 por cento.
O salário mínimo à hora aumenta
de 22.30 francos para 22.80 francos.
Um aumento geral de 40 francos recebem todas as colaboradoras e todos
os colaboradores que têm um salário
até 4500 francos.
Para aumentos salariais individuais
até salários de 5999 francos estão 0,75
por cento da soma salarial à disposição. É garantido que pelo menos 90
por cento das colaboradoras e colaboradores com salários entre 4501 e
5999 francos beneficiam dos aumentos salariais individuais. Nestes aumentos salariais individuais as colaboradoras/os colaboradores do grupo
dos gestores são esclusas/exclusos.
Um exemplo também para
as outras empresas
O Unia está satisfeito com o resultado das negociações salariais com a Coop, porque estes aumentos salariais
são um símbolo importante contra a
crise económica. A empresa de comércio a retalho Coop sabe que o consumo interno é o apoio elementar da
conjuntura suíça. Agora é a vez das outras empresas darem o seu contributo
de responsabilidade económica. Só reforçando o poder de compra de todas
as colaboradoras e de todos os colaboradores a economia suíça terá a
força de enfrentar a crise.
No mês de Julho o seco (Secretariado de Estado da economia) publicou o documento «Pandemia e empresas» na
sua página internet. Este documento informava sobre os
direitos e os deveres das empregadoras/dos empregadores como também sobre os
das colaboradoras/dos colaboradores.
Mas em algumas perguntas fundamentais a Lei do Trabalho (Código do
Trabalho) não foi interpretada a favor
das colaboradoras/dos colaboradores.
A intervenção da União sindical suíça
(USS/SGB) fez que o seco reelaborasse finalmente o conteúdo jurídico do
documento.
Devido à intervenção da USS o seco
alterou o documento «Pandemia e
empresas». De facto, também na nova versão do documento a interpretação de algumas perguntas importantes ainda é prejudicial para as colaboradoras/os colaboradores. Um parecer jurídico do especialista de direito de trabalho Jean-Bernard Weber
confirmou entretanto a interpretação
errada da Lei do Trabalho por parte do
seco.
As empresas têm o dever
de pagar o salário
A colaboradora/o colaborador que
tem de cuidar dos seus filhos durante
uma pandemia recebe o salário não só
nos primeiros três dias, mas também
após desses três dias, porque está a
exercer o seu dever legal de assistência. Se, por motivos de pandemia, a
empregadora/o empregador tem de
fechar a empresa por um prazo provisório ou os serviços públicos ordenam o encerramento transitório da
empresa, a empregadora/o empregador continua a pagar o salário das colaboradoras/dos colaboradores. No
direito está explícito nomeado o risco da empresa como uma das responsabilidades na funcção da empregadora/do empregador – independentemente das circunstâncias, assim
como as de uma pandemia. As colaboradoras/os colaboradores não têm
de recuperar as horas de trabalho em
falta.
«Gripe suína» Gripe A (H1N1)
– e agora?
Para informar as colaboradoras
e os colaboradores sobre as
medidas de segurança mais importantes e os direitos no posto
de trabalho, o Unia elaborou a
brochura «Gripe suína» Gripe A
(H1N1). E agora?» Esta brochura
é disponível, também em
português, nos secretariados do
Unia ou pode ser descarregada
da página Internet www.unia.ch.
«16 dias de activismo pelo fim da violência contra as mulheres»
Combater o assédio sexual
no posto de trabalho
Em 1991 o Instituto para a
gestão global das mulheres
(Women’s Global Leadership
Institute) inaugurou a campanha internacional «16 dias
de activismo pelo fim da
violência contra as mulheres».
São sempre 16 dias entre o dia 25 de
Novembro e o dia 10 de Dezembro.
Em todo o mundo, quatro datas representam este combate no período
de realização da campanha. O início
é no dia 25 de Novembro, o dia Internacional contra a violência às mulheres, o dia 1 de Dezembro como o dia
Mundial de luta contra a SIDA, o dia
6 de Dezembro como símbolo da injustiça contra as mulheres (massacre
de mulheres em Montréal no Canadá) e o fim é no dia 10 de Dezembro,
o dia Internacional dos direitos humanos. A campanha «16 dias de activismo pelo fim da violência contra as
mulheres» foi lançada na Suíça pela
organização não governamental fe-
minista pela paz (l’ONG féministe
pour la paix/die feministische Friedensorganisation) no ano 2008. Também este ano participam muitas organizações de mulheres, de homens
e de paz, centros de aconselhamento,
paróquias e sindicatos – assim como
o Unia – com actividades e eventos
nesta campanha. A campanha quer
sensibilizar a população, visualizar e
tematizar a discriminação menos perceptível no discurso político.
Assédio sexual
Para uma grande parte das colaboradoras e de alguns colaboradores o assédio sexual faz parte do quotidiano
laboral ou é um capítulo escuro na vida laboral. Um relatório da Comissão
federal para a igualdade (BFEG/EBG)
e do Secretariado de Estado da economia (seco) de 2005 analisa que nos
últimos doze meses 10,3 por cento das
mulheres intervistadas e 3,5 por cento dos homens intervistados já foram
confrontados com assédio sexual. Isto significa para uma vida laboral que
28,3 por cento das mulheres e 10 por
cento dos homens já foram, pelo menos uma vez, vítimas de assédio sexual.
Dia de acção do Unia
O Unia informará o público no dia 4
de Dezembro sobre as reivindicações
das medidas exigidas. Durante uma
conferência de imprensa o Unia apresentará a nova brochura «Assédio sexual no posto de trabalho». As parlamentárias e os parlamentários receberão uma carta com exigências políticas, como a acentuação e a concretização da Lei do Regime de Paridade
(LEg/GIG) e ao público será apresentada uma acção de sensibilização temática na Praça federal.
Mais informações sobre as
acções e os eventos durante a
campanha «16 dias de activismo
pelo fim da violência contra as
mulheres» na página Internet
www.16tage.ch.
Extrato do calendário
«16 dias de activismo
pelo fim da violência
contra as mulheres»
Às mulheres são, ainda muito
mais vezes e numa maneira
diferente, postos limites:
As suas vidas são ameaçadas,
os seus corpos são açoitados,
a sua sexualidade é mutilada,
a sua participação é negada
e a sua opinião é oprimida.
Violência contra as mulheres
existe em todas as sociedades
e em todas as classes sociais.
horizonte
Pergunte,
que nós
respondemos
Acidente:
A partir de quando estou
assegurado?
Mudei de posto de trabalho. O dia 1 de
Agosto 2009 (domingo) é a data de início
do trabalho no meu contrato de trabalho.
Infelizmente não prestei atenção com o fogo de artifício no feriado oficial «Festa da
Confederação» e feri-me. Tive que ir às
urgências do hospital para suturar uma ferida grande. Fui trabalhar na segunda-feira e informei o meu empregador do acidente ocorrido no dia 1 de Agosto. Agora
recebi um aviso do seguro de acidente de
que o acidente não está coberto pelo seguro. Por esse motivo o seguro de acidente não paga as facturas do hospital e do
médico, assim como não quer retribuir os
custos dos medicamentos. Posso fazer alguma coisa contra esta decisão?
Infelizmente não. Como empregado está assegurado contra acidentes. O seguro inicia no primeiro dia de trabalho. No seu contrato de trabalho o começo da relação contratual é o dia 1
de Agosto. Mas como trabalha de segunda a
sexta-feira, o seu primeiro dia de trabalho era
efectivamente segunda-feira, dia 3 de Agosto.
O acidente aconteceu antes. O seguro de acidente do seu empregador actual nega-se, com
toda a razão, de desempenhar as prestações.
Felizmente ainda está assegurado durante trinta dias após o fim da relação contratual pelo seguro de acidente precedente. A sua relação contractual precedente terminou no dia 15 de Julho. Mas o acidente aconteceu no denominado
prazo da pós-cobertura. Por esse motivo, o seguro de acidente precedente tem de pagar os
custos do acidente. Atenção: pessoas, que fazem férias não pagas, que deixam de trabalhar
ou que já não recebem subsídio de desemprego da caixa de desemprego, têm a possibilidade de fazer um seguro de acordo com um prémio baixo. Assim a cobertura do seguro de acidente será prolongada por um máximo de 180
dias.
Nr. 8 | November 2009 | português
A Suíça deve ratificar a Convenção da ONU
sobre a protecção dos migrantes
Formação Profissional
As organizações de migrantes, representadas pelas pessoas signatárias deste abaixo-assinado,
esperam que o Conselho Federal accione os mecanismos necessários, de modo a ratificar a
Convenção da ONU sobre a protecção dos migrantes, que está em vigor desde o dia 1 de Junho
de 2003. A Convenção protege os Direitos Fundamentais dos trabalhadores migrantes. Na sua
grande maioria trata-se de direitos políticos e de cidadania, tais como, o direito a não ser torturado,
nem submetido a trabalhos forçados, o direito à vida, o direito a um processo ordinário e á segurança
pessoal, bem como o direito à liberdade de opinião e de religião.
Nome
Morada
Assintura
Projecto
Progredir
Formação profissional para
mulheres de língua portuguesa
nos ramos do comércio, da limpeza e da hotelaria-restauração no
cantão Vaud.
Por favor, enviar a: FIMM (Forum für die Integration von Migranten),
Speichergasse 39, Postfach 6117, 3011 Bern.
Curso de alemão em Thun
Todos portugueses
Assembleias de informação
Sábado, 31 de Outubro 2009
às 17h30 em Lausanne
Aprender alemão para melhorar as suas condições de trabalho.
No dia 25 de Setembro de 2009, no pavilhão do Unia em Thun, iniciou o curso de alemão para todas as/todos os
migrantes da região Berner Oberland
do Sindicato Unia.
Neste caso as/os participantes do curso são todos portugueses de diferentes ramos profissionais, como da hotelaria-restauração, da construção civil, da indústria, da limpeza e do comércio. É importante que sejam realizados cursos de língua para facilitar a integração das/dos
migrantes no mundo de trabalho. Para as portuguesas/os portugueses que frequentam o curso é essencial aprender o alemão para informarse, para comunicar com colegas, vizinhos e conhecidos, mas também para defender os seus direitos no posto de trabalho.
O curso tem uma duração de três meses e é uma
realização do Sindicato Unia em colaboração
com o Instituto de formação ECAP para os sócios da região Berner Oberland, na secção de
Thun.
Sábado, 7 de Novembro 2009
às 17h30 no secretariado
do Unia, Place du Marché,
4.° andar, em Vevey
Para mais informações sobre
o projecto e as assembleias de
informação é favor contactar
Paula da Silva: [email protected]
ou T 078 807 62 22.
Sónia Oliveira
Sessão informativa em Rüti
Migração e saúde
Grande interesse pela
formação contínua
Como integrar as/os
pacientes migrantes?
A strategia «migração e saúde» da Autoridade federal de Saúde quer melhorar a situação das/dos migrantes
na Suíça e estabelecer, a longo prazo, a igualdade de oportunidade para todas as/todos os pacientes na
área de saúde.
A secretária sindical Larissa De Souza informa os sócios.
Devido às dúvidas sobre descontos
para a segurança social, a secção de
Uster organizou uma sessão informativa.
Na sessão informativa do dia 18 de Outubro
2009 às 15h00 no Clube Português de Rüti as
secretárias sindicais Larissa De Souza, da secção
de Uster, e Mónica Ferreira, da área migração,
informaram sobre a indemnização da suspensão dos trabalhos devido ao mau tempo na
construção civil e esclareceram algumas dúvidas a respeito dos descontos para a segurança
4
social. Também as alterações da nova lei do
abono de família (LAFam/FamZG) que entrou
em vigor no dia 1 de Janeiro 2009, foram nomeadas. Após a apresentação dos pontos principais, os participantes discutiram sobre a situação na construção em tempo de crise e
apoiaram unanimamente a reivindicação salarial de 120 francos para todos na construção
civil e ramos paralelos. Os sócios presentes
estão interessados em formação contínua como por exemplo a participação no Projecto
Portugal ou em cursos de língua alemã.
Esta strategia pode ser valutada objectivamente
de um aspecto positivo, mas a promoção e a prevenção de saúde das/dos migrantes são de facto consideradas importantes? Como é possível
realizar a participação das/dos migrantes no sistema de saúde? É necessário que haja a exigência de uma regulamentação com quotas para
as/os migrantes? O Forum para a integração
das/dos migrantes (FIMM) quer dar as respostas
a estas perguntas e indicar a direcção para o fu-
turo. No dia 24 de Novembro o FIMM organiza
uma jornada de informação com especialistas da
área de saúde e migração para implementar um
diálogo constructivo. A jornada também dará a
oportunidade de descrever a opinião e o ponto
de vista das/dos migrantes que vivem na Suíça.
Jornada sobre a situação
de saúde das/dos migrantes
Terça-feira, 24 de Novembro 2009, das
14h00 às 18h00 na Weltpoststrasse 20
em Berna (na sala do sindicato Unia).
A entrada é gratuita.
Beilage zu den Gewerkschaftszeitungen work, area, Événement syndical | Herausgeber
Verlagsesellschaft work AG, Zürich, Chefredaktion: Marie-José Kuhn; Événement syndical SA,
Lausanne, Chefredaktion: Alberto Cherubini; Edizioni Sociali SA, Lugano, Chefredaktion:
Françoise Gehring Amato | Redaktionskommission M. Akyol, M. Pereira, D. Filipovic, H. Gashi,
M. Martín | Sprachverantwortliche Margarida Pereira | Layout Simone Rolli, Unia | Druck
Ringier Print, Adligenswil | Adresse Redaktion «Horizonte», Weltpoststrasse 20, 3000 Bern 15,
[email protected]
www.unia.ch

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