MS Clipping - Moore Stephens
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11 de setembro de 2012 MS Clipping Moore Stephens Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Tributos Programa paulista gera perda de R$ 1,85 bi, afirma sindicato (DCI – SP) ...........................................................................2 Receita atualiza regras de tributação de ETFs (Gazeta do Povo) ........................................................................................................3 Projeto isenta aposentados de pagamento de IPI na compra de carro zero (Agência Câmara) .......................................................3 Receita Federal cria nova obrigação para os contribuintes (Revista Consultor Jurídico) ................................................................3 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................4 Responsabilidade de sócio por dívidas é limitada (Valor Econômico) ...............................................................................................4 Rotatividade do mercado de trabalho aumenta e preocupa governo (Agência Brasil) .....................................................................5 Sobrecarga de e-mails no trabalho aumenta estresse, aponta estudo (Folha de S. Paulo) ..............................................................6 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................6 Profissionais de Contabilidade devem participar de recadastramento nacional (CRC – SP) ...........................................................6 Na briga da essência contra a forma, prevalece o 'medo' (Valor Econômico)....................................................................................7 A responsabilidade civil para o contabilista ajuda ou atrapalha? (Contábeis.com.br)......................................................................7 OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................8 Endividamento das empresas aumenta 25% em 12 meses (Brasil Econômico) ................................................................................8 Brasil dá sinais de resistência, mas será afetado (O Estado de S. Paulo) ..........................................................................................8 Bovespa aguarda pacote de energia (Valor Econômico)......................................................................................................................9 Pacote da China não terá efeito imediato (Valor Econômico) ..............................................................................................................9 Autopeça brasileira reage ao avanço das chinesas (Valor Econômico) ...........................................................................................10 O projeto da Lei da Empresa Limpa (Valor Econômico) .....................................................................................................................11 Entenda o conceito de ERP (Blog da Moore Stephens)......................................................................................................................12 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. 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Secretaria da Fazenda nega prejuízo O Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Sinafresp) divulgou estudo que aponta que municípios e educação perderam R$ 1,85 bilhão de 2008 a julho de 2012 devido às irregularidades no Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Estado de São Paulo, mais conhecido como Nota Fiscal Paulista. O levantamento teve o parecer técnico do professor Heraldo da Costa Reis, coordenador do Centro de Estudos Interdisciplinares em Finanças (Ceif-Ensur). De acordo com o presidente do Sinafresp, Ivan Netto Moreno, esse prejuízo se deve às irregularidades cometidas pelo governo estadual na contabilidade do programa. “Basicamente, todo o dinheiro arrecadado de ICMS [fruto da Nota Fiscal Paulista] vai para crédito e prêmios. Mas o que deveria ser feito é atender à legislação, que determina que o que sobrar após ir para educação ou municípios [30% depois da transferência] pode ser disponibilizado para os benefícios do programa”, explicou ao DCI. Isto é, pelo estudo, ao efetuar a “indevida” dedução dos pagamentos dos prêmios sorteados e dos créditos resgatados diretamente da receita bruta de ICMS, o estado teria rebaixado a base de cálculo da parcela de 25% de ICMS que cabe constitucionalmente aos municípios. “Esse procedimento irregular teria feito com que, no período de 2008 a julho de 2012, o estado retivesse indevidamente o montante R$ 851,87 milhões pertencentes aos municípios situados em seu território, em valores correntes de agosto de 2012. Esse valor corresponde a 25% do montante de prêmios e créditos já pagos efetivamente aos participantes do programa entre 2008 e julho de 2012, o qual atingiu o total de R$ 3,40 bilhões, em valores atuais.” Além disso, o levantamento aponta que o procedimento contábil incorreto fez com que o estado deixasse de aplicar R$ 680,83 milhões no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). Também teria reduzido em R$ 326,10 milhões, em valores atualizados, as transferências obrigatórias para as universidades públicas e escolas técnicas estaduais, nos últimos quatro anos, valor que corresponde à parcela de 9,57% sobre a diferença da receita bruta do ICMS. Por meio de comunicado, a assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda de São Paulo, administrada por MS News - Abril de 2012 Andrea Calabi, considerou “falsas” as alegações do Sinafresp. “O material distribuído pela entidade contém erros que devem ser esclarecidos. Em primeiro lugar, o cálculo dos 25% da cota parte do imposto que compõe os repasses efetuados aos municípios e Fundeb é realizado de acordo com o que estabelece o artigo 158 da Constituição Federal”, disse. “Importante ressaltar que os valores distribuídos pela Nota Fiscal Paulista não são benefícios fiscais. Por este motivo, não implicam em redução total ou parcial do valor do imposto pago pelo contribuinte”, acrescentou. Como resposta, o sindicato também divulgou que, apesar de ser verdadeira a informação de que pertencem aos municípios 25% do produto da arrecadação do ICMS efetuada pelo estado, “diferente do que diz a nota” da secretaria, a parte do Fundeb não é de 25% do ICMS, “nem é tratada por esse artigo da Constituição”. “De todo modo, a resposta da Fazenda nada esclarece sobre o modo como vem realizando o cálculo da cotaparte dos municípios em relação aos pagamentos a participantes da Nota Fiscal Paulista”, avalia o Sinafresp. Importância Segundo a secretaria, estudos elaborados pelas áreas técnicas indicam que o programa contribui para reduzir a sonegação fiscal e tem impacto positivo na arrecadação tributária paulista da ordem de 34,3% no segmento do varejo. “Esta estimativa corresponde a R$ 5,5 bilhões de recolhimentos adicionais neste setor. Este valor, confrontado aos custos do programa, se traduz em ganhos líquidos de R$ 3,18 bilhões.” Moreno afirmou que reconhece a “grandeza” dos resultados alcançados pelo Nota Fiscal Paulista, “mas existem irregularidades na contabilidade”. Para o advogado tributarista Bruno Zanim, coordenador da área tributária do MPMAE Advogados, o problema é a falta de clareza na contabilidade do Nota Fiscal Paulista e que, mesmo não podendo afirmar com certeza se o sindicato está correto em suas alegações — justamente pela falta de informações prestadas pelo estado —, um parecer técnico de um professor é algo relevante a ser observado. “Somente o cálculo dos 30% que vão para crédito e premiação possui uma fórmula muito complicada e que não é divulgada. Parece que não há cumprimento do artigo 37 da Constituição que obriga essa clareza”, disse o especialista. De qualquer forma, todas essas supostas irregularidades ocorridas no âmbito do Programa da Nota Fiscal Paulista foram entregues aos Ministérios Públicos Federal, Estadual e no Tribunal de Contas do Estado. Nenhum dos órgãos se manifestou publicamente até o fechamento desta edição. Fonte: DCI – SP (11/09/2012). (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens Receita atualiza regras de tributação de ETFs Diante do crescente interesse de investidores pelos ETFs, a Receita Federal atualizou as regras de cobrança de impostos sobre os ganhos com essa aplicação, com objetivo de deixá-las mais claras. A iniciativa da Receita foi uma resposta ao aumento das dúvidas de investidores que chegam ao órgão sobre a cobrança de impostos sobre os ganhos dos ETFs. Os Exchange Traded Funds (ETFs) são fundos negociados na bolsa de valores, e têm sua rentabilidade atrelada a índices de ações. Na prática, eles replicam o índice, comprando ações das empresas que o compõem, na exata proporção de capa papel. Há duas formas de entrar e sair do ETF. Numa delas, o investidor pode comprar ações e depois “depositá-las” no fundo. Nesse caso, como há uma troca de ativos (as ações são trocadas por cotas de fundos), o investidor precisa pagar 15% de impostos no ato do ingresso caso tenha obtido ganhos com essas ações. O Imposto de Renda, portanto, deve ser pago caso as ações tenham se valorizado desde que o investidor as comprou. Vale lembrar que a tributação incide apenas sobre a rentabilidade obtida com os papéis, e não sobre o capital total. Como em qualquer negociação com ações, operações de menos de R$ 20 mil no mês são isentas de tributação. Outra forma de entrar no ETF é comprando suas cotas no mercado secundário, com dinheiro. Nesse caso, não há cobrança de impostos na entrada do fundo. Quando o investidor quiser sair da aplicação ele poderá vender essas cotas e receber o dinheiro ou trocar essas cotas novamente por ações. Em ambos os casos, incide imposto de 15% sobre a os ganhos obtidos no período em que o dinheiro ficou aplicado no ETF. O subsecretário de tributação da Receita, Sandro Serpa, ressaltou que não se trata de dupla tributação, pois o impostos na saída não incide sobre o ganho que já foi tributado na entrada. O subsecretário explicou que esse ainda é um mercado pequeno, mas que está em expansão, o que levou ao aumento das dúvidas encaminhadas à Receita. Existem 14 ETFs no mercado hoje. Juntos, eles têm um patrimônio de cerca de R$ 4,1 bilhão, segundo Serpa, enquanto toda a indústria de fundos brasileira soma R$ 1,9 trilhão, acrescentou. Fonte: Gazeta do Povo (11/09/2012). Projeto isenta aposentados de pagamento de IPI na compra de carro zero A Câmara analisa o Projeto de Lei nº 3.830/12, do deputado Ademir Camilo (PSD-MG), que isenta aposentados e pensionistas do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de carro novos de fabricação nacional. 3 MS News - Abril de 2012 Pela proposta, a isenção valerá para aposentados e pensionistas que recebam entre um e cinco salários mínimos. Caberá à Secretaria da Receita Federal do Brasil verificar se o comprador preenche os requisitos para a compra com o benefício. Conforme o texto, os veículos adquiridos com a isenção de IPI só poderão ser vendidos após três anos da data da compra, exceto nos casos comprovados de destruição completa, furtou ou roubo do carro. Segundo o autor da proposta, o objetivo é facilitar o acesso de aposentados e pensionistas a bens de consumo, possibilitando sua ascensão à classe média, como vem ocorrendo com milhares de brasileiros. "De forma indireta, é mais um benefício social para os milhares de pensionistas e aposentados que muitas vezes são obrigados a utilizarem o transporte coletivo urbano e intermunicipal", afirma Camilo. Tramitação O projeto, de caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara (11/09/2012). Receita Federal cria contribuintes Por Sergio André Rocha nova obrigação para os Se há um consenso sobre a tributação no Brasil é de que temos um sistema complexo e que os contribuintes estão cada vez mais sobrecarregados por deveres formais, as ditas obrigações acessórias, que geram um custo enorme para as empresas de todos os tamanhos. No final de 2011, foi editada a Lei 12.546/2011. Esta lei criou “a obrigação de prestar informações para fins econômico-comerciais ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) relativas às transações entre residentes ou domiciliados no país e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados”. Provavelmente motivada pelo grande crescimento das transações envolvendo serviços e intangíveis, esta nova obrigação de prestação de informações buscou disponibilizar ao MDIC dados necessários para o controle de tais operações. A própria Lei 12.546/2011 estabelece que tais informações “serão utilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior na sistemática de coleta, tratamento e divulgação de estatísticas, no auxílio à gestão e ao acompanhamento dos mecanismos de apoio ao comércio exterior de serviços, intangíveis e às demais operações, instituídos no âmbito da administração pública, bem como no exercício (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens das demais atribuições legais de sua competência” (artigo 26). A regra prevista neste dispositivo é importantíssima, uma vez que deixa claro que a finalidade das informações a serem prestadas pelas empresas é a sua utilização pelo MDIC no preparo de dados estatísticos a respeitos das transações envolvendo serviços e intangíveis. Ou seja, o fim desta nova obrigação não é fiscal. Em outras palavras, não visa viabilizar o exercício da atividade de fiscalização das autoridades tributárias. A Lei 12.546/2011 não previa nenhuma penalidade para o caso de não serem prestadas as informações requeridas, razão pela qual sua edição, em dezembro do ano passado, praticamente não foi notada pelas empresas. A situação mudou bastante com a recente edição da Instrução Normativa 1.277, de 28 de junho de 2012, a qual “institui a obrigação de prestar informações relativas às transações entre residentes ou domiciliados no Brasil e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados”. De acordo com a aludida instrução normativa, as informações em questão serão prestadas “por meio de sistema eletrônico a ser disponibilizado no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)”. Foram previstos pela Receita Federal também os prazos dentro dos quais as informações devem ser prestadas. O que mais chama a atenção, contudo, são as multas estabelecidas para o caso de não serem fornecidas as informações. Segundo a Instrução Normativa n. 1.277/2012 “aplica-se multa: I — de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês ou fração de atraso, relativamente às pessoas jurídicas, no caso de prestação de informação fora dos prazos estabelecidos no art. 3º; II — de 5% (cinco por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações com residentes ou domiciliados no exterior, próprios da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta”. Essas multas estão previstas no artigo 57 da MP 2.15835/2001, que as estabelece como sanção ao “descumprimento das obrigações acessórias exigidas nos termos do artigo 16 da Lei 9.779, de 1999”. A seu turno, este último dispositivo dispõe que “compete à Secretaria da Receita Federal dispor sobre as obrigações acessórias relativas aos impostos e contribuições por ela administrados, estabelecendo, inclusive, forma, prazo e condições para o seu cumprimento e o respectivo responsável”. Ora, aqui vale retomar aos comentários anteriores sobre a Lei 12.546/2011. Como dissemos, a sua finalidade foi fornecer ao MDIC dados estatísticos a respeito das transações envolvendo serviços e intangíveis. Percebe-se, MS News - Abril de 2012 então, que tal obrigação não tem relação direta com a administração de impostos e contribuições pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Portanto, parece-nos ilegal a aplicação de uma penalidade prevista na legislação para fins fiscais, ao descumprimento de uma obrigação formal que não tem natureza imediatamente tributária. O máximo que a aludida lei fez foi estabelecer, no parágrafo 6º do seu artigo 26, que “as informações de que trata o caput deste artigo poderão subsidiar outros sistemas eletrônicos da administração pública”. Ora, não nos parece que esta disposição seja suficiente para legitimar a aplicação das penalidades em questão. É compreensível que o Poder Público tenha interesse em ter maiores informações sobre o “comércio” envolvendo serviços e intangíveis. Contudo, tenho sérias dúvidas se o melhor caminho seria a criação de mais uma obrigação acessória para os contribuintes, e dúvidas maiores ainda a respeito da legalidade da aplicação das multas previstas na Instrução Normativa 1.277/2012. Fonte: Revista Consultor Jurídico (10/09/2012). RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Responsabilidade de sócio por dívidas é limitada Uma nova tendência da Justiça do Trabalho deve amenizar a situação de inúmeros ex-sócios que têm bens comprometidos para o pagamento de dívidas das empresas nas quais tiveram participação. Julgados dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e até do Tribunal Superior do Trabalho (TST) têm aplicado o Código Civil para limitar a responsabilidade do ex-sócio aos fatos ocorridos no período em que ainda estava na companhia. Pelo entendimento, a responsabilidade só se estenderia a processos iniciados até dois anos após a averbação, na junta comercial, da saída da sociedade. Outras decisões só chamam o ex-sócio ao processo quando há a comprovação de conduta ilícita em sua gestão. A 7ª Turma do TST, por exemplo, aplicou por unanimidade o Código Civil a um caso recente. Apesar disso, não foi favorável ao ex-sócio de uma transportadora, por não poder rever provas. O acórdão do TRT de São Paulo não indicou a data de averbação de retirada do sócio da empresa na junta comercial. O antigo sócio alegava ter deixado a sociedade no dia 25 de setembro de 2001. Argumentou que, de acordo com os artigos 1.003 e 1.032 do Código Civil, o sócio somente teria responsabilidade pelas obrigações sociais até dois anos após ser averbada a resolução da sociedade. Ou seja, somente até 25 de setembro de 2003. Como a ação foi ajuizada em 4 de outubro de 2004, alegou que não poderia ser cobrado pelo débito. Os ministros do TST, apesar de admitirem a aplicação do Código Civil, não reformaram a decisão contrária ao exsócio. O relator do processo, Pedro Paulo Manus, porém, (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens concluiu que "à luz do Código Civil, o sócio retirante, quando procede à regular averbação de sua retirada na junta comercial, apenas pode ser responsabilizado pelos débitos relativos ao período em que foi sócio e desde que seja acionado no decurso dos dois anos seguintes à referida averbação". Para completar, indicou outros julgados do próprio TST nesse sentido. Segundo o advogado Pedro Gomes Miranda e Moreira, do Celso Cordeiro de Almeida e Silva Advogados, tem sido muito comum a Justiça do Trabalho atribuir responsabilidade ao sócio da empresa quando a companhia não tem bens suficientes para garantir o crédito trabalhista. "Os ex-sócios ficam com seu patrimônio exposto a responder por essas dívidas", diz. Moreira atua em um caso semelhante no TRT paulista, no qual o sócio averbou sua retirada da sociedade em 1999 e está respondendo por uma execução trabalhista iniciada em 2008. "Foram penhoradas participações societárias dele em outras empresas para pagar uma dívida de cerca de R$ 200 mil", afirma o advogado. Para ele, essa limitação da responsabilidade do sócio, que vem ganhando corpo no Judiciário, traz importantes precedentes. Moreira diz que, como a legislação trabalhista é omissa com relação ao assunto, é possível aplicar o Código Civil. O TRT da 10ª Região, que abrange o Distrito Federal e o Tocantins, ao citar decisões do TST, determinou recentemente o cancelamento da penhora do automóvel de um ex-sócio de uma pizzaria, que estava sendo executada por um antigo funcionário. Em outro julgado, a 6ª Turma do TRT paulista foi além. Os desembargadores entenderam que a responsabilidade desses ex-sócios não decorre automaticamente e que pressupõe a existência de indícios de fraude na retirada da sociedade para que haja a condenação. A decisão ainda ressalta a condição de que a ação tenha sido ajuizada no prazo de dois anos após a averbação da alteração societária. Assim, excluíram a responsabilidade de um ex-sócio que se retirou da sociedade três anos antes do ajuizamento da ação e há anos sofria com a constrição de seus bens. Segundo o voto do relator, desembargador Rafael Pugliese Ribeiro, se a retirada do sócio não se deu com objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação da legislação trabalhista, o ex-sócio não poderia responder pessoalmente pelos créditos trabalhistas. Para os advogados Simone Rocha, do Homero Costa Advocacia e Cauã Resende, do JCMB Advogados e Consultores, essas decisões, apesar de ainda serem minoria, trazem uma nova perspectiva. Simone afirma já ter obtido decisão favorável na qual o juiz condenou seu cliente a pagar apenas as parcelas da condenação pelo período em que respondia pela companhia. Para tentar excluir a responsabilidade de um sócio por dívidas trabalhistas, Resende ressalta ser essencial estar em dia com o registro de retirada de sócios na junta comercial 5 MS News - Abril de 2012 para que se possa contar o prazo de dois anos, previsto no Código Civil. "Empresas mais informais se esquecem de registrar essas alterações." Fonte: Valor Econômico (11/09/2012). Rotatividade do mercado de trabalho aumenta e preocupa governo A rotatividade nos postos de trabalho vem crescendo no país, ao longo dos últimos anos. De acordo com estatística da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a taxa de rotatividade alcançou 36 pontos em 2009, número mais recente. Dois anos antes, era 34,3 pontos. O ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, já manifestou preocupação com o fenômeno. Brizola Neto defender a regulamentação do Artigo 239 da Constituição Federal como forma de conter o aumento dessa estatística. No Parágrafo 4º da norma, há a previsão de pagamento de contribuição adicional por parte das empresas com rotatividade acima da média de seu setor. A rotatividade informada pela Rais é medida em uma escala de 0 a 100. Quanto mais alta, maior o risco de se perder o emprego. O crescimento da rotatividade medida pela Rais é acompanhado de aumento do desemprego.De acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as demissões vêm aumentando nos últimos dois anos. No acumulado de janeiro a julho, 11,8 milhões de trabalhadores perderam o emprego, mais que o dado divulgado em julho do ano passado, quando o governo contabilizou 11,3 milhões de demissões. As demissões também aumentaram na observação do acumulado dos últimos 12 meses. De agosto de 2011 a julho de 2012 ocorreram 20,1 milhões de demissões. No mesmo período de 2010 e 2011, as demissões somaram 19,1 milhões. No mês de julho desse ano, foram criados mais de 1,7 milhões de empregos formais. No entanto, houve, aproximadamente 1,6 milhões de demissões. A rotatividade é um dos fatores que levam à precarização das relações de trabalho, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Quanto mais flexíveis as regras para se demitir um funcionário e mais informais os vínculos de trabalho, mais os empregadores tiram proveito da oferta de mão de obra, reduzindo seu custo e os benefícios associados. A rotatividade, desse modo, pode indicar os níveis de informalidade da economia, de insegurança em relação às remunerações e, ainda, de acesso do trabalhador à proteção social e à Previdência. O tema é objeto da Convenção 158 da OIT, sobre a dispensa desmotivada do trabalhador, ratificada pelo Brasil em 2008. Segundo essa convenção, um funcionário não deve ser demitido a menos que exista causa (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens justificada, relacionada à capacidade ou ao comportamento e garantido o direito à ampla defesa, ou motivos econômicos, tecnológicos ou análogos, com necessidade de comprovação pela empresa. Segundo dados da Rais, o setor da construção civil contrata muito, mas é o que mais demite trabalhadores, com taxa de rotatividade de 82,6 pontos. Os setores que têm menos rotatividade, por outro lado, são a administração pública direta, com taxa de 10,6%; os serviços industriais de utilidade pública, com taxa de 12,2%, como o fornecimento de água, luz, esgoto; e os correios – geralmente prestados por empresas também públicas. A estabilidade nesses setores, segundo a Agência Brasil apurou, é um dos maiores atrativos para quem busca trabalhar no serviço público. As principais causas de desligamento, segundo dados do Ministério do Trabalho, são rescisão sem justa causa por iniciativa do empregador (52,1%), por iniciativa do empregado (19,4%), término de contrato (19,2%), transferência do empregado dentro da mesma empresa (5,9%) e rescisão com justa causa, por iniciativa do empregado ou do empregador (1,3%). Fonte: Agência Brasil (11/09/2012). Sobrecarga de e-mails no trabalho aumenta estresse, aponta estudo O excesso de e-mails no trabalho está relacionado ao aumento de estresse dos trabalhadores e à perda de produtividade nas empresas, segundo estudo elaborado pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica. "O excesso de e-mails e de informação em geral acarreta riscos sociais e psíquicos para os empregados e empobrece a empresa", disse Caroline Sauvajol-Rialland, professora responsável pela pesquisa. Segundo a pesquisa, spams, "newsletters" e mensagens eletrônicas internas contribuem para a saturação dos trabalhadores que, ao chegar a cada dia no trabalho, precisam organizar todas as informações. Para a professora responsável pela pesquisa, o fenômeno da "infobesidade", termo criado pelo escritor americano Alvin Toffler em seu romance de "Future Shock", em 1970, representa uma ameaça tanto para a qualidade de vida dos trabalhadores como para a produtividade das empresas. MS News - Abril de 2012 para atender chamadas ou responder e-mails que exigem cada vez mais imediatismo. "Se um trabalhador passa tanto tempo administrando as mensagens, essa atividade pode chegar a se sobrepor à atividade principal da empresa", disse a pesquisadora. Outro problema enfrentado atualmente, mostra a pesquisa, é o acesso ao e-mail fora do trabalho. Para Caroline, o uso de computador e de outros dispositivos móveis para receber mensagens da empresa fora do horário de trabalho aumenta o estresse e mina a produtividade do funcionário. Fonte: Folha de S. Paulo (11/09/2012). CONTABILIDADE / AUDITORIA Profissionais de Contabilidade devem participar de recadastramento nacional De 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012, será realizado um recadastramento obrigatório de todos os Profissionais de Contabilidade com registro ativo no Brasil. De acordo com a Resolução CFC nº 1.404/2012, a decisão foi tomada, pois é necessária a atualização dos dados cadastrais dos profissionais. Os atuais números de registro e a jurisdição de cada Conselho serão mantidos. Sob coordenação do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), os Conselhos Regionais de Contabilidade deverão disponibilizar em seus sites um programa para inserção de dados. Os Profissionais da Contabilidade receberão pelo e-mail cadastrado uma senha exclusiva que permitirá acessar esse programa. O recadastramento será feito por etapas. Os CRCs terão a incumbência de processar os dados recebidos dos profissionais das respectivas jurisdições. No entanto, a responsabilidade pelas informações prestadas será exclusiva do Profissional da Contabilidade. Em alguns casos, será exigida a apresentação de documentação que comprove os dados fornecidos. Os documentos deverão ser entregues na sede do CRC ou nas delegacias regionais durante o período de recadastramento. Documentos autenticados em cartório também poderão ser enviados pelos correios ou por meio eletrônico. Ela diz que mais de 90% das pessoas com responsabilidades nas empresas acreditam que o fluxo de informação que administram é excessivo. Deste total, 70% admitem que estão saturados de manejar tais dados. O recadastramento é obrigatório para todos os Profissionais da Contabilidade com registro ativo. Quem deixar de cumprir esta obrigação, seja por não efetivar o recadastramento ou por não entregar a documentação exigida, ficará com o registro em situação pendente perante o seu respectivo CRC. A pesquisa mostra que a "sobrecarga de informação" provoca interrupções no trabalho a cada sete minutos e que cada trabalhador usa 30% de sua jornada de trabalho A Resolução CFC nº 1.404/2012 revoga a Resolução CFC nº744/1993. Ela foi publicada no Diário Oficial da União, em 10 de setembro de 2012, e entrou em vigor na mesma (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens data. O texto pode ser consultado na íntegra no Portal do CRC SP e no site do CFC. Fonte: CRC – SP (11/09/2012). Na briga da essência contra a forma, prevalece o 'medo' Se mudar o hábito de uma única pessoa já é uma tarefa difícil, que dirá a cultura de um país. Quase cinco anos após a edição da Lei 11.638, que marcou o início do processo de migração do padrão contábil brasileiro para o modelo internacional IFRS, ainda se nota entre os agentes locais uma grande dificuldade para que a essência prevaleça sobre a forma nas divulgações de balanços de empresas. "Ainda não houve a absorção da prática da essência sobre a forma. Prevalece o 'pacto do medo'", sintetizou Marcus Severini, diretor de controladoria da Vale, que participou ontem, em São Paulo, do 2º Encontro de Contabilidade de Auditoria para Companhias Abertas e Sociedades de Grande Porte, organizado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). O diagnóstico é que as empresas acabam cedendo ao que dizem ser pressão dos auditores para aumentar o número de notas explicativas nos balanços, que estariam previstas nas regras. Esses, por sua vez, acabam exigindo mais do que talvez fosse o necessário, com receio de receber alguma reprimenda do órgão regulador. O resultado é que os balanços estão maiores do que o desejado pelas empresas, e sem necessariamente trazer mais informações úteis aos usuários. José Carlos Bezerra, superintendente de normas contábeis e auditoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entende que as empresas não têm sabido filtrar adequadamente o que é relevante para ser divulgado no âmbito do IFRS. "A gente percebe o medo de errar entre auditores e empresas", disse Bezerra, que também participou do evento. Para ele, no entanto, essa não é a postura adequada. "Esse é o momento de errar, por que o regulador ainda está em uma fase educativa e de aprendizado." MS News - Abril de 2012 Segundo Bezerra, da CVM, como tudo no IFRS, não existe uma "receita de bolo" que possa ser seguida por todas as empresas para tornar as notas explicativas mais curtas e mais informativas. Mas ele diz que um caminho é tirar as informações repetitivas (e aquelas que apenas reproduzem as exigências legais e as normas) e se concentrar no que é relevante para o usuário. Nas notas que tratarem de redução ao valor recuperável de ativos ("impairment") ou ajuste a valor presente, por exemplo, ele diz que é fundamental que as empresas divulguem as premissas de taxas e prazos usados para embasar determinada decisão ou resultado. Para Wanderley Olivetti, sócio da Deloitte, as empresas devem "customizar" os balanços, cortando notas sobre práticas contábeis que não se aplicam ao seu segmento de atuação e evitando a prática de copiar e colar. Fonte: Valor Econômico (11/09/2012). A responsabilidade civil para o contabilista ajuda ou atrapalha? Em todas as atividades, a exemplo do comerciante, advogado, zelador, garçom, motorista, jogador de futebol ou médico há aquele profissional zeloso, responsável, dedicado e preocupado em fazer o melhor. Obviamente há os que pensam e agem diferente. Este lado obscuro e comum a todas as profissões denigre a imagem da classe, pois tenta levar os íntegros ao lamaçal. Nestes casos, além da sujeira, também o mau cheiro torna a convivência insuportável. O mau profissional, ou melhor, aquele que não é profissional, mas disfarçadamente se veste como tal, presta serviço de baixa qualidade e não executa todas as tarefas conforme determina a legislação e o código de ética da sua categoria. Propositadamente, muitas vezes ainda desvirtua informações para atender clientes igualmente inescrupulosos com o objetivo de tirar vantagens, tais como vencer uma concorrência, conseguir um empréstimo ou sonegar tributos. De acordo com Severini, da Vale, em algum momento as empresas terão que bater o pé e enfrentar os auditores e, eventualmente, os reguladores. "Tem que chegar alguém e dizer: 'Não vou divulgar porque não é relevante'. Mas para isso é preciso coragem, uma dose de audácia que não é fácil de se ter", disse. Na maioria das vezes, o falso profissional oferece serviços a preços muito abaixo daqueles praticados no mercado, pois sabe que não prestará o serviço completo e, portanto, poderá ainda obter lucro. Mas será que o seu cliente está consciente de que receberá o serviço incompleto? Normalmente, não. Além de desconhecer, ele só perceberá tempos depois, quando receber visita da fiscalização ou necessitar de informações e documentos que nunca foram feitos. Segundo André Veiga Milanez, diretor financeiro da Cetip, migrar de uma cultura baseada na forma para uma prática sustentada pela essência exige uma mudança cultura que não é trivial. "As próximas gerações devem contribuir para aprimorar esse processo", afirmou ele. Você já deve ter sido consultado por algum cliente que se julgou enganado pelo contador ou outro profissional, razão pela qual passou a ficar ressabiado com todos os demais profissionais. Este cliente deseja detalhes para saber se você é diferente do anterior e se mostra disposto até a 7 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens remunerar melhor o novo contratado, afirmando que o honorário barato pago anos a fio acabou ficando muito caro. Especificamente para o contador, quero dizer que a responsabilidade civil criada com o Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2003) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) veio para valorizar o bom profissional. Com as novas leis, a chance de o contador imprudente sofrer grandes penalizações, assumir prejuízos causados a terceiros, ser condenado à prisão por até cinco anos e perder o direito de exercer a atividade ficou muito maior. Essas penalizações têm sido imputadas aos maus profissionais com significativa frequência, conforme pode ser observado nos noticiários nacionais. Entendo que o endurecimento da legislação veio para contribuir na valorização dos bons profissionais da contabilidade, pois é ofertando segurança e bons serviços para a sociedade que chegaremos ao pódio do reconhecimento, local adequado aos que lutam pela valorização e evolução da profissão. No entanto, há necessidade do policiamento da equipe de trabalho, bem como de contratar o seguro de Responsabilidade Civil Profissional para ampliar a segurança oferecida aos clientes. Gilmar Duarte da Silva é autor do livro "Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado" Fonte: Contábeis.com.br (08/2012). OUTROS ASSUNTOS Endividamento das empresas aumenta 25% em 12 meses CSN ocupa o primeiro lugar do ranking, seguida de Eletropaulo e Oi. Caixa menor e mais apetite por aquisições explicam aumento Em 12 meses encerrados em junho, o endividamento das trinta maiores companhias brasileiras em valor de mercado deu um salto de quase 25%, de acordo com dados compilados pela Economatica a pedido do BRASIL ECONÔMICO. O critério utilizado pelo ranking é a relação entre a dívida bruta e o Ebitda (lucro antes de amortizações, impostos, juros e depreciações, também conhecido como potencial de geração de caixa) das companhias, cujo resultado mostra, em tese, quantos anos seriam necessários para pagar as dívidas. Na primeira colocação do ranking deste ano, aparece a siderúrgica CSN com relação de 10,62. O principal motivo é a queda de 36,8% do Ebitda no segundo trimestre ante o mesmo período de 2011. Esse recuo foi provocado, em parte, pela redução de 9% no valor das vendas de minério de ferro, cujos preços estão em queda há meses. Mas também a dívida bruta da companhia teve um incremento MS News - Abril de 2012 de 27,4% de maio a junho ante o mesmo período de 2011, chegando a R$ 29,2 bilhões. “A CSN tem caixa próprio, o que significa que a empresa pode partir para novas aquisições nos próximos trimestres. Mas o atual nível de alavancagem começa a preocupar”, escreveu Victor Penna, analista da corretora BB Investimentos, em relatório após divulgação de resultados. Já Felipe Rocha, analista da Omar Camargo, diz que, com a melhora da economia doméstica, novos estímulos da China e estagnação da piora do cenário internacional, a tendência é que o endividamento da companhia se estabilize a partir do ano que vem. Procurada, a CSN preferiu não se pronunciar sobre o assunto. A segunda colocada, a Eletropaulo apresentou um balanço “decepcionante”, segundo analistas. O endividamento aumentou também pela forte redução do Ebitda: 53,6% frente ao segundo trimestre do ano passado; a dívida bruta avançou 5,7%. Agora, a preocupação é sobre como a companhia vai ser afetada pelos cortes de tarifas de energia anunciados pelo governo. Em nota a clientes, a analista Lilyanna Yang, do UBS, espera diminuições de impostos e renovação de concessões a preços mais baixos. As perspectivas, segundo Lilyanna, são dividendos mais baixos no curto prazo em troca de uma maior visibilidade de lucro no futuro. A Oi é terceira colocada do ranking de endividamento. Rocha, da Omar Camargo, diz que o avanço é resultado dos investimentos que a empresa começa a tirar do papel. Em abril, a Oi anunciou que investirá R$ 24 bilhões até 2015, incluindo gastos com a entrada na telefonia móvel de quarta geração, ampliação da rede 3G, avanço no segmento corporativo e expansão de produtos convergentes. Em 2011, quem aparecia na primeira posição do levantamento era o frigorífico JBS, que está agora em quarto lugar. O que explica o alto nível de endividamento do JBS é seu apetite por consolidação. Só no ano passado a companhia elevou a participação na Pilgrim's Pride e incorporou a Vigor. Fonte: Brasil Econômico (11/09/2012). Brasil dá sinais de resistência, mas será afetado Bancos Centrais apontam que o Brasil, graças a seu mercado interno, tem apresentado "sinais de resistência" à nova desaceleração da economia mundial. A avaliação fez parte dos debates ontem na Basileia, que contaram com a presença do presidente do BC, Alexandre Tombini. Segundo os especialistas na Suíça, porém, as perspectivas de crescimento para a América Latina foram rebaixadas, ainda que não indiquem o valor da expansão prevista do PIB para 2012. Segundo a análise, porém, parte da desaceleração na região está diretamente relacionada com os problemas na Europa. Para muitas economias latino-americanas, a zona do euro continua a ser o principal destino de exportações. Com a queda no consumo dessa região por causa da (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens austeridade, o resultado tem sido um nível mais fraco de vendas externas da América Latina. MS News - Abril de 2012 que os preços dos papéis já embutem o pior cenário e podem sofrer uma correção para cima no pregão de hoje. O próprio governo brasileiro já indicou que estava abandonando sua meta de exportação para 2012 e a Organização Mundial do Comércio (OMC) estima que a crise na zona do euro vai reduzir a previsão das exportações gerais em 2012. Não fosse o pessimismo com as elétricas, a segunda-feira teria sido brilhante para a Bovespa. As ações da Vale e da CSN subiram forte, corrigindo o atraso provocado pelo feriado de 7 de setembro, quando o minério de ferro e outras commodities marcaram altas expressivas no mercado internacional em função do pacote anunciado pela China, de mais US$ 150 bilhões de investimentos em infraestrutura. No caso brasileiro, os BCs apontam para o fato de que houve "recentemente sinais de resistência na demanda doméstica" do País. O que preocupa ainda em muitos emergentes são as taxas consideradas elevadas de inflação. O fenômeno estaria sendo mantido principalmente em países onde alimentos têm um peso importante na cesta de preços. Nesses casos, os BCs vivem um dilema entre reduzir as taxas de juros para promover o crescimento ou combater a inflação. A pressão inflacionária, porém, poderia perder força no próximo ano por causa da perspectiva de uma taxa de crescimento mais baixa. Mas não são apenas os BCs que preveem uma nova crise. Na sede da ONU, em Nova York, economistas da entidade já preparam alertas de que dificilmente os países emergentes conseguirão se isolar da desaceleração que deverá ocorrer mais uma vez nos países ricos. Fonte: O Estado de S. Paulo (11/09/2012). Bovespa aguarda pacote de energia O mercado saberá hoje se toda a preocupação com as ações de energia nas duas últimas semanas realmente é justificada. A presidente Dilma Rousseff anunciará, às 11 horas, a segunda parte do pacote do setor, com regras para renovação das concessões de usinas que vencerão a partir de 2015 e o detalhamento da retirada de encargos sobre as contas de luz. Na quinta passada, Dilma já havia divulgado um corte de 16% no custo da energia para os clientes residenciais e de 28% para as indústrias. Ontem as elétricas voltaram a cair forte na bolsa e impediram um avanço maior do Ibovespa, que terminou em leve alta de 0,14%, aos 58.404 pontos. Cesp PNB (5,94%) liderou as perdas do dia, seguida por Transmissão Paulista PN (-4,09%), Cemig PN (-2,44%) e por Copel PNB (-2,14%). No caso da Cesp, dois terços de sua capacidade de geração são provenientes de concessões que vencerão nos próximos dois anos. Nas duas últimas semanas, suas ações caíram 24%. "De forma geral, todas as ações do setor elétrico deixarão de ser atraentes para investir no curto prazo, dependendo dos preços de venda de energia que o governo determinar", observou o gestor de fundos de uma instituição brasileira. No entanto, o mesmo gestor acredita 9 O volume financeiro da bolsa foi expressivo, alcançando R$ 8,035 bilhões, sendo que apenas Vale PNA respondeu por mais de R$ 1,6 bilhão, cerca de 20% do total. O papel ganhou 2,96%, para R$ 35,10. A ação ON da mineradora avançou 3,67%, para R$ 35,79, com giro de R$ 463 milhões. CSN ON (6,08%, a R$ 11,16) liderou as altas do índice, seguida por Gol PN (5,54%, a R$ 9,90). O papel da companhia aérea reagiu à notícia da coluna Radar, da revista "Veja", de que a Qatar Airways estaria interessada em adquirir uma participação acionária na empresa brasileira. A Gol negou a informação. A Citi Corretora disse que o negócio faz sentido e elevou o preço-alvo das ações de R$ 9,50 para R$ 20,20. "O governo está buscando melhora na qualidade dos serviços antes de eventos importantes como a Copa do Mundo. Esse motivo torna a estabilidade das operações da Gol um tema de interesse nacional. Com isto, acreditamos que mesmo que a empresa não seja vendida, algum tipo de apoio pode ser oferecido nos próximos meses", afirmaram os analistas Stephen Trent, Juliano Navarro e Raian Santos. ALL ON (-4,27%) figurou novamente na ponta negativa da bolsa. A concessionária de ferrovias sofreu com a decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de realizar a primeira revisão tarifária em 15 anos. A agência reduziu as tarifas da ALL Malha Sul, ALL Malha Paulista e ALL Malha Oeste em 15%, 29% e 47%, respectivamente. E HRT ON (-12,50%) voltou a desabar, desta vez por causa de um poço de petróleo seco na África. O poço Kabeljou, na Bacia de Orange, na Namíbia, no qual a empresa brasileira possui participação junto com a britânica Chariot Oil & Gas, foi declarado inviável comercialmente pela Petrobras, operadora do bloco. Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN subiu 1,09%, a R$ 21,23; OGX ON perdeu 1,73%, para R$ 6,22; e Itaú Unibanco PN registrou alta de 0,58%, a R$ 32,59. Fonte: Valor Econômico (11/09/2012). Pacote da China não terá efeito imediato O pacote de investimentos em projetos de infraestrutura de mais de US$ 150 bilhões, anunciado pelo governo chinês para os próximos cinco anos, não tem efeito imediato para o Brasil, na visão de especialistas do (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens comércio Brasil-China. Além disso, a medida tomada por Pequim deve ser lida mais como uma sinalização da mudança na política econômica do país oriental do que como um instrumento que vai alterar os níveis do comércio exterior entre os dois países. Ao todo, o governo chinês prevê que cerca de 60 projetos ligados à infraestrutura - principalmente em rodovias e ferrovias - sejam executados. No entanto, ainda não há previsão de início dos trabalhos e do aumento da demanda por produtos primários pelas obras, de acordo com o ex-ministro e presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Sérgio Amaral. Para o também ex-embaixador, três tendências previstas pelo governo chinês na ocasião do lançamento do 12º Plano Quinquenal, realizado ano passado, estão começando a se materializar: a diminuição dos níveis de exportações do país, o aumento dos salários, e a reversão de uma economia centralizada em produzir para o exterior para uma economia que começa a se voltar mais ao mercado interno. "A China deve passar nos próximos anos de 50% de população urbana para 80%, o que representa mais 400 milhões de pessoas demandando moradia e alimentação. É razoável supor que a procura por alguns produtos brasileiros, como a soja e os itens do complexo de minério de ferro, terão um volume sustentável de demanda ao longo dos anos. Esse é o efeito maior que o movimento chinês pode trazer ao Brasil, e não uma oscilação em função de um anúncio em particular", afirma. José Augusto de Castro, presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), corrobora com a visão de que está havendo uma mudança no perfil da economia chinesa observada por Sérgio Amaral. Para Castro, mesmo se a maior demanda por minério de ferro causar impacto na exportação brasileira, ela ocorrerá somente no ano que vem. "Por enquanto é apenas uma sinalização ao mercado. As obras podem ajudar a aumentar o preço do minério e do aço, que vem caindo neste ano. Também pode crescer o volume da nossa exportação. Mas o fato é que neste ano vai haver efeito zero", diz. Fonte: Valor Econômico (11/09/2012). MS News - Abril de 2012 dificuldades colocadas pelo governo de Cristina Kirchner à entrada dos produtos brasileiros no país vizinho. Em geral, fornecedores nacionais reclamam dos baixos preços dos produtos chineses - segundo eles, obtidos, muitas vezes, com sacrifício da qualidade. Os importadores, por sua vez, destacam o papel dos importados como regulador de preços e qualidade dos produtos brasileiros, forçando a indústria nacional a ser cada vez mais competitiva. De janeiro a julho, as importações de autopeças da China cresceram quase 26%, chegando a US$ 791,9 milhões num ritmo superior à evolução média das compras externas de autopeças no Brasil, de 6,5%. Tailândia e Coreia do Sul são outros países em rápida ascensão, com crescimento de 17,3% e 53,6% nas vendas de componentes automotivos, respectivamente. Os números ajudam a explicar o aumento de 27,2% do déficit comercial do setor de autopeças em 2012 - que totalizou US$ 3,38 bilhões até julho - e retratam a rápida evolução dos asiáticos no mercado brasileiro nos últimos anos. Até 2008, as importações de peças chinesas não passavam de US$ 700 milhões, considerando a soma de 12 meses. No ano passado, os chineses já superavam a França entre as principais origens de importações no Brasil - ao todo, as compras de autopeças chinesas somaram US$ 1,2 bilhão em 2011. Até julho, o Brasil mostrava saldo negativo de US$ 707 milhões nas transações comerciais com a China envolvendo componentes automotivos. Motores a diesel, aparelhos de som, rolamentos e caixas de transmissão estão entre os principais produtos exportados pela China ao Brasil, conforme levantamento fornecido pelo Sindipeças, o sindicato que representa os fabricantes nacionais de autopeças. Em sua maioria, são produtos de pouca tecnologia embarcada. A maciça entrada de produtos chineses, é claro, desagrada muitos setores industriais. No segmento de pneumáticos, correm no Departamento de Defesa Comercial (Decom) dois processos contra a China envolvendo dumping de pneus de carros e de motocicletas. Com preços competitivos e escala de produção suficiente para abastecer seu mercado local de veículos - o maior em termos globais - e ainda despachar produtos para o resto do mundo, a China já está entre os quatro maiores fornecedores de autopeças do Brasil. Por outro lado, diante da perda de competitividade no Brasil - onde enfrentaram, nos últimos anos, custos de produção crescentes e valorização do real -, alguns fabricantes nacionais estão se rendendo aos produtos chineses. A Cummins, por exemplo, traz de suas operações na China parte dos motores a diesel que fornece a partir da fábrica instalada em Guarulhos, na Grande São Paulo. Neste ano, os chineses ultrapassaram a Argentina, tradicional parceiro da indústria automobilística local, mas que perdeu a quarta posição diante das barreiras comerciais impostas pelo Brasil em resposta às "O motor começa a ser montado lá e terminamos ele aqui", diz Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins na América do Sul, acrescentando que os chineses conseguiram aperfeiçoar a qualidade de seus produtos. Autopeça brasileira reage ao avanço das chinesas (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10 MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens O preço, contudo, ainda é o grande diferencial dos concorrentes chineses. "Eles chegam aqui com 50% do meu preço", afirma Rodolfo Amaral, gerente de vendas da Schrader, multinacional americana que produz válvulas de pneus em Jacareí. Processo no Decom aponta uma diferença de 69,5% do preço dos pneus chineses em relação ao valor de exportação considerado normal. Paralelamente, a moeda interna subvalorizada e subsídios às exportações colocam os chineses em posição privilegiada para aproveitar o crescimento da demanda em países emergentes como o Brasil. Soma-se a isso a alta capacidade produtiva do país: só na fabricação de pneus, a China conta com cerca de 200 fábricas, segundo a Abidip, a associação que abriga 59 importadores de pneus no Brasil. Na tentativa de equilibrar o saldo comercial, o governo brasileiro lança mão de barreiras e medidas para reforçar o controle de importações irregulares - iniciativas que se somam à elaboração de um regime automotivo que atrela benefícios tributários ao consumo de autopeças locais. Na lista dos cem produtos que terão que bancar maior imposto de importação - que ainda será apreciada pelos sócios do Brasil no Mercosul -, a alíquota aplicada sobre as compras de pneus subiu de 16% para 25%. A decisão gerou críticas por setores importadores. Após dizer que a medida encobre as reais deficiências do país caso do custo dos tributos -, o presidente da Abidip, Rinaldo Siqueira Campos, disse que as indústrias instaladas no Brasil não conseguem competir em igualdade de condições com outros mercados. Segundo ele, a presença dos importados ajudou a pressionar preços e melhorar a qualidade dos produtos nacionais, citando que, há 3 anos, um pneu aro 17 custava no Brasil o dobro do que é cobrado hoje. Fonte: Valor Econômico (11/09/2012). O projeto da Lei da Empresa Limpa Por Isabel Franco e Rubem Mauro Mais um evidente atentado aos interesses da sociedade acontece no legislativo. Assistimos hoje, ao mesmo tempo do julgamento do Mensalão, uma forte pressão política sobre deputados na votação do Projeto de Lei nº 6.826, de 2010. Esse projeto, que já ficou conhecido como o projeto da Lei da Empresa Limpa, trata da responsabilização civil e administrativa de empresas por atos contra a administração pública nacional e estrangeira. Esclareça-se que esse projeto visa a honrar o compromisso internacional assumido pelo Brasil. Explicamos: nos idos do escândalo de Watergate, os EUA descobriram que muitas empresas sistematicamente corrompiam outros governos fora de seu país para obter contratos milionários. À época, os EUA constataram que os empresários americanos, mesmo que respeitassem a 11 MS News - Abril de 2012 ética nos EUA, pagavam propinas a governos estrangeiros para fechar negócios no mundo inteiro. Por conta dessa constatação, os EUA promulgaram em 1977 a já famosa e temida Lei FCPA (que pune propinas a governos estrangeiros). Porém, as empresas americanas logo se deram conta que somente elas estavam obrigadas a se comportar bem fora de casa, enquanto suas concorrentes estrangeiras, principalmente as alemãs, japonesas e francesas, continuavam ganhando contratos mundo afora à custa de gordas propinas. Assim, iniciaram as americanas uma cruzada para convencer outras nações na Organização de Cooperação ao Desenvolvimento Econômico (OCDE) a coibir a corrupção internacional. Conseguiram: trinta e nove países assinaram a "Convenção de Combate à Corrupção de Autoridades Estrangeiras" entre eles o Brasil, em 2000. Ao ratificar a Convenção, o Brasil obrigou-se a promulgar lei específica para punir as empresas corruptoras, pois, ainda hoje, a nossa legislação só prevê punição a indivíduos. Daí o Projeto de Lei nº 6.826. Apesar do esforço de alguns deputados para acelerar a votação da proposição, há notícias de que empresas poderosas estariam pressionando os parlamentares para impedir a apreciação célere do projeto. A história se repete. Essa manobra já aconteceu em outros países. No Reino Unido a pressão da Confederação das Indústrias Britânicas não foi menos pesada do que a que sofre a nossa Câmara. O governo britânico foi extremamente criticado pela mesma OCDE e outros organismos internacionais por se recusar a processar a British Aerospace em 2006 por propinas supostamente pagas em uma operação de compra de armas com a Arábia Saudita. Porém, em 2010 o Reino Unido finalmente promulgou sua Lei de Propina comprovando que o clima está mudando rapidamente. Até a Rússia e a China já têm suas leis punindo empresas corruptoras. Só faltam o Brasil, Argentina e Irlanda. Mas o nosso projeto traz louváveis inovações, dentre as quais a responsabilização objetiva administrativa e civil das empresas por atos contra a administração pública, a aplicação de multa de 0,1% a 20% do faturamento bruto ou de R$ 6 mil a R$ 60 milhões, se não for possível utilizar o critério do faturamento, a declaração de inidoneidade, por no mínimo um ano, e a proibição de receber incentivos ou empréstimos de entidades públicas. Agora, o projeto só precisa sobreviver às manobras políticas. Apresentado ao plenário da Câmara verificou-se que a proposição tratava de matéria de competência de mais de três comissões, justificando, portanto, a criação de Comissão Especial para discutir e votar a proposição. Após o projeto original receber 35 emendas, o relator, deputado Carlos Zarattini, apresentou seu parecer votando (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/09/2012 Moore Stephens pela sua constitucionalidade, adequação, boa técnica legislativa e, quanto ao mérito, pela sua aprovação com as alterações introduzidas por dez emendas aprovadas pela comissão. No momento, o projeto de lei está pronto para pauta naquela comissão e o relator tenta acelerar o trâmite do projeto por meio de dispositivo do regimento interno que autoriza que a própria comissão discuta e vote o projeto, dispensando-se a necessidade de levar a proposição ao Plenário daquele órgão. Assim, no caso de votação favorável pela comissão, o projeto seguiria para apreciação do Senado. Entretanto, essa aceleração pode ser afastada caso um décimo dos deputados apresente recurso contra a discussão e votação pela comissão e este seja provido pelo plenário. Ou seja, apesar da intenção de alguns nobres deputados em acelerar o processo, é possível que parlamentares contrários a essa proposição articulem-se para evitar a sua apreciação pela comissão e, consequentemente, forcem que o projeto entre na longa fila da inflada pauta do plenário da Câmara. Infelizmente, parece que a pressão sobre os parlamentares está funcionando mesmo. Como se sabe, 2012 é ano de eleições municipais e as grandes contribuições para campanhas são feitas por empresas. Logo, não é preciso muito esforço para concluir que os legisladores podem, realmente, ceder à pressão e evitar a rápida aprovação do projeto. Isso acontecendo, claro ficará, mais uma vez, que a grande maioria dos políticos prioriza interesses próprios, ao invés de priorizar os da sociedade. Isabel Franco e Rubem Mauro são especialistas em legislação anticorrupção e programas de compliance, sócia e associado do KLA - Koury Lopes Advogados MS News - Abril de 2012 exemplo: informação da venda de um produto pelo departamento comercial é disparada para os demais departamentos da empresa, seja de fabricação, estoque de insumos, logística, marketing, financeiro, contabilidade entre outros. Ele também apresenta outras vantagens como: redução de inserções manuais nos sistemas, redução de custos com pessoal, funcionários bem treinados, redução do tempo de resposta às necessidades do mercado; implementação e monitoramentos das melhoras práticas de gestão e redução do tempo dos processos gerenciais. Com a utilização do ERP, acaba-se a complexidade do acompanhamento isolado de cada processo. Desse modo a empresa consegue mais subsídios e tempo para planejar, diminuir gastos e repensar sua cadeia de produção, podendo chegar a produzir de forma mais eficiente, reduzindo os custos e melhorando a qualidade dos produtos. Além disso, ele auxilia também na tomada de decisões, por exemplo, caso uma empresa por alguma razão decide mudar alguns aspectos de fabricação de um produto, todas as áreas corporativas são informadas instantaneamente e possibilitadas de se preparar de forma integrada para o evento. A troca de documentos entre departamentos que demorava horas ou mesmo dias caiu para minutos ou até mesmo segundos. Alerta-se para o fato que a decisão de implementar um ERP deve estar suportada em um diagnóstico técnico sobre as reais necessidades da empresa. Se a empresa pular essa etapa, estará exposta ao risco de escolher o ERP incompatível com suas necessidades, isso levará a gastos excessivos. Não é incomum empresas que ficam anos e anos tentando concluir a implementação desse sistema, simplesmente, por falta de apoio técnico para tomar a decisão. Fonte: Valor Econômico (11/09/2012). Fonte: Blog da Moore Stephens Auditores e Consultores (04/2012). Entenda o conceito de ERP ******************************************** Através do avanço da tecnologia têm se criado cada vez mais ferramentas que possibilitem a remodelação e o aperfeiçoamento das atividades das empresas. Uma delas é o ERP (Enterprise Resource Planning) mais conhecido por Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, que tem como característica central otimizar a gestão e consequentemente auxiliar as empresas a atingir os objetivos. O ERP é um sistema integrado que utiliza um mesmo banco de dados facilitando o fluxo de informações entre todas as áreas de uma empresa. Ele integra os dados e processos de vários departamentos, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações do negócio. Através do ERP é possível monitorar todas as transações de forma integrada e não redundante em tempo real. Por (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 12
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